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Estudo Dirigido Eicosanoides (1) Heloisa Sosa dos Santos

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Farmacologia Aplicada à Farmácia
FARMACOLOGIA APLICADA À FARMÁCIA- UNIFAL-MG
Heloisa Sosa dos Santos RA: 2017.2.02.025
Estudo Dirigido
AUTACÓIDES DERIVADOS DOS LIPÍDEOS: EICOSANÓIDES
1. O que são os eicosanóides? Cite os principais representantes.
Resposta: São substâncias rapidamente sintetizadas em resposta a estímulos específicos que atuam no próprio
local de síntese, ativa e também por um curto período de tempo antes da sua degradação. Seus principais
representantes são : prostaglandinas, tromboxanas e leucotrienos, além das prostaciclinas.
2. Explique detalhadamente como é a síntese e a função das prostaglandinas, tromboxanos e leucotrienos.
Resposta: Quando ocorre uma lesão na membrana celular, que é constituída fundamentalmente por
fosfolípideos, a enzima fosfolipase A2, presente nos leucócitos e plaquetas, é ativada por citocinas
pró-inflamatórias, como a interleucina (IL)-1. Esta enzima leva à degradação dos fosfolípideos, resultando na
produção de ácido araquidônico. Este, ao ser metabolizado, forma os leucotrienos, pela ação da enzima
lipoxigenase, e as prostaglandinas, as prostaciclinas e os tromboxanos, pela ação da enzima ciclooxigenase
(Cox). Na produção das prostaglandinas a partir do ácido araquidônico, a primeira enzima envolvida é a Cox
Esta converte, por oxigenação, o ácido araquidônico em dois componentes instáveis: a prostaglandina G2 e a
prostaglandina H2. Essas prostaglandinas são posteriormente transformadas por isomerases em prostaciclina, e
tromboxano A2, e em prostaglandinas D2, E2 e F2a. A prostaglandina E2 é importante por sua ação
pirogênica e pelo aumento da sensibilidade à dor. O ácido araquidônico também leva à produção de
leucotrienos, via enzima lipoxigenase.
Função:
As prostaglandinas fazem com que a permeabilidade capilar aumente, além de possuírem o poder da
quimiotaxia, atraindo células (por exemplo, macrófagos) especializadas na fagocitose de debris (restos)
celulares derivados do processo inflamatório.
Os tromboxanos vasoconstritores na circulação sistêmica, mas vasodilatadores na circulação pulmonar, e
potentes agentes hipertensivos, além de facilitarem a agregação plaquetária.
Os Leucotrienos promovem uma resposta inflamatória. Quando produzido e liberado no corpo, esse produto
químico causa constrição das vias aéreas, aperto dos músculos e excesso de muco e fluido.
3. Explique as diferenças entre as ciclo-oxigenases (COXs) 1 e 2:
Resposta: A Cox 1 está associada à produção de prostaglandinas e resulta em diversos efeitos fisiológicos,
como proteção gástrica, agregação plaquetária, homeostase vascular e manutenção do fluxo sanguíneo renal.
Em contraste, a Cox 2 está presente nos locais de inflamação, sendo, por isso, denominada de enzima indutiva.
4. Cite as ações e os principais eicosanóides presentes nos seguintes tecidos:
Rins: São as prostaglandinas (PG, que ) são eicosanóides que, nos rins, exercem funções no tônus
vascular, no balanço hidroeletrolítico e na liberação de renina.
Aparelho respiratório: Uma mistura de autacoides é liberada quando o tecido pulmonar
sensibilizado é estimulado por antígeno apropriado. Tanto substâncias broncodilatadoras (PGE2 )
como broncoconstritoras (PGF , TXA2 , PGD2 , LTC4 ) são liberadas. Entretanto, os efeitos dos
cisteinil-leucotrienos parecem dominar durante constrição alérgica das vias aéreas. O que reforça essa
conclusão é a inefetividade de inibidores da cicloxigenase e dos antagonistas histaminérgicos no
tratamento de asma.
Endotélio vascular: Os eicosanóides modificam a função dos elementos figurados do sangue; os
feitos refletem suas funções fisiológicas.
