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Julia da Silva Santos, Lara de Nadai Rodrigues Bezerra, Laryssa Santos da Conceição.
Sociedade de Consumo e Conservação de Biodiversidade
A perda de biodiversidade atingiu níveis tão alarmantes que já podemos falar de uma sexta extinção em massa num futuro próximo. O ritmo de extinção de espécies animais e vegetais registrado no século XX excede em 1000 vezes a média dos 65 milhões de anos precedentes. Mas há um importante diferença entre a sexta extinção em massa e as outras cinco: não é explicável por fatores naturais (COELHO, 2010). 
O homem sempre buscou e sempre irá buscar na natureza, meios para satisfazer suas vontades essenciais, porém o consumismo gerado pelo espírito capitalista faz com que o mesmo homem retire de forma irracional recursos não necessários à sua existência, a fim apenas de garantir satisfação e bem-estar (ALBUQUERQUE, s.d.). A crise ecológica vivenciada é resultado das atitudes humanas praticadas no decorrer dos tempos, ocasionada especialmente por extração ilimitada de recursos naturais ou pelo consumo por geração constante de resíduos (ZARELLI, 2021). Diante desse cenário os países de primeiro mundo (EUA principalmente), buscam recursos naturais nos países de terceiro mundo, degradando o ambiente desses lugares e fazendo com que as pessoas saiam desse meio, dirigindo-se às grandes cidades em busca de emprego, onde na maioria das vezes são em indústrias, ficando expostas a poluição por produtos químicos. 
Na produção, dentro da economia dos materiais, usamos energia para misturar produtos químicos sintéticos – muitas vezes tóxicos – à produtos naturais, sem saber o impacto desses na saúde, culminando, por exemplo, na contaminação a partir da cadeia alimentar que ocorre independente do nível trófico e permanece em caráter cumulativo ao longo da cadeia, aumentando a concentração a cada nível, podendo chegar ao leite materno que será transmitido com altas concentrações de contaminantes tóxicos ao filhote. 
Existe um conceito na economia, criado em 1920, chamado de obsolescência programada (ou planejada) que nasceu como uma estratégia na hora de produzir os bens, as empresas programam o tempo de vida útil dos produtos para que seja mais curta do que a tecnologia permite. Dessa forma cada vez mais os produtos ganham menores tempos de vida útil e quando quebram são extremamente difíceis de consertar, a fim de impulsionar o consumo e a produção, pois sempre sairá mais barato e pratico comprar um produto novo do que conservar ou arrumar o produto antigo (GARCIA, 2014).
Além do mercado também estar sempre impulsionando modelos novos dos mesmos produtos mudando pequenas coisas (ou dando pequenos retoques), desvalorizando e desmerecendo os produtos antigos que muitas vezes ainda estão em boas condições de uso. A troca regular de produtos aumenta a produção de lixo que é descartado em aterros sanitários, além das incinerações que produzem novas toxinas, como a dioxina (substância mais poluente produzida pelo homem), poluindo o meio terrestre, aquático e o ar, fatores que ultimamente tem causado grandes mudanças climáticas. 
Sabemos que a consequência mais nefasta das ameaças à biodiversidade é a extinção de uma espécie. Com a perda da espécie perde-se o patrimônio genético, podendo afetar a dinâmica das relações tróficas entre os seres vivos que compõem a teia alimentar em que a espécie se insere, devemos sempre lembrar que a extinção de espécies faz parte do processo evolutivo. Estima-se que de 99% de todas as espécies que já existiram estão hoje extintas (ANDREOLI, s.d.). Tratando-se de um evento lento causado por fatores como surgimento de competidores mais eficientes e catástrofes naturais, como a extinção dos dinossauros, onde acredita-se que entraram em extinção devido a mudança climática decorrente da queda de um meteorito. Porém, atualmente a principal ameaça às espécies e, consequentemente, a biodiversidade é o ser humano. A degradação dos ecossistemas do planeta acelerou o desaparecimento de animais e plantas, um processo que deveria ocorrer lentamente (ANDREOLI, s.d.).
