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Macroeconomia 1 - Resumo

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Macroeconomi�
Conceitos básicos
A macroeconomia se dedica a avaliação dos agregados na
economia, observando seu comportamento como um todo.
É a partir do comportamento dos agregados econômicos
que a macroeconomia explica as flutuações da economia;
A macroeconomia observa e explica as flutuações
econômicas (realidade econômica) através de modelos de
interpretação (ex:clássico, keynesiano…);
Cada modelo tem suas características específicas e
quando vamos analisar alguma flutuação econômica
baseada em um modelo específico, é necessário que
observemos os recortes que esse modelo possui para que
possamos esperar de modo correto os resultados
esperados ou planejados. Exemplo:
❖ Oferta: Produto
❖ Demanda: Procura
Teoria Macroeconômica Clássica
Determinação do produto
A determinação do produto e do nível geral de preços é
feita pela interação entre a oferta e a demanda (em termos
agregados).
➜ Ao quanto as empresas estão dispostas a produzir a
cada nível de preços;
➜ Quanto os agentes econômicos estão dispostos a
adquirir a cada nível de preços.
➜ O perfil de apresentação da função oferta agregada é
chave para diferenciar abordagens pois cada modelo
considera diferentes hipóteses sobre o nível de preços e,
portanto, diferentes respostas da oferta agregada aos
mesmos. , mais-
Clássicos
● Lei de Say➜ A oferta determina a própria procura;
● Os preços são flexíveis;
● Economia opera a pleno emprego, logo todos os
recursos produzidos são utilizados de forma que
flutuações dos agregados são expressos por variações
nos níveis de preços;
● Os preços são perfeitamente flexíveis, de tal forma que
todo ajustamento econômico é dado por meio dessa
variável.
● Flexibilidade de preços e salários;
● As forças da economia tendem ao equilíbrio econômico
a pleno emprego garantido.
● A Quantidade de moeda circulando na economia = Nível
geral dos preços
↳ Logo, política monetária não possui impacto sobre a
dinâmica da economia. Nem as variáveis reais ou os
preços relativos são afetados por tal política.
● Demanda agregada não é fator determinante para o
nível do produto.
Oferta agregada clássica
● A oferta agregada corresponde ao total de produto que
as empresas e famílias estão dispostas a oferecer em
um determinado período de tempo, a um determinado
padrão de preços.
● OFERTA AGREGADA = CONJUNTO DAS OFERTAS INDIVIDUAIS.
● Olha-se para a função de produção individual para
interpretar a oferta agregada.
● Para reduzirmos a oferta agregada, temos que analisar
como se determina o nível de produção para cada
empresa individual e, por agregação, obtê-la para a
economia como um todo.
● Produzir significa adaptar a natureza, por meio da
combinação de fatores de produção, às necessidades
humanas.
● Para gerar produto, portanto, as empresas se utilizam
de capitais físicos e monetários (máquinas,
equipamentos, edifícios etc.) e trabalho, de acordo com
uma dada tecnologia.
Y = F(K,N, T)
y = Produção
k = Capital
n = Trabalho
t = Tecnologia
↳ A função de produção mostra o máximo de produto que
pode ser obtido para uma dada combinação de capital,
trabalho e tecnologia.
Hipóteses da função de produção agregada
1. O produto aumenta tanto com a utilização de maiores
quantidades de qualquer um dos fatores de produção
(capital e trabalho) como por melhorias tecnológicas.
2. Para uma dada tecnologia, a função de produção
apresenta retornos constante de escala, isto é: zY = F
(zK, zN)
↳ Exemplo: Duplico a mão de obra, duplico a quantidade
de mercadoria produzida.
3. A produtividade marginal de cada um dos fatores é
decrescente.
↳ A produtividade marginal do trabalho é obtida pela
inclinação da reta tangente à função de produção em cada
ponto.
● Considerando o curto prazo em que apenas a
quantidade de trabalho pode ser alterada, percebemos
que a oferta agregada passa a depender
exclusivamente de quanto é utilizado deste fator.
Demanda de Trabalho
● Consideramos um mercado do tipo concorrência
perfeita, um grande número de empresas, que não
conseguem influenciar o preço dos produtos que
vendem nem o preço dos fatores de produção, no caso
o trabalho.
● As firmas contratam mão-de-obra de acordo com o
objetivo de maximização do lucro.
➜ O nível de emprego do fator trabalho é determinado no
mercado de trabalho, em que a demanda é realizada pelas
empresas e a oferta pelos indivíduos.
● O nível de emprego vai ser condicionado pelas
demandas no mercado de trabalho.
● O fator trabalho é utilizado pelas empresas no seu
processo produtivo.
Lucro das empresas = Receita Total (P.Y) - Custo Total (W.N + R.K)
L = P . Y - (W.N + R.K)
L - Lucro das empresas
P - Preço do produto produzido
Y - Quantidade de produto produzido
W- Valor nominal do salário dos trabalhadores
N - Quantidade de trabalho acessado pelas empresas
R - Custo de unidade de capital
K - Quanto de capital essa empresa acessou.
Lucro = PF(N) - WN - RK
PF(N) - O Produto é uma Função dependente da
quantidade de trabalho empregado na produção
➜ Observações importantes
● Como estamos considerando um mercado em
concorrência perfeita, as empresas não decidem nem
sobre o preço (P) que vendem seus produtos, o qual
para elas é dado, nem sobre o salário que pagarão ao
trabalho.
● A decisão da empresa restringe-se a quanto contratar
de mão-de-obra (N) e determinar quanto produzir, de
modo a obter o lucro máximo;
● Ou seja, deve-se maximizar a função lucro em relação a
N.
Maximização da função Lucro: ∂L/∂N = 0
Derivar a função lucro em função das unidades de trabalho
utilizadas pela empresa e igualar a 0.
Na hora de derivar a função Lucro:
● Mantém o P pois ele é constante já que as empresas
não tem poder sobre sobre ela.
● Deriva a função N = F’ (N)
● As empresas não tem capacidade de impactar o salário
dos trabalhadores logo W é constante.
