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2 Anestésicos e suas propriedades • Articaína: grande poder de difusão. Usado em pacientes com alergia a enxofre. • Prilocaína: tem ortoluidina, que se liga ao ferro da hemácia e a impede de transportar oxigênio. • Bupivacaína: mais vasodilatadora. Alta potência, ação mais longa e alta toxicidade. • Mepivacaína: menos vasodilatadora, pode ser usada sem vasoconstritor. Usada em pacientes com hipertireoidismo. • Lidocaína: ação mais curta, menos ligação proteica, boa potência e baixa toxicidade. • Felipressina: não pode ser usado em mulheres grávidas. Outras substâncias • Bissulfito de sódio: diminui deteorização do anestésico, acidifica a solução e retarda a oxidação do vasoconstritor. • NaCl: torna anestésico mais neutro. Promove isotonicidade com tecidos. • Metilparabeno: tem como subproduto o PABA, que é muito alérgico. Não é mais utilizado. Anestésico funciona, pois se liga ao receptor específico presente no canal de sódio, diminuindo a permeabilidade dos íons de sódio, impedindo, assim, o seu fluxo. Molécula de anestésico tem capacidade dissociativa. -> forma catiônica que bloqueia os canais de sódio (RNH+) -> forma de base livre para atravessar membranas nervosas (RN) Pka está relacionado à velocidade de duração Quanto maior o pka maior o tempo para início de ação, já que diminui a base livre. Se tiver pouca quantidade de pka tem ação inadequada, pois tem pouca forma catiônica. Maior pka = bupivacaína (8,1) Menor pka = benzocaína (3,5) Grau de ligação proteica: tem a ver com duração da atividade do anestésico. Bupivacaína e articaína tem maiores graus de ligação, portanto têm ação mais longa. Prilocaína e lidocaína tem menor grau de ligação, portanto, ação mais curta. 3 Solubilidade nos lipídeos: Articaína é mais lipossolúvel, portanto, penetra mais facilmente na membrana do nervo. Vasoatividade: Bupivacaína é a mais vasodilatadora e mepivacaína é a menos vasodilatadora. 4 Técnicas anestésicas mais importantes Tuberosidade baixa: ✓ Bloqueia nervo alveolar superior posterior. ✓ Anestesia terceiro molar, segundo molar e primeiro molar (exceto raiz mesiovestibular), osso alveolar e mucoperiósteo relacionado a esses dentes. ✓ Paciente 45 graus plano oclusal maxilar com o solo e boca entreaberta. Apoiar dedo indicador pelo fundo de vestíbulo até encontrar eminência (processo zigomático da maxila), lateralizar dedo e secar região de fundo de vestíbulo de molares. Aplicar anestésico tópico benzocaína 20% e deixar agir por 1 minuto. Montar carpule com tubete anestésico e agulha 27G longa. Correr o dedo novamente e localizar eminência, entrar com bisel voltado para o osso, agulha fazendo 20 graus com longo eixo do primeiro molar e 45 graus com plano sagital médio. Penetrar de 16 a 20 mm (10 a 14 mm em crianças) na altura de fundo de vestíbulo entre primeiro e segundo molar, fazendo refluxo e injetar 1 tubete. Aguardar de 10 a 15 minutos para procedimento. Tuberosidade alta ✓ Anestesia alveolar superior (anterior, médio e posterior), palatino maior e menor, nasopalatino. ✓ Paciente 45 graus plano oclusal maxilar com o solo e boca entreaberta. Apoiar dedo pelo fundo de vestíbulo até encontrar eminência (processo zigomático da maxila), lateralizar dedo e secar região de fundo de vestíbulo de molares. Aplicar anestésico tópico benzocaína 20% e deixar agir por 1 minuto. Montar carpule com agulha 27G longa, penetrar na distal de segundo molar, na prega mucovestibular, bisel voltado para o osso, agulha para dentro, para cima e para trás. Inserir 30 mm da agulha, 2 tubetes de anestésico, fazendo refluxo. Aguardar de 10 a 15 minutos para o procedimento. Infraorbitário ✓ Anestesia alveolar superior médio e anterior, labial superior, nasal lateral e palpebral inferior. ✓ Localizar forame infraorbitário +/- 0,5 cm abaixo da incisura infraorbitária. Paciente posicionado com plano oclusal maxilar 45 graus com solo e boca entreaberta. Afastar lábio superior e visualizar fundo de vestíbulo na altura de segundo pré molar, secar a região e aplicar anestésico tópico benzocaína 20%. Montar carpule com agulha 27G longa, penetrar paralelo a face vestibular de segundo pré molar, no fundo de vestíbulo, 16 mm, injetar ½ tubete, bisel voltado para o osso, fazendo refluxo. Massagear região para anestésico se difundir para dentro do canal infraorbitário. 