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UNIVERSIDADE PAULISTA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC 
CURSOS DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
TRABALHO NP2 
 
 
 
TRABALHO DE CONTABILIDADE 
 
 
 
 
 
LUCAS MARINHO ALVES SILVA 
R.A. C004790 
Prof° Marcelo Alfredo dos Santos 
LUZENIRA ALVES SANTOS DA SILVA 
 
 
 
SANTOS 
2018 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC 
CURSOS DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
EDNA VENANCIO 
DAS NEVES SILVA 
LUZENIRA ALVES SANTOS DA SILVA 
SILVIA BARBOSA DA SILVA 
ANÁLISE DE BALANÇO 
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA 
GOVERNANÇA CORPORATIVA 
PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO 
Andressa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTOS 
2018 
 
 
ÍNDICE 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 5 
 
ANÁLISE DE BALANÇO ............................................................................................ 6 
1. FLUXO DE CAIXA: CONCEITO ............................................................................. 6 
1.1. Objetivo do Fluxo de Caixa ............................................................................... 8 
1.2. Planejamento do Fluxo de Caixa .................................................................... 10 
1.3. Os Três tipos de Fluxos de Caixa ................................................................... 10 
1.3.1. Fatores que afetam o Fluxo de Caixa ...................................................... 11 
 
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA .............................................................................. 13 
2. AÇÕES COM ATIVO IMOBILIZADO .................................................................... 13 
2.1. Parecer do Ativo Imobilizado .......................................................................... 15 
2.2. Avaliação do Ativo Imobilizado ....................................................................... 18 
2.2.1. Reavaliação ............................................................................................. 19 
2.2.2. Depreciação ............................................................................................. 20 
2.2.3. Baixa de Ativo Imobilizado ....................................................................... 21 
 
GOVERNANÇA CORPORATIVA ............................................................................. 22 
3. OS PRINCIPIOS DA GOVERNANÇA CORPORATIVA ....................................... 22 
 
PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO .......................................................... 24 
4. O QUE É SIMPLES NACIONAL? ......................................................................... 24 
4.1. Abrangência do Simples Nacional .................................................................. 25 
4.2. Imposto de Renda Pessoa Jurídica ................................................................ 27 
4.3. Imposto sobre Produtos Industrializados ........................................................ 27 
 
 
4.4. Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido ..................................................... 28 
4.5. Contribuição para Financiamento da Seguridade Social ................................ 28 
4.6. Contribuição para o PIS/PASEP ..................................................................... 29 
4.7. Contribuição Previdenciária Patronal .............................................................. 29 
4.8. Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços
 ............................................................................................................................... 30 
4.9. Imposto Sobre Serviço .................................................................................... 31 
 
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 33 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA ........................................................................... 34 
 
 5 
INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho tem como foco principal detalhar um assunto de cada 
matéria, possibilitando ao administrador financeiro uma visão ampla dos recursos 
disponíveis em sua unidade. Ele serve como instrumento que possibilita o 
planejamento e o controle dos recursos financeiros de uma empresa. 
As práticas contábeis contribuem para um bom planejamento 
administrativo e uma consolidação de metas. Objetiva-se que a demonstração de 
fluxo de caixa sirva para a determinação dos fins pretendidos pela empresa, 
auxiliando na elaboração de objetivos, esclarecendo quais os pontos frágeis e fortes 
da empresa e consequentemente pelas tomadas de decisões. 
O fluxo de caixa possibilita ao administrador financeiro uma visão ampla 
dos recursos disponíveis em sua unidade. Ele serve como instrumento que 
possibilita o planejamento e o controle dos recursos financeiros de uma empresa. O 
Planejamento tributário surge como uma ferramenta de extrema importância na 
tentativa de diminuir o ônus tributário dessas empresas e alavancar a margem de 
lucro das mesmas. Nessa perspectiva, demonstraremos que o Planejamento 
Tributário possibilita uma boa economia fiscal, ou mesmo a redução de tributos, 
utilizando métodos e procedimentos técnicos que permitem o estudo personalizado e 
minucioso dos diversos setores e atividades empresariais. 
O ativo imobilizado é de grande importância dentro das organizações, 
para fins fiscais, para controle operacional e para tomada de decisão por parte dos 
gestores, que necessitam dessas informações, para tornar a empresa competitiva, 
aumentando as chances desta operar com sucesso. 
Governança Corporativa tem como principal objetivo recuperar e garantir 
a confiabilidade em uma determinada empresa para os seus acionistas, criando um 
conjunto eficiente de mecanismos, tanto de incentivos como de monitoramento, a fim 
de assegurar que o comportamento dos executivos esteja sempre alinhado com o 
interesse dos acionistas. 
Talvez um dos grandes marcos para a legislação tributária das Micro e 
Pequenas Empresas seja a Lei 9.317 de 05 de dezembro de 1996, que é o Sistema 
Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e 
Empresas de Pequeno Porte, chamado de SIMPLES. 
 
 6 
ANÁLISE DE BALANÇO 
1. FLUXO DE CAIXA: CONCEITO 
 
Fluxo de caixa é a previsão de entradas e saídas de recursos monetários, 
por um determinado período no caixa. Essa previsão deve ser feita com base nos 
dados levantados nas projeções econômico-financeiras atuais da empresa, levando, 
porém em consideração a memória de dados que respaldará essa mesma previsão. 
O principal objetivo dessa previsão é fornecer informações para a tomada de 
decisões, tais como: prognosticar as necessidades de captação de recursos bem 
como prever os períodos em que haverá sobras ou necessidades de recursos; 
aplicar os excedentes de caixa nas alternativas mais rentáveis para a empresa sem 
comprometer a liquidez. 
Segundo José Eduardo Zdnowicz1 (2001) conceitua o Fluxo de Caixa 
como sendo o instrumento que relaciona o conjunto de ingressos e de desembolsos 
de recursos financeiros pela empresa em determinado período. 
A utilização do Fluxo de Caixa pode ser feita por qualquer empresa, 
sendo este diferenciado apenas pelas características peculiares existentes. Com 
isso, possibilita-se a verificação das disponibilidades e a ordenação da 
movimentação financeira, independente do porte ou da área de atuação da 
empresa, propiciando, dessa forma, a reordenação em tempo hábil de deficiências 
na geração de caixa, bem como a análise posterior de possíveis distorções ocorridas 
entre o que fora previsto e o que foi efetivamente realizado, evitando que esses 
problemas voltem a ocorrer. 
De acordo com Silva2 (2002: 109): 
 
O fluxo de caixa é considerado um dos principais instrumentos de 
análise e avaliação de uma empresa, proporcionando ao 
administrador uma visão futura dosrecursos financeiros da 
empresa, integrando o caixa central, as contas correntes em 
bancos, contas de aplicações, receitas, despesas e as previsões. 
As decisões relacionadas à compra, venda, investimentos, aportes 
de capital pelos sócios captação ou pagamento de empréstimos e 
desinvestimentos, constituem um fluxo contínuo entre as fontes 
geradoras e as utilizadoras de recursos. Deve e pode ser utilizado 
 
1
 ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de caixa: uma decisão de planejamento e controle 
financeiros. 9. ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2001. 
2
 SILVA, Edson Fernandes. Apostila Administração Financeira. Belo Horizonte: Pontifícia 
Católica de Minas Gerais, 2002. 
 7 
por empresas de qualquer porte dada a sua importância e 
simplicidade. Entre os Micro e Pequenos Empresários se a sua 
necessidade ainda não foi sentida, com certeza foi intuída. 
 
