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Monografia - Saúde do Homem

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NOME DA FACULDADE 
 CURSO 
 
 
 
 
 
NOME(S) DO(S) ALUNO(S) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROMOÇÃO E PREVENÇÃO EM SAÚDE DO HOMEM NA ATENÇÃO BÁSICA 
À SAÚDE: UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE (UBS) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIDADE - UF 
ANO
NOME(S) DO(S) ALUNO(S) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROMOÇÃO E PREVENÇÃO EM SAÚDE DO HOMEM NA ATENÇÃO 
BÁSICA À SAÚDE: UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE (UBS) 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
(Monografia) apresentado à (nome da 
faculdade) como requisito para obtenção do 
título de graduação (nome do curso). 
 
Orientador: ... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIDADE - UF 
ANO
 
 
NOME(S) DO(S ALUNO(S) 
 
Promoção e Prevenção em Saúde do Homem na Atenção Básica à 
Saúde: Unidade Básica de Saúde (UBS) / PAIVA, NOME(S) DO(S 
ALUNO(S) ; ANO. 
 
40 p.: il. color. 
 
 
 
 
 
1. Saúde. 2. Homem. 3. Básica. 4. Promoção. 5. Prevenção. I. 
NOME(S) DO(S ALUNO(S) ; ANO. 
 
NOME(S) DO(S ALUNO(S) 
 
 
 
 
 
 
PROMOÇÃO E PREVENÇÃO EM SAÚDE DO HOMEM NA ATENÇÃO BÁSICA À 
SAÚDE: UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE (UBS) 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
(Monografia) apresentado à (nome da 
faculdade) como requisito para obtenção do 
título de graduação (nome do curso). 
 
 
Aprovado em: ___/___/_ _ 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
___ _ _ _ _ _ _ /__/ _ 
Prof. Nome do Professor 
Nome da Faculdade 
___ _ _ _ _ _ _ /__/ _ 
Prof. Nome do Professor 
Nome da Faculdade 
___ _ _ _ _ _ _ /__/ _ 
Prof. Nome do Professor 
Nome da Faculdade 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, autor e fonte de toda sabedoria. 
Dedico também à minha família que, sempre me apoiou; aos meus amigos e colegas, 
pelos momentos inesquecíveis, enfim, meu muito obrigado a todos! 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
Agradeço, 
 
 
Primeiramente a Deus, rendendo-Lhe gratidão por me proporcionar força, coragem e 
determinação para perseverar em todos os momentos desta caminhada, me 
proporcionandomais essa conquista em minha vida. 
 
Aos meus pais, irmãos e demais familiares e amigos pelo encorajamento e ânimo 
nesta caminhada. 
 
Ao meu orientador por sua disponibilidade e auxílio na minha busca de consolidar 
mais essa conquista, que edifica-me como ser humano sempre a serviço da educação. 
 
A todos os docentes da Universidade Paulista - UNIP que com seus conhecimentos me 
levaram a enxergar novos horizontes. 
 
Enfim, agradeço a cada um que me ajudou, direta ou indiretamente neste itinerário 
formativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Os homens deveriam saber que é do 
cérebro,e de nenhum outro lugar, que vêm as 
alegrias, as delícias, o riso e as diversões, e 
tristezas, desânimos e lamentações.” 
 
(Hipócrates) 
RESUMO 
 
 
 
 
 
 
 
O Ministério da Saúde (MS) tem estratégias e políticas públicas específicas voltadas 
para a saúde do homem desde 2009 através da Política Nacional de Atenção Integral à 
Saúde do Homem (PNAISH). A (PNAISH), é formulada para promover ações de saúde 
que contribuam significativamente para a compreensão da realidade singular masculina 
nos seus diversos contextos socioculturais e político-econômicos, está alinhada com a 
Política Nacional de Atenção Básica que é porta de entrada do Sistema Único de Saúde 
(SUS), particularmente com as estratégias de humanização, na busca do fortalecimento 
das ações e dos serviços disponibilizados para a população. Cuidar da saúde do homem 
é um processo dinâmico, complexo e cheio de preconceitos por partes dos próprios 
usuários homens, por isso requer uma atenção especial. Convencer o homem a cuidar da 
própria saúde ainda é um desafio. É necessário fortalecer o vínculo do homem com a 
saúde, criando estratégias e promovendo ações de prevenção desde os cuidados mais 
simples e básicos para que não procurem o serviço apenas quando estiverem doentes. O 
homem tem tendência a procurar menos o médico por medo de descobrir problemas de 
saúde, por conta da sua própria cultura. Os estereótipos de que o homem não pode ficar 
doente, prejudica muito no atendimento da equipe de saúde na unidade básica, por causa 
desse preconceito estabilizado na sociedade. A doença é considerada como um sinal de 
fragilidade que os homens não reconhecem como inerente à sua própria condição 
biológica. O homem julga-se invulnerável, o que acaba por contribuir para que cuide 
menos de si mesmo e se exponha mais às situações de risco. 
 
Palavras-chave: Saúde. Homem. Básica. Promoção. Prevenção. 
ABSTRACT 
 
 
 
 
 
 
The Ministry of Health (MS) has specific public strategies and policies geared towards 
the men's healthcare since 2009 through the national policy of Integral attention to 
human health (pnaish). A (Pnaish), is formulated to promote health actions that 
contribute significantly to the understanding of the masculine singular reality in its 
various socio-cultural and political- economic contexts, is aligned with the national 
policy of primary care Which is the gateway of the Unified Health System (SUS), 
particularly with the humanization strategies, in the search for the strengthening of the 
actions and services available to the population. Caring for man's health is a dynamic, 
complex and full of prejudices by parts of the male users themselves, so it requires 
special attention. Convincing a man to take care of his own health is still a challenge. It 
is necessary to strengthen the bond of man with health, creating strategies and 
promoting preventive actions simple and basic care so that you do not seek service only 
when you are sick. Man tends to seek the doctor less for fear of discovering health 
problems, because of his own culture. The stereotypes that man cannot become ill, 
harms much in the care of the health team in the basic unit, because of this stabilized 
prejudice in society. The disease is regarded as a sign of fragility that men do not 
recognize as inherent to their own biological condition. Man thinks himself 
invulnerable, which ultimately contributes to his care less of himself and exposes 
himself more too risky situations. 
 