● A Derivada de N é sempre 1 ➜ F’(N) = 1
● R.K não dependem de N, logo as suas derivadas são
iguais a 1➜ F’(R.K) = 1
Por fim➜ P.F’(N) - W.1 - 0
F’(N) = W/P
↳ A maximização de lucro pela empresa implica que ela
contrate trabalhadores até o ponto em que a produtividade
marginal do trabalho iguale o salário real. W/P = Salário
real.
● A produtividade marginal do trabalho representa a
própria demanda de trabalho pela empresa.
● Considerando o curto prazo em que apenas a
quantidade de trabalho pode ser alterada, percebemos
que a oferta agregada passa a depender
exclusivamente de quanto é utilizado deste fator.
● A produtividade marginal do trabalho é decrescente.
● Assim, para que a firma utilize mais trabalho, o salário
real deve diminuir acompanhando a redução da PMgN,
ou seja, a quantidade demandada de trabalho tem
relação inversa com o salário real.
PMgN ➜ Quantidade demandada de trabalho tem relação
inversa com o salário real
oferta de trabalho
● Aceitando que os agentes não sejam míopes (não
sofrem de ilusão monetária), a decisão de quanto
trabalhar não será afetada pelo salário nominal
percebido, mas pelo poder de compra recebido pelo
trabalho (salário real).
IMPORTANTE
↳ Os indivíduos irão se basear na hora de decidir o quanto
ofertar de mão de obra com o objetivo de maximizar a
utilidade, cuja "cesta" de bens é composta pela renda
(consumo de bens) e pelo lazer.
➜ O salário real corresponde ao acréscimo do consumo
de bens para cada hora adicional de trabalho. O salário
real é o custo de oportunidade do lazer (o quanto se
sacrifica de produto para obter lazer).
● O trabalho não gera nenhum prazer, apenas a renda
necessária para poder consumir e obter a satisfação
decorrente do consumo de mercadorias.
● Já o lazer gera utilidade (satisfação) por si mesmo.
Alterações no salário real possuem dois efeitos sobre as
decisões dos indivíduos:
● Efeito substituição - Toda vez que o lazer fica
relativamente mais caro que o trabalho os indivíduos
irão tender a diminuir a procura por lazer e ampliar a
oferta de trabalho.
● Efeito renda - Ocorrendo um aumento no salário real
isto irá representar que os indivíduos estão cada vez
mais ricos logo eles estarão propensos a demandar
mais produtos/serviços e lazer.
Observação:A inclinação da oferta de trabalho depende de
qual dos dois efeitos é predominante, pois uma elevação
do salário real tende pelo efeito substituição a ampliar a
oferta de trabalho, mas pelo efeito renda tende a diminuir.
A curva de oferta de trabalho reflete a chamada
Desutilidade Marginal do Trabalho que é a perda de
utilidade decorrente de cada indivíduo de dedicar mais
horas ao trabalho e menos horas ao lazer.
↳ Mostra quanto deve ser o salário real para induzir o
indivíduo a abrir mão do lazer dedicando esse tempo ao
trabalho.
O desenvolvimento desta análise dá-se com base em
hipótese bem pouco realista: os indivíduos podem alocar
livremente seu tempo entre trabalho e lazer.
Equilíbrio no mercado de trabalho
Mercado em concorrência perfeita!
Sempre que houver excesso de oferta de trabalho, haverá
queda no salário real;
Sempre que houver excesso de demanda de trabalho,
haverá aumento do salário real.
↳ Esse processo garantirá que o mercado atinja um nível
de salário real no qual a oferta de mão-de-obra se iguale à
demanda.
● Portanto, considerando um mercado de trabalho em
concorrência perfeita, este determinará o salário real e o
nível de emprego de equilíbrio, onde todos que estejam
dispostos a trabalhar neste nível salarial obterão
emprego.
● Não existe desemprego involuntário na economia - a
economia opera a pleno emprego.
● Sendo o salário nominal flexível, não existe qualquer
obstáculo para obtenção do equilíbrio de pleno
emprego.
Oferta agregada
Definido o nível de emprego no mercado de trabalho e
dada a função de produção, determina-se o produto que
corresponde ao produto de pleno emprego, que será a
oferta agregada da economia.
A oferta agregada clássica depende da tecnologia (função
de produção), do estoque de capital e das condições do
mercado de trabalho:
YS = YS (W/P, K, T)
● Somente as variáveis reais afetam a oferta agregada;
● O nível de emprego e de produto independem de
variáveis nominais (monetárias) como por exemplo os
preços nominais.
● A oferta agregada de pleno emprego só e impactada
pelas variáveis reais
● A oferta agregada é inelástica ao nível de preços, o que
significa que a curva de oferta é vertical.
● Produto de equilíbrio é também produto a pleno
emprego.
↳ A oferta agregada é inelástica ao nível de preços, o que
significa que a curva de oferta é vertical.
Dicotomia clássica
↳Neutralidade da moeda.
Teoria quantitativa da moeda:
● Demanda agregada determina o nível de preços da
economia, em decorrência de transformações na oferta
de moeda haverá apenas transformações no nível de
preços sem qualquer impacto sobre o produto real.
● A demanda agregada não tem capacidade de influenciar
o produto na economia.
● As condições de oferta que tem capacidade de
estabelecer o nível de produto/emprego.
● ↳Toda oferta cria seu próprio produto;
● O produto real é dado pela oferta e impactam sobre
essa oferta variáveis reais;
Se o produto real é dado pela oferta, a única variável
determinada pela demanda é o nível de preços.
● Políticas monetárias expansionistas afetam somente
variáveis nominais.
● Políticas monetárias têm capacidade de ampliar a
demanda;
● Não faz sentido ter políticas monetárias expansionistas
para aumentar o produto na economia já que para os
clássicos as variáveis reais são os únicos determinantes
para o produto na economia. Logo uma vez ampliada a
quantidade de moeda que circula na economia através
de uma política monetária expansionista o único
impacto esperado é sobre o nível de preços que é uma
variável nominal que não é capaz de influenciar a oferta
que é somente influenciada por variáveis reais.
