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Tutorial 7 - Pancreas

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Tutorial 7 
Pâncreas 
 ✦ Glândula mista
 ✦ Situa-se transversalmente na parede abdominal, posterior ao estômago 
 ✦ É retroperitoneal e possui 2 faces e 2 bordas 
 ✦ Dividido em 4 partes: cabeça, colo, corpo e cauda; possui processo uncinado: projeção da parte inferior da cabeça
 ✦ Ducto pancreático: começa na cauda do pâncreas e atravessa o parênquima da glândula até a cabeça. Se volta inferiormente e se une ao ducto colédoco, formando a ampola hepatopancreática (ampola de Vater).
 ✦ Ampola hepatopancreática: controla o fluxo de bile e suco pancreático para o duodeno 
 ✦ Internamente possui dois ductos:
✦ Glândula mista: porção exócrina arranjada em ácinos, com cél secretora (grânulos de zimogênio) de enzima digestiva; porção endócrina arranjada em ilhotas pancreáticas (ilhotas de langerhans) com cél secretora de hormônios - 4 tipos de céls: A (glucagon), B (insulina), D (somatostatina), E (polipeptídeo pancreático) 
 ✦ Cápsula de tec conjuntivo envolve o pâncreas e envia septos bem vascularizados para o interior, separando- o em lóbulos 
 ✦ Ácinos circundados por membrana basal 
 
