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Cólica Equina O termo cólica é definido como um paroxismo (do latim sinônimo de cólon) de dor abdominal aguda localizada num órgão oco e frequentemente causada por um espasmo, obstrução ou torção. O equino é um animal herbívoro monogástrico, isto é, possui um único estômago e, em condições naturais, se alimenta de ferragens. A cólica equina, conhecida também como abdômen agudo, é uma desordem relativamente comum do sistema digestivo que afeta o desempenho dos animais. Antes de mais nada, é importante deixar claro que por ser uma doença grave, se não for tratada logo, pode levar o animal ao óbito. Existem diferentes tipos de cólicas, das mais simples às mais graves, confira em seguida as principais: Cólica de impacto: ocorre uma obstrução, normalmente no intestino grosso, causado por uma sobrecarga de alimento fibroso que o cavalo não consegue digerir. Colite: é uma inflamação do intestino grosso. Cólica causada por parasitas: há alguma obstrução no sistema digestivo causada por um grande número de parasitas. Deslocamento ou torção gástrica: o intestino desloca-se para uma posição anormal do abdômen, podendo muitas vezes torcer. Cólica por gases: ocorre mais frequentemente no intestino grosso, devido ao estiramento do intestino, que leva à dor abdominal. Cólica por espasmos ou espasmódica: acontece quando há contrações intestinais aumentadas, contrações peristálticas e alteradas no intervalo gastrointestinal do cavalo. Esse tipo de cólica ocorre devido ao acúmulo de gases no aparelho digestivo do cavalo. @vetmgabriela - MARIA GABRIELA DE SOUZA Sinais da enfermidade A principal característica da cólica é a dor em diferentes níveis de intensidade. De fato, essa enfermidade provoca uma série de mudanças no comportamento dos animais, tais como: ● Febre; ● Constipação; ● Inquietação; ● Sudorese; ● Patear o chão; ● Deitar e rolar; ● Coloração de mucosas; ● Alterações na postura (exemplo: esticar as patas); ● Aumento na frequência do pulso e da respiração; ● Todos esses sinais devem ser listados pelo proprietário do animal e confirmados na hora do diagnóstico. Diagnóstico e Tratamento Por ser uma doença que pode levar o cavalo ao óbito, o diagnóstico preciso da cólica equina deve ser realizado rapidamente. Dessa forma, é necessário que o médico veterinário conheça os sinais, histórico do cavalo e as mudanças recentes no manejo alimentar. Constatar as causas exatas da enfermidade é um grande desafio. Um dos meios mais utilizados para identificá-la é o diagnóstico com o auxílio do ultrassom. Com ele, é possível verificar com exatidão todos os detalhes e dimensões dos problemas causados no aparelho digestivo. Nesse sentido, para que se possa chegar ao diagnóstico da cólica equina, devem ser avaliados vários parâmetros como: ● Grau de dor; ● Distensão abdominal; ● Frequência cardíaca, respiratória e características do pulso; ● Coloração das membranas mucosas; ● Tempo de preenchimento capilar; ● Temperatura retal; ● Motilidade gastrointestinal; @vetmgabriela - MARIA GABRIELA DE SOUZA ● Refluxo gástrico; ● Achados à palpação retal; ● Hematócrito; ● Concentração plasmática de proteínas totais; ● Concentração plasmática de fibrinogênio; ● Contagem de leucócitos; quantificação eletrolítica; análise de gases sanguíneos; quantificação das enzimas séricas; ● Concentração de lactato plasmático; ● Características do fluido peritoneal; ● Achados ecográficos, radiográficos, à endoscopia, à laparoscopia; ● Análise fecal. Como posso prevenir a cólica equina? A origem da cólica equina, em sua maior parte, está diretamente ligada à alimentação. Uma vez que, a síndrome acontece quando os alimentos fornecidos aos equinos são inadequados, desbalanceados, muito triturados ou mal distribuídos. O manejo nutricional ideal tem um papel fundamental para a prevenção da doença. Nesse sentido, oferecer nutrientes adequados ao desenvolvimento do animal e em horários específicos são fundamentais para o controle da doença. Alguns outros pontos, se observados, podem ser fundamentais para evitar um episódio de cólica no futuro, como: ● Dar acesso a água limpa e fresca ao cavalo; ● Acompanhamento regular do cavalo por um médico veterinário; ● Fornecer na alimentação quantidade suficiente de pastagem ou feno. Como afeta no organismo Dor abdominal intensa, desidratação, agitação e alterações comportamentais, instabilidade hemodinâmica de moderada a grave, podendo rapidamente levar o paciente a óbito, sendo considerada uma situação de emergência clínica, e em sua maioria cirúrgica. Por possuir peculiaridades anatômicas em seu aparelho digestório, como a pequena capacidade volumétrica do estômago, quando comparada com outras @vetmgabriela - MARIA GABRIELA DE SOUZA espécies domésticas, a incapacidade de regurgitar, dada a musculatura muito desenvolvida da cárdia, e a ausência do centro do vômito no sistema nervoso central, bem como o longo mesentério associado ao jejuno, que favorece as torções, além dos segmentos intestinais com diminuição abrupta do diâmetro do lume, como a flexura pélvica e a transição para o cólon menor, que favorecem o acúmulo de alimentos, e ainda de uma mucosa retal frágil, predisposta a rupturas, tudo isso predispõe os equinos a distúrbios gastroentéricos. @vetmgabriela - MARIA GABRIELA DE SOUZA
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