A projeção do fluxo de caixa permite a avaliação da capacidade de uma 
empresa gerar recursos para suprir o aumento das necessidades de capital de giro 
geradas pelo nível de atividades, remunerar os proprietários da empresa, efetuar 
pagamento de impostos e reembolsar fundos oriundos de terceiros. 
Na projeção do fluxo de caixa, indica-se não apenas o valor dos 
financiamentos que a empresa necessitará para desenvolver as suas atividades, 
mas também quando ele será utilizado. Percebe-se até agora que o fluxo de caixa 
olha para o futuro retratando a situação real do caixa na empresa, não podendo ser 
confundido com os registros contábeis que se ocupam do passado e incorporam 
categorias relacionadas ao patrimônio físico da empresa, como por exemplo, o Ativo 
Imobilizado. 
A projeção pode ser realizada mês a mês, trimestre a trimestre ano a ano 
ou até mesmo em bases diárias. 
Além de permitir analisar a forma como uma empresa desenvolve sua 
política de captação e aplicação de recursos, o acompanhamento entre o fluxo 
projetado e o efetivamente realizado, permite identificar as variações ocorridas e as 
causas dessas variações. 
No entendimento de Yoshitake et al3 (1997: 92) diz que: 
 
Em toda operação financeira existe entrada e saída de dinheiro. E 
essas operações podem ser representadas pelo fluxo de caixa. "O 
fluxo de caixa é o instrumento que permite demonstrar as 
operações financeiras que são realizadas pela empresa o que 
possibilita melhores análises e decisões quanto à aplicação dos 
recursos financeiros que a empresa dispõe. 
 
De acordo com Frezatti4 (1997: 51) menciona que o fluxo de caixa 
apresenta-se como um instrumento tático e estratégico no processo de gestão 
empresarial. A abordagem estratégica está relacionada com o nível de negócios da 
empresa não só em curto prazo, mas principalmente em longo prazo. Enquanto a 
abordagem tática, a qual o autor se refere, corresponde a visão do fluxo de caixa 
 
3
 YOSHITAKE, Mariano; HOJI, Masakazu. Gestão de tesouraria: Controle e análise de 
transações financeiras em moeda forte. São Paulo: Atlas, 1997. 
4
 FREZATTI, Fábio. Gestão do Fluxo de Caixa Diário. Atlas, 1997. 
 8 
como instrumento de utilidade restrita e acompanhamento, isto é, concentra-se em 
questões de menor alcance e mesmo impacto. 
Já para o autor Gitman5 (1997: 77), afirma que: 
A demonstração dos fluxos de caixa – uma das quatro 
demonstrações financeiras obrigatórias - resume os fluxos de caixa 
de dado período fornecendo, assim, uma visão para análise 
daquele período no que se refere a investimento, operacionalização 
e financiamento. A partir daí, é possível reconciliá-los com as 
variações do seu caixa e de títulos negociáveis, durante aquele 
período. 
 
 
1.1. Objetivo do Fluxo de Caixa 
 
Para o autor Zdnowicz (2001) o Fluxo de Caixa tem como objetivo básico 
a projeção das entradas e das saídas de recursos financeiros para determinado 
período, visando prever a necessidade de captar empréstimos ou aplicar excedentes 
de caixa nas operações mais rentáveis para a empresa, contudo outros objetivos 
também poderão ser considerados para a elaboração do Fluxo de Caixa, entre eles: 
 Proporcionar o levantamento de recursos financeiros necessários às 
operações econômico-financeiras da empresa; 
 Utilizar, da melhor forma possível, os recursos financeiros disponíveis 
na empresa para que estes não fiquem ociosos, estudando, antecipadamente, a 
melhor aplicação, o tempo e a segurança dos mesmos; 
 Planejar e controlar os recursos financeiros da empresa, em termos de 
ingressos e desembolsos de caixa, a partir das informações constantes nas 
projeções de vendas, produção e despesas, assim como de dados relativos aos 
índices de atividades: prazos médios de rotação de estoques, de valores a receber e 
de valores a pagar; 
 Saldar as obrigações da empresa nas datas e vencimento; 
 Buscar o perfeito equilíbrio entre ingressos e desembolsos de caixa da 
empresa; 
 Analisar as fontes de crédito que proporcionam empréstimos menos 
onerosos, em caso de a empresa necessitar de recursos; 
 
5
 GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7. ed. São Paulo, 1997. 
 9 
 Evitar desembolsos vultuosos pela empresa, em época de pouco 
encaixe; 
 Desenvolver, na empresa, o controle dos saldos de caixa e dos 
créditos a receber; 
 Permitir a coordenação entre os recursos que serão alocados em ativo 
circulante, vendas, investimentos e débitos. 
 
O Fluxo de Caixa é de fundamental importância para as empresas, 
constituindo-se numa indispensável sinalização dos rumos financeiros dos negócios 
e proporcionando ao administrador uma visão futura dos recursos financeiros da 
empresa, é construído a partir das informações relativas a todos os dispêndios e 
entradas de caixa já conhecidos e dos projetados. 
Para criar um bom Fluxo de Caixa a empresa precisa dispor internamente 
de informações organizadas que permitam a visualização das contas a receber, 
contas a pagar e de todos os desembolsos geradores dos custos fixos. A forma de 
obtenção e organização dessas informações auxiliares passa pela utilização de 
ferramentas de gestão, cuja forma dependerá do tipo da empresa, do seu porte e 
disponibilidade financeira. O Fluxo de Caixa é um grande sistema de informações 
para o qual convergem os dados financeiros gerados em diversas áreas da 
empresa. A maior dificuldade para se ter um fluxo de caixa realmente eficaz é 
gerenciar adequadamente este sistema de informações. 
Vale ressaltar que o fluxo de caixa só apresentará eficiência em sua 
execução se for realizado com planejamento e controle de todas as áreas 
operacionais da empresa. 
Dessa forma torna-se essencial que a empresa fixe o nível de caixa que 
lhe permita saldar os compromissos, havendo a necessidade de o administrador 
financeiro projetar e controlar o saldo mínimo de caixa. 
Com isso, um fluxo de caixa realizado com planejamento e controle 
permitirá ao administrador, além de projetar, agir com habilidade para solucionar 
situações que possam a vir ser desfavoráveis para a empresa. 
 10 
1.2. Planejamento do Fluxo de Caixa 
 
O Fluxo de Caixa opera em ciclos, desde a compra de estoques até o 
recebimento das suas vendas à prazo. A análise do Fluxo de Caixa basicamente 
mostrará a relação entre a despesa decorrente do cumprimento das obrigações e a 
receita obtida pela venda de seus produtos. A combinação da entrada e saída de 
dinheiro pode resultar em saldo positivo ou negativo. 
O planejamento é a mais básica de todas as funções administrativas, e a 
habilidade pela qual essa função é desempenhada determina o sucesso de todas as 
operações. Planejar pode ser definido como o processo de pensamento que precede 
a ação e está direcionado para que tomem decisões no momento presente com o 
futuro em vista. 
As dificuldades da empresa que utiliza o planejamento para elaborar o 
fluxode caixa serão bem menores, pois se ela souber no inicio de cada período, 
quais as necessidades da empresa e os excedentes de recursos de recursos 
financeiros, poderá antecipadamente tomar a decisão maia adequada para 
solucionar seus impasses de caixa (Zdnowicz, 2001). 
Com o planejamento o administrador financeiro poderá verificar, com 
antecedência, os problemas de caixa que poderão surgir caso ocorra reduções 
cíclicas das receitas ou aumento no volume de despesas. 
 