Key words: Health, man, basic, promotion, prevention. 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 10 
2 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................................ 12 
2.1 UM BREVE HISTÓRICO DA SAÚDE DO HOMEM DA ATENÇÃO 
BÁSICA ....................................................................................................................................... 12 
2.2 POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO A SAÚDE DO HOMEM ............................... .16 
2.2.1 Princípios............................................................................................................................ .19 
2.2.2 Diretrizes............................................................................................................................. 20 
2.3 AS RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS..............................................................22 
2.4 PLANO ESTRATÉGICO SITUACIONAL (PES) ........................................................ .... 26 
2.5 ESTATÍSTICAS E FATORES QUE PODEM CONTRIBUIR DIRETA E 
POSITIVAMENTE PARA A MELHOR ASSISTÊNCIA A SAÚDE DO HOMEM ........... .29 
CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................................... 33 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................... 35 
ANEXOS.......................................................................................................................................38 
10 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Esta pesquisa tem o objetivo de apontar as estratégias e politicas públicas que o 
Ministério da Sáude (MS) tem realizado especificamente voltada para a saúde do homem 
desde agosto de 2009 através da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem 
(PNAISH). A (PNAISH), é formulada para promover ações de saúde que contribuam 
significativamente para a compreensão da realidade singular masculina nos seus diversos 
contextos socioculturais e político-econômicos, está alinhada com a Política Nacional de 
Atenção Básica que é porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS), 
particularmente com as estratégias de humanização, na busca do fortalecimento das ações e 
dos serviços disponibilizados para a população. 
Cuidar da saúde do homem é um processo dinâmico, complexo e cheio de 
preconceitos por partes dos próprios usuários homens (que o diga o exame de próstata, um 
pesadelo para os ditos homens), por isso a saúde do homem requer uma atenção especial no 
tocante a esta problemática. Convencer o homem a cuidar da própria saúde ainda é um 
desafio. É necessário fortalecer o vínculo do homem com a saúde, criando nele uma 
consciência voltada para a importância de “se cuidar”. Para isso faz necessária a criação de 
estratégias que promovam ações de prevenção desdes os cuidados mais simples e básicos 
para que não procurem o serviço apenas quando estiverem doentes. O homem tem 
tendência a procurar menos o médico por medo de descobrir problemas de saúde, por 
conta da sua própria cultura. Geralmente doença mesmo para o homem é somente quando o 
mesmo sente dor. 
Os estereótipos de que o homem não pode ficar doente, prejudica muito no 
atendimento da equipe de saúde na unidade básica, por causa desse preconceito 
estabilizado na sociedade. A doença é considerada como um sinal de fragilidade que os 
homens não reconhecem como inerente à sua própria condição biológica. O homem 
julga-se invulnerável, o que acaba por contribuir para que cuide menos de si mesmo e se 
exponha mais às situações de risco. 
Por meio da PNAISH é possível à população masculina ter mais facilidade de 
ampliação ao alcance às ações e aos serviços de assistência integral à saúde da Rede SUS, 
mediante o enfrentamento sob a perspectiva de gênero, no que tange às demandas e 
necessidades de saúde, a produção acerca da saúde dos homens vem aumentando de uma 
forma expressiva a contribuição de modo efetivo para a redução da morbidade, da 
mortalidade e a melhoria das condições de saúde. 
11 
 
 
Estudos foram realizados, homens e mulheres postos a comparação, e ficou 
comprovado o fato de que os homens são mais vulneráveis às doenças, sobretudo às 
enfermidades graves e crônicas, e que morrem mais precocemente que as mulheres (Nardi 
et all, 2007; Courtenay, 2007; IDB, 2006 Laurenti et all, 2005; Luck et all, 2000). 
Neste contexto, é preciso cada vez mais realizar pesquisas que busquem apontar os 
esforços que a Área Técnica de Saúde do Homem do Ministério da Saúde tem realizado para 
ampliar a participação deste segmento populacional, principalmente tornando-o visível aos 
gestores e trabalhadores da saúde nas potenciais oportunidades de inclusão deste. 
12 
 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
 
Os homens vivem, em média, sete anos e meio a menos que as mulheres. Mas, 
por quê? 
É comum ouvirmos frases como: “Os homens não se cuidam”; “Os homens 
só procuram o médico quando estão com dor”; “Buscar ajuda é demonstrar fragilidade, é 
de coisa de mulher”; “Homem só vem em consulta arrastado pela mulher”. Seria cômico se 
não fosse trágico, é preocupante este comportamento indiferente a sua própria saúde, que 
pode trazer sérias consequências ao seu modo de vida prejudicando diretamente seu bem- 
estar, trabalho, convivência familiar, e seu papel de provedor. 
 
 
2.1 UM BREVE HISTÓRICO DA SAÚDE DO HOMEM DA ATENÇÃO BÁSICA 
 
 
Se fizermos um comparativo sobre os estudos da saúde masculina em contrapartida à 
saúde feminina, o tema tem sido uma temática pouco abordada, visto que, quando se trata da 
saúde da mulher inúmeras são as políticas públicas e investigações. As unidades básicas de 
saúde, hospitais e demais meios de atendimento em saúde estão sempre lotados com 
mulheres e crianças, são raros os homens nestes ambientes, reflexo de um costume cultural 
enraizado em diversos “inconvenientes”, por vezes invisíveis e imensuráveis tamanho o 
impacto na questão da saúde do homem e consequentemente da família. 
Os indicadores de morbimortalidade do nosso país têm traçado um perfil que se 
mantêm já há anos, no qual as mulheres são mais acometidas por problemas de 
saúde, buscam mais consultas médicas, consomem mais medicamentos e se 
submetema mais exames, que os homens (PINHEIRO, 2002). 
 
Ainda segundo Pinheiro, existe um número alarmante de pessoas do sexo masculino 
internados em estado grave de saúde, além disso, constata-se também que os serviços de 
emergência e as taxas de mortalidades por patologias graves tem maior incidência nos 
homens. Esses fatores podem estar diretamente relacionados a prática de prevenção 
adotada por grande parte do público feminino. Poderíamos resumir a preocupação 
feminina em cuidar da saúde numa frase bem famosa e autoexplicativa: “é melhor prevenir 
do que remediar”. 
Pode-se notar com este estudo que as Unidades Básicas de Saúde (UBS), tem 
adotado uma imagem difundida a sua função, que é a promoção e prevenção de saúde 
através de programas destinados a toda população, sem distinção de sexo ou faixa etária, 
seus serviços são destinados quase que exclusivamente para mulheres, crianças e idosos, 
13 
 
 
por terem programas específicos para esse público, diante desse fato, existe pouca presença 
masculina nas UBS. 
A ausência de um programa específico para o homem e a identidade masculina 
relacionada a seu processo de socialização, pode ser uns dos principais fatores que 
nos levam aos indicadores atuais da Saúde, tendo como principais causas de morte 
masculina, as doenças cardiovasculares e as neoplasias malignas (FIGUEREDO, 
2005). 
 
 
Essas doenças podem ser prevenidas com a realização de exames periódicos de 
prevenção podem ser evitadas ou minimizadas e através de um diagnóstico precoce a 
probabilidade de um tratamento eficaz aumenta significativamente. Em decorrência dos 
programas que visam a redução das mortes materna e infantil, programas de combate ao 
câncer cérvico-uterino e câncer de mama, que são relacionados a saúde da mulher, tem- 
setido resultados muito positivos, no que se refere a redução do número de incidências. 
 
Naturalmente tais conquistas tiveram a participação ativa dos homens como pais, 
como cidadãos ou como profissionais das esferas executivas governamentais. 
Longe de sugerir um "movimento machista", com intuito de ampliar as discussões 
acerca das questões que envolvem os homens, caberia enfatizarmos a necessidade 
de semelhante mobilização política para reverter a atual situação da saúde 
masculina (PASCHOALICK, et. al., 2006). 
 