5 Complementação palatina ✓ Anestesia mucosa palatina na área de infiltração de um dente. ✓ Plano oclusal maxilar 45 graus com solo e boca em máxima abertura. Secar região do mucoperiósteo palatino +/- 0,5cm acima da margem gengival livre, aplicar anestésico tópico benzocaína 20% e deixar agir por 1 minuto. Montar carpule com agulha 30G curta, penetrar com bisel voltado para o osso, no mucoperiósteo palatino, deixando o mais perpendicular possível ao osso. Injetar até isquemiar a região. Alveolar inferior ✓ Inerva de incisivo central até terceiro molar, osso alveolar e mucoperiósteo de incisivo até segundo pré-molar e metade do lábio inferior. ✓ O nervo lingual inerva metade do assoalho da boca, 2/3 anteriores da língua e mucoperiósteo lingual de incisivo a terceiro molar. ✓ Paciente com plano oclusal mandibular paralelo ao solo e boca com máxima abertura. Secar rafe pterigomandibular, aplicar anestésico tópico 20% e deixar agir por 1 min. Montar carpule com agulha 27G longa e tubete anestésico. Correr o dedo pelo fundo de vestíbulo até encontrar ponto de maior concavidade da linha oblíqua externa e palpar outro dedo na borda posterior da mandíbula. Entrar com carpule com mão oposta na região de pré-molares do lado oposto, bisel voltado para o osso e penetrar no sulco da prega pterigomandibular. Penetrar 0,5cm, injetar 1/3 do tubete, fazendo refluxo, penetrar 1,5cm e injetar 2/3 do tubete. Esperar de 10 a 15 minutos. Nervo bucal ✓ Inerva mucoperiósteo vestibular dos molares inferiores, osso alveolar desses dentes e mucosa jugal. ✓ Plano oclusal mandibular paralelo ao solo e boca em máxima abertura. Aplicar anestésico tópico 20% e deixar agir por 1min. Montar carpule com tubete anestésico e agulha 30G curta. Correr dedo indicador até encontrar ponto de maior concavidade da linha oblíqua externa, lateralizar dedo e entrar com a carpule paralela à face vestibular de molares inferiores, aproximadamente 1cm acima do plano oclusal. Penetrar 2 a 4 mm, bisel voltado para o osso, infundir 1/3 do tubete, fazendo refluxo. 6 Gow Gates ✓ Anestesia pega nervo bucal, lingual e alveolar inferior. ✓ Paciente com plano mandibular paralelo ao solo e com boca em máxima abertura. Percorrer dedo até ponto de maior concavidade da linha oblíqua externa sob incisura coronoide. Penetrar agulha 27G longa na distal da cúspide distopalatina do segundo molar superior e direção de pré-molar do lado oposto. Bisel voltado para o osso e carpule paralela à linha intertragus comissura labial. Penetrar 25mm, bisel voltado para o osso, fazendo refluxo e injetar 1 tubete. Vazirani Akinosi ✓ Bloqueio do nervo alveolar inferior e lingual. Pacientes com triismo. ✓ Paciente com plano oclusal mandibular paralelo ao solo, dentes ocluídos e musculatura relaxada. Agulha 27G longa. Afastar tecido mole, agulha paralela ao plano oclusal maxilar, adjacente a tuberosidade da maxila, na altura da junção mucogengival de molares. Inserção sobre tecido mole, na borda medial da mandíbula. Inserção de aproximadamente 25mm, 1 tubete, fazendo refluxo, bisel não voltado para o osso. 7 Biossegurança • Assepsia: todo processo de eliminação ou impedimento da chegada de microrganismos no local. É um conjunto de técnicas para isolar o meio de patógenos. • Desinfecção: processopelo qual se consegue eliminar alguns microrganismos que podem causar doenças, mas não todos. É feito com o uso de desinfetantes e em seres não vivos. • Esterilização: eliminação completa de todos os microrganismos. 1. Estufa ✓ Esteriliza através do calor seco ✓ Coloca o material na estufa, atinge 160º e espera 2 horas ✓ 170º e espera 1hr e meia ✓ 180º espera 1 hora ✓ Desnaturação das proteínas do microrganismo e oxidação dos constituintes celulares orgânicos ✓ Demorado, pouco prático e danifica material com o tempo 2. Autoclave ✓ Esteriliza através do calor úmido ✓ Coloca instrumental e fecha. Água ferve e entra em contato com instrumental, desnatura proteínas dos microrganismos mais rapidamente e destrói membranas enzimáticas através das quebras das ligações de hidrogênio ✓ 134º e aguarda 12min ✓ 121º e aguarda 24min ✓ Espera despressurizar e esfriar ✓ Ciclo dura em torno de 1 hora 8 Condições sistêmicas 1. Angina • Nitroglicerina sublingual disponível e óxido nitroso • Redução de ansiedade • Contato com médico • Paciente controlado • 6 meses após IAM • O2 suplementar • Vasoconstritor: felipressina ou adrenalina 0,04mg 2. Asma • Evitar AINES • Ajustar corticoterapia • Controle de ansiedade • Manter broncodilatadores acessíveis • Epinefrina injetável e tecefilina disponíveis 3. DPOC • Redução de ansiedade (evitar depressor respiratório) • Os suplementar se for indicado • Ajustar corticoterapia • Broncodilatador acessível • Evitar posição supina • Consulta à tarde 4. Insuficiência renal • Cirurgia um dia após diálise • Evitar AINE • Consultar médico sobre antibiótico profilático • Controle de ansiedade 5. Transplante de órgãos • Evitar uso de drogas nefrotóxicas • Monitorar pressão arterial • Considerar uso de antibióticos profiláticos • Obs: ciclosporina