 
1.3. Os Três tipos de Fluxos de Caixa 
 
Os fluxos de caixa da empresa foram divididos em: fluxos operacionais, 
fluxos de investimento e fluxos de financiamento. (CAMPOS6, 1999) 
Os fluxos operacionais são os fluxos de caixa, entradas e saídas – 
diretamente relacionados à produção e venda dos produtos e serviços da empresa. 
Estes fluxos se baseiam na demonstração do resultado e nas transações das contas 
circulantes (excluindo os títulos a pagar) ocorridas durante o período. 
Os fluxos de investimento são fluxos de caixa associados com a compra e 
venda de ativos imobilizados, e participações societárias. 
 
6
 CAMPOS Filho, Ademar. Demonstração dos Fluxos de Caixa. São Paulo: Atlas, 1999. 
 11 
Os fluxos de financiamento resultam de operações de empréstimo e 
capital próprio. Tomando ou quitando empréstimos tanto de curto prazo (títulos a 
pagar) quanto de longo prazo resultando numa correspondente entrada ou saída de 
caixa. 
Do mesmo modo, a venda de ações pode resultar numa entrada de caixa, 
enquanto que a recompra de ações ou o pagamento de dividendos pode resultar em 
uma saída financeira. 
 
 
1.3.1. Fatores que afetam o Fluxo de Caixa 
 
Fatores internos e externos que afetam o fluxo de caixa, tornando o 
desequilíbrio entre ingressos e desembolsos frequente, de acordo com Silva (2008), 
“ocasiona diferenças acentuadas entre o previsto e o realizado, comprometendo a 
eficácia do sistema, bem como a sua liquidez”. 
Fatores internos: 
 Aumento dos prazos de recebimento das vendas, para aumentar a 
competividade, maior que o prazo médio de pagamento; 
 Compras sem necessidades; 
 Descompasso entre os prazos de pagamento e os prazos de 
recebimento; 
 Politica salarial incompatível com as receitas; 
 Excesso de imobilização; 
 Custo financeiro devido a endividamentos. 
 
Fatores externos: 
 Inadimplência elevada; 
 Recessão econômica; 
 Concorrentes; 
 Mudanças de politicas tributárias; 
 Inflação e elevação da taxa de juros. 
 
 12 
A projeção mensal do Fluxo de Caixa ajuda a identificar e eliminar déficits 
ou superávits. Se o Fluxo de Caixa for deficitário, você precisará alterar seus planos 
financeiros para conseguir mais dinheiro. Por outro lado, um Fluxo de Caixa 
superavitário pode indicar que você pediu dinheiro emprestado em excesso ou que 
os recursos que estão sobrando poderiam ser investidos. O objetivo é desenvolver 
um plano que proporcione um Fluxo de Caixa equilibrado. 
 
 13 
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA 
2. AÇÕES COM ATIVO IMOBILIZADO 
 
A atividade de toda empresa está condicionada a existência de bens e 
direitos capazes de gerar benefícios econômicos futuros, podendo ser, direta ou 
indiretamente, impactantes no caixa da empresa e que seu custo possa ser 
mensurado com confiabilidade. Estes são chamados de ativos. O Ativo engloba as 
aplicações de recursos de sócios e terceiros, com a principal finalidade da 
expectativa de aumento do patrimônio da empresa. 
Marion7 (1985, p. 298) diz que “Entende-se por ativo imobilizado todo 
ativo de natureza relativamente permanente, que se utiliza na operação dos 
negócios de uma empresa e que não se destina à venda.” 
A classificação dos bens no ativo imobilizado está vinculada ao objeto da 
sua utilização. Desta forma, quaisquer direitos que representem bens que não 
estejam empregados na manutenção das atividades da empresa ou a isso 
destinado, devem ser classificados fora do ativo imobilizado. 
De acordo com Szuster8 (2009, p.38), “pode-se dizer, também, que o 
Ativo representa, de forma estática, os bens e direitos da entidade, ou seja, tudo o 
que a empresa possui (...)”. 
Com a adesão das normas internacionais de contabilidade, as empresas 
brasileiras devem basear-se nos pronunciamentos contábeis emitidos pelo Comitê 
de Pronunciamentos Contábeis 27 (CPC 27) para contabilização e emissão dos 
relatórios contábeis relativos ao ativo imobilizado, se levarmos em consideração o 
regulamento do Imposto de Renda (IR) é possível analisar que em comparabilidade 
com os procedimentos adotados, o CPC propõe uma análise mais transparente das 
mutações do ativo fixo de uma empresa, evidenciando de maneira mais próxima da 
realidade essas mutações ocorridas no patrimônio físico das entidades. Com adesão 
das normas CPC torna a informação mais acessível e precisa, facilitando a 
comparabilidade das informações em nível de mercado internacional. 
A carteira de contas do Ativo Imobilizado representa um grupo de contas 
significativo, representando grande parte dos ativos de uma empresa, sua gestão 
 
7
 MARION, Carlos José. Contabilidade empresarial. São Paulo: Atlas, 1985. 
8
 SZUSTER, Natan. Contabilidade geral: Introdução à Contabilidade Societária. 2. ed. São Paulo: 
Atlas, 2009. 
 14 
eficiente é de grande importância para saúde econômica de uma empresa e 
captação de recursos. 
De acordo com a lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, através de seu 
artigo 179, item IV, são classificados no ativo imobilizado “os direitos que têm por 
objeto bens destinados à manutenção das atividades da companhia e da empresa, 
ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade industrial ou 
comercial.”. 
O que caracteriza o imobilizado é a finalidade da aplicação, ou seja, ser o 
bem ou o direito destinado à exploração do objeto social e à manutenção da 
atividade da empresa. No ativo imobilizado incluem-se, de acordo com Iudícibus, 
Martins e Gelbcke (1995, p. 292): 
“A- Bens tangíveis, que têm um corpo físico,(...). B- Bens intangíveis, cujo 
valor reside não em qualquer propriedade física, mas nos direitos de propriedade 
que são legalmente conferidos aos seus possuidores (...)”. 
De acordo o CPC 27 define-se o Ativo Imobilizado como, Ativo imobilizado 
é o item tangível que: 
 
(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou 
serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e 
(b) se espera utilizar por mais de um período. 
 