● Se tivermos estabelecida a oferta de moeda e nível de
produto pela própria oferta agregada, a demanda
agregada tem apenas um grande objetivo que é
determinar o nível de preços. Alterações nessa
demanda agregada seja em decorrência da oferta de
moeda ou qualquer outra transformação vão afetar
somente esse nível de preços e não possui impactos
sobre o produto real (principal orientador da atividade
econômico).
● Clássicos separam a economia entre: Lado real e lado
monetário; Logo as variáveis reais e nominais serão
determinadas olhando através destes dois lados da
economia.
Variáveis reais: Produto, nível de emprego, salários reais,
preços relativos.
Variáveis nominais: Preços e salários nominais.
Lado real➜ impactado pelas variáveis reais.
Lado nominal➜ determinado as variáveis nominais.
Logo, existindo 2 lados na economia isto gera uma
dicotomia no modelo clássico que vai apontar para a
neutralidade da moeda uma vez que variáveis nominais
não impactam o produto e o nível de emprego na
economia.
Passivo ➜ Demanda agregada (determina nível de preços
- variável nominal)
Ativo ➜ Oferta agregada (determina o nível de
emprego/produto - variável real).
A política monetária para os clássicos só tem influência
sobre as variáveis nominais ou seja não impacta sobre
produto e emprego.
A Política Monetária não tem impacto sobre as variáveis
reais porque consideramos um ambiente em que as forças
de mercado atuam livremente com livre flexibilidade de
preços e salários (concorrência perfeita) em que o mercado
opera em pleno emprego vai sempre buscar o equilíbrio
considerando que variáveis nominais são amplamente
flexíveis.
A Política Monetária é válida para incentivar produto e
emprego somente se houvesse imperfeições nos mercados
(o que por hipótese não acontece)
Para os clássicos Política Monetária é totalmente
ineficiente para incentivar crescimento e desenvolvimento
econômico.
Exemplo: Sindicatos negociando salários/corte de tal leva a
rigidez de salários nominais, logo a imperfeições no modelo
clássico pois para eles preços e salários são perfeitamente
flexíveis.
Lei de Say ‘’ A oferta cria sua própria procura’’.
↳Toda a renda criada no processo de produção seria
gasta, de forma a adquirir toda produção. Ou seja, não
seria possível uma situação de insuficiência generalizada
de demanda.
Para que a Lei de Say seja válida:
● Considera-se que só haja demanda de moeda pelo
motivo transação.
● Toda a renda ganha pelas pessoas é gasta apenas na
compra de bens e serviços. Ou seja, Lei de Say não
prevê demanda de moeda pelo motivo portfólio, já que
não supõe qualquer tipo de especulação financeira.
↳ Alterações na demanda agregada (Ye=Yp), em
decorrência de alterações na oferta de moeda (DA=M),
apenas mudam o nível de preços da economia (P), sem
qualquer impacto sobre o produto real.
TAXA DE JUROS NO MODELO CLÁSSICO
Fundos são os fluxos de recursos que se destinam para a
aquisição de títulos na economia. Recurso que não é
consumido pelos agentes econômicos e são destinados a
poupança.
POUPANÇA: fluxo de recursos que se direciona para a
aquisição de títulos na economia corresponde à parcela da
renda não consumida pelos agentes econômicos.
↳A quantidade de poupança depende do quanto o
consumidor destina da sua renda a cada área
(poupança/consumo).
Demanda agregada é gasta no presente!
Poupança Agregada é gasta no futuro!
A poupança é feita quando o indivíduo se abstem de
consumir no presente porque espera que no futuro exista
uma recompensa a tal que é formada através da taxa de
juros na aquisição de títulos.
Poupança e consumo para os clássicos dependem da taxa
de juros.
Poupança varia positivamente perante a alta na taxa de
juros;
Consumo varia negativamente perante a alta taxa de juros.
Oferta de fundos ➜ Volume de poupança que é realizada
pelos indivíduos e que compõe o mercado financeiro.
A oferta de fundos depende da taxa de juros logicamente e
é uma função crescente a taxa de juros.
Demandas de fundos ➜ Indivíduos que têm a disposição o
investimento econômico.
S = S(r)
C = C(r)
S = poupança agregada
C = consumo agregado
r = taxa real de juros.
S'(r) > O
C'(r) < O
● Assim, o volume de poupança corresponde à oferta de
fundos no mercado financeiro.
● Quanto maior a taxa de juros, maior será a quantidade
ofertada de recursos.
● A função poupança será crescente em relação à ‘r
● Investimento: Aquilo que permite a ampliação da
capacidadeprodutiva da economia .
● A demanda por fundos é realizada basicamente por
aqueles que desejam investir (demanda por
investimento).
● INVESTIMENTO: corresponde ao acréscimo do estoque
de capital na economia com o objetivo de ampliar a
produção futura.
● A decisão de investimento segue a lógica da
maximização de lucro pelas mesmas.
Aqueles que investem esperam ter a maximização de
seu investimentos quando houver retorno.
PRODUTIVIDADE MARGINAL DO CAPITAL: retorno
decorrente de uma unidade a mais de capital.
Quantidade adicional de produto gerado por uma unidade a
mais de capital vezes o preço do produto.
TAXA DE JUROS: custo do investimento que se paga para
obter o empréstimo para a aquisição do bem de capital;
Custo de oportunidade em que o detentor de recursos
incorre por não aplicar sua poupança em títulos e imobilizar
esses recursos na produção.
● O aumento da taxa de juros varia negativamente o
investimento em capacidade produtiva. (diferente da
oferta).
● A produtividade marginal é decrescente da mesma
forma que a produtividade marginal dos fatores de
produção é.
↳ Investimentos adicionais trazem um retorno cada vez
menor em termos de produto. Dessa forma, para que o
investimento se amplie, a taxa real de juros deve se
reduzir.
Logo, a demanda de recursos no mercado financeiro é
inversamente relacionada com a taxa real de juros.