A causa hiperplasia gengival 9 6. Hipertensão • Redução de ansiedade • Monitorização • Crise hipertensiva: captropil/adalat • Sem uso de vasoconstritores • Explicar procedimento, hipnótico noite anterior, ansiolítico 1hr antes, • analgésico adequado e telefone para contato 7. Diabetes Mielitus • Procedimento de dia • Redução de ansiedade • Monitorização e contato verbal • Ajuste de terapia antiglicemiante (alimentar-se normalmente) • Tratamento agressivo de infecções 8. Insuficiência adrenal • Redução de ansiedade • Dobrar dose usual de medicamento no dia anterior, no dia e dia após a cirurgia 9. Coagulopatias hereditárias • Evitar AINE • Tempo de hemorragia, contagem de plaquetas e triagem para hepatite • TP (Tempo de protrombina): via extrínseca (fator II, V, VII, X) • TTP (Tempo de tromboplastina parcial): via intrínseca • Método INR: TP > 3 INR cirurgia deve ser adiada 10. Gravidez • Posição mais reta da cadeira • Drogas menos prováveis de causar dano ao feto: lidocaína, bupivacaína, penicilina, cefalosporina, acetaminofeno 10 ➢ Perguntas importantes a serem feitas na anamnese (anamnese direcionada): 1. Problema de saúde? 2. Doença séria no passado? 3. Fenômenos alérgicos? 4. Hospitalização prévia (cirurgia)? 5. Está sob tratamento médico? 6. História de sangramento? 7. Medicamentos? ASA 1: Paciente saudável ASA 2: Doença sistêmica leve com risco de saúde (fumante, diabéticos, gestantes, hipertensos controlados, etc.) ASA 3: Doença sistêmica leve a moderada limitante, mas não incapacitante (DPOC, diabéticos mal controlados) ASA 4: Doença sistêmica moderada a severa limitante e incapacitante (AVC, AVE, disfunção valvar) ASA 5: Morimbundo com menos de 24 horas de vida ASA 6: Morte cerebral, doador de órgãos 11 Instrumentais de cirurgia • Pinça Collin: apreender a gaze e fazer antissepsia na região perioral do paciente, afim de diminuir a população de microrganismos. • Afastador minessota: afastar tecidos moles. • Seringa carpule: anestesiar pacientes. • Cabo de bisturi número 3 e lâmina 15: incisionar os tecidos. • Descolador do tipo Molt: descolar tecido e visualizar osso. • Pinça Kelly: serrilhada até a metade na parte interna da ponta ativa. Controle de hemorragia. • Pinça Halsted: toda serrilhada na parte interna. Controle de sangramento, remoção de tecido e apreensão de fragmentos, divulsão. • Pinça clínica: remoção de pontos. • Pinça Adson: apreensão de tecidos durante a sutura. • Pinça Allis: apreensão de tecidos e manipulação de biópsia. • Pinça Backaus: manter instrumentos em posição, fechar hermeticamente a abertura do campo fenestrado, apreender e estabilizar a caneta de rotação e aspiração. • Porta agulha tipo Mayo: sutura. • Lima para osso: conter espículas ósseas no alvéolo do dente extraído. • Cureta de Lucas: remoção de tecidos moles, resto de folículo pericoronário ou lesão periapical. • Tesoura íris: cortar fio de sutura. • Tesoura Metzenbaum: cortar tecidos e divulsioná-los. ➢ Fórceps ✓ Fórceps 150 ou 151: universais. Extração de todos os dentes unirradiculares, além de remanescentes radiculares ou raízes divididas ou seccionadas cirurgicamente de molares. 150 é usado na arcada superior e 151 é usado na arcada inferior. ✓ Fórceps 18R ou 18L: projetados para se adaptarem aos molares superiores. Apresentam superfície lisa e côncava para raiz palatina e uma ponta ativa pontiaguda que encaixa na bifurcação vestibular. 18R é usado no lado direito e 18L, no esquerdo. ✓ Fórceps 17: molares inferiores. Pontas ativas pontiagudas bilateralmente para se adaptarem às bifurcações vestibular e lingual. ✓ Fórceps 23: molares inferiores com coroa destruída. ✓ Fórceps 65 ou 69: restos radiculares ou raízes vestibulares de molar superior. 12 ➢ Princípios do uso do Fórceps: 1. Seleção correta do fórceps. 2. Pressão mais apical possível. 3. Apreender estrutura dentária sadia. 4. Mão mais distante possível da ponta ativa, que deve estar paralela ao longo eixo do dente. 5. Expansão lenta e progressiva do osso alveolar (movimento vestíbulo lingual e de rotação, em caso de unirradiculares) ➢ Alavanca ✓ Mecanismo de roda e eixo e função de cunha. ✓ Introduzida entre a raiz dentária e osso alveolar, onde realiza-se pressão no sentido apical. ✓ Cunha: à medida que introduz alavanca no espaço do ligamento o dente sai. Cuidado com pré-molar e molar superiores, para não empurrar estrutura dentária para seio maxilar. ✓ Contraindicação: exodontia que puder ser realizada apenas com o uso de fórceps e dentes adjacentes com ponto de contato. ✓ O apoio se dá no osso alveolar, o dente é a resistência e a potência é o profissional. Manobras cirúrgicas fundamentais 1. Diérese: acesso para se chegar ao procedimento 2. Exérese: objetivo da cirurgia (exodontia, biópsia) 3. Hemostasia: controle de sangramento 4. Síntese: sutura, fechamento do procedimento 13 ➢ Incisões ✓ Utilizar lâminas novas e afiadas ✓ Incisão firme e contínua e com bordas regulares ✓ Cuidado com estruturas anatômicas da região ✓ Proporcionar campo amplo e boa visualização ✓ Lâmina perpendicular à superfície epitelial ✓ Incisões em gengiva inserida e sobre osso saudável ➢ Retalho Porção de tecido delimitado por incisões cirúrgicas. Tem como objetivo obter acesso à area a ser operada e mover tecidos moles de um local para o outro. ✓ Deve ser planejado de forma a evitar injúrias às estruturas vitais localizadas na área da cirurgia ✓ Tamanho adequado para favorecer a visualização de toda área manipulada ✓ Ponta do retalho não deve ser maior do que a base, ou seja, base deve ser maior do que a altura ✓ Comprimento do retalho não deve ter duas vezes a largura da base ✓ Quando possível, fornecimento de sangue axial deve ser incluído nabase do retalho ✓ Base não deve ficar torcida, esticada ou apertada para não comprometer o suprimento de nutrientes. Dessa forma, os retalhos devem ser manipulados cuidadosamente e deve ser afastado sem tensão. ✓ Margem apoiada em osso sadio ✓ Mucoperiosteal de espessura total ✓ Incisão relaxante oblíqua e parapapilar ➢ Indicações de retalho ✓ Exposição de raízes residuais que foram fraturadas durante a realização da exodontia pelo método fechado ✓ Realização de exodontia seriada ✓ Dentes multirradiculares com coroa destruída ✓ Dentes anquilosados ou inclusos com hipercementose ✓ Raízes residuais próximas ao seio maxilar ✓ Molares com raízes finas, longas e/ou divergentes ✓ Raízes residuais sepultadas sob prétese dentária ✓ Quando realizar força excessiva sem êxito durante exodontia pela técnica fechada 14 ➢ Contraindicações do retalho ✓ Palato: artéria palatina e nervo ✓ Superfície lingual da mandíbula: nervo lingual ✓ Eminência canina: dificuldade de sutura ✓ Inserção muscular: músculo não regenera ✓ Forame mentoniano: nervo mentoniano Instrumental utilizado no retalho: bisturi número 3, lâmina 15, afastador minessotta, mangueira de aspiração, pinça hemostática. Tipos de retalho 1. Envelope • Mais comum • Pode ser usado em todas as áreas da cavidade oral • Feito no sulco gengival até a crista óssea e através do periósteo • Dois dentes anteriores e um posterior • Contornar a gengiva, encostando no dente • Em áreas edêntulas a incisão é realizada ao longo da crista do rebordo • Menor retração gengival • Retalho versátil • Visualização de 1/3 cervical e parte de 1/3 médio • Pouca visualização de 1/3 médio e apical 2. Quadrangular • Ampla visualização • Incisão envelope + duas incisões relaxantes • Boa amplitude para fundo de vestíbulo, mas limitado para mesial e distal • Cuidado na realização de incisões relaxantes • Maior retração gengival, não é versátil 3. Semilunar • Visualização 1/3 apical • Visa acessar região apical dos dentes • Acesso limitado (dente não fica totalmente visível) • Evita trauma à papila e à margem gengival • Indicado para cirurgia de periápice • Incisão acima da linha mucogengival 15 4. Em L • Incisão envelope + relaxante • Um dente anterior e um posterior • Boa ampliação para distal e para fundo de vestíbulo • Aumenta visualização do terço apical e médio • Diminui vascularização e dificulta sutura • Só pode expandir para trás • Retração gengival moderada, pouco versátil • Indicação: terceiro molar superior 5. Em Y • Preconizada para região palatina • Incisão linear no centro do palato + 2 ou 4 verticais relaxantes • Incisões relaxantes não devem se aproximar da artéria palatina • No meio do palato, 1cm aquém do dente Obs: primeiro ponto de sutura de um retalho é sempre no vértice da incisão relaxante. Princípios de sutura Conjunto de manobras cirúrgicas que visam aproximação dos tecidos que foram divididos ou separados durante o ato cirúrgico de incisão, divulsão ou devido a trauma em tecidos moles. Tem como objetivo a cicatrização, posicionamento e estabilidade tecidual, hemostasia e impedir aparecimento de espaço morto. Espaço morto: quando não une um tecido ao outro e fica um coágulo. Suturar planos teciduais juntos, colocar curativo compressivo sobre o corte reparado, drenagem ou adição de curativos compressivos, vedação no vácuo até que o sangramento pare e então removê- la (material de vedação impregnado com medicação antimicrobiana). 