Correspondem aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos 
destinados à manutenção das atividades da entidade ou exercidos com 
essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram a ela 
os benefícios, os riscos e o controle desses bens. (CPC 27). 
 
Segundo a lei 11.638 de 28 de dezembro de 2007, o ativo permanente 
será dividido em investimentos, imobilizado, intangível e diferido, a definição de ativo 
imobilizado segundo a referida lei é: 
 
[...]Art. 179 
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos 
destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou 
exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que 
transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; [...] 
 
 15 
Para o autor Iudícibus9 (2000, pg. 187) a Teoria da Contabilidade que 
duas condições são necessárias para caracterizar um Ativo Tangível: possibilidade 
de ser utilizado nas operações normais da empresa e possuir um ciclo de 
capacidade normalmente superior a um ciclo operacional. 
 
 
2.1. Parecer do Ativo Imobilizado 
 
Para cada tipo de negócio, classifica os bens do ativo imobilizado 
conforme sua necessidade de registro. Bens de mesma natureza, adquiridos pela 
empresa ao longo dos anos são registrados na mesma conta, facilitando, por 
exemplo, o lançamentoda depreciação, pois estes possuem taxa de depreciação 
igual. 
Para os autores Iudícibus, Martins e Gelbcke10 (1995, p. 293) dividem o 
imobilizado em dois grupos: 
 
(A) Bens em Operação, que são todos os bens já em utilização na geração 
da atividade objeto da sociedade. 
 
(B) Imobilizado em Andamento, onde se classificam todas as aplicações de 
recursos de imobilizações (bens ou direitos), mais que ainda não estão 
operando. 
 
Os bens em uso são os que já estão sendo utilizados nas atividades-fim 
da sociedade. Por outro lado, os investimentos em imobilizados que ainda não estão 
em operação são classificados como imobilizado em andamento. A seguir se 
mostrará o conteúdo de algumas das contas do ativo imobilizado, referentes a 
empresas com atividades comerciais e industriais, servindo estas apenas para 
explicar e ilustrar o trabalho e servir para eventuais exemplos a serem expostos. 
 
A- Bens em Operação: 
Terrenos: A conta “bens em operação” engloba os terrenos que a 
empresa está utilizando em suas operações, onde estão localizados todos os 
prédios, galpões, etc. Não considerando os terrenos onde está sendo construída 
 
9
 IUDÍCIBUS, S. de. Teoria da Contabilidade. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2000. 
10
 IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de contabilidade 
das sociedades por ações: aplicável também as demais sociedades. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 1995. 
 16 
uma nova unidade, pois estes devem estar classificados como “imobilizado em 
andamento”. Os terrenos adquiridos e que ainda não serão utilizados para 
construções devem estar classificados em investimentos. 
Para Barroso Junior (1981, p. 180) diz que “os terrenos não são 
depreciados nem legalmente nem sob o ponto de vista econômico”. 
Por não haver desgastes durante o tempo de permanência nas empresas, 
a conta “terrenos” não é alvo de depreciação; só há mudanças nos valores 
registrados nesta conta através do ajuste a valor de mercado ou correção monetária, 
esta última proibida pela legislação. 
 
Edificações: Registram-se nesta conta os edifícios de propriedade da 
empresa que estão em operação, ocupados pela administração, setor de produção, 
galpão de armazenagem de produtos, etc. 
Conforme Iudícibus, Martins, Gelbcke (1995, p. 298) dizem que “Não 
devem ser incluídas como parte do custo das obras civis as instalações hidráulicas, 
elétricas etc.” 
Como as taxas de depreciação são diferentes entre as obras e as 
instalações, devem ser registrados os seus respectivos valores em contas 
diferentes. O parágrafo 3º, art. 310 do Regulamento do Imposto de Renda 1999, 
estabelece que: 
§ 3º Quando o registro do imobilizado for feito por conjunto de instalação ou 
equipamentos, sem especificação suficiente para permitir aplicar as 
diferentes taxas de depreciação de acordo com a natureza do bem, e o 
contribuinte não tiver elementos para justificar as taxas médias adotadas 
para o conjunto, será obrigado a utilizar as taxas aplicáveis aos bens de 
maior vida útil que integrem o conjunto (Lei nº 4.506, de 1964, art. 57, § 12). 
 
 Para os casos das edificações e instalações, quando não terem como ser 
separados os seus valores, a legislação prevê o uso da taxa de depreciação das 
edificações, pois têm maior vida útil. Na compra de imóveis já construídos, deve 
haver separação na escrituração entre o valor das construções e o do terreno, para 
que sejam registrados em suas contas específicas. 
 
Instalações: abrange os registros de todos os tipos de instalações que 
fazem parte da estrutura da empresa. Os equipamentos e materiais utilizados nas 
instalações devem ter características de serviços indiretos e auxiliares ao objetivo 
 17 
principal de cada empresa, caso contrário sua classificação deve ser na conta de 
equipamentos. Iudícibus, Martins, Gelbcke (1995, p. 298) explicam que “Esta conta, 
dependendo do porte, complexidade e tipo de instalações que engloba, deve estar 
segregada em subcontas para fins de controle e de depreciação,[...].” 
 
Equipamentos de informática: De acordo com o exemplo de Iudícibus, 
Martins, Gelbcke (1995, p. 299), “Inclui-se neste grupo tanto as unidades centrais de 
processamento, como as unidades periféricas (de disco, de fita, impressoras, 
terminais de vídeo etc.); além dos terminais inteligentes (microcomputadores), 
atualmente muito utilizados”. 
 
Veículos: Todos os meios de transporte, utilizados para locomoção de 
pessoas ou materiais dentro ou fora da empresa, tais como ônibus, caminhões, 
automóveis e outros. Os veículos de uso direto na produção poderão ser registrados 
na conta equipamentos. 
 
 Máquinas, Aparelhos e Equipamentos: para os autores Iudícibus, 
Martins, Gelbcke (1995, p. 298) entende que “Tal conta envolve todo conjunto dessa 
natureza utilizado no processo de produção da empresa.” Nessa conta registram-se 
apenas bens utilizados diretamente no processo de produção de bens e serviços. 
 
Móveis e utensílios: inclui todos os móveis e utensílios que tenham vida 
útil acima de um ano e que fazem parte da administração e das operações normais 
da empresa, como: cadeira, mesa, maquina de calcular, maquina de escrever, etc. 
 
Ferramentas: são registradas todas as ferramentas de propriedade da 
empresa que tenham vida útil superior a um ano. 
 
B- Imobilizado Em Andamento: 
De acordo com Marion (1985, p. 300) “Deverão constar do imobilizado 
certas imobilizações que se encontram em formação (andamento) e no futuro 
estarão em uso para a empresa.” 
 
