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Exame ginecológico em grandes animais (vacas e éguas)

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–
L 
 
 
 
 
 
 
 
 
Um exame ginecológico pode ser feito por diversos 
motivos, como por exemplo: 
 Pós-parto: checar retenção de placenta, 
metrite puerperal etc. 
 Acompanhar distocias 
 Início da estação de monta 
 Diagnostico de gestação 
Para realizar esse exame, devemos seguir alguns 
passos... 
Identificação do animal: 
Primeiramente devemos cumprimentar proprietário, 
para então passar a identificar o animal. 
 
 principalmente nas éguas, algumas 
doenças podem acorrer com maior frequência 
ao decorrer da idade
 
 além das predisposições a doenças 
específicas, quando pensando em bovinos, temos: 
− Taurinos: são mais precoces. Uma 
fêmea holandesa entrará na 
puberdade com 12-14 meses 
− Nelores: são mais tardias. Uma fêmea 
entrará em puberdade com 18-24 meses 
 
 Brincos, tatuagens, microchips 
 : em éguas 
 : há locais que tem 
doenças endêmicas, ou então em relação às 
espécies fotoperíodo dependente, que perdem a 
estacionalidade em regiões tropicais (como no 
Nordeste). 
 
Anamnese: 
 
 Manejo nutricional da propriedade: criação 
extensiva? pasto? Free stall? Confinada? 
Suplementação? volumoso? Onde guarda a 
ração (contaminação por aflatoxina)? 
 Comportamento 
 Manejo sanitário: vacinas, vermifugação, 
ectoparasitas (carrapato → babesiose → 
debilitar o animal → afetar a reprodução) 
 Contactantes 
 
 queixa principal e perguntas relacionadas a 
esse sistema 
 Monta natural? tipo de sêmen (fresco, 
congelado, refrigerado)? 
 Problemas reprodutivos anteriores? 
 Parto distócico? 
 Retenção de placenta 
Exame físico: 
funções vitais 
 TPC 
 mucosas 
 frequência cardíaca 
 frequência respiratória 
 temperatura 
 linfonodos 
 dor → prostaglandina → causa luteólise 
 dentes: ponta de dente → não apreende o 
alimento → reduz peso → prejudica a 
reprodução 
 pele: presença de ectoparasitas 
 
Exame ginecológico em 
Equinos x bovinos 
Quando se fala de reprodução, 
devemos lembrar que essas duas 
espécies têm tempos de vidas diferentes. 
Geralmente vacas são animais de 
produção, e assim, vivem pouco período, 
enquanto os cavalos têm grande valor 
agregado e costumam ser PET’s, e por 
isso, tem um tempo mais longe de vida. 
*observar cascos e aprumos 
*comprovar se a apresentação física do animal 
condiz com o que foi passado pela anamnese 
Se algum dos parâmetros de função vital 
estiver muito alterado, tem que ser resolvido 
antes de fazer o exame físico ginecológico 
 
–
Vulva: 
Pode ser avaliada via inspeção 
 Tamanho: em vacas, o freemartismo pode 
deixar a vulva menor. 
 Mucosa 
 Secreção 
 Presença de lesões e nódulo: podem estar 
entre lábios e prejudicar a junção deles, 
impedindo a função de barreira 
 Conformação/ angulação 
A vulva é a primeira barreira que protege o útero. 
 Angulação da vulva bem vertical 
 Com a idade, a vulva ganha ainda mais 
angulação, com aspecto de inclinada devido a 
perca de massa muscular, ligamentos etc. 
 Quando está na vertical: lábios vulvares 
estavam juntos e funcionavam como barreira 
 Quando está inclinada: lábios ficam menos 
juntos e mais suscetível a receber fezes (no 
momento da defecação) e contaminações, 
podendo entrar ar e sujidades que predispõem 
a endometrite (prejuízo à reprodução). 
 Algumas raças têm a vulva mias inclinada. 
Vagina: 
 Mucosa: existe uma pequena variação entre as 
fases. Estro = vagina rosada e mais úmida, pelo 
aumento do estrógeno 
 Secreção 
 Tamanho: pode ocorrer vagina em fundo cego 
no freemartismo de vacas 
 Lesões: vulvo-vaginite, úlceras, secreção 
Pode ser feito por inspeção e manipulações (exames 
complementares). 
 