A exclusão de políticas que previnam a saúde do homem pode está diretamente 
relacionada a ausência de uma oportunidade equitativa em relação à assistência em saúde, 
no que concerne ao sexo. Os fatos analisados em décadas anteriores apontam que na 
tentativa de melhoria dos indicadores desfavoráveis às mulheres, foram adotadas políticas 
públicas de resolução, investindo na criação de Institutos e Serviços de Saúde da Mulher. 
Com o desígnio de satisfazer ao princípio da igualdade se faz cada vez mais necessário, 
em meio aos indicadores atuais e passados de saúde masculina, a adoção de políticas de 
saúde direcionada ao sexo masculino. 
Atualmente ainda existe uma insuficiência de estudos sobre o empenho masculino 
voltado para o estilo de vida saudável e a promoção da saúde masculina, na área da 
saúde em geral. Para que essasdiscursões tenham avanços, entre outros aspectos, há que 
dar voz aos próprios homens para melhor compreender as questões envolvidas no seu 
acesso aos serviços de saúde. Neste contexto ressalta-se a concepção masculina sobre 
saúde e doença, pois, problemas de saúde podem significar uma possível demonstração de 
fragilidade e feminização. Denota-se daí a ideia de feminização associada aos cuidados de 
saúde. Um pré- conceito que tem sido responsável por inúmeras mortes, que poderiam ser 
evitadas, se o mesmo fosse extirpado do meio social. 
14 
 
 
Existem vários estudos que atribuem alguns fatores ligados ao gênero masculino 
e seu processo de socialização, como causas da atual situação da saúde masculina. Para 
Korin, 2011 “na construção do gênero masculino, muitos homens assumem risco que 
interferem em suas condições de saúde, essa construção também define a forma como o 
homem usa e percebe o seu corpo”. 
Portanto, o indivíduo em questão deve posicionar-se e colocar-se na postura de 
“homem” e em meio a sociedade demonstrar que os cuidados com a saúde são essenciais, 
maiores e mais importantes que seu dito orgulho hétero. 
É fato que vivemos numa sociedade machista, alicerçada na cultura patriarcal, na 
crença ignorante de que doença é coisa de “mulherzinha". Somos uma sociedade 
discriminatória, o que nos traz um paradoxo, pois somos culturalmente uma diversidade em 
nossa constituição. Tudo isso acaba refletindo na questão da saúde, uma vez que somos 
demasiadamente inconvenientes em assuntos tão particulares. Ou seja, nosso 
comportamento e olhares perante essas situações acabam constrangendo o homem, 
transformando um momento tão íntimo numa situação desconfortável, e o mesmo busca 
meios de refugiar-se e não mais buscar as UBS com receio de um novo episódio. As 
políticas públicas em saúde também não ajudam muitos, pois privilegiam crianças, 
mulheres e idosos. Ou seja, a raiz do problema perpassa as mais variadas situações e 
aparenta estar intrinsecamente ligada as situações atuais que presenciamos. 
Cinco são os eixos temáticos da Política Nacional de Saúde do Homem para 
ampliação e melhorias no acesso (talvez tenha faltado enfatizar a questão da 
permanênciadesse acesso) da população masculina adulta aos serviços de saúde, a saber: 
 
Acesso e Acolhimento:  Objetiva reorganizar as ações de saúde, através de 
uma proposta inclusiva, na qual os homens considerem 
serviços de saúde também como espaços masculinos e, 
por sua vez, os serviços reconheçam os homens como 
como sujeitos que necessitam de cuidados. 
Saúde Sexual e 
Saúde 
Reprodutiva: 
 Busca sensibilizar gestores(as), profissionais de 
saúdee a população em geral para reconhecer os homens 
como sujeitos de direitos sexuais e reprodutivos, os 
envolvendo nas ações voltadas a esse fim e implementar 
estratégias para aproximá-los desta temática. 
15 
 
 
 
 
Paternidade e Cuidado:  Objetiva sensibilizar gestores(as), profissionais de 
saúde e a população em geral sobre os benefícios do 
envolvimento ativo dos homens com em todas as fases da 
gestação e nas ações de cuidado com seus(uas) filhos(as), 
destacando como esta participação pode trazer saúde, 
saúde, bem-estar e fortalecimento de vínculos 
saudáveis entre crianças, homens e suas (eus) 
parceiras(os). 
Doenças prevalentes na 
populaç 
masculina: 
 Busca fortalecer a assistência básica no cuidado à 
saúde dos homens, facilitando e garantindo o acesso e a 
qualidade da atenção necessária ao enfrentamento dos 
fatores de risco das doenças e dos agravos à saúde. 
Prevenção de Violências 
eAcidentes: 
 Visa propor e/ou desenvolver ações que chamem 
atenção para a grave e contundente relação entre a 
população masculina e as violências (em especial a 
violência urbana) e acidentes, sensibilizando a 
população geral e os profissionais de saúde sobre o 
tema. 
 
É com essas concepções e tendo como referência os diagnósticos de saúde dos 
homens em cada contexto em que as UBS estão inseridas, que os serviços devem 
construiras estratégias assistenciais para contemplar as diferentes necessidades de saúde dos 
homens, abarcando-o em suas peculiaridades, diz-se da sua condição singular em ser. Trata-
se de uma situação desafiadora, pois requer profissionais extremamente preparados e 
comprometidos com os objetivos lançados à mão, que saibam acolher este homem que 
procura a UBS, para que o dito cujo sinta-se confortável e seguro com a situação e possa 
cuidar-se com mais tranquilidade e sinta-se respeitado em suas intimidades. Portanto, é 
preciso haver também uma mudança significativa e transformadora na conduta de 
profissionais em saúde. 
Em suma, deve acontecer uma revitalização destes eixos, estruturando-a na 
mudança de postura do paciente (o homem), dos profissionais e das políticas públicos de 
incentivo. Deve haver um aprimoramento e aperfeiçoamento de velhas e obsoletas 
estratégias, que diversas vezes nos apresentaram retrógrados instrumentos assistencialistas
16 
 
 
em saúde. Diz-sede um upgrade no modo de como se faz saúde no Brasil, uma atualização 
mais humanizada do sistema. 
 
2.2 POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO A SAÚDE DO HOMEM 
 
 
Neste capítulo abordaremos de forma geral os princípios, diretrizes e função dos 
órgãos que são responsáveis por promover métodos e políticas que garantam a assistência e 
recuperação da saúde do homem no sistema público de saúde. 
Neste ponto da pesquisa, vale a pena ressaltar que as estratégias adotadas devem 
apenas visar estrategicamente a identificação das principais enfermidades e agravos à 
saúde de pessoas do sexo masculino, afim de incentivar que esse público passe a procurar 
os serviços ofertados pela atenção básica de saúde, antes que os problemas de saúde se 
agravem e seja necessária atenção especializada. 
Ou seja, diz-se das políticas públicas em saúde do homem acontecendo na prática, 
que possibilite identificar os pormenores que a compõe, podando possíveis excessos e 
preenchendo eventuais lacunas deixadas por programas insuficientes anteriores. 
A partir das observações realizadas nos será possível identificar as causas e possíveis 
consequências da situação da saúde do homem. Traçando estratégias e planos de ação que 
incidam sobre esta questão, perpassando assim os limites impostos por uma sociedade 
machista que com seu preconceito mata dezenas de milhares continuamente. 
Desta forma, torna-se imprescindível pontuar os serviços que são ofertados pelo 
sistema único de saúde para a população do sexo masculino, que se estabeleceu 
mediante um recorte estratégico e metodológico dessa população masculina na faixa etária 
de 20 a 59 anos. 
17 
 
 
 
 
Fonte: https://www.scoopnest.com/pt/user/minsaude/794947406785720321-conheca-a-politica-nacional-de-atencao-integral-a-saude- 
do- homem-e-o-que-o-sus-oferece-para-asaudedohomem. 
 