 18 
Almoxarifado de inversões fixas: são cadastradas nesta conta todos os 
bem imobilizados de propriedade da empresa, que por algum motivo na estão sendo 
utilizados e, quando forem, serão transferidos para as suas respectivas contas, no 
imobilizado em uso. 
 
Adiantamento para inversões fixas: são cadastradas nesta conta os 
adiantamentos aos fornecedores de bens, destinados ao imobilizado, devendo seu 
valor ser transferido para a conta respectiva quando o bem começar a ser utilizado. 
 
Construções em andamento: contem os gastos necessários para a 
construção dos bens que serão imobilizados, inclusive aqueles bens que, para se 
tornarem úteis, necessitam de gastos adicionais. 
 
 
2.2. Avaliação do Ativo Imobilizado 
 
Para a avaliação dos Ativos de uma empresa, é um importante destacar o 
desempenho e a sua continuidade, pelas mais diferentes razões, os valores de 
mercado dos bens distanciam-se dos valores registrados na contabilidade das 
empresas. Somente avaliando-se o ativo pode-se sanar essas distorções, permitindo 
que as demonstrações financeiras exprimam a realidade, gerando decisões 
gerenciais baseadas em dados concretos, tornando-as sempre mais seguras. 
O Instituto dos Auditores Independentes do Brasil - IBRACON através da 
NPC 24 - Normas e Procedimentos de Contabilidade – Reavaliação de Ativos, diz 
respeito que “A contabilidade tem um conjunto de princípios para avaliação de ativos 
que varia conforme a sua natureza, mas baseia-se, principalmente, no custo original 
dos referidos ativos.” 
O custo original registrado no imobilizado é formado pela soma de todos 
os gastos efetuados desde o ato da compra de um bem até o momento que o 
mesmo é colocado em uso. 
A NPC - Normas e Procedimentos de Contabilidade - NPC 7 - 
Pronunciamento Instituto dos Auditores Independentes do Brasil - IBRACON nº 7 de 
18/01/2001, diz que: 
 
 19 
O custo de um bem do imobilizado compreende o seu valor de compra, 
incluindo custos de desembaraço alfandegário e impostos não restituíveis 
sobre a compra, e quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o 
ativo em condições operacionais para o uso pretendido; quaisquer 
descontos comerciais e abatimentos são deduzidos para chegar ao valor de 
compra. 
 
De acordo com a resolução do Conselho Federal de Contabilidade 
número 750 de 1993, através doprincípio do registro pelo valor original, estabelece: 
 
“II – uma vez integrado no patrimônio, o bem direito ou obrigação não 
poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão-somente, 
sua composição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a 
outros elementos patrimoniais;” 
 
O conselho regional de contabilidade – CRC, não admite a modificação 
do valor original de um bem, direito ou obrigação após estes serem registrados no 
patrimônio da entidade. Todavia, a legislação em vigor no país, se opõe ao princípio 
do registro pelo valor original, autorizando a avaliação dos bens, direitos ou 
obrigações, registrados no patrimônio. 
Segundo o item V do artigo 183 da lei nº 6404 de 1976 estabelece os 
critérios de avaliação do ativo, “No balanço, os elementos do ativo serão avaliados 
segundo os seguintes critérios: V - direitos classificados no imobilizado, pelo custo 
de aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou 
exaustão.” 
O custo de aquisição de um bem integrante do patrimônio da empresa, 
retirada a sua depreciação acumulada, é a base de cálculo para a avaliação desse 
ativo. 
 
2.2.1. Reavaliação 
 
Reavaliar é o mesmo que avaliar de novo, dando ao bem um valor mais 
próximo do real, pois tenta ajustar o valor contábil ao valor de mercado, orienta 
sobre os métodos de reavaliação dos bens do ativo imobilizado, e quando permitido 
em lei o pronunciamento permite que o valor justo do bem possa ser mensurado 
pelo seu valor reavaliado, deduzidas a depreciação e as perdas a valor recuperável 
acumulada subsequente, desde que este valor possa ser mensurado 
confiavelmente. 
 20 
Referente a depreciação do ativo reavaliado o CPC 27 dispõe que a 
depreciação acumulada deve ser: 
 
(a) atualizada proporcionalmente à variação no valor contábil bruto do ativo, 
para que esse valor, após a reavaliação, seja igual ao valor reavaliado do 
ativo. Esse método é frequentemente usado quando o ativo é reavaliado por 
meio da aplicação de índice para determinar o seu custo de reposição (ver 
Pronunciamento Técnico CPC 46); ou (Alterada pela Revisão CPC 03) 
 
(b) eliminada contra o valor contábil bruto do ativo, atualizando-se o valor 
líquido pelo valor reavaliado do ativo. Esse método é frequentemente usado 
para edifícios. 
 
Deverá ser efetuada sempre que seu valor contábil diferir do valor 
material, este processo causará modificação no valor justo do bem, impactando 
diretamente no valor depreciável. 
 
2.2.2. Depreciação 
 
Durante o período de vida útil de um bem, este tem a capacidade de gerar 
benefícios econômicos a empresa, e que com passar do tempo este bem perde em 
parte ou totalmente esta capacidade de gerar estes benefícios econômicos, esta 
perda de capacidade influência no valor contábil do bem, esta perda da capacidade 
de gerar receitas pode ser mensurada durante o período de vida útil do bem 
utilizando-se da depreciação. 
De acordo com a Receita Federal do Brasil define a depreciação como: 
 
A depreciação de bens do ativo imobilizado corresponde à diminuição do 
valor dos elementos ali classificáveis, resultante do desgaste pelo uso, ação 
da natureza ou obsolescência normal. 
 
Segundo o CPC 27, depreciação é: 
 
Depreciação é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao 
longo da sua vida” onde a definição de valor de depreciável é “o custo de 
um ativo ou outro valor que substitua o custo, menos o seu valor residual. 
 
Após as definições da Receita Federal e do CPC 27 é possível definir que 
a depreciação é redução do valor do Ativo Imobilizado devido ao degaste com base 
no uso esperado, desgaste físico normal esperado, obsolescência técnica ou 
comercial ou limites legais ou semelhantes no uso do ativo. O tempo de vida de útil 
do bem é estimado com base na estimativa de tempo de produção que este bem 
 21 
esteja disponível para uso do ativo pela entidade, se considerarmos a tabela da 
receita federal disponível no Regulamento do Imposto de Renda/99 (RIR/99), 
podemos verificar que as taxas de depreciação aceitas fiscalmente podem não 
evidenciar a realidade das mutações ocorridas no Ativo Imobilizado. 
 