Plaqueta: A PGI2 e o TXA2 modulam a função plaquetária. A PGI2 inibe a agregação de plaquetas
humanas in vitro, em concentrações entre 1 e 10 nM. A agregação plaquetária dependente de TXA2 é
sensível à ação inibitória de aspirina. PGD2 inibe a agregação plaquetária. PGE2, em baixas
concentrações aumenta a agregação plaquetária e em concentrações maiores inibe a agregação.
Estômago: Os músculos longitudinais do estômago ao cólon contraem sob a ação das PGEs e PGFs,
enquanto que os músculos circulares geralmente relaxam com as PGEs e 483 contraem com as PGFs.
Diarreia e cólica são efeitos colaterais comuns (associados a náusea e vômitos) em pacientes tratados
com prostaglandinas para induzir aborto terapêutico. O TXA2 e a PGI2, contraem o músculo liso
gastrintestinal, mas são menos potentes do que PGEs e PGFs. Os leucotrienos também têm um potente
efeito contrátil.
≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈
CASOS CLÍNICOS
A. M.C.B., 38 anos, casada, bancária, procedente de Alfenas. Paciente em sua terceira gestação, com 17
semanas, apresentando relatório médico assinado por três profissionais especializados, com indicação para
aborto. O feto apresenta uma encefalopatia e a gestante é portadora de diabetes mellitus tipo 1, estando
exposta a risco iminente de morte ou sequelas permanentes. O aborto foi permitido pela justiça. A paciente foi
internada em hospital para receber a medicação: Misoprostol 400 mcg vaginal x por dia x 2 dias.
1. Justifique a utilização do misoprostol neste caso, e explique qual é a classe deste medicamento.
Resposta: O aborto foi concediso a paciente devido a patologia do feto (encefalopatia), que por lei
garante o uso do medicamento para o aborto legal.
Classe : 59122-46-2
2. Quais são os efeitos colaterais que podem surgir?
Resposta: Os efeitos adversos apresentam dor abdominal discreta na maioria dos pacientes, diarreia
(dose-dependente), flatulência, náuseas, vômitos, fadiga, cefaléia, febre, calafrios, sangramento
prolongado e abundante que depende da idade gestacional, sendo mais frequente na apresentação de
200mcg.
3. Qual mecanismo de ação do misoprostol?
Resposta: O misoprostol tem ação direta sobre a célula parietal, inibindo a secreção basal de ácido gástrico,
aumentando o fluxo sanguíneo da mucosa e estimulando, também, a secreção de muco e de bicarbonato . A
ação anti-secretora do misoprostol decorre da competição deste com a PGE1 para o seu receptor.
Outro uso do misoprostol na obstetrícia é para a indução do parto de feto vivo. Leia o artigo disponível e cite
as vantagens desse uso, as principais vias de administração e compare as doses dos dois usos: abortivo e como
indutor do parto.
Resposta: Comparando as dosagens, o comprimido de 25 µg, registrado na Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) sob no. 1.1557.0044 para uso vaginal, com indicação precisa para indução do parto e de
venda exclusiva para as maternidades, já no caso de aborto a dosagem é muito maior podendo ser de 400 mcg
vaginal x por dia x 2 dias.
Resposta: A administração do misoprostol atualmente é realizada por diferentes vias: oral, vaginal, bucal,
sublingual e retal.
B. Mulher 38 anos está tomando ibuprofeno para dismenorreia grave, mas desenvolve dor epigástrica. O
médico prescreve uma medicação para prevenir gastrite. Qual das seguintes alternativas descreve melhor a
medicação?
a. Análogo de PGE1
b. Antagonista de PGE1
c. Antagonista de PGE2
d. Análogo de PGI2
e. Antagonista de PGI2
Explique detalhadamente sua resposta.
Resposta: Alternativa a - Análogo de PGE1, pois o medicamento misoprostol é utilizado para prevenir a
gastrite associada a AINE.
C. Paciente de 78 anos utiliza colírio de Travatan® para controle do glaucoma.
1. Qual o princípio ativo deste fármaco?
Resposta: Contém dois componentes ativos, travoprosta e maleato de timolol
2. Qual seu mecanismo de ação?
Resposta: A Travoprosta ácido livre é um agonista seletivo para o receptor prostanóide FP. O mecanismo
de ação exato ainda não é conhecido. Acredita-se que os agonistas para o receptor FP reduzem a pressão
intraocular através do aumento do escoamento uveoescaleral.

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