➜ Se a demanda por recursos no mercado financeiro
aumenta a taxa real de juros diminui e vice versa.
I = I(r)
I = demanda de investimentos
r = taxa real de juros.
I'(r) < O
Equilíbrio entre poupança e investimento
● A taxa de juros é uma variável real determinada pelas
preferências intertemporais dos indivíduos e pela
produtividade marginal do capital.
● A taxa de juros (VARIÁVEL REAL) não é afetada pela
política monetária.
PRIMEIRA CONCLUSÃO: A política monetária, ao afetar o
nível de preços, pode afetar a taxa nominal de juros, mas
não a real.
SEGUNDA CONCLUSÃO: o mercado financeiro é do tipo
concorrência perfeita, logo a flexibilidade da taxa de juros
garante que a parcela da renda que não é consumida será
investida, validando a Lei de Say.
● Se a taxa de juros estiver acima da taxa de juros de
equilíbrio (ie), a pressão dos poupadores pela aquisição
de títulos fará com que esta se reduza, ampliando o
investimento e diminuindo a poupança até que estas se
igualem.
Equilíbrio Macroeconômico
Oferta Agregada (oa) = Demanda Agregada (da)
a demanda agregada acaba sendo o produto na economia pois para
os clássicos tudo que é ofertado acaba sendo demandado,
a da é o consumo das famílias e o investimento realizado pelas
empresas.
Y = DA
DA= C + I
c = famílias que consomem
i = empresas que investem
y = produto
c = i = demanda agregada numa economia fechada e sem
governo
Y= C + I
r = tx real de juros na economia
c e i são dependentes desta taxa porque oscilam em torno dela
Y = C(r) + I(r)
s = poupança
S = Y - C
s é dependende da tx de juros real da economia
S = S(r)
s e i
S(r) = I(r)
Introduzindo o governo e as políticas fiscais no modelo
clássico
Introdução do governo e de políticas fiscais
O que é o equilíbrio macroeconômico?➜ OA = DA
OA = Oferta Agregada
DA = Demanda Agregada
Considerando o governo como um agente exógeno, tanto a
arrecadação de impostos (T) como os gastos públicos (G)
serão tomados como variáveis exógenas (dadas).
O equilíbrio, agora, passa a ser dado pela seguinte
igualdade:
Fórmula com governo e política fiscal:
Y = C + I + G
Há a introdução de G
G = Gastos/despesas do governo
Para que o governo gaste ele precisa de fontes de renda
para financiamento destes gastos (Introdução de políticas
fiscais).
↳ Impostos.
↳ Estes impostos cobrados pelo governo subtraem a renda
das empresas privadas.
Importante observar os impactos que os tributos geram na
diminuição da poupança, investimento e consumo.
ANTES DO GOVERNO NA ECONOMIA
C = Renda + Taxa de juros - C(R)
S = S(r)
ATUALMENTE
C = Renda disponível para consumo ( Y - T)
R = TX DE JUROS REAL DA ECONOMIA
C = C (Y-T,R)
S = S (Y-T,R)
EQUILÍBRIO NO MERCADO DE PRODUTO
Y - C = I(R) + G
Y - C É MESMA COISA QUE S(Y-T,R)
A arrecadação de impostos é parcela da renda subtraída
ao consumo que, para manter a igualdade entre demanda
e oferta agregada, deve ser gasta pelo governo. O
equilíbrio no mercado de produto passa a ser dado pela
seguinte igualdade:
S(Y-T,R) T = I(R) + G
T = TRIBUTOS
PARA QUE HAJA IGUALDADE, SE DE UM LADO HÁ OS GASTOS DO GOVERNO
DO OUTRO HÁ OS TRIBUTOS COBRADOS POR ELE.
• ‘r’ tem a função de equilibrar o mercado de produto.
• Esse resultado é independente de qual teoria de
consumo, ou poupança, seja considerada. Supondo C(Y):
Y = C(Y) + I(r)
• Como o nível de renda é dado (a pleno emprego), o nível
de consumo também é dado e como tal, o nível de
poupança S = Y - C(Y)
• Assim, o equilíbrio continuaria dependendo da taxa de
juros, que teria que se ajustar para que o I(r) = S(r).
Podemos ainda redefinir o conceito de poupança
desmembrando-o em poupança pública (Sg) e privada
(Sp).
Poupança pública: corresponde à diferença entre a
arrecadação de impostos e os gastos do governo (T- G).
A oferta de recursos no mercado financeiro corresponderia
à chamada poupança nacional, que é a soma Sp e Sg.
S(Y - T; r) + T = I(r) + G
S(Y - T; r) + T - G = I(r)
Sp + Sg = l(r)
● O aumento do gasto público, apesar de pressionar
inicialmente a demanda, não levou a um aumento da
renda, pois não afetou as condições tecnológicas e a
dotação de fatores de produção. Apenas provocou
alteração na composição da demanda, elevando a
participação dos gastos públicos em detrimento dos
gastos privados. Esse fenômeno é conhecido como
efeito-deslocamento.
∆G = - (∆C + ∆I)
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
1. No modelo clássico a demanda possui um papel
totalmente passivo na determinação do produto.
2. A política monetária afeta apenas o lado monetário, sem
ter qualquer impacto sobre as variáveis reais da
economia(hipótese da neutralidade monetária).
3. A política fiscal apenas altera a composição dos gastos,
isto é, a composição da demanda, mantendo inalterada
a oferta.
4. Dessa forma, concluímos que não existe qualquer forma
do governo afetar o nível de emprego ou de produto da
economia.
5. Esta também não é uma necessidade, uma vez que a
economia sempre se encontra em equilíbrio de pleno
emprego.
6. Deixando o mercado funcionar livremente, e eliminando
as possíveis imperfeições, não existe espaço para
políticas macroeconômicas por parte do governo.
Keynesianos
aula 1
EQUILÍBRIO DE PLENO EMPREGO
Deixando o mercado funcionar livremente, e na ausência
de imperfeições, a economia tenderia a atingir um equilíbrio
de pleno emprego.