 
2.2.3. Baixa de Ativo Imobilizado 
 
Com o passar do tempo e o uso frequente dos bens imobilizados, esses 
são retirados do registro patrimonial. Sempre que houver a alienação ou não houver 
mais expectativas de geração de benefícios econômicos deve haver a baixa do valor 
contábil do ativo imobilizado, sendo que os ganhos ou a perdas decorrentes da 
baixa do imobilizado devem ser reconhecidos no resultado, salvo quando o CPC 06 
exigir outra forma em operação venda ou leaseback. 
O CPC 27 no item 68 orienta também quanto a entidade que 
normalmente vende ativos imobilizados mantidos para aluguel a terceiros, porém 
este tópico não será abordado neste artigo. Existem várias formas de alienação do 
Ativo Imobilizado, para determinar a data de alienação do item, a entidade deve 
aplicar os critérios do CPC 30 ou CPC 06. 
Nos casos de substituição de parte de um item do ativo imobilizado, 
devemos aplicar os critérios do item 70 do CPC 27: 
 
Se, de acordo com o princípio do reconhecimento previsto no item 7, a 
entidade reconhecer no valor contábil de um item do ativo imobilizado o 
custo de substituição de parte do item, deve baixar o valor contábil da parte 
substituída, independentemente de a parte substituída estar sendo 
depreciada separadamente ou não. Se a apuração desse valor contábil não 
for praticável para a entidade, esta pode utilizar o custo de substituição 
como indicador do custo da parcela substituída na época em que foi 
adquirida ou construída. 
 
De acordo com item 70, a parte substituída de um ativo imobilizado 
deverá ser baixada do custo total do Ativo. 
 
71. Os ganhos ou perdas decorrentes da baixa de um item do ativo 
imobilizado devem ser determinados pela diferença entre o valor líquido da 
alienação, se houver, e o valor contábil do item. 
 
 22 
GOVERNANÇA CORPORATIVA 
3. OS PRINCIPIOS DA GOVERNANÇA CORPORATIVA 
 
Governança corporativa é um tema multifacetado, principalmente pela 
natureza e pela extensão da responsabilidade de indivíduos específicos na 
organização. Um dos impactos de um sistema de governança corporativa é na 
eficiência econômica, com ênfase no bem-estar dos acionistas. 
Em sua essência, a Governança Corporativa tem como principal objetivo 
recuperar e garantir a confiabilidade em uma determinada empresa para os seus 
acionistas, criando um conjunto eficiente de mecanismos, tanto de incentivos como 
de monitoramento, a fim de assegurar que o comportamento dos executivos esteja 
sempre alinhado com o interesse dos acionistas. 
Em busca de metodologias e de instrumentos de trabalho para 
levantamentos situacionais e adequação de sistemas de governança, propusemos, 
em Governança corporativa: fundamentos, desenvolvimento e tendências, uma 
síntese descrita por “8 Ps”: 
1. propriedade; 
2. princípios; 
3. propósitos; 
4. papéis; 
5. poder; 
6. práticas; 
7. pessoas; e 
8. perpetuidade. 
 
 Propriedade: a razão da governança surge com a pulverização da 
propriedade através da abertura do mercado e do aumento significativo das 
empresas em formato de sociedade anônimas de capital aberto listadas nas bolsas 
de valores. 
 Princípios: como dito acima, os princípios são parte dos 8 Ps da 
Governança e, de acordo com Rosseti e Andrade (2012), são os seguintes os 
princípios norteadores da Lei Sarbanes-Oxley, dos Estados Unidos: 
1. Compliance – conformidade legal: adoção de um código de ética 
para seus executivos. 
 23 
2. Accountability – prestação responsável de contas 
3. Discloure – mais transparência 
4. Fairness – senso de justiça 
 Propósitos: fundamentalmente, o principal propósito da governança é o 
“de contribuir para o máximo retorno total de longo prazo dos shareholders” (Rossetti 
& Andrade,Governança Corporativa, Ed. Atlas, 2004). 
 Papéis: a governança corporativa estabelece, de forma clara e precisa, 
os papéis dos atores deste processo – sejam estes os conselheiros, proprietários ou 
gestores das organizações. Sobre este aspecto, você verá com maiores detalhes no 
próximo módulo. 
 Poder: a transparência e a definição da estrutura dos poderes na 
organização. 
 Práticas: a criação e a ampliação das boas práticas de governança 
(sobre este assunto, você deve efetuar uma leitura do Código de Melhores Práticas 
do IBGC anexado ao material no módulo anterior. 
 Pessoas: são o elemento-chave de todo o processo de governança, 
pois somente com a formação de relações interpessoais íntegras que podemos 
mitigar os riscos inerentes aos processos de poder e decisão das organizações. 
 Perpetuidade: este sempre foi o objetivo maior de uma organização – 
se manter no mercado de forma atuante e com crescimento e amadurecimento dos 
seus processos administrativos e da sua participação. 
 
 24 
PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO 
4. O QUE É SIMPLES NACIONAL? 
 
O SIMPLES (Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e 
Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte),é um regime 
tributário diferenciado, simplificado e favorecido, aplicável às pessoas jurídicas 
consideradas como Microempresas e Empresas de Pequeno Porte sendo 
regulamentado pela Lei Nº 9.317, de 05 de dezembro de 1996, sendo publica no dia 
6 de dezembro de 1996 no Diário Oficial da União. A alíquota é diferenciada 
conforme o faturamento, separado em faixas até a receita bruta anual de até R$ 3,6 
milhões e que chegará a R$ 4,8 milhões em 2018, em atendimento à Lei 
Complementar nº 155, de outubro de 2016. 
Esse regime deu fôlego a milhões de empreendedores de diversos 
setores. Desde 2007, mais segmentos foram incorporados à lista de empresas 
autorizadas a aderir ao regime simplificado de tributação. Alguns anos depois, com a 
criação do MEI (Microempreendedor Individual), houve uma nova camada de 
simplificação para formalizar negócios tocados por autônomos, com até um 
funcionário. 
Esta Lei torna a tributação das Microempresas e Empresas de Pequeno 
Porte em uma forma simplificada e unificada de recolhimento de tributos, por meio 
da aplicação de percentuais favorecidos e progressivos, incidentes sobre uma única 
base de cálculo, a receita bruta. Ou seja, o SIMPLES é calculado sobre produto da 
venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços 
prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas 
canceladas e os descontos incondicionalmente concedidos (Baseado no Art. 2º da 
Lei 9.317/96). 
Para Ricardo Alexandre (2015)11: 
Ao contrário do que afirma os mais apressados, o Simples Nacional não é um 
sistema de imposto único nem uma etapa de migração para tal sistema. 
Trata-se, conforme analisado, de um regime de tratamento diferenciado e 
favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte 
no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
(Alexandre, 2015, p.1006). 
 
