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Cefaléia Tensional e Enxaqueca → GERAL: Conceito de cefaléia: dor em qualquer parte da cabeça . Alta prevalência e geralmente frequência episódica. É importante atentar-se para a cefaléia induzida por analgésicos (terceira causa mais comum de cefaleia) Classificação geral: primária ou secundária Pode ainda ser definida como: -Explosiva: abrupta e de intensidade máxima -Aguda: atinge seu máximo em minutos ou poucas horas -Subaguda: insidiosa. Curso em até 3 meses -Crônica: persiste por meses ou anos -Em salvas: dor intensa periorbital ou temporal Sinais de alerta → relacionados a cefaléias secundárias Presença de: -Sinais e sintomas neurológicos -Hipertensão grave -CA ou imunossupressão -Olhos vermelhos; halo em luzes -Sintomas sistêmicos associados -Meningismo -Cefaleia em trovoada -Sintomas de arterite de células gigantes -Pacientes com idade superior a 50 anos → Cefaléia Tensional: É a mais presente na clínica. Tende a ser bilateral. Sua prevalência na população juvenil pode chegar a 70%. É mais frequente em mulheres. São fatores de risco para a cefaleia tensional :sinusite, bruxismo, fumo, gripe, álcool, cafeína, entre outros. O quadro clínico apresenta-se com dor miofascial importante, espasmos da musculatura, sensação de opressão, que dura de 30 min a dias. A localização é em fronte, tempora e occipto. A dor pode irradiar para a musculatura da cintura escapular nos casos mais graves. → Fisiopatologia: a cefaleia é resultante de uma soma de fatores miogênicos, neurais supraespinhais, químicos, vasculares e psicogênicos. São mecanismos essenciais para a dor: -Diminuição do limiar no reflexo nociceptivo de flexão -Ação do óxido nítrico para espasmo muscular -Presença de processos inflamatórios em curso -Processamento de informação sensorial sobrecarregado em quantidade → Diagnóstico: critérios diagnóstico: → Tratamento: -Não medicamentoso: Manejo do estresse e de fatores secundários controláveis e tratáveis como a sinusite, o bruxismo, e a má qualidade do sono. Podem ter efeito positivo acupuntura, osteopatia, terapia cognitiva comportamental e fisioterapia. -Medicamentoso: -Anti-inflamatórios: cetoprofeno e diclofenaco -Analgésicos: dipirona, relaxantes musculares, triptanos, opioides, paracetamol -Naproxeno -AAS -Antidepressivos tricíclicos: amitriptilina -Outros antidepressivos: venlafaxina, mirtazapina, clomipramina → Enxaqueca: Cefaléia com perfil temporal paroxístico (súbito e intensamente repentino), com episódios intervalados. Prevalência de 18% em mulheres e 6% em homens. A faixa etária do pico de ocorrência é de 25 a 55 anos. 80% dos casos não acompanha aura. São fatores de risco para a enxaqueca: -Fadiga -Certos alimentos -Jejum prolongado -Climas extremos -Pós-estresse -Menstruação -Álcool -Perfumes -Sono irregular -Estímulos de luz -Música alta -Sexo Seu quadro clínico é marcado por variação de frequência, duração e grau de incapacitação. Apresenta alta intensidade, podendo levar inclusive ao despertar noturno. Apresenta sintomas e sinais de esfera clínica, psíquica e neurológica. Sua crise é descrita com a seguinte progressão: -Pródromos -Aura -Cefaléia -Resolução -Pósdromos A aura caracteriza-se da seguinte forma: presença de náuseas, vômitos, fotofobia, podendo ter cefaleia associada e com duração variável: típica (5 a 60 min); abrupta (<5min); prolongada (>60 min) → Fisiopatologia: é explicada por um distúrbio funcional neuroquímico. Há componente hereditário autossômico dominante de caráter poligênico. Ocorre diminuição do limiar para a sensibilidade e simultaneamente a hiperexcitabilidade cortical. São mecanismos que tentam delinear a enxaqueca: -Fenômeno da depressão alastrante de Leão - pode explicar o processo pela vasodilatação e o aumento de fluxo em vasos -Inflamação neurogênica do sistema trigemino-vascular (vias de dopamina) -Redução de progesterona nos ciclos menstruais - culmina a diminuição do limiar cortical -Modulação inadequada de opioides - redução de estoque de neurotransmissores catecolaminérgicos Diagnóstico: critérios diagnóstico para migrânea com e sem aura → Tratamento: -Não medicamentoso: Psicoterapia, retrocontrole biológico, acupuntura, técnicas de relaxamento, entre outras medidas podem auxiliar a minimizar a dor. -Medicamentoso: -Sintomáticos para crises leves e moderadas: paracetamol, AAS, acetilsalicilato de lisina, AINES -Triptanos (agonistas 5HT1B/D) -Uso de anticoncepcional oral ou implante de estriol -Uso de toxina botulínica -Profiláticos: betabloqueadores (como o propranolol) e tricíclicos (como a amitriptilina) Obs.: o tramadol, a morfina, a dipirona, o cetoprofeno e o diclofenaco não são recomendados para uso intravenoso.
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