Exames complementares: 
Podem ser uteis em casos em que já se tentou de tudo 
(protocolos hormonais, ocitocina, lavagem de útero, 
infusão de antibiótico, palpação normal e condicente a 
fase do ciclo estral e idade etc.) e ainda assim a vaca 
não emprenha 
Para as manipulações de toque vaginal devemos ter 
muito cuidado com a higiene, visto que tocaremos na 
vagina, uma área sensível. 
 Enfaixar a cauda: em éguas principalmente por 
causa da crina 
 Amarrar a cauda para cima 
 Limpeza da região: água e sabão – do meio para 
a periferia, justamente para não levar 
sujidades para dentro 
 Lavagem de mão + luva de procedimento 
 Abrir lábios vulvares 
 Começar o exame complementar 
Dentre as opções de exames complementares temos: 
É realizada através da ajuda de um espéculo: 
 Vacas: espéculo tubular 
 Éguas: espéculo bico de papagaio 
Os espéculos devem ser higienizados em uma estufa, 
com lavagem com sabão ou flambando, e após estéril, 
não devemos mais encostá-lo em nenhum local. 
Após isso, devemos introduzir esse aparelho na vagina: 
 Usar lubrificante estéril : KY 
 Introduzir o espéculo inclinado para não dar 
um choque tão grande na fêmea devido ao 
diâmetro do espéculo 
 Introduzir o especulo 
 Abrir o espéculo 
Nesse momento será possível observar todo o vestíbulo 
e a cérvix com o auxílio de uma lanterna no buraco 
formado pelo espéculo. 
 Retirar o espéculo angulando da mesma 
forma que introduziu. 
: 
 presença de líquido 
 
 nas fases do ciclo estral que há aumento de 
estrógeno, forma-se um edema uterino (dobras 
endometriais) 
 
 Viabilidade fetal, observando os batimentos 
cardíacos 
 Diagnóstico precoce de gestação 
 Presença de cisto uterino 
 Não é possível diferenciarmos na imagem a 
cérvix e tuba uterina quando estão 
fisiologicamente normais. 
 O que é possível diferenciar: Útero, Corpo e 
cornos uterinos 
 
Nesse exame fazemos um coleta com um coletor 
citológico (escova) que pode vir preso a uma pipeta (que 
serve de guia para introduzir o coletor até a região). 
–
 
 Passamos a cerdas do coletor na lâmina 
 Na citologia vemos as células da parede, para 
observar a presença de neutrófilos, células da 
parede uterina e hemácias. 
 
 Permite que se faça um cultura microbiana, já 
que apenas pelo citologia não necessariamente 
vemos bactérias e fungos. 
 Antibiograma: as vezes um determinado 
antibiótico já é resistente naquela fêmea. 
: 
 Há uma estrutura que tem uma garra e é 
introduzida pela cérvix, segurando o útero para 
que ele retire um fragmento do órgão. 
 Se faz o corte histológico, onde vemos uma 
camada mais profunda do endométrio 
(podemos diagnosticar quadros como de uma 
fibrose glandular, onde o endométrio não 
consegue receber o embrião e nem garantir 
uma prenhez.) 
 Porém, como retiramos apenas um fragmento, 
pode ser que tiremos justamente um pedaço que 
não tem manifestação histológica. 
 
: 
 É uma endoscopia do útero que percorre sua 
extensão, por todo seu parênquima, e quando 
próximo a cistos, podemos puncioná-los. 
 