 
11
 ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 9ª Ed. São Paulo: Método, 2015. P. 5. 
 25 
 
Conforme Resolução nº 94, de 29/11/2011 enquadra-se no Simples 
Nacional as Microempresas (ME) que em cada ano tenha receita bruta igual ou 
menor que R$ 360.000,00 e as empresas de pequeno porte (EPP) que obtenha em 
cada ano, receita bruta maior que R$ 360.000,00 e igual ou menor que R$ 
3.600.000,00. 
Seus principais objetivos são integrar os fisco federal, estadual e 
municipal; melhorar o ambiente de negócios do país; racionalizar procedimentos 
para o fisco e para as empresas; unificar o recolhimento de tributos em nível federal, 
estadual e municipal; facilitar o cumprimento das obrigações tributárias; reduzir a 
carga tributária e diminuir a informalidade e incentivar a formação de novas 
empresas. 
O planejamento tributário é o processo de escolha de ação ou omissão 
lícita e não deve ser simulada antes da ocorrência do fato gerador, que corresponde 
ao conjunto de pressupostos previstos na lei e vinculados à obrigação jurídica de 
pagar um determinado tributo. 
No planejamento tributário as alternativas devem estar de acordo com a 
lei. Diante disso, infere-se que o Simples Nacional é uma ferramenta de 
planejamento tributário para ME e EPP. Sua elaboração inicia-se na pesquisa do 
fato objeto, sendo assim o pesquisador levanta os dados considerando a estrutura, 
as atividades operacionais da empresa, a qualificação fiscal e a particularidade das 
operações. 
 
4.1. Abrangência do Simples Nacional 
 
A Lei Complementar nº 123, de 14 e dezembro de 2006, que entrou em 
vigor em 1º de julho de 2007 foi criada para as ME’s (Micro Empresas): entidades 
que possuem uma receita bruta anual de até 240.000,00 (duzentos e quarenta mil 
reais) e EPP’s (Empresas de Pequeno Porte): as que ultrapassem esse valor, com o 
limite de até 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais). Essa lei possibilita 
a simplificação da contabilidade, tornando mais rápida a comunicação com os 
órgãos federais, estaduais e municipais. 
Quanto a abrangência do Simples Nacional o regime tributário abrange a 
participação de todos os entes federados e comtempla os seguintes tributos: IRPJ, 
 26 
CSLL, PIS/Pasep, Confins, IPI, ICMS, ISS e a Contribuição para Seguridade Social 
destinada à Previdência Social a cargo da pessoa jurídica (CPP). 
Conforme a Lei Complementar nº 123/2006, artigo 1312. 
 
Art. 13. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante 
documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições: 
 
I - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ; 
 
II - Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, observado o disposto no 
inciso XII do § 1o deste artigo; 
 
III - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL; 
 
IV - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, 
observado o disposto no inciso XII do § 1o deste artigo; 
 
V - Contribuição para o PIS/Pasep, observado o disposto no inciso XII do § 1o 
deste artigo; 
 
VI - Contribuição Patronal Previdenciária - CPP para a Seguridade Social, a 
cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho 
de 1991, exceto no caso da microempresa e da empresa de pequeno porte 
que se dedique às atividades de prestação de serviços referidas no § 5º-C do 
art. 18 desta Lei Complementar; 
 
VII - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e 
Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e 
de Comunicação - ICMS; 
 
VIII - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS. 
§ 1o O recolhimento na forma deste artigo não exclui a incidência dos 
seguintes impostos ou contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou 
responsável, em relação aos quais será observada a legislação aplicável às 
demais pessoas jurídicas: 
 
I - Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a 
Títulos ou Valores Mobiliários - IOF; 
 
II - Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros - II; 
 
III - Imposto sobre a Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou 
Nacionalizados - IE; 
 
IV - Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR; 
 
V - Imposto de Renda, relativo aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos 
em aplicações de renda fixa ou variável; 
 
VI - Imposto de Renda relativo aos ganhos de capital auferidos na alienação 
de bens do ativo permanente; 
 
 
12
 Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Disponível em: 
www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/LeisComplementares/2006/leicp123.htm>. 
 27 
VII - Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores 
e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira - CPMF; 
 
VIII - Contribuiçãopara o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS; 
 
IX - Contribuição para manutenção da Seguridade Social, relativa ao 
trabalhador; 
 
X - Contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do empresário, 
na qualidade de contribuinte individual; 
 
XI - Imposto de Renda relativo aos pagamentos ou créditos efetuados pela 
pessoa jurídica a pessoas físicas; 
 
XII - Contribuição para o PIS/Pasep, Cofins e IPI incidentes na importação de 
bens e serviços; 
 
XIII - ICMS devido: 
 
 
4.2. Imposto de Renda Pessoa Jurídica 
 
Imposto de Renda Pessoa Jurídica é um imposto em que cada pessoa ou 
empresa é obrigada a deduzir uma dada percentagem de sua renda média anual 
para o governo. Essa disposição tributária aplica-se em todas as empresas e 
sociedades registradas ou não. As públicas e as sociedades de economia mista são 
contribuintes nas mesmas condições das demais pessoas jurídicas. 
O imposto pago pelo trabalhador é denominado IRPF (Imposto de Renda 
sobre Pessoa Física) e a declaração anual comprovativa dos rendimentos são 
denominadas DIRPF (Declaração de Ajuste Anual). A apresentação dessa 
declaração é obrigatória a todos os trabalhadores que possuem rendimento superior 
ao valor mínimo definido pelo governo. 
Conforme Artigo 153 da Constituição Federal de 1988: 
 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
 
III - renda e proventos de qualquer natureza; 
 
 
4.3. Imposto sobre Produtos Industrializados 
 
A sigla IPI significa Imposto de Produto Industrializado, esse imposto é 
cobrado tanto de produtos nacionais como importados, esse imposto é brasileiro e 
afeta o valor cobrado nos produtos que compramos. 
 28 
A função do IPI é melhorar a fiscalização do produto e em termos ajudar 
na sua compra, por exemplo, se o governo quer incentivar algum produto ele reduz o 
IPI, se ele quer frear um pouco a venda de um produto, como o cigarro, ele aumenta 
o valor do IPI. 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
 
I - importação de produtos estrangeiros; 
 
 
4.4. Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido 
 
De acordo com o artigo 195, I, “c” da Constituição Federal de 88, onde a 
contribuição social incide sobre lucro líquido da empresa – CSLL que será destinada 
ao financiamento da seguridade social. 
 
Artigo 195 A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de 
forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos 
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e 
das seguintes contribuições sociais: 
 
I - dos empregadores, incidente sobre a folha de salários, o faturamento e . 
c) o lucro; 
 
 
4.5. Contribuição para Financiamento da Seguridade Social 
 
COFINS é uma sigla para Contribuição para o Financiamento da 
Seguridade Social. Trata-se de uma contribuição a nível federal calculada sobre a 
receita bruta de empresas. Sua arrecadação é destinada aos fundos de previdência 
e assistência social e da saúde pública. 
O COFINS é calculado sobre a receita bruta mensal da empresa 
contribuinte, não importando a atividade exercida pelo empreendimento e a 
categorização contábil dada às receitas. O faturamento mensal é o que importa para 
a mensuração desse tributo. A alíquota do COFINS é de 7,6% para PJ que opte pelo 
regime não-cumulativo e de 3% para quem escolher a incidência cumulativa. Vamos 
explicar rapidamente como calcular. 
 29 
4.6. Contribuição para o PIS/PASEP 
 
Programa de Integração Social foi criado pela Lei Complementar Federal 
nº 7, de 7 de Setembro de 1970, que tem a finalidade de promover a integração do 
empregado na vida e no desenvolvimento das empresas, viabilizando melhor 
distribuição da renda nacional. 
PIS13 - Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do 
Servidor Público – PIS/PASEP, de que tratam o art. 239 da Constituição de 1988 e 
as Leis Complementares 7, de 07 de setembro de 1970, e 8, de 03 de dezembro de 
1970. 
O PASEP - Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público foi 
instituído por meio da Lei Complementar Federal nº 8, de 3 de Dezembro de 1970, 
como forma de proporcionar aos servidores públicos civis e militares a participação 
na receita das entidades integrantes dos órgãos da administração pública direta e 
indireta, nos âmbitos federal, estadual e municipal e das fundações instituídas, 
mantidas ou supervisionadas pelo Poder Público. 
 