16 ✓ Agulha tem que prender em ¾ ou na metade do porta agulha ✓ Agulha deve entrar perpendicular ao tecido a ser suturado ✓ Não forçar agulha contra tecido ✓ Introduzir de forma circular (movimento do punho) ✓ Realizar sutura dos tecidos móveis em direção aos mais fixos ✓ Deve aproximar as bordas da ferida, sem causar tensão ou distorção ✓ Agulha deve passar nos tecidos com auxílio da pinça em uma ou duas partes ✓ Nó para vestibular ou lateral a incisão ✓ Primeiro ponto deve ser no meio da ferida e depois nas extremidades ✓ Primeiro ponto no vértice (encontro de duas incisões), no caso de incisão relaxante ✓ O número de pontos deve ser limitado o suficiente para fechamento adequado da ferida ✓ Distância de cada ponto deve ser de 5 a 7 mm e de vestibular para lingual de 3mm ✓ Remoção dos pontos de sutura intraoral é de 7 a 10 dias. Deve fazer bochecho antes da remoção e antissepsia da região para evitar risco de infecção Instrumental: porta agulha, pinça dente de rato, pinça hemostática, aspirador e mangueira, gaze, soro fisiológico com agulha rosa para lavar a região e não ficar elementos estranhos. Limpeza excessiva com soro fisiológico é mais importante do que antibioticoterapia. Tipos de cicatrização • Primeira intenção: ato de suturar • Segunda intenção: no alvéolo, quando não tem como suturar Tipo de agulha • Aço inoxidável • Ponta ativa, corpo, parte terminal • Presas ao fio ou isoladas (maior dano tecidual e menor custo) • Curvatura ¾ é usada em odontologia e ½ é usada em enxerto e molar superior • Seção cônica, cilíndrica ou triangular (usada na odontologia) 17 Tipos de fio • Grande resistência à tração • Calibre fino e regular • Baixo custo • Fácil visualização e esterelização • Ausência de reação tecidual • Monofilamentado: duro, machuca, nylon, 4 nós • Multifilamentado: seda, 3 nós, aumenta força do fio, não machuca pós operatório, pode acumular bactéria, torcido ou traçado, aumentam sua abrasividade ➢ Fios absorvíveis 1. Categut simples ou cromado o Origem animal o Reação tecidual alta o Absorção rápida por enzimas proteolíticas o Baixo custo 2. Poligalactina 910 o Sintético o Reabsorção por hidrólise lenta o Força tensional: 21 a 28 dias o Reação tecidual moderada o Maior resistência à tração o Baixo custo ➢ Fios não absorvíveis 1. Seda o Fácil manuseio o Pouca reação tecidual 2. Algodão o Fácil manuseio o Reação tecidual semelhante a seda 3. Nylon o Exclusivo para pele o Difícil manuseio o Pouca reação tecidual 18 Dentes Inclusos Quando o comprimento total do arco é menor do que o comprimento total da arcada dentária, os dentes tardios ficam sem espaço para acomodação adequada. Incidência: 3º molar inferior > 3º molar inferior > Canino superior > Pré molar inferior Os terceiros molares são os últimos a erupcionarem em seus arcos. O canino superior é o último a erupcionar na pré maxila e os pré molares inferiores erupcionam depois de caninos e molares inferiores. • Dente incluso: no interior do osso, não aparece na cavidade bucal. • Dente impactado: não consegue irromper, pois encontra barreira física. Avaliação ✓ Idade: 16 a 18 anos é a melhor indicação para remoção ✓ Proximidade a estruturas nobres ✓ Dificuldade técnica ✓ Espaço disponível Indicações ✓ Cárie: presença de terceiro molar incluso pode levar a acúmulo de placa e desenvolvimento de lesão de cárie na superfície do dente ou no dente adjacente. ✓ Doença periodontal: formação de nicho bacteriano na superfície distal de segundo molar. Região mais posterior é de difícil higienização. O dente pode não apresentar gengiva inserida, o que torna a interface coroa/gengiva adequada para acúmulo de placa. ✓ Pericoronarite: processo infeccioso de tecidos moles ao redor da coroa do dente incluso ou parcialmente erupcionado. ✓ Reabsorção radicular: dente incluso pode causar reabsorção em dente adjacente por exercer pressão sob a superfície. ✓ Cistos e tumores odontogênicos: dentes no osso alveolar possuem folículos coronários que podem ocasionalmente sofrer degradação cística ou formar tumoresodontogênicos. ✓ Dor de origem desconhecida ✓ Má oclusão: dentes supranumeráriosque impedem erupção de permanentes ou impedem movimentação ortodôntica ou dentes inclusos não passíveis de aproveitamento. ✓ Fratura de mandíbula 19 Conduta ✓ Terceiros molares inclusos: não indicada a extração antes dos 15 anos, feita preferencialmente entre 16 a 18 anos ✓ Dentes supranumerários: removidos precocemente Contraindicações ✓ Idade avançada: pacientes com mais de 30 anos possuem maior densidade óssea e diminuição no poder de recuperação. ✓ Condição médica comprometida ✓ Proximidade com estruturas nobres: fossa nasal, seio maxilar, nervo mentual, etc). Fazer acompanhamento clínico-radiográfico. ✓ Risco elevado de fratura de mandíbula Pericoronarite Opérculo gengival difícil de ser higienizado leva ao acúmulo de bactérias na região e desenvolve-se um processo infeccioso de tecidos moles ao redor da coroa do dente incluso, denominado pericoronarite. Antes de fazer a