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Resumo da Prova Teórica Psicologia Comportamental

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Resumo da Prova Teórica Psicologia Comportamental
O Behaviorismo é uma filosofia que aponta que a Psicologia deve ter como objeto de estudo o comportamento, entretanto, o conceito de comportamento e os modos como observá-lo foram se modificando com o passar do tempo, criando-se assim três tendências: o Behaviorismo Metodológico, o Behaviorismo Radical e o Behaviorismo Cognitivo (Mediacional). O conceito de ambiente se torna mais amplo e mais dinâmico. O Behaviorismo procura analisar todo o contexto em que o comportamento está inserido. A base do comportamento é a aprendizagem.
É importante lembrar o Behaviorismo afirma que existem os comportamentos privados, mas o Metodológico não investiga, o Radical investiga, mas não considera o mundo privado como causa do comportamento, e o Cognitivista, que investiga e considera o mundo privado como causa de comportamento.
O Behaviorismo Metodológico como o próprio nome diz, exigia um rigor em relação ao método (controle e precisão). Surgiu nos Estados Unidos – com influência do funcionalismo e contra tendências da época - com Watson (1913 – Manifesto Behaviorista), que ia contra a tendência da época das teorias metafísicas (exemplo: aparelho da psique,) e o uso da introspecção (muito subjetiva e dependia muito do sujeito). Watson acreditava que a Psicologia deveria ser uma ciência natural, experimental, puramente objetiva, científica e ter como objeto de estudo o comportamento (apenas o comportamento observável, ou seja, o comportamento publicamente acessível). Watson dizia que existiam os comportamentos privados (como, por exemplo, o pensamento), mas não seriam estudos, pois não tinha como serem estudados de maneira científica, metodológica e objetiva, além de ter acordo entre os observadores. A Psicologia deveria ter com meta a previsão e controle do comportamento, sempre enfatizando a influência do ambiente no comportamento do indivíduo. Modelo: SRS, ou seja, Antecedente Resposta Consequência. Este arcabouço conceitual foca mais nos procedimentos para a análise do comportamento e a relação com ambiente.
Behaviorismo Radical é constituído no início do século XX, por Skinner, que considerava como objeto de estudo da Psicologia: o comportamento do organismo total, comportamento é a interação do organismo com o ambiente, ou seja, tudo que o organismo faz é comportamento. A visão é monista, organismo com um todo. Tanto o mundo privado, quanto o mundo público são condicionados. O mundo privado será investigado, mas não é causa de comportamento. A interação com o meio é a causa dos comportamentos. Modelo: S R S, ou seja, Antecedente Resposta Consequência, em que Reflexo= SR. Radical é no sentido de ir à raiz do comportamento. Personalidade é um termo que não existe, o termo utilizado é o repertório comportamental. 
Behaviorismo Mediacional ou Cognitivismo os principais pensadores foram Tolman e Hull. A visão de mundo é dualista, também acredita na relação de causalidade entre mente e o corpo. Para este arcabouço conceitual, o comportamento é objeto de estudo, tanto o comportamento público quanto o privado serão investigados. No cognitivismo o mundo privado é causa de comportamento. Modelo: SORS, ou seja, Antecedente Organismo Resposta Consequência. É uma teoria mediacionista, pois acredita que os comportamentos privados, como sentimentos, pensamentos, mediam os antecedentes e as respostas. 
Tríplice de determinações ambientais (que são indissociáveis) ou as Histórias a filogenética, se refere à espécie, as características e os padrões comportamentais de uma espécie que seriam selecionados por consequências, seleção natural, a ontogenética, que se refere à história de vida de um indivíduo, a obtenção de comportamentos que não são mais restringidos a sobrevivência, e, por fim, as práticas culturais (cultura), refere se aos comportamentos padrões de uma cultura, dependem da participação de um grupo e que se baseia no reforçamento social. 
Psicologia Comparativa é a etologia, e que as espécies compartilham traços comportamentais e anatômicos (baseado em Darwin). 
