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TUMORES DOS MAXILARES - RADIOLOGIA ORAL II

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VITÒRIA
CAROLINE
Odontologia - UFPE
Os tumores odontogênicos (TOs) acometem exclusivamente
a região de maxila e mandíbula.
São lesões relativamente frequentes. Representam de 2,5 -
5% dos diagnósticos realizados em laboratório de patologia
oral. 
Acredita-se que a sua origem ocorre devido à proliferação
de remanescentes (envolvidos na odontogênese) dos tecidos
moles e duros que originam os dentes, mas a sua patogênese
(o pq eles se proliferam) exata ainda é desconhecida. 
Como os dentes são formados no interior dos ossos
gnáticos, os TOS são entidades preferencialmente
intraósseas, com excessões de alguns casos que se formam
de forma periférica, na região de tecido mole, porém se
formam também em maxila e mandíbula. 
RADIOLOGIA ORAL II - 2021 . 1
Pág. 1
O ameloblastoma e o odontoma, representam os
principais tumores odontogênicos, sendo os mais
frequentes. 
Origem: Remanescentes celulares do órgão do esmalte e
da lâmina dentária, formado exclusivamente por
componentes de origem epitelial. 
Considerando as características clínicas e radiográficas,
são subdivididos em 3 tipos: 
1. Multicístico/sólido/convencional - representando 85%
2. Unicístico - representando 14%
3. Periférico - representando 1% (Não tem apresentação
radiográfica, se forma em tecido mole)
*O multicístico e unicístico se encontram radiograficamente. 
A heterogeneidade microscópica dos TOs é muito grande,
pois podem se formar de apenas 1 componente do germe
dentário ou de ambos os componentes do germe dentário. 
Podem ser de origem epitelial (derivados do órgão do
esmalte), ectomesenquimal (derivados dos componentes da
papila dentária), ambas (mista). 
O padrão microscópico pode ser restrito à proliferação de
um só componente ou de vários, incluindo alterações em
tecidos moles e/ou duros. 
Carac. clínicas: Acomete preferencialmente 3º e 7º
décadas de vida, não tem predileção por gênero, mais
localizado na região de mandíbula de preferência em
região posterior. 
VITÒRIA
CAROLINE
Odontologia - UFPE
Também conhecido como tumor de Pindborg. 
É um tumor de epitelio odontogênico sem ectomesênquima,
não tem predileção por sexo, acomete pacientes de 3-50
anos, frequentemente localizado em mandíbula em região
posterior de pré-molar e molar. 
Pág. 2
Apresenta crescimento lento e contínuo. É um tumor
benigno. Geralmente é assintomático, porém quando se
toma maiores dimensões (exponencial) causa assimetria
facial. São localmente invasivos, tendem a infiltrar
tecidos vizinhos no local onde iniciou a formação do
tumor. 
Características radiográficas: Se apresenta como uma
lesão radiolúcida multilocular, sendo as loculações
maiores com aspecto de bolhas de sabão e as loculações
menores com aspecto de favos de mel. São lesões bem
delimitadas/circunscrita. Apresentam contornos
festonadas/regulares e possuem tamanho variável. 
Podem causar: Expansão das corticais, deslocamento/
reabsorção dentária e perfuração de cortical. 
Diagnóstico diferencial: Mixoma, queratocisto
odontogênico e lesão central de células gigantes. 
Características clínicas: Mais predileção pessoas em 2º
década de vida, não há predileção por sexo, apresenta-se
preferencialmente em mandíbula na região posterior. É
assintomática. Lesões grandes podem causar aumento de
volume. 
Características radiográficas: Lesão unilocular,
radiolúcida, associada ou não a um dente incluso, é
necessário confirmação do diagnóstico após a análise
microscópica. Também pode ocorrer reabsorção
dentária.
Diagnóstico diferencial: Queratocisto odontogênico, Cisto
dentígero (quando a lesão envolve a coroa de um dente
incluso)
Também acomete aumento de
volume, apresenta-se
assintomático e de crescimento
lento. 