extração do dente incluso, deve-se realizar o tratamento local e eliminar o traumatismo. Leve o Pequeno aumento de volume local o Dor à palpação o Sem pus e sem triismo o Anamnese adequada, anestesia, limpar opérculo gengival, avaliar se opérculo gengival traumatiza dente adjacente o Orientar paciente a fazer higienização rigorosa (cotonete com periogard 4x ao dia e água oxigenada 3x ao dia) o Extração 3 a 4 dias após início do tratamento o Profilaxia antibiótica: amoxicilina 2g 1hr antes do procedimento (índice de infecção acima de 10%) 20 Moderada o Dor à palpação e mastigação o Traumatismo mais acentuado o Edema local e leve edema extraoral o Anamnese adequada, anestesiar o paciente, limpar opérculo gengival, avaliar de terceiro molar traumatiza opérculo o Cotonete embebido de periogard 5x ao dia no local e cotonete embebido com água oxigenada 10v 3x ao dia no local o Antibioticoterapia 500mg 8/8hrs via oral o Extração 5 dias após tratamento o 2g amoxicilina 1hr antes do procedimento e continuar por dois dias Grave o Dor o Aumento de volume local e facial o Triismo o Anamnese adequada, anestesia, limpar opérculo gengival, avaliar se terceiro molar traumatiza opérculo o Orientar paciente a fazer higienização rigorosa no local: cotonete embebido comperiogard 5x ao dia e cotonete embebido com água oxigenada 10v 3x ao dia o Antibioticoterapia endovenosa 500mg 8/8hrs o Internação Classificação de dentes inclusos (terceiros molares) Classificação de Winter • Tem como referência longo eixo do segundo molar • Mesioangulado (43% - remoção mais fácil) • Horizontal (3% - segundo mais fácil) • Vertical (38% - terceiro mais fácil) • Distoangulado (6% - remoção mais difícil) 21 Classificação de Pell & Gregory • Relação do dente com plano oclusal e borda anterior do ramo mandibular • Classe A: dente no mesmo nível do segundo molar • Classe B: dente localizado entre plano oclusal e linha cervical do segundo molar • Classe C: dente abaixo da linha cervical do segundo molar • Classe I: situado anteriormente à borda anterior do ramo da mandíbula • Classe II: metade da estrutura apresenta-se coberta pela porção anterior do ramo • Classe III: dente totalmente coberto pela borda anterior da mandíbula Obs: mais difícil de ser removido é distoangulado classe III, C. Mais fácil é mesioanguladoclasse I, A. Técnica cirúrgica 1. Localização radiográfica 2. Acesso cirúrgico 3. Osteotomia lenta e progressiva com broca esférica nº 6 4. Odontosecção criteriosa com broca 702 ou broca Zecrya longa (¾ da coroa) 5. Retirada do dente 6. Limpeza da loja cirúrgica 7. Fechamento da ferida → Retalho do tipo envelope é preferível na remoção de terceiros molares inferiores. → Incisão do trígono retromolar deve ser mais vestibularizada para não atingir nervo lingual. → Não estender descolamento até linha oblíqua externa. Quanto maior o descolamento, maior é o edema pós-operatório. → Em dentes inclusos, o processo de erupção não foi concluído e o ligamento periodontal encontra-se imaturo. Estratégia para remoção é eliminar obstáculos físicos, utilizando remoção óssea e segmentação dentária. → É mais interessante segmentar um dente do que realizar osteotomias extensas para reduzir traumatismo cirúrgico → Broca corta ¾ da coroa no sentido vestibulolingual. → Clivagem completada com a introdução e rotação da alavanca reta no sulco. → Terceiro molar superior: retalho em L. Incisão relaxante na mesial de segundo molar. Osteotomia com descolador de molt (tábua óssea fina na vestibular). 22 Odontectomia parcial intencional Visa evitar acidentes que apresentem morbidade potencial associada. Indicações ✓ Proximidade do dente incluso com estruturas nobres ✓ Possibilidade de fratura de mandíbula durante exodontia ✓ Risco de lesão adjacente ✓ Estado de saúde geral Obs: Cuidado em mandíbulas atróficas e relação estreita do terceiro molar inferior e canal mandibular. Decisão pré-operatória: geralmente, as raízes residuais e os remanescentes dentários daodontectomia apresentam substituição gradativa da polpa por tecido fibroso, preservando a vitalidade e evitando necrose. Contraindicações ✓ Dentes com sintomatologia dolorosa ✓ Dentes com processo infeccioso associado ✓ Dentes associados a doença periodontal ✓ Dentes com lesões periapicais (não pode haver patologia pulpar, pois deve haverhistodiferenciação da polpa) ✓ Remanescentes radiculares que permaneçam em área de movimentação ortodôntica Técnica cirúrgica → Remoção da coroa, deixando remanescente radicular. Isso permitirá a criação de um espaço entre o remanescente radicular e a cavidade bucal, que será inicialmente preenchido por coágulo sanguíneo e em seguida, por osso sadio. Essa barreira óssea impedirá contato entre remanescente dentário com os fluidos e microrganismos orais e ocorrerá a histodiferenciação da polpa. → Mínimo de força deve ser aplicada para não ocorrer luxação do elemento dentário e haver manutenção e integridade da polpa e do periodonto. → Acompanhamento radiográfico por, no mínimo, seis anos. → Falha: infecção local. Retirada do remanescente dentário. 