Os programas supracitados são ofertados gratuitamente nas unidades de saúde de 
todo país, todavia ainda não se tem uma procura em massa pelos programas voltados 
para o público masculino. O que nos denota a pensarmos, no contexto local, na criação 
de estratégias eficientes e eficazes que atinja grandes contingentes da população 
masculina adulta, atraindo-os para as UBS, tornando-as mais humanizadas em suas 
estruturas e atendimentos, pois o que muitos homens relatam é a demora e o despreparo 
no atendimentode suas necessidades. A este respeito (Gomes et all, 2007; Kalckmann et 
all, 2005; Schraiber, 2005) diz: 
Há dificuldade de acesso aos serviços assistenciais, alegando-se que, para 
marcação de consultas, há de se enfrentar filas intermináveis que, muitas vezes, 
causam a “perda” de um dia inteiro de trabalho, sem que necessariamente tenham 
suas demandas resolvidas em uma única consulta. 
 
Portanto, uma UBS acolhedora e receptiva atrairá mais pacientes e, uma vez lá, esta 
unidadeem saúde busque meios de permanência e regularidade em acompanhamentos 
periódicos necessários deste. São atitudes como estas e outras semelhantes que farão a 
diferença, que mudaram o cenário atual, que o tornarão saudável, extirpando radicalmente os 
determinantes sociais que muito dificultam o acesso do homem aos centros em saúde. 
https://www.scoopnest.com/pt/user/minsaude/794947406785720321-conheca-a-politica-nacional-de-atencao-integral-a-saude-do-homem-e-o-que-o-sus-oferece-para-asaudedohomem
https://www.scoopnest.com/pt/user/minsaude/794947406785720321-conheca-a-politica-nacional-de-atencao-integral-a-saude-do-homem-e-o-que-o-sus-oferece-para-asaudedohomem
https://www.scoopnest.com/pt/user/minsaude/794947406785720321-conheca-a-politica-nacional-de-atencao-integral-a-saude-do-homem-e-o-que-o-sus-oferece-para-asaudedohomem
18 
 
 
É necessária uma intervenção do setor público na assistência em saúde ao homem 
(adulto), o que mobilizaria a população na luta e defesa em direitos em saúde 
fundamentaisao homem. 
Trata-se de trabalhar a consciência do homem, responsabilizando-o de si, tornando-o 
protagonista nesta luta, onde o principal interessado é ele mesmo. 
Assim ressaltam-se as estatísticas que apontam que os homens não adotam hábitos 
saudáveis, resultado de uma consciência mal trabalhada e cauterizada pelo receio de 
discriminação de uma sociedade ainda patriarcal. E a não-adesão destes hábitos estaria 
diretamente relacionado a expectativa de vida desse público ser menor que a feminina, como 
aponta a figura abaixo. 
 
Fonte: http://armandoribeiro.blogspot.com/2016/11/saude-do-homem-homens-nao-adotam.html 
 
Dado a complexidade do problema, há de se enfatizar que a promoção da saúde do 
homem necessita ser massificada diariamente com a ajuda das famílias, das escolas e dos 
meios de comunicação em massa, visto que só assim a prevenção deve basear-se na intra e 
intersetorialidade e interdisciplinaridade. 
Para que esta transformação ocorra de maneira considerável, o homem precisa ter 
clareza para integrar os programas que a atenção básica lhe oferece, para isso é necessário 
existir uma integração transversal, onde haja cooperação de todos os envolvidos direta e 
indiretamente nesse processo de mudança, somando experiências e discutindo 
exaustivamente diretrizes, que possibilitem as melhores opções de construção e 
operacionalização dessa política, o que dará a cada segmento, gestor ou executor, a 
corresponsabilidade pela correta implementação das ações, em benefício da população a ser 
assistida. 
http://armandoribeiro.blogspot.com/2016/11/saude-do-homem-homens-nao-adotam.html
19 
 
 
As personagens envolvidas na elaboração das Políticas Nacionais de Atenção 
Integral à Saúde do Homem reiteram que os eixos metodológicos, conceituais e práticos, 
como a mudança do foco programático, privilegiando um novo paradigma baseado na 
atenção integral, valorização da promoção da saúde e a qualidade de vida, bem como a 
educação como importante estratégia para promover mudanças comportamentais 
indispensáveis à consolidação das ações propostas são fundamentais para orientar à 
formulação de estratégias e ações: 
 
2.2.1 Princípios 
 
 
As polícias voltadas à saúde do homem objetivam orientar os serviços ofertados a 
população masculina, priorizando a qualidade e a humanização durante os atendimentos, 
promovendo nos profissionais em saúde, empatia pelo paciente (homem), colocando-se 
no seu lugar, compreendendo sua realidade singular, que o torna o que é biologicamente, 
homem. Deste modo, as políticas públicas voltadas para a promoção da saúde do homem 
devem enfatizar a necessidade de alteração de paradigmas no que concerne à percepção da 
população masculina em relação ao cuidado com a sua saúde e a saúde de sua família. 
Trata- se de uma mudança de postura, ressignificando certos comportamentos diante da 
questão da saúde. 
Pondera-se que seja primordial que os aspectos educacionais sejam organizados de 
modo a acolher e fazer com que o homem se sinta integrado, entre outras ações, os serviços 
públicos de saúde. Por isso a prática dessas políticas deverá ocorrer integralmente, numa 
lógica hierarquizada de atenção à saúde, priorizando a atenção primária como porta de 
entrada de um sistema de saúde universal, integral e ponderado. 
Para cumprir os princípios de humanização que essas ações necessitam, no intuito 
de garantir, reconhecimento e respeito à ética e aos direitos do homem, obedecendo às suas 
peculiaridades socioculturais devem-se considerar os seguintes elementos: 
20 
 
 
 Universalidade e equidade nas ações e serviços de saúde voltados para a popula 
masculina, abrangendo a disponibilidade de insumos, equipamentos e mater 
educativos; 
 Articulação com as diversas áreas do governo, com o setor privado e a sociedade, 
compondo redes de compromisso e corresponsabilidade quanto à saúde e a 
qualidade de vida da população masculina; 
 Informações e orientação à população masculina, aos familiares e a comunidade 
sobre a promoção, prevenção, proteção, tratamento e recuperação dos agravos e 
enfermidades do homem; 
 Captação precoce da população masculina nas atividades de prevenção 
primária relativa às doenças cardiovasculares e cânceres, entre outros agravos 
recorrentes; 
 Capacitação técnica dos profissionais de saúde para o atendimento do homem; 
 Disponibilidade de insumos, equipamentos e materiais educativos; 
 Estabelecimento de mecanismos de monitoramento e avaliação continuada 
dos 
serviços e do desempenho dos profissionais de saúde, com participação dos 
usuários; 
 Elaboração e análise dos indicadores que permitam aos gestores monitorar as 
ações e serviços e avaliar seu impacto, redefinindo as estratégias e/ou atividades 
que fizerem necessárias. 
 