Controle para controlar um fenômeno é preciso identificar de variáveis que o compõe. A questão do controle está relacionada com a manipulação de variáveis, nem todas variáveis podem ser manipuladas, pois envolve tecnologia e a ética. Com o controle das variáveis é possível descrever e produzir leis de desenvolvimento e mudanças, e com isso, é possível prever o que ocorrerá, e, assim, poderá produzir meios e tecnologias para modificar/ ou evitar/ ou reforçar comportamentos. O controle, diferente do que aponta o senso comum, nem sempre é algo ruim, para a ciência é muitas vezes necessário para garantir fidedignidade.
Variáveis independentes (VI – ambiente), que nem sempre podem ser manipuladas, pois envolve a ética e a tecnologia afetam/ interferem Variáveis dependentes (VD – comportamentos), que seriam o resultado. Variáveis estranhas são aquelas que não são nem VD e nem VI.
Livre arbítrio envolve muitas questões filosóficas e é uma questão é muito polêmica. O livre arbítrio se refere à capacidade de escolha, afirmando que as pessoas que causam o comportamento. 
O Behaviorismo ataca o livre arbítrio, escancara as determinantes do comportamento, as variáveis e os controles.
Determinismo propõe que é possível fazer uma ciência do comportamento, e que o comportamento é ordenado, pode ser explicado, pode ser previsto (se tivermos os dados necessários) e pode ser controlado (se tivermos os meios necessários). Determinismo é a noção de que o comportamento é determinado unicamente pela hereditariedade e pelo ambiente, ou seja, todo o comportamento surge da herança genética e de eventos ambientais. O determinismo vê o livre arbítrio como ilusão baseada na ignorância dos fatores que determinariam o comportamento.
O conflito entre o livre-arbítrio e determinismo não consegue ser resolvido por demonstração, pois para isso seria necessário um conhecimento perfeito, algo que não é alcançável, haja visto que a verdade científica é sempre relativa e provisória. Filósofos tentaram conciliar o determinismo e o livre-arbítrio, propuseram teorias como “determinismo brando” e “teorias compatibilizadoras”.
Existe muita resistência para aceitar o determinismo, argumentos sociais muitos pensam que se não temos o livre arbítrio, não é possível ter a democracia, além disso, não acreditar em livre arbítrio afetaria a moral e a estrutura da sociedade, por isso, seria melhor acreditar no livre arbítrio. Entretanto, o determinismo não ameaça, nem descarta a democracia, pois, os conjuntos de práticas da democracia funcionam (ainda que o motivo para isso não seja o livre arbítrio) melhor que os sistemas autoritários e as monarquias conhecidas. Em relação a moral, é possível produzir bons cidadãos por meio do ensino nas escolas, e análise do comportamento pode colaborar para isso, uma ciência do comportamento também poderia contribuir para a prevenção e o tratamento da criminalidade. 
Argumentos estéticos a noção de livre arbítrio tem pontos paradoxos, que faltam de lógica. Se Deus determina todos os eventos no universo e possui onipotência (determinismo divino), então, o livre arbítrio seria uma ilusão, seja causado pela ignorância humana ou pela vontade divina. Pode-se argumentar que o livre arbítrio seja apenas o nome da ignorância das determinantes do comportamento, pois quanto mais sabemos sobre as razões por trás de um ato, menos nos dispomos a atribuir a causa do ato ao livre arbítrio. Em algumas situações, a incapacidade de prever um comportamento é utilizada como prova da existência do livre arbítrio, porém, existem muitos fenômenos físicos que são imprevisíveis e não os enxergamos como fruto do livre arbítrio. O livre arbítrio iria contra a evolução da espécie, não poderia evoluir dos ancestrais não humanos para a raça humana atual, tem um problema da descontinuidade. Todos esses argumentos contra o livre arbítrio demonstram que é possível ter abordagens científicas que excluem o livre arbítrio.

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