O desemprego só poderia ser causado pelo fato de os
trabalhadores quererem receber acima do salário de
mercado. Assim, a diminuição do desemprego seria feita
através da queda do salário.
Grande depressão ➜ Ideia de que o problema da grande
depressão era a insuficiência de demanda agregada.
↳ Muda-se aqui a ideia da lei de say, mas dá-se o foco a
demanda e não a oferta.
PRINCÍPIO DA DEMANDA EFETIVA
↳ Determina o produto e a renda.
●O empresário toma sua decisão de quantos trabalhadores
contratar e de quanto produzir com base em quanto ele
espera vender.
O empresário se defronta com duas curvas virtuais:
i. Oferta Agregada: a renda necessária para o empresário
oferecer determinado volume de emprego;
ii. Demanda Agregada: a renda que o empresário espera
receber por oferecer determinado volume de emprego.
CURVA DE OFERTA AGREGADA REFLETE:
As condições de custos marginais crescentes.
A ampliação do emprego eleva a renda necessária para o
empresário;
A DEMANDA AGREGADA REFLETE:
As expectativas dos empresários sobre o volume de gastos dos
consumidores e dos demais empresários (investimento).
QUESTÕES IMPORTANTES
● A noção de ‘maximização de lucro’ faz com que o emprego
aumente enquanto a renda esperada pelo emprego adicional
superar a renda necessária para operacionar tais recursos.
Logo, só irá continuar se empregando enquanto houver um
retorno X esperado que for atendido.
↳ O volumede emprego será determinado pelo ponto de
intersecção da oferta agregada e da demanda agregada.
↳ Neste ponto, estabelece-se o nível de produção e a demanda
efetiva de trabalho.
● Definir o volume de emprego é uma atribuição dos
empresários, com base em quanto eles esperam vender; Se
os empresários acharem que não terão para quem vender
a produção adicional, a redução salarial não gera impacto
sobre a situação de desemprego.
↳ Dessa forma, em uma situação de desemprego, segundo
Keynes, de nada adianta a redução salarial para induzir maiores
contratações.
* Nesse sentido, reduções salariais ainda podem ter um sinal
adverso sobre as expectativas dos empresários, piorando ainda
mais o desemprego.
● Da teoria clássica, Keynes preserva o entendimento acerca da
curva que iguala o salário real à produtividade marginal do
trabalho (a demanda de trabalho).
COMPORTAMENTO DOS TRABALHADORES
Estes lutam por salários nominais, sobre o qual possuem controle,
mas não por salários reais, que não conseguem controlar.
● O nível de emprego é determinado no mercado de bens e
serviços pelas expectativas dos empresários.
➜ Dado o nível de emprego, o salário real se ajustará para
igualá-lo com a produtividade marginal do trabalho compatível
com o referido emprego, definindo o tamanho da massa salarial.
FUNÇÃO DA CURVA DE DEMANDA DE TRABALHO
Como a PMg do trabalho é decrescente, expansões do
emprego são acompanhadas por quedas no salário real.
● Mas não é só a queda dos salários reais que induz o
crescimento do emprego e do produto, pois a causação é
justamente a inversa.
↳ Dada a massa de salários reais, a disputa dos trabalhadores por
salários nominais é uma luta pela repartição dessa massa salarial
entre as diferentes categorias.
● Com isso, explica-se a inflexibilidade para baixo dos
salários nominais, pois em uma situação de desemprego
teríamos a seguinte situação: se uma categoria qualquer
aceitasse redução de salário nominal, isto em nada garantiria a
obtenção de maior quantidade de emprego, mas com certeza,
se as demais não a seguissem, significaria perda de parcela da
renda real por esta categoria
Considerando:
1. que os trabalhadores não controlam os preços,
2. dada a disputa pela distribuição do salário nominal,
● É totalmente racional da parte dos trabalhadores lutarem por
salários nominais (e não por salários reais), ao contrário do
preconizado pela teoria clássica.
➜ Para analisarmos a determinação do nível de produto e de
emprego e, por conseguinte, a causa do desemprego, deve-se
olhar o comportamento da demanda efetiva.
● O Princípio da Demanda Efetiva contrapõe-se frontalmente
com a Lei de Say e com a hipótese da flexibilidade de preços e
salários da teoria clássica.
● Os principais componentes da demanda são o consumo e o
investimento.
● Para Keynes, o consumo agregado é função estável da
renda: o consumo se amplia conforme cresce a renda, mas
não na mesma magnitude.
AULA 2
Contribuições Keynesianas
● Não há livre flexibilidade de preços e salários na economia.
PROPENSÃO MARGINAL A CONSUMIR
Keynes definiu uma variável chamada propensão marginal a
consumir, que mostra qual o aumento do consumo, dado o
aumento no nível de renda.
↳ Seu valor é influenciado por uma série de fatores tanto
objetivos (distribuição de renda, necessidades biológicas etc.)
como subjetivos (avareza, precaução, etc.).
A PMgC (Propensão Marginal a Consumir) deve ser positiva
(maior que zero), mas inferior à unidade (a coletividade não
consome toda a renda que recebe).
A estabilidade do valor da propensão marginal a consumir faz
com que a instabilidade da demanda, que provoca as
flutuações econômicas, não decorra do consumo, mas das
flutuações do investimento.
No modelo keynesiano, o investimento é:
1. Tanto um elemento de demanda agregada a curto prazo;
2. Como um elemento da oferta agregada a longo prazo, ao
ampliar a capacidade produtiva.
➜ Ao tomar a decisão de investimento, o empresário está
interessado no retorno que um dado bem de capital lhe conferirá
ao longo de sua existência.
EFICIÊNCIA MARGINAL DO CAPITAL
Define-se a Eficiência Marginal do Capital como sendo a taxa de
desconto que iguala o fluxo de receitas esperado ao custo do
investimento.
Observação: Se esta taxa for superior à taxa de juros, que
corresponde ao custo de se obter empréstimos para realizar o
investimento, o empresário investe. Se for o contrário, não
investe.