 
 
2.2.2 Diretrizes 
 
 
As diretrizes são responsáveis pelos seguimentos que os setores de saúde devem 
seguir, tais como elaboração dos planos, programas, projetos e atividades. Foram 
baseadas na integralidade, factibilidade, coerência e viabilidade, tendo como princípio 
fundamental a humanização e a qualidade assistencialista. 
Tais diretrizes querem fazer frente a uma nova concepção de saúde, trata-se de um 
modelo mais humanizado e de qualidade, pautado principalmente na atenção primária, 
enfatizando a medicina preventiva (afinal é melhor prevenir do que remediar). Diz-se da 
ressignificação do obsoleto modelo de saúde. As necessidades gritantes exigem uma saúde 
integral e de qualidade premissa das primícias de uma sociedade. 
21 
 
 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a 
moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à 
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta 
Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015) 
 
 
Portanto a saúde é um direito do indivíduo e, um dever do Estado indiscutível. O que 
torna indiscutivelmente a saúde um direito social fundamental de todos os indivíduos. 
A saúde do homem não é só física, mas como emocional e psíquica também, por 
issoé importante compreender o indivíduo em sua integralidade, concebendo-o como um ser 
completo, singular, e é isso que a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem 
propõe. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc90.htm
22 
 
 
2.3 AS RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS 
 
 
A proposição da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem visa 
qualificar a saúde da população masculina na perspectiva de linhas de cuidado que 
resguardem a integralidade da atenção. Tendo como diretriz promover ações de saúde que 
contribuam significativamente para a compreensão da realidade singular masculina nos seus 
diversos contextos socioculturais e político-econômicos, respeitando os diferentes níveis de 
desenvolvimento e organizaçãodos sistemas locais de saúde e tipos de gestão de Estados e 
Municípios. 
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem Princípios e Diretrizes: 
Entender a Saúde do Homem como um conjunto de ações de promoção, prevenção, 
assistência e recuperação da saúde, executado nos diferentes níveis de atenção; 
Reforçar a responsabilidade dos três níveis de gestão e do controle social, de acordo com 
as competências de cada um, garantindo condições para a execução da presente Política; 
Nortear a prática de saúde pela humanização e a qualidade da assistência a ser prestada, 
princípios que devem permear todas as ações; 
Integrar a execução da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem às 
demais políticas, programas, estratégias e ações do Ministério da Saúde; 
Promover a articulação interinstitucional, em especial com o setor Educação, como 
promotor de novas formas de pensar e agir; 
Reorganizar as ações de saúde, através de uma proposta inclusiva, na qual os homens 
considerem os serviços de saúde também como espaços masculinos; 
Integrar as entidades da sociedade organizada na corresponsabilidade das ações 
governamentais pela convicção de que a saúde não é só um dever do Estado, mas uma 
prerrogativa da cidadania; 
Incluir na Educação permanente dos trabalhadores do SUS temas ligados a Atenção 
Integral à Saúde do Homem; Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem 
Princípios e Diretrizes Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem Princípios 
e Diretrizes; 
Aperfeiçoar os sistemas de informação de maneira a possibilitar um melhor 
monitoramento que permita tomadas racionais de decisão; e 
Realizar estudos e pesquisas que contribuam para a melhoria das ações da Política 
Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. 
23 
 
 
As responsabilidades institucionais estão definidas de acordo com as diretrizes 
estabelecidas no Pacto pela Saúde 2006, respeitando-se a autonomia e as competências 
das três esferas de gestão do SUS, como podemos analisar no quadro abaixo: 
UNIÃO ESTADOS MUNICÍPIOS 
 Fomentar a implementação 
acompanhar a implantação da 
Política Nacional de Atenção 
Integral à Saúde do Homem; 
• Estimular e prestar cooperação 
técnica e financeira aos 
Estadose Municípios visando 
implantação e implementação 
Política Nacional de Atenção 
Integral à Saúde do Homem 
valorizando e respeitando as 
diversidades locais e regionais; 
• Promover, no âmbito de sua 
competência, a articulação 
intersetorial e interinstitucional 
necessária à implementação da 
Política; 
• Promover em parceria com 
Ministério da Educação e 
Secretaria Nacional de Juventu 
da Presidência da República 
valorização da crítica em 
questões educacionais 
relacionadas aos estereótipos d 
gênero, enraizados há século 
em nossa cultura patriarca 
que coloca a doença como um 
sinal 
de fragilidade e contribui para 
que o homem se julgue 
• Fomentar a 
implementação e 
acompanhar em seu 
território a implantação da 
Política Nacional de Atenção 
Integral à Saúde do Homem; 
Homem; Política Nacional 
Atenção Integral à Saúde 
Homem Princípios e 
Diretrizes; 
• Estimular e prestar 
cooperação técnica 
financeira aos Municípios 
visando a implantação e 
implementação da Política 
Nacional de Atenção 
Integral à Saúde do Homem 
valorizando e respeitando as 
diversidades locais e 
regionais; 
• Definir, coordenar, 
acompanhar e avaliar, no 
do seu território, a Política 
Política Nacional de Atenção 
Integral à Saúde do Homem, 
Promovendo as adequações 
necessárias, tendo como base 
as diretrizes ora propostas, o 
perfil epidemiológico e as 
especificidades locais e 
 Fomentar técnica 
e Financeiramente a 
implementação e 
acompanhar em seu 
território, a implantação da 
Política Nacional de 
Atenção Integral à Saúde 
do Homem; 
• Coordenar, implementar, 
acompanhar e avaliar no 
âmbito do seu território, a 
Política Nacional de 
Atenção Integral à Saúde 
doHomem, 
priorizando a atenção 
básica, com foco na 
Estratégia de Saúde da 
Família, como porta de 
entrada do sistema de 
saúde integra l e 
hierarquizado e 
promovendo as adequações 
necessárias, tendo como 
base as diretrizes 
propostas, o perfil 
epidemiológico e as 
especificidades locais e 
regionais; 
• Coordenar e implementar, 
no âmbito municipal, as 
estratégias nacionais de 
24 
 