A biodiversidade é ameaçada principalmente pelas modificações ambientais, como por exemplo, a fragmentação e o desmatamento de florestas que acabam eliminando ambientes propícios para desenvolvimento de espécies. As mudanças climáticas em escala global e regional estão ocorrendo, atualmente, extremamente rápido, e este conjunto de mudanças vem limitando as possibilidades de respostas da natureza, acelerando a taxa de extinção das linhagens biológicas. Nunca se viveu um período em que a quantidade de espécies ameaçadas de extinção foi tão grande como a que estamos vivenciando num curto período, chamado de antropoceno (ANDREOLI, s.d.). O crescimento populacional, e consequentemente suas mudanças mundial e hábitos de vida, na fase atual que vivemos tem gerado perturbações em todo ecossistema. Segundo Neto (2020) apesar de os níveis de diversidade biológica serem os mais elevados na história do planeta, estamos caminhando a passos largos rumo ao declínio das espécies e dos ecossistemas, devido às transformações ambientais causadas pelos humanos, sendo que as principais causas de redução da biodiversidade são a perda e fragmentação de habitat, mudanças climáticas, superexploração de recursos naturais, poluição e introdução de espécies invasoras. Todas elas estão ligadas às atividades humanas, incluindo a expansão rural e urbana.
Pesquisadores vem alertado sobre essas agressões ambientais e suas graves consequências, principalmente as relacionadas as perdas de biodiversidade e até mesmo a existência humana. Vale ressaltar que, uma vez extinta, essa espécie não será mais encontrada na natureza. 
Para reverter a situação, é necessária uma mudança fundamental no modo em que sociedades funcionam e como os indivíduos vivem. Esta mudança precisa envolver o sistema econômico, sistema de valor de indivíduos e de sociedade, convicções religiosas, direitos humanos e as rotinas diárias de indivíduos. Será difícil parar o avanço da extinção e reverter o declínio das populações de espécies ameaçadas. Nas próximas décadas os processos atuais continuarão intensificando e uma grande parte da diversidade biológica da Terra será perdida (ANDREOLI, s.d.).
Referencias
NETO, H. R. Antropoceno, crise da biodiversidade e extinção. Outras Mídias, 2020. Disponível em: https://outraspalavras.net/outrasmidias/antropoceno-crise-biodiversidade-e-extincao/. Acesso em 02/12/2021.
GARCIA, D. O que é obsolescência programada? Super Interessante, 2014. Disponível em: < https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-e-obsolescencia-programada/#:~:text=Montes%20Claros%2C%20MG-,Trata%2Dse%20de%20uma%20estrat%C3%A9gia%20de%20empresas%20que%20programam%20o,com%20eletr%C3%B4nicos%2C%20eletrodom%C3%A9sticos%20e%20autom%C3%B3veis>. Acesso em 02/12/2021. 
COSTA, L.A.V., IGNÁCIO, R. P. Relações de Consumo x Meio Ambiente: Em busca do Desenvolvimento Sustentável. Âmbito Jurídico, 2011. Disponível em: < https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-ambiental/relacoes-de-consumo-x-meio-ambiente-em-busca-do-desenvolvimento-sustentavel/amp/> Acesso em 02/12/2021. 
COELHO, R. Capitalismo vs biodiversidade. Esquerda.net, 2010. Disponível em: < https://www.esquerda.net/opiniao/capitalismo-vs-biodiversidade> Acesso em 02/12/2021. 
ANDREOLI, C. V. et al. Biodiversidade: A Importância Da Preservação Ambiental Para Manutenção Da Riqueza E Equilíbrio Dos Ecossistemas. Coleção Agrinho, n° 462, s.d. Disponível em: https://www.agrinho.com.br/site/wp-content/uploads/2014/09/28_Biodiversidade.pdf. Acesso em 02/12/2021. 
BARUANA, D. et al. Design Para A Sustentabilidade Na Economia De Materiais: Uso De Resíduos No Desenvolvimento De Produtos. Mix Sustentável, Florianópolis, v.3, n.3, p.113-122, 2017. Disponível em: < https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/mixsustentavel/article/view/2066> Acesso em 02/12/2021. 
ZARELLI, R. C. Sociedade De Consumo E Meio Ambiente. Editora Thoth, pag. 25, Londrina, PR, 2021. 
ALBUQUERQUE, S. C. A. O consumismo e suas implicações para a adolescência.V/lex, informação jurídica inteligente, s.d. Disponível em: < https://livros-e-revistas.vlex.com.br/vid/consumismo-suas-implicacoes-adolescencia-682702705>. Acesso em 02/12/2021.

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