A decisão de investir é tomada a partir do confronto entre o valor
presente do fluxo de receita esperada do investimento,
denominado preço de demanda do bem de capital, frente ao
custo de realizá-lo, denominado preço de oferta do bem de
capital.
● A Eficiência Marginal do Capital é muito instável, uma vez
que é calculada a partir de expectativas dos empresários. Isso
gera um clima de incerteza e insegurança a nível de longo
prazo
A EMC pode ser alterada por:
Pressões na indústria produtora de bens de capital, como por
mudanças no estado de espírito dos empresários. Com isso, o
investimento tende a sofrer fortes oscilações, impactando o nível
de DA e a atividade econômica.
ATUAÇÃO EFETIVA DO ESTADO
Para o desenvolvimento de mecanismos fiscais compensatórios
que permitissem contrabalançar a falta de gastos privados ou que
diminuíssem os ímpetos expansivos do setor privado.
A atuação do estado iria trazer maior estabilidade para o mercado.
Atuação mais efetiva do Estado, tanto por meio de gastos
públicos quanto pelo direcionamento e incentivos aos
investimentos. Exemplo:
● Mecanismos de proteção social;
● Sistema de tributação progressiva;
ESTABILIZAÇÃO MACROECONÔMICA E POLÍTICAS
FISCAIS
A contribuição Keynesiana foi propor o uso de políticas fiscais
compensatórias que tenderiam a ser muito mais eficientes do que
instrumentos monetários.
A eficiência dos instrumentos monetários dependeria de duplo
condicionante:
● A capacidade da política monetária em afetar as taxas de
juros, e que a taxa de juros não seja sobrepujada por alterações
na eficiência marginal do capital, que limitem o impacto das
alterações na taxa de juros sobre o investimento.
MODELO KEYNESIANO SIMPLES
● A ideia básica do modelo é de que o produto (a renda) é
determinado pela demanda agregada, não existindo
restrições pelo lado da oferta para a expansão do produto.
Consideramos a existência de recursos desempregados em
nível suficiente para que as empresas possam oferecer
qualquer quantidade de produto sem pressionar seus custos
unitários.
● Em outras palavras: qualquer nível de demanda pode ser
atendido em um nível de preços dado (constante).
As empresas podem oferecer qualquer quantidade a um nível de
preços estabelecido. Isto é, a oferta agregada é infinitamente
elástica em relação aos preços (oferta agregada horizontal), de
tal forma que a demanda agregada é que determina o nível de
produto. Vale o princípio da demanda efetiva!
IMPORTANTE
Nesse modelo em que os preços são constantes e a variável de
ajuste é a quantidade, as empresas produzem justamente o
necessário para atender a demanda.
O mecanismo de ajustamento deixa de assumir a forma de
elevações de preços, quando existe excesso de demanda (ou
queda de preços, quando ocorre excesso de oferta)
transformando-se em alterações na quantidade produzida de
acordo com a demanda.
AULA 3
Equilíbrio no Mercado de Produto.
OA de bens e serviços = DA de bens e serviços Considerando
inicialmente apenas consumo e investimento, isto é, uma
economia fechada e sem governo, temos que:
Y = C + I
Y é produto real, C despesas de consumo e I gastos com
investimentos.
De acordo com a contabilidade nacional, como vimos, esta
igualdade sempre se verifica. Isto decorre do fato de
considerar-se como investimento não apenas a aquisição de
novos bens de capital, mas também a variação de estoques.
O investimento deve ser decomposto em duas partes:
1. O investimento voluntário ou planejado (intencional): que
corresponde às aquisições de bens de capital pelas empresas e à
variação pretendida no nível de estoques;
2. O investimento involuntário ou não planejado em estoques:que corresponde a variações no nível de estoque decorrentes de
erros na previsão do nível de produção realizados pelas empresas.
O equilíbrio corresponde a uma situação em que a variação
não planejada de estoques seja zero (os estoques são aqueles
planejados pelas empresas).
Ainda, o equilíbrio corresponde a uma situação em que o
consumo das famílias seja exatamente igual ao consumo
planejado. Ou seja, o nível de produto é o suficiente para atender
aos gastos intencionais dos agentes econômicos.
I = Ivoluntário + Iinvoluntário
DEMANDA AGREGADA EFETIVA
DAefetiva = C + I
Por definição, é igual ao produto, uma vez que considera o
investimento involuntário:
DAefetiva = Y
DEMANDA AGREGADA PLANEJADA (INTENCIONAL)
DAplanejada = C + Ivoluntário
Temos, então:
Iinvoluntário = DAefetiva - DAplanejada
↳O equilíbrio se dá quando Iinvoluntário = 0
Assim, se o produto (Quant. produzida) é inferior à demanda
agregada planejada, configura-se uma situação de excesso de
demanda, provocando a retração dos estoques, ou seja:
Iinvoluntário < 0.
Em uma situação como esta, as firmas contratam mais
trabalhadores e ampliaram a produção, de modo a atender a
demanda, tal que a variação indesejada dos estoques seja zero.
Se o produto (Quant. produzida) é superior à demanda
agregada planejada, configura-se uma situação de excesso de
oferta, provocando um aumento dos estoques, ou seja:
Iinvoluntário > 0.
Em uma situação como esta, as firmas contratam menos
trabalhadores e diminuem a produção, de modo a se adequar à
demanda e cessar o aumento dos estoques.
POLÍTICA DE AJUSTAMENTO DE ESTOQUES
Pela resposta da produção ao movimento dos estoques, a
economia tende à situação de equilíbrio. Nesta situação, o nível
de produção iguala-se à demanda agregada planejada, isto é, em
que o Iinvoluntário = 0.
Notamos que os preços não desempenham qualquer papel no
ajustamento econômico, que se dá pelo movimento de
estoques. Isso também é chamado de política de ajustamento
de estoques!!!
RENDA DE EQUILÍBRIO
Observação: Como estamos interessados nos determinantes
da renda de equilíbrio, passaremos a utilizar apenas a noção
de demanda agregada planejada e investimento voluntário.