VITÒRIA
CAROLINE
Odontologia - UFPE
Pág. 3
Características radiográficas: Pode ser mista ou
totalmente radiolúcida, pode ocorrer a formação de
calcificações no interior dessa lesão. Pode se apresentar
unilocular ou multilocular com ou sem focos de
calcificação ao redor da coroa. Frequentemente está
associado a um dente impactado (52%).
Pode causar: Expansão da cortical, deslocamento e
impedir a erupção, reabsorção. 
Diagnóstico diferencial: Cisto odontogênico calcificante,
tumor odontogênico adenomatóide e fibroma ossificante.
Possui origem no epitélio odontogênico. 
Ocorre com frequência de 3-7% dos tumores, possui
predileção na 2º década de vida, gênero feminino é mais
acometido. Possui mais frequência de localização na
maxila, na porção anterior. 
Características clínicas: Geralmente são lesões pequenas,
porém em alguns casos podem se apresentam em lesões
maiores acometendo expansão óssea. São lesões
assintomáticas, que podem se apresentar em 2 padrões:
- Tipo folicular: Associado a dente incluso (canino mais
frequente).
- Tipo extra folicular: Não associado a dente incluso, mais
recorrente em região inter-radicular. 
Características radiográficas: São tumores
predominantemente radiolúcidas, podendo apresentar ou
não focos de calcificação. São sempre lesões uniloculares
e bem circunscritas/bem delimitada.
Diagnóstico diferencial: Cisto odontogênico calcificante,
tumor odontogênico epitelial calcificante e cisto dentígero
(se não houver calcificação)
Junto ao ameloblastoma é um dos tumores mais comuns.
São caracterizados pela formação dos tecidos dentários
em proporção variada e em diferentes estágios de
desenvolvimento. 
Não apresentam predileção por sexo, acometem mais
pacientes jovens até 3º década de vida. O pico de
prevalência é na 1ª e 2ª década de vida. 
Características clínicas: São lesões pequenas, que em
alguns casos a depender do tamanho da lesão, podem
causar expansão. São lesões assintomáticas que
frequentemente causam falha na erupção dentária,
estando o tumor na região de erupção de um dente. 
Apresenta dois subtipos: 
Composto - Mais comum, encontra-se diversas estruturas
radiopacas semelhantes a dentes, sendo a região de
maxila anterior mais acometida.
Complexo - Encontra-se uma só estrutura que representa
uma massa aglomerada de esmalte e dentina, que não
lembra a morfologia de um dente e sim uma massa
amorfa. Mais comum em região posterior de mandíbula. 
1.
2.
Características radiográficas: Múltiplas imagens
radiopacas (normalmente), envoltos por um halo
radiolúcido. Apresentando tamanho e formato variável.
Possui densidade semelhante as do dente. 
VITÒRIA
CAROLINE
Odontologia - UFPE
Pág. 4
Mais comum em região de mandíbula (+ região de
molares)
Na maxila tende estar presente no processo alveolar de
pré-molares e molares. 
Características clínicas: Acometem frequentemente
adultos jovens (25-30) anos, levemente mais incidente em
mulheres. Mandíbula sendo pouco mais afetada. Lesões
menores se apresentam assintomáticas e lesões maiores
apresentam expansão indolor do osso envolvido. 
Importante radiografar sempre lesão intraóssea, pois pode
ser confundido com várias patologias. 
Características radiográficas: Massa amorfa, de
densidade preferencialmente radiopaca, com halo
radiolúcido, geralmente maior que o composto. 
Diagnóstico diferencial: 
Odontoma composto: Dificilmente confundido com outra
lesão. 
Odontoma complexo: Pode ser confundido com o
osteoma e com o fibroma ossificante. 
1.
2.
Características radiográficas: Radiolúcido, podendo ser
uni ou multilocular (mais frequente), apresenta margens
bem definidas e escleróticas ou mal definidas. Possuem
trabéculas ósseas arranjadas em ângulos retos com
aspecto de raquete de tênis. Lesões grandes apresentam
imagem que lembra bolha de sabão. Os efeitos nas
estruturas adjacentes: Reabsorção radicular, afastamento
das raízes, expansão e adelgaçamento das corticais. 