 
 
 
invulnerável; 
• Estimular e apoiar por 
meioSecretaria de 
Ciência eTecnologia 
e Insumos 
Estratégicos (SCTIE/MS), a 
realização de pesquisas que 
possam aprimorar a 
Atenção Integral à Saúde do 
Homem; 
• Propor por meio da 
Secretaria Gestão do Trabalho e 
Educação na Saúde 
(SGTES/MS), estratégias de 
Educação permanente dos t 
rabalhadores do SUS, voltadas 
para a Política Nacional de 
Atenção Integral à Saúde do 
Homem; 
• Estabelecer parceria com 
diversas Sociedades Brasileiras 
Científicas nacionais 
internacionais, e entidades de de 
profissionais de saúde cujas 
atividades tenham afinidade com 
as ações propostas na Política 
Nacional de Atenção Integral à 
Saúde do Homem; 
• Coordenar o processo 
construção das Diretrizes 
Nacionais da Atenção à Saúde do 
Homem e de protocolos 
assistenciais, em parceria com os 
Estados e Municípios; 
• Promover, junto à população, 
ações de informação, educação 
regionais; 
• Coordenar e implementar, 
no âmbito estadual, 
as estratégias 
nacionais educação 
permanente dos 
trabalhadores do SUS 
voltada para a Política 
Nacional de Atenção Integral 
à Saúde do Homem; 
• Implantar mecanismos de 
regulação das atividades 
relativas à Política; 
• Estabelecer parceria com as 
Diversas organizações cujas 
Atividades tenham afinidade 
com as ações propostas na 
na Política Nacional de 
Atenção Integral à Saúde do 
Homem; 
• Promover, na esfera de suas 
competências, a articula 
intersetorial e 
interinstitucional 
necessária à implementação 
da Política; 
• Elaborar e pactuar, no 
estadual, protocolos 
assistenciais, em consonância 
com as diretrizes nacionais 
daatenção, apoiando os 
Municípios na implementação 
dos mesmos; 
• Promover, junto à 
população, ações de 
educação permanente 
dos trabalhadores do 
SUS para a Política 
Nacional de Atenção 
Integral à Saúde do 
Homem; 
• Implantar mecanismos de 
Regulação das atividades 
Atividades relativas à 
Política; 
• Promover, no âmbito de 
suas competências, a 
articulação intersetorial e 
interinstitucional necessária à 
implementação da 
Política; 
• Incentivar junto à rede 
educacional municipal, ações 
educativas que visem à 
promoção e atenção da saúde 
do homem; 
• Implantar e implementar 
protocolos assistenciais, 
emconsonância com as 
diretrizes nacionais e 
estaduais; 
• Promover, em parceria co 
as demais esferas de 
governo, a qualificação da 
equipes de saúde para 
execução das ações propostan 
Política Nacional de 
Atenção Integral à Saúde do 
Homem; 
25 
 
 
 
 
e comunicação em saúde 
visand difundir a Política 
Nacional; 
• Estimular e apoiar por meio 
da Secretaria de Gestão 
Estratégica e Participativa 
(SGEP/MS) e com o Conselho 
Nacional de Saúde (CNS) o 
processo de discussão com 
participação de todos os setores 
da sociedade, com foco no 
controle social, nas questões 
pertinentes à Política Nacional 
de Atenção Integral à Saúde do 
Homem; 
• Apoiar, técnica e 
financeiramente, a capacitação 
ea qualificação de profissionais 
para a atenção à saúde do 
homem; 
• Estabelecer mecanismos de 
monitoramento e avaliação 
continuada dos serviços e do 
desempenho dos profissionais 
de saúde; e 
• Elaborar e analisar os 
que permitam aos gestores 
monitorar as ações, os serviços 
e avaliar seu impacto, 
redefinindo as estratégiase 
atividades que se 
fizerem necessárias. 
informação, educação e 
comunicação em saúde 
visando difundir a Política; 
• Estimular e 
apoiar em parceria com o 
Conselho Estadua 
de Saúde o processo de 
discussão com participação 
de todos os setores da 
sociedade, com foco no 
controle social, nas questõe 
pertinentes à Política 
Naciona de Atenção Integra 
à Saúde do Homem; e 
• Incentivar junto à 
rede Educacional estadual, 
ações educativas que 
visem à promoção e 
atenção à saúde do homem. 
• Promover, junto à 
população, ações de 
informação, educação e 
comunicação em saúde 
visando difundir a 
Política; 
• Estimular e apoiar em 
parceria com o Conselho 
Municipal de Saúde o 
processo de discussão com 
participação de todos 
os setores da sociedade, 
com foco no controle 
social, nas questões 
pertinentes à 
Política Nacional de 
Atenção Integral à Saúde 
doHomem; 
• Promover ou participa 
das 
ações de capacitação 
técnica e 
qualificação dos 
profissionais de saúde para 
atendimento do homem; e 
• Analisar os indicadores 
que permitam aos gestores 
monitorar as ações e os 
serviços e avaliar seu 
impacto, redefinindo 
estratégias e atividades que 
se fizerem necessárias. 
26 
 
 
2.4 PLANO ESTRATÉGICO SITUACIONAL (PES) 
 
 
Planejar é essencial, em qualquer área e situação do dia a dia. Na saúde não é 
diferente, sendo o planejamento de primordial importância, pois envolve um número 
significativo de pessoas, que precisam de um atendimento especializado. E os 
responsáveis por isso precisa estarem preparados. 
Vale salientar que o planejamento não deve se restringir apenas numa etapa 
burocrática dos trabalhos, mas deve acontecer de fato. O segredo é planejar junto, com o 
objetivo de otimizar as atividades existentes e potencializá-las para se alcançar novos 
horizontes em saúde da família, abrangendo os setores administrativos e pessoais, mas 
especificamente ao atendimento e assistência mais humanizada às dores do homem. 
Diante das situações vivenciadas faz-se necessário um plano de intervenção 
situacional. Ou seja, um trabalho de conscientização do público masculino, com projetos, 
palestras, práticas em saúde que possam otimizar os esforços realizados para alcançar os 
objetivos pretendidos pela UBS. 
Primeiramente faz necessário identificar os problemas, em seguida priorizar aqueles 
mais alarmantes e urgentes, e por fim analisá-los em seus pormenores por cada agente que 
compõe a equipe de frente. Segundo Matus: 
 
“há três tipos de problema, tendo como referência tempo, significado e natureza do 
resultado para um ator: ameaças, ou seja, o risco “potencial de perder uma 
conquista ou agravar uma situação”; oportunidades, como possibilidades que 
podem ser aproveitadas ou desperdiçadas; e problemas, identificados como 
deficiências que provocam desconforto, inquietação e exigem enfrentamento. A 
explicação dos problemas se dá através da identificação das causas a eles 
atribuídas e suas interações, conhecendo de que forma essas interferem na 
produção de um ou mais problemas, e quais podem ser consideradas nós críticos. 
Os nós críticos concentram a intervenção que gera mudanças, tendo alto impacto 
sobre os descritores do problema (KLEBA, et al., 2011). 
 
Após sua criteriosa análise é preciso traçar a metodologia, tipo e local de estudo, 
pretendo assim lançar mão dos instrumentos certos para se efetivar na prática os objetivos 
teoricamente traçados. Descrevendo-os e refletindo sobre eles. Conforme afirma Carlos 
Matus em sua proposta elaborada nos anos de 1980, o que ele denominou de um Plano 
Estratégico Situacional, que seriam utilizados não só na área de saúde, mas também na 
educação, na gestão pública e outras áreas, demonstrando assim sua importância e relevância 
para tal. 
27 
 
 
Identificada a situação em que se encontra o público masculino, surge o momento de 
propor objetivos e resultados que se pretendem atingir, assim como a antecipação de meios e 
ações precisas para sua objetivação de forma não só eficaz como principalmente 
eficiente. Para isso precisamos sensibilizar “os agentes em saúde”, não só do homem, 
mas em geral,de todas as áreas que dispomos da saúde a abraçar a “causa”. Convocados 
os agentes, surge a necessidade de explanarmos os objetivos pretendidos e a importância de 
suas referidas participações, preparando-os com palestras ilustrativas e orais daquilo que 
fora identificado, priorizado e analisado para fins de prática. 
Trata-se de otimizar e compilar os esforços desempenhados com vistas ao 
aperfeiçoamento dos serviços oferecidos ao público masculino na UBS em estudo, e de 
sugestões recolhidas pelo próprio público em questão para novos oferecimentos. Com isso 
haverá a delimitação do espaço de abrangência destes esforços, impulsionando-os cada vez 
mais na busca por significativos resultados. Diz-se da preocupação em assegurar o 
oferecimento de uma assistência mais humanizada com qualidade ao homem. 
 