 ↳ As glândulas exócrinas liberam as suas secreções para o meio externo do corpo, na superfície da pele ou em um epitélio que reveste uma das passagens internas, como as vias aéreas do pulmão ou do lúmen do intestino. Em termos práticos, uma secreção exócrina sai do corpo. Isso explica por que algumas secreções exócrinas, como o ácido estomacal, podem ter um pH incompatível com a vida. A maioria das glândulas exócrinas libera seus produtos através de tubos abertos, chamados de ductos. As glândulas sudoríparas, as glândulas mamárias, as glândulas salivares, o fígado e o pâncreas são todas glândulas exócrinas.
 ↳ As glândulas endócrinas não possuem ductos e liberam suas secreções, chamadas de hormônios, no compartimento extracelular. Os hormônios entram no sangue e são distribuídos para outras partes do corpo, onde regulam ou coordenam as atividades de vários tecidos, órgãos e sistemas de órgãos. Algumas das glândulas endócrinas mais bem conhecidas são o pâncreas, a glândula tireoide, as gônadas e a hipófise.
Estímulos da secreção pancreática 
 ✦ O suco pancreático é secretado de modo mais abundante, em resposta à presença de quimo nas porções superiores do intestino delgado.
 ✦ Acetilcolina: liberada pelas terminações do nervo vago parassimpático e por outros nervos colinérgicos para o sistema nervoso entérico.
 ✦ Colecistocinina: secretada pela mucosa duodenal e do jejuno superior, quando o alimento entra no intestino delgado.
 ✦ Secretina: também secretada pelas mucosas duodenal e jejunal, quando alimentos muito ácidos entram no intestino delgado.
 ✦ Acetilcolina e colecistocinina, estimulam as células acinares do pâncreas, levando à produção de grande quantidade de enzimas digestivas pancreáticas, mas quantidades relativamente pequenas de água e eletrólitos vão com as enzimas.
 ✦ A secretina, por sua vez, faz com que o pâncreas secrete grandes quantidades de líquido contendo concentração elevada de íons bicarbonato (até 145 mEq/L), mas concentração reduzida de íons cloreto. O mecanismo da secretina é importante por duas razões: primeiro, a secretina começa a ser liberada pela mucosa do intestino delgado, quando o pH do conteúdo duodenal cai abaixo de 4,5 a 5,0, e sua liberação aumenta bastante quando o pH diminui para 3,0. Esse mecanismo prontamente à secreção abundante de suco pancreático contém grande quantidade de bicarbonato de sódio. O resultado final é, então, a seguinte reação no duodeno:
HCl + NaHCO3 → NaCl + H2CO3
O ácido carbônico se dissocia imediatamente em dióxido de carbono e água. O dióxido de carbono é transferido para o sangue e expirado pelos pulmões, deixando, assim, solução neutra de cloreto de sódio no duodeno.
 ✦ Quando todos os diferentes estímulos da secreção pancreática agem ao mesmo tempo, a secreção total é bem maior. Por isso, considera-se que os diversos estímulos “potencializam” uns aos outros.
Funções 
 ✦ O pâncreas é um órgão que contém ambos os tipos de epitélio secretor: endócrino e exócrino . A secreção endócrina é proveniente de agrupamentos de células, chamadas de ilhotas, e inclui os hormônios insulina e glucagon, o glucagon parece constituir-se em potente inibidor da secreção exócrina do pâncreas e produz hipocalcemia, hiperglicema e diminuição da motilidade intestinal. As secreções exócrinas incluem enzimas digestórias e uma solução aquosa de bicarbonato de sódio, NaHCO3. A porção exócrina do pâncreas consiste em lóbulos, chamados de ácinos, similares àqueles das glândulas salivares. Os ductos dos ácinos esvaziam no duodeno. As células acinares secretam enzimas digestórias, e as células do ducto secretam solução de NaHCO3.
 ✦ Secreção de enzimas: A maior parte das enzimas pancreáticas são secretadas como zimogênios, que devem ser ativados no momento de chegada no intestino. Este processo de ativação é uma cascata que inicia quando a enteropeptidase da borda em escova (previamente chamada de enterocinase) converte o tripsinogênio inativo em tripsina. A tripsina, então, converte os outros zimogênios pancreáticos em suas formas ativas. Os sinais para a liberação das enzimas pancreáticas incluem distensão do intestino delgado, presença de alimento no intestino, sinais neurais e hormônio CCK. As enzimas pancreáticas entram no intestino em um fluido aquoso que também contém bicarbonato.
 ✦ Secreção de bicarbonato: A secreção de bicarbonato para o duodeno neutraliza o ácido proveniente do estômago. Uma pequena quantidade de bicarbonato é secretada por células duodenais, mas a maior parte vem do pâncreas. A produção de bicarbonato requer altos níveis da enzima anidrase carbônica, níveis similares àqueles encontrados nas células tubulares renais e nos eritrócitos. O bicarbonato produzido a partir de CO2 e água é secretado por um trocador apical Cl--HCO3-. Os íons hidrogênio produzidos juntamente com o bicarbonato deixam a célula por trocadores Na+-H+ na membrana basolateral. O H+ então reabsorvido na circulação intestinal ajuda a equilibrar o HCO3- colocado na circulação quando as células parietais secretaram H+ no estômago. O cloreto trocado por bicarbonato entra na célula pelo cotransportador NKCC na membrana basolateral e sai por um canal CFTR na apical. O Cl- luminal, então, reentra na célula em troca de HCO3- entrando no lúmen. Defeitos na estrutura ou na função do canal CFTR causam a doença fibrose cística, e a perturbação da secreção pancreática é uma característica dessa doença. 
 ✦ Em ambos, pâncreas e criptas intestinais, a secreção de sódio e água é um processo passivo, dirigido por gradientes eletroquímicos e osmóticos. O movimento de íons negativos do LEC para o lúmen cria um gradiente elétrico negativo no lúmen que atrai Na+. O sódio move-se a favor do gradiente eletroquímico através de junções comunicantes entre as células. A transferência de Na+ e de HCO3- do LEC para o lúmen cria um gradiente osmótico, e a água segue por osmose. O resultado final é a secreção de uma solução aquosa de bicarbonato de sódio.
 ✦ As mais importantes das enzimas pancreáticas na digestão de proteínas são a tripsina (mais abundante), a quimotripsina e a carboxipolipeptidase.
 ↳ A tripsina e a quimotripsina hidrolisam proteínas a peptídeos de tamanhos variados, sem levar à liberação de aminoácidos individuais. 
 ↳ A carboxipolipeptidase cliva alguns peptídeos, até aminoácidos individuais, completando assim a digestão de algumas proteínas até aminoácidos.
 ↳ A enzima pancreática para a digestão de carboidratos é a amilase pancreática, que hidrolisa amidos, glicogênio e outros carboidratos (exceto celulose), para formar principalmente dissacarídeos e alguns trissacarídeos.
 ↳ As principais enzimas para digestão das gorduras são a lipase pancreática, capaz de hidrolisar gorduras neutras a ácidos graxos e monoglicerídeos; a colesterol esterase, que hidrolisa ésteres de colesterol; e a fosfolipase, que cliva os ácidos graxos dos fosfolipídios.✦ Quando sintetizadas nas células pancreáticas, as enzimas digestivas proteolíticas estão em formas enzimáticas inativas tripsinogênio, quimotripsinogênio e procarboxipolipeptidase. Elas são ativadas somente após serem secretadas no trato intestinal. O tripsinogênio é ativado pela enzima denominada enterocinase, secretada pela mucosa intestinal, quando o quimo entra em contato com a mucosa. Além disso, o tripsinogênio pode ser ativado, autocataliticamente, pela própria tripsina já formada. O quimotripsinogênio é ativado pela tripsina para formar quimotripsina, e a procarboxipolipetidase é ativada de maneira semelhante.
 ✦ É importante que as enzimas proteolíticas do suco pancreático não fiquem ativadas até depois de chegarem ao intestino, pois a tripsina e as outras enzimas poderiam digerir o próprio pâncreas. Felizmente, as mesmas células que secretam enzimas proteolíticas no ácino do pâncreas secretam simultaneamente outra substância, denominada inibidor de tripsina, uma substancia formada no citoplasma das células glandulares e inativa a tripsina, ainda nas células secretoras, nos ácinos e nos ductos do pâncreas. Além disso, já que é a tripsina que ativa as outras enzimas proteolíticas pancreáticas, o inibidor da tripsina evita também sua ativação.
Vida sem o pâncreas 
 ✦ Dr. Ricardo Almeida (cirurgião do aparelho digestivo) - A retirada total do pâncreas é uma medida extrema, raramente realizada em nosso meio. O pâncreas tem função exócrina, produzindo enzimas que auxiliam na digestão, e endócrinas, produzindo hormônios como a insulina, responsável pela regulação da glicose, dentre outros. A retirada completa do pâncreas, portanto, vai fazer com que o paciente se torne diabético dependente de insulina, bem como também vai prejudicar significativamente a digestão dos alimentos. Para a função exócrina, ou seja, digestiva, existem enzimas que podem ser tomadas em forma de comprimidos com bons resultados, mas tem que ser para o resto da vida. Da mesma forma, deverá usar, permanentemente, insulina. Essa regulação adequada da glicose pode ser bastante trabalhosa, com efeitos colaterais das medicações e da própria doença, com riscos de complicações tanto a curto, quanto médio e longo prazo.

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