Diagnóstico diferencial: Ameloblastoma e queratocisto
odontogênico. 
Tem origem epitelial e ectomesênquima odontogênico. 
É uma lesão rara que se caracteriza pela formação de
tecido semelhante ao cemento. 
Acomete principalmente pacientes jovens (menos de 25
anos), não tem predileçãopor sexo. Mais localizado na
região de molares inferiores (1º molar) e é raro na
dentição decídua. 
VITÒRIA
CAROLINE
Odontologia - UFPE
Pág. 5
Características radiográficas: Lesão radiopaca ou mista
associada à raiz de um dente, bem definida e envolta por
um halo radiolúcido. Causa reabsorção radicular, perda
do contorno radicular e fusão do tumor ao dente. Pode
causar expansão localizada das corticais. 
Tumor não odontogênico benigno, composto de osso
maduro, compacto ou medular. Pode acometer qualquer
idade. Sendo localizado no espaço medular (osteoma
endósteo) e na superfície óssea (osteoma periósteo). São
mais frequentes na região craniofacial (frontal, etmóide
e seios paranasais).
Características clínicas: São massas duras, de forma
assintomática. Causam assimetria e expansão das
corticais. Possuem crescimento lento. 
Características radiográficas: São lesões radiopacas, bem
circunscritas. Apresentam tamanho variável e limites
bem definidos. Podem causar os efeitos: Alteração na
oclusão (osteoma no côndilo), sinusites, dores de cabeça,
e manifestações oftamológicas (osteomas nos seios
paranasais) e expansão maxilo-mandibular (quando é de
grande tamanho).
OBS: Na hipercementose existe a preservação do espaço
do ligamento periodontal. 
Características clínicas: Apresenta crescimento lento, de
expansão localizada. O dente é vital, importante fazer teste
de vitalidade pulpar. Paciente relata dor em alguns casos
devido a se formar na região apical de um dente causando
reabsorção radicular se fusionando a ela. 
Diagnóstico diferencial: Hipercementose, osteíte
condensante e displasia óssea periapical. 
Diagnóstico diferencial: Osteomas condilares,
odontomas, lesões fibroósseas, torus e exostoses. 
É a variante maligna do osteoma, é um tumo não-
odontogênico maligno, caracterizado pela formação de
osso pelas células tumorais. 
Ocorre com mais frequência nos ossos longos e apenas
7% acometem maxila e mandíbula. 
Idades mais acometidas: Ossos longos (10-14 anos) maxila
e mandíbula (3[ e 4ª décadas de vida). O sexo masculino é
mais acometido. 
Características clínicas: Crescimento rápido, aumento de
volume, dor, mobilidade dental, parestesia e obstrução
nasal.
VITÒRIA
CAROLINE
Odontologia - UFPE
Pág. 6
Esse aspecto de raios de sol não é somente característico
dessa lesão, também pode aparecer em lesões benignas. 
Características radiográficas: Densidade variável,
radiolúcida á radiopaca, a depender do grau de
mineralização do tecido. Possui limites indefinidos, tem
aspecto de raios de sol. Apresentam efeitos: Cortical
comumente expandida e destruída, alargamento simétrico
do espaço periodontal de um ou mais dentes, causa
reabsorção de raízes dentárias em forma de pico/lança.
Paciente tende a ter reabsorção dos dentes ou mobilidade
dentária. 
Diagnóstico diferencial: Tumores malignos:
Fibrossarcoma ou carcinoma metastásico,
condrossarcoma, metástases de próstata e mama. Lesões
fibroósseas benignas: fribroma ossificante e displasias
ósseas. 
Importante juntar todas as características possíveis para
unir as possíveis hipóteses e fechar um diagnóstico. O
diagnóstico definitivo só é possível através da analise
histopatológica/biópsia. 
Considerações finais
Referências
NEVILLE, B.W.;ALLEN,C.M.; DAMM,D.D.;et al. Patologia: Oral &
Maxilofacial. 2ª Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
 I. White SC, Pharoah MJ. Radiologia Oral: Princípios e
Interpretação. 5 ed. St. Louis: Mosby; 2007
1.
2.

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