Os passos a seguir descrevem brevemente tal Plano de Intervenção no local (UBS): 
 
 
I. Explicação e/ou relevância do trabalho – ou seja, que situações observadas foram 
priorizadas, a partir de então, a equipe se debruçará em investigá-las em seus pormenores; 
II. Quais as causas e consequências congruentes – diz-se das anotações feitas a 
partirdas observações do primeiro momento em vista de um momento seguinte; 
III. Entendendo e compreendendo os problemas – ou seja, moldando as situações ao 
contexto para poder entende-las, direcionando os esforços certos na direção correta, diz- 
se do objetivo geral; 
IV. Traçando estratégias – lançado mão dos instrumentos necessários para a 
concepção de estratégias para o preenchimento das lacunas identificadas. 
Com a intenção de descrever os resultados alcançados a partir dos objetivos específicos 
em consonância com o objetivo geral, que é a preocupação em formar e fomentar uma 
consciência preventiva fora traçado este plano. Ou seja, para que a UBS possa potencializar 
seus esforços nos caminhos certos, para que acolha com - empatia e resiliência, no sentido 
de adaptar-se – ao público masculino, construindo assim um ambiente favorável aos seus, 
contribuindo com a ampliação da visão da situação vivenciada na realidade contextual. 
Em suma, o PES não deve ser arbitrário, ou seja, deve estar sempre aberto a novas 
readequações. Como bem afirma Matus (1996), os resultados alcançados não se
28 
 
 
restringem ao que é comumente aceito como certo. Pois quando o problema ao ser afetado 
com intervenções, é possível identificarmos sua mensuração, mas de forma transitória, ou 
seja, momentânea, pois, ele muda, e a partir daí cria-se uma nova situação que necessita 
obrigatoriamente de uma ressignificação nas estratégias, isto é, podando os exageros para 
poder direcioná-los e potencializá-los no preenchimento de possíveis deficiências no 
atendimento e assistência humanizada desse homem. 
Portanto, trata-se de um planejamento contínuo que se faz entendido a cada 
surgimento de situações mais desafiadores ou novas. Diferentemente de um conceito 
tradicional de planejamento onde as situações que surgem devem se adequar ao plano, 
no PES é o seu inverso, ou seja, é o plano que deve se adequar as novas situações. 
Entendida sua metodologia aí sim podemos pensar e repensar a saúde em vista da sua 
relevância para a sociedade, família, homem. 
29 
 
 
2.5 ESTATÍSTICAS E FATORES QUE PODEM CONTRIBUIR DIRETA E 
POSITIVAMENTE PARA A MELHOR ASSISTÊNCIA A SAÚDE DO HOMEM 
 
 
A Política Nacional de Atenção Integral da Saúde do Homem (PNAISH) busca 
desenvolver ações de saúde voltadas para o sexo masculino que mostrem resultados 
positivos e que contribuam significativamente para a compreensão da realidade singular 
masculina nos seus diversos contextos socioculturais e político-econômicos,respeitando os diferentes níveis de desenvolvimento e organização dos sistemas locais 
de saúde e tipos de gestão de Estados e Municípios. 
A Política Nacional de Saúde do Homem é desenvolvida a partir de cinco (05) 
eixos temáticos para atingir o objetivo de ampliar e melhorar o acesso aos serviços de 
saúde da população masculina adulta no Brasil, como mostra o quadro abaixo: 
 
Cinco eixos temáticos da Política Nacional de Saúde do 
Homem 
Acesso e Acolhimento Objetiva reorganizar as ações de saúde, através de uma 
proposta inclusiva, na qual os homens considerem 
serviços de saúde também como espaços masculinos 
e, sua vez, os serviços reconheçamos 
homens como sujeitos que necessitam de cuidados. 
Saúde Sexual e Saúde 
Reprodutiva 
Busca sensibilizar gestores(as), profissionais de saúde 
população em geral para reconhecer os homens 
como sujeitos de direitos sexuais e reprodutivos, os 
envolve nas ações voltadas a esse fim e 
implementando estratég para aproximá-los desta 
temática. 
Paternidade e Cuidado Objetiva sensibilizar gestores(as), profissionais de 
saúde população em geral sobre os benefícios do 
envolvimeativo dos homens com em todas as fases 
da gestação e ações de cuidado com seus(uas) 
filhos(as), destacando coestaparticipação pode trazer 
saúde, bem-estar fortalecimento de vínculos 
saudáveis entre crianças, hom e suas (eus) 
parceiras(os). 
30 
 
 
 
 
Doenças prevalentes na 
população masculina 
Busca fortalecer a assistência básica no cuidado à saúde 
homens, facilitando e garantindo o acesso e a 
qualidade atenção necessária ao enfrentamento dos 
fatores de risco doenças e dos agravos à saúde. 
Prevenção de Violências e 
Acidentes 
Visa propor e/ou desenvolver ações que chamem 
a t e n ç ã o para a grave e contundente relação entre a 
população masculina e as violências (em especial a 
violência urbana acidentes, sensibilizando a 
população em geral e profissionais de saúde sobre o 
tema 
 
 
Com o objetivo de conscientizar os homens sobre o quanto é fundamental os 
cuidados preventivos com a saúde, são desenvolvidas campanhas temáticas 
anualmente, que tentam ajudar, a aumentar as estatísticas de participação desses grupos. 
Como exemplo dessas campanhas abordaremos o Novembro Azul, adotado como 
o mês de conscientização sobre saúde mental, infecções sexualmente transmissíveis, 
doenças crônicas (diabetes, hipertensão) entre outros pontos que devem ser sempre 
observados pela população masculina e os cuidados integrais com a saúde do homem. Essa 
atividade é praticada por 21 países, nesta época são abordados temas sobre prevenção e 
diagnóstico do câncer de próstata (que com seu desconhecimento e importância tem 
“tirado’ a vida de muitos pais de família), além de levar informações sobre a prevenção e 
promoção aos cuidados integrais com o cuidado da saúde masculina. 
Além disso, os profissionais envolvidos nessas atividades abordam sobre a 
importância de manter alimentação saudável, evitar fumar e consumir bebidas 
alcoólicas em excesso, além de praticar atividades físicas, com o objetivo de promover 
bem-estar e manter corpo e mente em perfeito funcionamento – corpo retrata o poeta 
romano Juvenal (Mens sana in corpore sano – traduzindo: mente sã num corpo são). 
Tudo isso é papel das UBS, que devem proporcionar aos homens momentos de 
diálogos e conhecimento para fins de conscientização como os descritos acima. 
Em alusão ao mês Novembro Azul muitas instituições do Brasil recebem 
iluminação azul com objetivo de chamar atenção para essa prática mundial, trazendo
31 
 
 
informações e conscientização sobre o que deve ser feito em prol da saúde do homem 
hoje. Essa iniciativa foi criada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida. A ideia, com o 
foco em encorajar homens a frequentarem o médico regularmente de forma preventiva, 
conscientizando-os da importância. 
 