Cérvix: 
Devemos lembrar que as espécies têm diferenças 
anatômicas: 
 possuem anéis cartilaginosos (anéis cervicais) 
que devem ser avaliados. 
 Corpo do útero: 1/3 do tamanho do útero 
 Cornos uterinos: 2/3 do tamanho do útero 
 Estruturas firmes, de quase 10cm 
 Após sair corno, ele cai ventralmente e se 
enovela 
 Sentimos também o assoalho da pelve, e 
caminhando cranialmente sentimos o corpo do 
útero 
 Ou seja, exige palpação retal para guiar e ver 
tortuosidades 
 Sua cérvix é semelhante a um esfíncter, uma 
estrutura não diferenciada que não é possível 
de sentir na palpação retal, já que o corpo tem 
o mesmo cumprimento que os cornos. 
 Suspenso pelo ligamento largo, ou seja, na 
palpação devemos seguir um caminho para 
“cima” 
 Por via transretal podemos seguir 
dorsalmente até sentir o assoalho pélvico, 
caindo em uma bifurcação. 
 Ovários caudais ao polo caudal do rim 
 Ou seja, exige uma palpação vaginal para 
avaliar se a cérvix está integra ou torta. 
 A palpação vaginal exige cuidados com a 
higiene: 
− calçar uma luva, tomando cuidado 
pois o lado estéril dela é o que deve 
ser introduzido no animal . 
− lubrificante KY 
 
Útero: 
 Tamanho: O aumento de tamanho poderia ser 
secreção (piometra) ou uma prenhezSimetria: a assimetria entre os cornos é um 
grande indicativo de prenhez, principalmente 
em vacas, onde o embrião se desenvolve 
primeiro no corno gravídico 
 Consistência: 
 
 nessa espécie, o reconhecimento materno 
de gestação ocorre quando o embrião chega ao 
útero e se movimenta para mostrar que está 
ali, e para isso, o útero tem que estar tenso 
para contrair, e o momento que isso ocorre é no 
diestro. Portanto, no diestro o útero está tenso 
e no estro relaxado 
 
 : nessa espécie, o embrião chega no útero e 
tem que se alongar para o reconhecimento 
materno acontecer, e para isso o útero tem que 
estar relaxado, assim como no seu diestro. 
Portanto, no diestro o útero está relaxado, e 
tenso no diestro. 
Saber a consistência é importante pois em uma 
transferência de embriões, escolhemos a receptora 
pela tensão do útero, já que colocamos um embrião que 
está no diestro 
 
Ovários: 
: 
 Redondos 
 Região cortical: fica na periferia, onde estão os 
folículos primordiais, primários, secundários, e 
folículos pré-ovulatórios (pequenos, nem sempre 
sentidos pela palpação). 
–
 Na ovulação, o corpo lúteo se forma, e por 
estar na periferia, e ser uma estrutura mais 
firme, é possível ser sentido pela palpação 
transretal 
 Ou seja, nas vacas sentimos as estruturas 
funcionais, principalmente os corpos lúteos. 
 
 Tamanho: em atividade cíclica, durante o ciclo 
estral, tem tamanho próximo a de uma nós. 
Menor que uma azeitona = anestro (sem 
estrutura se desenvolvendo e sem corpo lúteo). 
Maior que uma laranja = cisto 
folicular/luteínico, muito frequente em vacas 
de leite (flutuante pois tem líquido dentro, 
podendo diferenciar assim de um corpo lúteo, 
que é mais rígido) 
 Simetria: não são simétricos fisiologicamente 
 
 Possuem fossa da ovulação, uma estrutura 
onde há o epitélio germinativo
 Na palpação retal não é possível estruturas 
funcionais
 Tamanho: Ovários ciclantes tem um tamanho 
entre um limão e uma laranja, e quando em 
anestro, ficam muito menor
 Punções de ovário podem ser feitos nessa 
espécie para diagnosticar células de tumor, já 
que tem uma maior longevidade de vida 
 Simetria: não são simétricos fisiologicamente

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