Para analisarmos a determinação da renda de equilíbrio, vamos
supor inicialmente que o único componente da demanda seja o
consumo, tal que, em equilíbrio:
Y = DA e Y = C
De acordo com a formulação keynesiana, o consumo aumenta
conforme aumenta a renda, mas em menor magnitude.
Podemos expressar a função consumo da seguinte forma:
C = C(Y)
Supondo uma função linear: C = C0 + cY onde:
C0 = consumo autônomo (C0 > O);
c = propensão marginal a consumir (O < c < 1)
Em equilíbrio, o produto é igual à demanda agregada. Por
enquanto, Y é igual ao consumo. A condição de equilíbrio: oferta
agregada = demanda agregada:
Ye = Renda de Equilíbrio
OA = DA
OA = Y
DA= C
C= C0 + cY
FUNÇÃO POUPANÇA
Pela definição de poupança, sabemos que esta corresponde a
renda não consumida. Assim, podemos obter a função poupança
da seguinte forma:
S = Y - C
C= C0 + cY
S = Y - (C0 + cY)
PROPENSÃO MARGINAL A POUPAR
A poupança aumenta conforme aumenta a renda (em menor
magnitude).
O aumento da poupança é exatamente a parcela do aumento
da renda que não se direciona ao consumo. Assim, (1 - c)
corresponde à chamada propensão marginal a poupar, que mostra
quanto aumenta a poupança quando a renda aumenta uma
unidade.
A soma da propensão marginal a consumir e da
propensão marginal a poupar é igual a unidade, isto é: c
+ (1- c) = 1
AULA 4
Equilíbrio Macroeconômico com Investimento
●Introduzindo o investimento, vamos considerá-lo como sendo
fixo, isto é, autônomo em relação à renda, I = Io.
●Sendo o investimento um valor constante, a demanda agregada
assume o formato: DA = C + Io.
●No modelo keynesiano de curto prazo, o investimento é um
elemento apenas de demanda agregada. Sua influência sobre a
produção agregada dá-se a longo prazo, após a sua maturação.
●A condição de equilíbrio continua sendo a de produto igual a
demanda. Assim, a renda de equilíbrio será dada pela seguinte
expressão:
OA = DA
Y = C + I
Y = Co + C (propensão marg. a consumir) . Renda (Y) + Io
sendo Io o investimento autônomo
Analisando pela ótica da poupança, percebemos que a condição
de equilíbrio Y = DA, transforma-se em S = I porque:
Y = C = I
Y - C = I
Y - C = S
Logo: S = I
Assim, a renda de equilíbrio é determinada no ponto em que a
função poupança intercepta a função investimento. Essa forma de
determinar o equilíbrio macroeconômico é a chamada ótica dos
vazamentos e injeções de renda.
EQUILÍBRIO NO MODELO KEYNESIANO BÁSICO,
INCLUINDO INVESTIMENTOS AUTÔNOMOS
● Os vazamentos de renda ocorrem quando há quedas
autônomas da DA. As injeções de renda representam
aumentos autônomos da DA.
● Aumentos da poupança (dos tributos e das importações)
representam vazamentos no fluxo de renda, de forma a
provocar queda na renda de equilíbrio.
● Aumentos nos gastos com investimento (das despesas do
governo e exportações) representam injeções ao fluxo de
renda da economia.
● O nível de renda de equilíbrio depende da c e do nível de
gastos autônomos (Co e Io ) .
● Quanto maiores forem estas variáveis, maior será a renda de
equilíbrio. Assim, aumentos no investimento ou no consumo
autônomo ampliarão a renda pelo deslocamento para cima da
função demanda agregada
EXEMPLOS
Percebemos que, no primeiro modelo, quando a demanda
agregada era composta apenas pela função consumo, a renda de
equilíbrio era de R$ 500.
Ao introduzirmos o investimento de R$ 200, a renda de equilíbrio
passou para R$ 1.500.
Por que um gasto adicional de R$ 200 levou a um crescimento
da renda de R$ 1.000, ou seja, cinco vezes mais?
- A resposta é dada pelo chamado multiplicador de gastos,
segundo o qual uma variação nos gastos autônomos induz
uma variação na renda superior à variação inicial nos gastos.
Com base em uma despesa inicial, temos uma sequência de
despesas induzidas.
Esta série constitui-se uma progressão geométrica de razão c, com
c < 1.
O impacto total sobre a renda decorrente do gasto inicial é:
k será maior quanto maior for a propensão marginal a consumir
(quanto maior c, maiores serão os gastos induzidos por uma
variação inicial na despesa).
Como 1 - c é a propensão marginal a poupar, k é exatamente o
inverso de quanto os indivíduos destinam à poupança.
Um ponto interessante a destacar no processo do multiplicador é
que o crescimento da renda, por meio do efeito multiplicador,
gera um crescimento da poupança em magnitude igual à despesa
inicial.
● Notamos que a poupança é vista como um resíduo nesse
modelo. A falta de poupança não se constitui um entrave à
expansão dos gastos, pois estes induzem a poupança
necessária para financiar se.
● De acordo com este modelo, se os gastos autônomos forem
mantidos inalterados, uma elevação da propensão marginal a
poupar levará a uma queda da renda.
● Este é o chamado Paradoxo da Parcimônia. Uma elevação da
taxa de poupança da sociedade a tornaria mais pobre.
● Notemos a diferença em relação ao modelo clássico discutido
anteriormente.
● Naquele, o nível de poupança, dado o nível de renda, era uma
restrição ao investimento, que se igualaria à poupança através
das flutuações da taxa de juros.
● Neste, qualquer nível de investimento por meio do
ajustamento do produto gera a poupança necessária.
● No modelo exposto até o momento, sem restrições à expansão
do produto, que, havendo disposição ao gasto, o emprego e o
produto irão aumentando.
Qual é o limite deste processo?
Vimos que o estoque de fatores de produção e a tecnologia
definem o chamado produto potencial, ou o produto de pleno
emprego, aquele obtido quando todos os fatores de produção
estão sendo utilizados, a uma dada tecnologia.