Exames básicos de rotina oferecidos pela saúde básica ao público 
masculino 
 Pressão arterial  Teste de glicemia 
 Hemograma completo  Atualização da carteira vacinal 
 Testes de urina  Verificação do perímetro abdominal 
 Testes de urina  Teste de IMC 
 
 
O Mês de Valorização da Paternidade, que é celebrado anualmente em agosto 
(Dias dos Pais – pode transformar-se num momento de grande importância se dada sua 
devida relevância, pois promoveria a valorização da participação do homem nas ações do 
planejamento reprodutivo, destacando a importância de acompanhar o pré-natal, parto 
de sua parceira e ter cuidados no desenvolvimento da criança, com a possibilidade real de 
melhoria na qualidade de vida para todas as pessoas envolvidas e vínculos afetivos 
saudáveis, consolidando assim um objetivo a priori pretendido. 
O Comitê Vida foi responsável por instituir o mês de valorização da paternidade, 
esse grupo de trabalho desenvolve ações com profissionais de organizações 
governamentais e não-governamentais, universidades e demais pessoas e instituições 
interessadas. A Coordenação Nacional de Saúde do Homem (CNSH) do Ministério da 
Saúde estimulam essa ação incentivando para que ela seja praticada em todo Brasil. 
O eixo de Paternidade e Cuidado é a base para as políticas nacionais de Atenção 
Integral à Saúde do Homem, por meio dele acontece o incentivo a presença de homens 
acompanhando suas parceiras nas consultas de pré-natal e traz a ideia de que o acesso dos 
homens aos serviços de saúde para participar dessas consultas também pode ser 
potencializado como momento de promoção do autocuidado e educação em saúde. 
Essa estratégia do pré-natal do parceiro tem o objetivo de chamar a atenção do 
profissional de saúde para a importância do envolvimento dos pais e futuros pais na
32 
 
 
lógica dos serviços de saúde ofertados, possibilitando que eles realizem seus exames 
preventivos de rotina e bem como testes rápidos de sífilis, hepatite e HIV. Também são 
abordados a importância das vacinas preventivas e são estimulados a participarem dos 
momentos do parto e cuidados com a criança e ao mesmo tempo exerçam uma 
paternidade ativa. Trata- se de potencializar um momento visivelmente feminino num 
momento de aprendizado para o homem. 
33 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Diante de todos os aspectos trazidos durante este estudo, torna-se perceptível que 
cuidar da saúde do homem é um processo dinâmico, complexo e cheio de preconceitos por 
partes dos próprios usuários homens, por isso requer uma atenção especial. Convencer o 
homem a cuidar da própria saúde ainda é um desafio. É necessário fortalecer o vínculo do 
homem com a saúde, criando estratégias e promovendo ações de prevenção desde os 
cuidados mais simples e básicos para que não procurem o serviço apenas quando estiverem 
doentes. 
O homem tem tendência a procurar menos o médico por medo de descobrir 
problemas de saúde, por conta da sua própria cultura. Os estereótipos de que o homem não 
pode ficar doente, prejudica muito no atendimento da equipe de saúde na unidade básica, 
por causa desse preconceito estabilizado na sociedade, as políticas públicas direcionadas à 
saúde do homem nos transmiti a aflição em que esta imersa nossa sociedade, uma vez que 
essa “teimosia e/ou repulsa” do homem pelos cuidados básicos com sua saúde acarretou 
num problema de saúde pública 
A doença é considerada como um sinal de fragilidade que os homens não 
reconhecem como inerente à sua própria condição biológica. O homem julga-se invencível, 
inabalável, invulnerável, enfim, são muitos os adjetivos, o que acaba por contribuir para que 
cuide menos de si mesmo e se exponha mais às situações de risco. 
É com essas concepções e tendo como referência os diagnósticos de saúde dos 
homens em cada contexto em que as Unidades Básicas de Saúde estão inseridas, que os 
serviços devem construir as estratégias assistenciais para contemplar as diferentes 
necessidadesde saúde dos homens partindo deste mesmo contexto, respeitando os 
limites, de acordo com sua singular condição. 
Para tanto as responsabilidades institucionais da União, dos Estados e dos 
Municípios foram definidas de acordo com as diretrizes estabelecidas no Pacto pela Saúde 
2006, respeitando-se a autonomia e as competências das três esferas de gestão do SUS. 
Assim com o objetivo de conscientizar o público masculino sobre o quanto é 
fundamental os cuidados preventivos com a saúde, é imprescindível que continuem sendo 
desenvolvidas campanhas temáticas, que ajudem, a aumentar as estatísticas de participação 
desses grupos nestas campanhas. Uma vez que, nada melhor do que o exemplo como 
propaganda de conscientização da importância dos cuidados preventivos para o combate dos 
agravos da saúde masculina. 
34 
 
 
Para efetivar essas campanhas na UBS em questão faz-se preciso um plano de 
intervenção, que oriente os gestores e demais agentes em saúde para que se trabalhe a 
conscientização para o envolvimento do público masculino nestas ditas campanhas. 
 
O homem deve portar-se como tal, e uma vez sabedor disto, consolide em si uma 
consciência para a saúde do corpo e da mente. Afinal mente sã, corpo são. E se me 
permitem uma última observação: a melhor coisa da vida é estar com saúde (saudável). 
 
Em suma, devemos compartilhar o problema, para que sua solução seja alcançada 
mais rapidamente, de forma eficiente e eficaz nos pormenores, podando os excessos, 
preenchendo as lacunas, para que o homem possa regozijar-se de sua saúde em família. 
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http://www.scielo.br/scielo
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anexos 
 
 
 
 
 
Foto registrada (dia, mês e ano) (Novembro Azul). Podemos observar a participação de homens 
ematividades na UBS contextualizada ao longo do presente trabalho, atividades estas que faziam alusão 
ao Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata. Onde foi falado sobre a importância da saúde do 
homem. 
 
A partir de diálogos com a equipe da Saúde da Família e do NASF/AB 
surgiu a necessidade de fazermos o Dia D com palestras, conversas, imagens, 
enfatizando a questão dos agravos do câncer de próstata, possibilitando assim a 
formação de uma consciência voltada a importância de consultar o médico 
regularmente como prática preventiva não só em combate ao câncer de próstata, mas 
como qualquer outra patologia que possa atingi-los. Como retratado na fotografia 
acima é essa a positividade que buscamos incansavelmente assegurar com qualidade 
ao homem. 
	PROMOÇÃO E PREVENÇÃO EM SAÚDE DO HOMEM NA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE: UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE (UBS)
	PROMOÇÃO E PREVENÇÃO EM SAÚDE DO HOMEM NA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE: UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE (UBS)
	DEDICATÓRIA
	AGRADECIMENTOS
	SUMÁRIO
	1 INTRODUÇÃO
	2 DESENVOLVIMENTO
	2.3 AS RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS
	CONSIDERAÇÕES FINAIS
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	da população masculina em Unidade Básica de Saúde da Família: motivos para a (não) procura. Esc Anna Nery. 2013.
	Anexos