23 Aproveitamento de dentes inclusos ✓ Abertura de espaço na arcada ✓ Exposição cirúrgica ✓ Reposição de retalho periapical ✓ Colagem de bracket transoperatória ✓ Luxação forçada (dentes anquilosados) ✓ Autotransplante dentário ✓ Pré requisito: espaço no arco, avaliar força eruptiva, condições de tracionamento Técnicas • Ulotomia: remoção de tecido gengival, dente prestes a erupcionar • Reposição apical do retalho: incisão, repõe apicalmente o retalho, quando o dente erupcionar trará consigo a gengiva inserida • Exposição palatina: localiza dente, descolamento, osteotomia, volta posição do retalho, abrindo espaço para erupção do dente, sutura, cimento cirúrgico, depois de uma semana, tira pontos e cimento e faz a colocação de brackets • Exposição vestibular: cirurgia, osteotomia, colagem de bracket transoperatória, deixa fio de aço no tecido • Osteotomia individual • Autotransplante Conduta ✓ Até 25 anos: exodontia (sintomático ou assintomático), pois há grande chance de desenvolver cárie, doença periodontal e pericoronarite. ✓ Após 25 anos: em pacientes assintomáticos, fazer acompanhamento radiográfico e em pacientes sintomáticos, fazer odontectomia parcial intencional ou exodontia. Técnicas cirúrgicas para cada caso 1. Dente mesioangulado: separa raízes, tira raiz distal e depois mesial. Dois pontos na incisão distal e um ponto no descolamento da papila entre primeiro e segundo molar. 2. Dente distoangulado: odontosecção retirando raiz distal, alavanca retira raiz mesial. 3. Dente vertical: osteotomia e alavanca. Não precisa de odontosecção. 4. Dente horizontal: odontosecçãoda coroa, tira coroa e empurra raízes com alavanca. 5. Molar superior: osteotomia com descolador de molt, pois o osso é poroso. Incisão relaxante para melhor visualização. 6. Canino superior: descolamento de papila, odontosecção. 24 Caso clínico: terceiro molar distoangulado, próximo ao canal mandibular, circundado por osso na periferia 1. Paciente de 19 anos assintomático: exodontia. Chance de apresentar cárie, doença periodontal ou pericoronarite. Osso mais expansível, facilitando dilatação do alvéolo e melhor recuperação. 2. Paciente com 45 anos assintomático: acompanhamento radiográfico, pois o osso é mais compactado, dificultando a remoção do dente. Menor poder de recuperação. 3. Paciente de 55 anos com dor e rarefação óssea próxima à periferia: exodontia ou odontectomia parcial intencional (requisitos de ausência de infecção, patologia pulpar e periodontopatia) para alívio da dor do paciente. Obs: pacientes mais novos tem osso mais poroso e espaço ligamentar espesso, enquanto paciente mais velhos tem osso mais denso e espaço ligamentar atrofiado. Exodontia múltipla 1. Posteriores maxilares, deixando primeiro molar 2. Anteriores maxilares, deixando canino 3. Primeiro molar superior 4. Canino superior 5. Posteriores mandibulares, deixando primeiro molar 6. Anteriores mandibulares, deixando canino 7. Primeiro molar inferior 8. Canino inferior Complicações cirúrgicas Complicações transoperatórias ✓ Exodontia do dente errado ✓ Fratura radicular ou de instrumentos ✓ Luxação e/ou fratura de dentes vizinhos ✓ Injúrias às estruturas adjacentes Condições predisponentes a fraturas dentárias ✓ Tábua óssea espessa ✓ Cáries extensas ✓ Dentes anquilosados ✓ Ápices radiculares finos ✓ Hipercementose ✓ Osso mais cervical ✓ Tratamento endodôntico prévio 25 Deslocamento para regiões vizinhas ✓ Cavidade nasal ✓ Seio maxilar ✓ Região pterigomaxilar ✓ Região sublingual ✓ Região submandibular Obs: quando há deslocamento para seio maxilar, deve-se identificar o tamanho da raiz perdida e avaliar infecção da raiz e da região. Se tiver infectada, deve-se realizar conduta de Cadwell Luc ou endoscopia. Se o fragmento no seio for pequeno, deve-se localizar radiograficamente, irrigar e sugar. Deslocamento de dentes para regiões vizinhas ✓ Via digestiva ✓ Via respiratória Complicações transoperatórias ✓ Injúrias a tecidos moles ✓ Retalho muito tracionado ✓ Abrasão da mucosa jugal ou lábio ✓ Resvalo de instrumentos Cuidados ✓ Preservar o periósteo ✓ Extração sob odontosecção e osteotomia ✓ Separar raízes vestibulares da palatina ✓ Sem usar pressão apical para não cair no seio ✓ Preservar alvéolo para não aumentar comunicação ✓ Planejamento cuidadoso Complicações pós cirúrgicas ✓ Triismo ✓ Edema ✓ Alveolite (fumo, idade, trauma