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Mecânica dos sólidos Estruturas estáticas Condições de equilíbrio estático Primeira condição A primeira condição necessária para que uma estrutura esteja em equilíbrio é que a soma de todas as forças que atuam sobre ela seja zero, ou seja, essa forças devem se anular. Estruturas estáticas Condições de equilíbrio estático Segunda condição A soma dos momentos (ou torque) em relação a um ponto qualquer dessa estrutura também seja zero. O momento, a grandeza calculada pelo produto entre a força aplicada perpendicularmente em determinado ponto pela distância entre o ponto de aplicação da força e o eixo de rotação, está ilustrado na imagem seguinte: Estruturas estáticas Condições de equilíbrio estático Segunda condição ΣM A =−(F 1 .H)−(F 2 .x)+(R B,V .L)=0 Estruturas estáticas Condições de equilíbrio estático Com as condições de equilíbrio, podemos extrair disso as três equações fundamentais da estática para que possamos entender a estabilidade das estruturas. São elas: 1) A soma das forças horizontais que atuam na estrutura deve ser nula: 2) A soma das forças verticais que atuam na estrutura deve ser nula: 3) A soma das momentos que atuam na estrutura, em relação a um ponto p, deve ser nula: ΣF x =0 ΣF Y =0 ΣM P =0 Estruturas estáticas Tipos de apoio Apoio do 1º gênero Esse tipo de apoio é assim classificado quando consegue restringir apenas o deslocamento vertical, mas permite o deslocamento horizontal e a livre rotação da estrutura. É por esse motivo que recebe o nome de primeiro gênero e, portanto, possui apenas 1 reação de apoio na direção do deslocamento impedido, ou seja, na direção vertical e que chamaremos de RV. Por exemplo, quando temos a estrutura apoiada sobre um rolo lubrificado que impede apenas o deslocamento vertical, conforme mostra o esquema abaixo. Apoio do 1º gênero: esquema e o símbolo usual Estruturas estáticas Tipos de apoio Apoio do 2º gênero Esse tipo de apoio é assim classificado quando consegue restringir as translações horizontais e verticais, permitindo apenas a rotação da estrutura. É por esse motivo que recebe o nome de segundo gênero e, com isso, possui 2 reações de apoio na direção dos deslocamentos impedidos e que chamaremos de RV, RH. Essa situação ocorre, por exemplo, quando temos a estrutura apoiada sobre uma chapa presa completamente ao plano-suporte, conforme mostra o esquema abaixo. Apoio do 2º gênero: situação real (a e b) e o símbolo usual (c) Estruturas estáticas Tipos de apoio Apoio do 3º gênero Esse tipo de apoio também é chamado de engaste e é assim classificado quando consegue restringir todos os movimentos possíveis da estrutura, ou seja, as translações horizontais e verticais e a rotação.É por esse motivo que r ecebe o nome de terceiro gênero e, portanto, possui 3 reações de apoio na direção dos 3 movimentos impedidos, que chamaremos de RH, RV e M. Essa situação ocorre, por exemplo, quando ancoramos um elemento estrutural em outro de elevada rigidez, conforme mostra o esquema abaixo. Apoio do 2º gênero: situação real (a e b) e o símbolo usual (c) Estruturas estáticas Classificação: Estrutura hipostática As estruturas hipostáticas, simplificadamente, são aquelas em que o número de reações de apoio é inferior ao número de equações de equilíbrio disponíveis. Usualmente, as equações disponíveis são apenas 3, mas em alguns casos pode haver mais equações se, por exemplo, existir rótulas na estrutura. Para as estruturas hipostáticas, geralmente, há instabilidade. Isso porque os apoios são insuficientes para restringir os movimentos da estrutura. Mas pode ocorrer também que o próprio carregamento da estrutura consiga impedir os graus de liberdade que os apoios não forem capazes de impedir. Nesse caso, há o que chamamos de equilíbrio instável. *Resumidamente, classificamos as estruturas hipostáticas pelo número de reações de apoio insuficientes e pela sua instabilidade. Em razão disso, as estruturas hipostáticas não são usadas em construções. Estruturas estáticas Classificação: Estrutura isostática As estruturas isostáticas são aquelas em que o número de reações de apoio é igual ao número de equações de equilíbrio disponíveis, ou seja, o sistema é determinado. No entanto, precisamos nos atentar que esse critério não é condição suficiente para afirmarmos o grau de estaticidade da estrutura. Também precisamos analisar sua estabilidade. Estrutura hiperestática As estruturas hiperestáticas são aquelas em que o número de reações de apoio é maior que o número de equações de equilíbrio disponíveis, ou seja, o sistema é indeterminado. Nessa situação, assim como nas estruturas isostáticas, o equilíbrio deverá estar garantido para que a estrutura seja classificada como hiperestática. Estruturas estáticas Exemplificando os cuidados citados: Na estrutura da figura acima, embora o número de reações de apoio seja 3, igual o número de equações disponíveis, ela não é considera isostática, pois não há estabilidade. Isso ocorre porque não há apoios suficientes para restringir a rotação e, portanto, a estrutura é hipostática. Estrutura hipostática com 3 reações de apoio Estruturas estáticas Exemplificando os cuidados citados: A estrutura acima, composta por apenas apoios de 1º grau, embora esteja aparentemente estável, é também hipostática por não restringir o movimento de translação na horizontal. Já o movimento de rotação não precisa ser restrito pois a configuração dessa estrutura, por si só, já impede esse movimento. *Em síntese, o critério de classificação das estaticidade de acordo com o número de reações de apoio é válido, desde que seja excluída, previamente, a possibilidade de a estrutura ser hipostática. Estrutura hipostática com 4 reações de apoio Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12
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