 
4.7. Contribuição Previdenciária Patronal 
 
A Contribuição Previdenciária Patronal é uma das subcategorias das 
contribuições sociais (dos valores arrecadados para a seguridade social), ou melhor, 
é o valor devido pelo empregador ao Governo Federal para aplicação nos serviços 
previdenciários concedidos aos trabalhadores da sua empresa pelo INSS. A 
Contribuição Previdenciária Patronal incide, nos moldes da Lei, sobre a folha de 
salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à 
pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício. De acordo 
com o artigo 22 a Lei 8.212/8114, com redação dada Lei nº 9.876, de 1999, a 
contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto 
no art. 23, é de: 
 
 
13
 https://www.fazenda.sp.gov.br/folha/nova_folha/pis_pasep.a sp#p10 
14
 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11359451/artigo-22-da-lei-n-8212-de-24-de-julho-de-1991 
 30 
1. Vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou 
creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e 
trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o 
trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos 
habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de 
reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo 
à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do 
contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença 
normativa. 
 
2. vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a 
qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais 
que lhe prestem serviços. 
 
 
4.8. Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias 
e Serviços 
 
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços 
(ICMS) é um tributo que incide sobre a movimentação de mercadorias em geral, o 
que inclui produtos dos mais variados segmentos como eletrodomésticos, alimentos, 
cosméticos, e sobre serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação. 
De acordo com ALEXANDRE (2012)15, Os convênios de ICMS são 
regulamentados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ) que é 
dirigido pelos Secretários de Fazenda, Finanças ou Tributação de cada Estado e 
pelo Ministro de Estado da Fazenda, e tem missão de promover a harmonização 
tributária entre os Estados da Federação. 
É o principal imposto estadual e o de maior arrecadação. Incide sobre 
operações relacionadas à circulação de mercadorias, de serviços de transporte e de 
comunicações. O Imposto sobre Operações Relativo à Circulação de Mercadoria e 
sobre Prestação de Serviços de Transportes Interestaduais e Intermunicipal e de 
Comunicação. 
O ICMS é regulamentado pela através da legislação: 
a) Art. 155, II e § 2ª da CF/1988 (Constituição Federal) 
 
15
 ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 6. ed. Método: São Paulo, 2012. 
 31 
b) Lei Complementar nº 87 de 1996 (complementa os dispositivos 
constitucionais e traz regras gerais para a cobrança do ICMS, valido para todos os 
Estados). 
c) Lei nº 6.374/89 (instituidora do imposto no Estado de São Paulo) 
d) Decreto 45.490/200 (Aprova o Regulamento do ICMS no Estado de 
São Paulo - RICMS/SP) 
 
4.9. Imposto Sobre Serviço 
 
O Imposto Sobre Serviços de QualquerNatureza, de competência dos 
Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços 
constantes da lista anexa à Lei Complementar 116/2003, ainda que esses não se 
constituam como atividade preponderante do prestador. 
O ISS é recolhido tanto pela prestação de serviços por parte de 
empresas, assim como é recolhido também por profissionais autônomos 
devidamente cadastrados junto aos órgãos competentes. O valor arrecadado será 
destinado sempre ao município no qual o serviço foi prestado, ainda que a empresa 
ou profissional específicos tenham seu cadastro realizado em outro município ou 
estado. 
A alíquota cobrada pelo ISS é estabelecida pelo município e, 
normalmente, varia entre 2% e 5% sobre o trabalho realizado, de acordo com o 
segmento de atuação do prestador de serviço ou do profissional autônomo. Se você 
quiser saber o quanto é cobrado na sua cidade, informe-se na Secretaria da 
Fazenda de sua cidade. 
A partir da edição da LC 116/2003, as regras genéricas para o ISS são as 
seguintes: 
 O ISS incide somente sobre os serviços expressamente contidos na 
lista; 
 O ISS é devido apenas sobre a parcela de serviços, mas não sobre 
fornecimento de mercadorias, quando a própria lista se encarregue de sobre elas 
fazer incidir o ICMS; 
 O ISS é devido sobre os materiais, como parte integrante do serviço 
prestado, quando a lista não estabeleça sobre a incidência do ICMS; 
 32 
 Serviços não previstos na lista não são tributáveis pelo ISS, não o sendo 
também pelo ICMS a não ser que se trate de comunicação ou transporte 
intermunicipal, ou que se configurem como venda mercantil. 
 
 33 
CONCLUSÃO 
 
Este estudo foi possível constatar que, o fluxo de caixa é considerado um 
dos principais instrumentos de análise, sendo resultante do planejamento e do 
controle das áreas operacionais, vindo a auxiliar o administrador na tomada de 
decisões. 
A contabilidade tradicional reluta em permanecer com a visão focada 
apenas para os bens tangíveis que as empresas possuem, porém, já existe uma 
corrente de profissionais que reconhecem a existência, em diversas organizações, 
de valores intangíveis que têm uma representatividade expressiva no valor dessas 
empresas e, desta forma, influenciam e direcionam os empresários a investirem nas 
pessoas que trabalham para a organização, investirem no conhecimento, que se 
traduz no capital intelectual, capital este que demonstra o verdadeiro potencial 
existente, até que sejam por todos reconhecidos e desta forma, consideradas nos 
Balanços Patrimoniais. 
A partir da revisão teórica, foi possível identificar várias obras 
direcionadas ao assunto, onde foram identificadas várias abordagens para a 
definição de novos termos contábeis, sua função e importância. Com base nos 
trabalhos dos autores pesquisados objetivo de comentar de forma clara, simples e 
objetiva, os procedimentos adotados pelo CPC para evidenciar a evolução das 
mutações ocorridas no ativo imobilizado. 
Hoje em dia a dificuldade de quem abre um micro ou pequena empresa, 
não é somente a carga tributária, mas também o desconhecimento da mesma. Na 
maioria das vezes, o empresário não tem o conhecimento da responsabilidade fiscal, 
e quando se depara com ela, normalmente perde o controle da situação. 
Neste contexto todos os aspectos teóricos e os práticos levantados 
poderão servir de apoio para novas pesquisas que aprofundem, complementem ou 
ampliem a atual. Esta pesquisa torna-se redundante afirmar que os ativos intangíveis 
assumem importância fundamental na composição do real valor das empresas. Fato 
esse comprovado pelos autores estudados e verificado nos dados secundários 
apresentados no trabalho. 
 
 
 34 
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