Uma vez esgotada a capacidade ociosa, isto é, se não
houverem mais fatores de produção disponíveis, mesmo que
haja demanda adicional, não há como elevar o produto.
Ao atingir o pleno emprego, variações de demanda resultam
em variações de preços.
Hiato Inflacionário
● O modelo keynesiano é válido em situações emque exista
capacidade ociosa.
● Uma vez atingido o limite da capacidade produtiva, uma
expansão da demanda levará, como no modelo clássico, à
elevação dos preços.
● Podemos assim definir o chamado hiato inflacionário no
modelo keynesiano, que corresponde ao excesso de demanda
em uma situação de pleno emprego.
EXERCÍCIOS COMENTADOS A
AULA 5
Modelo de determinação da renda nacional com
Governo G
O governo é financiado pela arrecadação de tributos.
O gasto público é um elemento de demanda que se soma ao
consumo e ao investimento.
Já os impostos pagos ao governo são subtraídos da renda que os
indivíduos podem alocar em consumo e poupança, enquanto as
transferências ampliam a renda disponível do setor privado.
Assim, a primeira alteração decorrente da introdução do governo
é na função consumo, que passa a depender da renda disponível:
C = C(Yd)
sendo Yd = Y - T + R, onde:
Yd = renda disponível;
Y = renda nacional (total);
T = arrecadação de impostos;
R = transferências do governo ao setor privado.
Consideraremos que as transferências sejam impostos negativos e
seus valores já se encontrem deduzidos da arrecadação total de
impostos.
•Vamos supor que:
(i) a arrecadação seja proporcional à renda, e
(ii) os gastos públicos sejam dados, sendo determinados
institucionalmente pelas Autoridades (fatores exógenos).
T = tY onde
t = participação do imposto no produto e (O < t < 1).
Percebemos que o gasto público estimula a renda por elevar os
gastos autônomos.
Já os impostos possuem um efeito redutor sobre o nível de
produto, ao diminuírem o valor do multiplicador, pois reduzem as
variações do consumo induzidas por alterações na renda.
Enquanto o gasto público afeta a posição da função demanda
agregada, deslocando-a, a alíquota de imposto afeta a inclinação
da mesma.
O chamado multiplicador de impostos é inferior ao multiplicador
de gastos, ou seja,
A alíquota de imposto afeta a inclinação da função demanda
agregada, que é dada pela propensão marginal a gastar: c(1-t). O
primeiro componente de demanda afetado pela mudança nos
impostos é o consumo, que depende da renda disponível.
A redução da alíquota de impostos gera um impacto inicial,
aumentando o consumo.
Em consequência, haverá impactos secundários dados pela nova
propensão a gastar, que passará a incidir sobre a variação inicial
da renda decorrente da variação inicial dos gastos.
Para avaliarmos o impacto total do setor público sobre o nível
de renda, podemos combinar a arrecadação e os gastos
públicos.
Essa junção se faz no chamado orçamento público, que
mostra o total de arrecadação e gastos do setor público.
Quando o total arrecadado supera o volume de gastos,
dizemos que o orçamento é superavitário, e quando ocorre o
inverso, dizemos que é deficitário.
O saldo orçamentário é obtido pela seguinte identidade:
O = T – G onde:
O = saldo do orçamento público.
No caso em que os impostos são proporcionais à renda, temos:
O = tY - G
Notemos que, para um dado nível de gastos, o saldo
orçamentário é extremamente dependente do nível de renda,
pois quanto maior a renda maior a arrecadação e vice-versa.
Mesmo com o governo gastando exatamente o que arrecada,
haverá um impacto positivo sobre a renda em magnitude igual ao
valor do gasto público.
Este é o chamado multiplicador do orçamento equilibrado, que é
igual a 1.
Esse fato é conhecido também como Teorema do Orçamento
Equilibrado, ou ainda Teorema de Havelmo.
Dado um nível de gastos públicos, o saldo orçamentário é
totalmente dependente do nível de renda, que determinará a
arrecadação.
Assim, o governo pode estar apresentando um profundo déficit
público, sem que isso signifique uma política expansionista, mas
que decorra, por exemplo, do baixo nível de atividade econômica.
Ainda, pode apresentar um superávit em decorrência da expansão
econômica, mas sem que isso signifique uma política
contracionista.
Corresponde ao saldo orçamentário se a economia se encontrasse
no nível de produto máximo permitido pela dotação de fatores.
Medimos qual seria a arrecadação a esse nível de renda, dada a
alíquota de impostos, e deduzimos o gasto do governo.
Uma política que amplie o superávit de pleno emprego ou
diminua o déficit pode ser dita contracionista, e outra que o
diminua (ou amplie o déficit) pode ser dita expansionista.
AULA 6
Introduzindo o setor externo na economia
A introdução do resto do mundo acrescenta um elemento de
demanda (as exportações) e um elemento de vazamento de renda
(as importações).
As exportações representam a demanda do resto do mundo por
bens produzidos no país. As exportações são condicionadas pela
renda do resto do mundo e da taxa de câmbio.
O valor das exportações no modelo keynesiano será determinado
exogenamente.
A introdução do resto do mundo acrescenta um elemento de
demanda (as exportações) e um elemento de vazamento de renda
(as importações).
As importações representam a demanda dos residentes por bens
produzidos fora do país.
As importações são condicionadas pela renda interna, numa
proporção fixa, dada pela propensão marginal a importar.
O valor das importações representa um vazamento de renda da
economia.
O multiplicador de gastos da economia aberta.
● O valor do multiplicador de gastos da economia aberta é
inferior ao de uma economia fechada, uma vez que o valor de
m é maior que zero. As importações reduzem o multiplicador.
● As exportações acrescentam ao multiplicador.
● O modelo keynesiano atribui importante papel à DA no
processo de determinação do nível de renda.
● Com capacidade ociosa, empresas podem atender qualquer
demanda adicional sem pressionar custos e/ou preços.
● A política fiscal assume grande importância para evitar
profundas oscilações da renda.
● Através de gastos e arrecadação, o governo amplia ou contrai
DA.

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