cirúrgico, pericoronarite) ✓ Abcesso ✓ Osteomielite ✓ Hemorragia (uso crônico de aspirina e anticoagulante, PA elevada, drogas quimioterápicas e cirrose) 26 Conduta para paciente com comunicação buco sinusal: preservar periósteo, sutura de primeira intenção para reter o coágulo. Evitar manipular a região e orientar paciente a não assoar o nariz, a fim de evitar que vire uma fístula. Conduta para paciente com fístula buco sinusal: Irrigação com soro fisiológico 3x ao dia e 2x na semana pelo dentista. Orientar a fazer irrigação com Penetro 3x ao dia, antibioticoterapia (clavulim 875mg 12/12hrs por 7 dias), debridar fístula, retirando tecido epitelizado. Idealizar retalho para recobrir fístula e colocar placa para proteger ferida cirúrgica. Alveolite (tratamento e como identificar): odor fétido 2 ou 3 dias pós operatório, dor que não passa com analgésico. Irrigar copiosamente, retirar coágulo necrosado com cureta de Lucas. Se for alveolite seca, irrigar e sondar parede dos alvéolos, procurando fratura, curativo analgésico no terço apical (alvogyl ou tampão com OZE). Complicações buco sinusais ✓ Imediatas: durante ato cirúrgico ✓ Tardias: fístulas bucossinusais, forma canal permanente entre seio maxilar e cavidade bucal ✓ Diagnóstico: através da sondagem no alvéolo com cureta de Lucas delicadamente para identificar fraturas ou descontinuidades nas paredes dos alvéolos. Manobra de vasalva (expiração forçada de ar pela cavidade nasal, mantendo-se as narinas do paciente ocluídas. Se houver comunicação, o ar saíra por esta abertura, formando bolhas de sangue). ✓ Tempo, tamanho e presença de infecção são fatores para se basear ao fazer o tratamento ✓ Quanto mais recente for, melhor o prognóstico ✓ Prevenção: avaliar raízes de pré molares e molares superiores ✓ Osteotomia e odontosecção para dentes com raízes curvas, divergentes ou dilaceradas Comunicações tardias Quando não diagnosticada no transcirúrgico, tendem a sofrer epitelização e se transformar em fístula bucosinusal. Tratamento definido com base na presença ou não de infecção no seio maxilar. ✓ Sem infecção: avivamento e coadaptação das bordas para fechamento primário. ✓ Com infecção: fazer drenagem de pus, tratamento com antibióticos, inalação, descongestionantes nasais, irrigação da cavidade sinusal com soro fisiológico ou água destilada e avivamento e coadaptação das bordas para fechamento. 27 Comunicações imediatas ✓ Comunicação imediata quando se limita a região apical e sem fratura de tábuas ósseas (pequenas, até 3mm): acompanhamento da cicatrização alveolar ✓ Mais de 3mm: coadaptação dar bordas, fechamento primário do alvéolo para otimizar a manutenção do coágulo. Pode ser necessária uma alveoloplastia das cristas ósseas. Retalhos ✓ Coxim adiposo de Bichat para fechar fístulas bucossinusais ✓ Rotação de retalho palatino para fechamento de fístulas grandes ✓ Retalho deslizante: fístulas pequenas, vestibular ou palatino ✓ Retalho rotarório vestibular ou palatino (gengiva mais espessa, facilita fechamento e cobertura de defeitos extensos, melhor vascularização, devido à artéria palatina). Confecção de placas de proteção de resina acrílica autopolimerizável para usar durante 15 dias pós operatório. Obs: avivamento das bordas é a remoção da porção superficial que reveste a fístula para torná-la capaz de cicatrizar com o retalho feito. Acesso de Cadwell Luc ✓ Presença de corpo estranho no seio maxilar ✓ Incisão no fundo de vestíbulo na região de pré molares e molares superiores e deslocamento do periósteo. Acesso à parede anterior do seio maxilar, trepanação com brocas acima dos ápices dos dentes superiores para acesso à parte interna da cavidade sinusal. Irrigação e remoção do corpo estranho. Cirurgia Pré-protética Prótese imediata ✓ Benefício psicológico e estético ✓ Melhor adaptação dos tecidos ✓ Controle do edema e sangramento ✓ Dimensão vertical mantida ✓ Custo maior ✓ Provisória 28 Cirurgia para remoção do osso ✓ Alveoloplastia ✓ Compressão bidigital (manobra de champret) ✓ Regularizar rebordos, remover com pinça goiva ou broca e ajustar com lima de osso no final Tipos de enxerto ➢ Autógenos o Removido do próprio paciente (ilíaco, tíbia, calota, mandíbula) o Sem rejeição, único que induz formação de osso na região, osteoindução e osteocondução o Dor, reabsorção imprevisível ➢ Alógenos o Remove de outra pessoa, osso é tratado e paciente o recebe o Muitas vezes, não é aceito pelo organismo ➢ Xenógenos o De outra espécie (ex: osso de boi, cavalo) o Chance de rejeição ➢ Biomateriais o Cada biomaterial vai ser usado em uma região específica Obs: osteocondução é a deposição de osso na região pelas células.
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