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JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL - N2 - FMU

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1- A lei federal XYZ, promulgada após a Constituição Federal de 1988, estava recebendo interpretações divergentes, inclusive evidenciando como relevante o fundamento da controvérsia pelos Tribunais. O partido ABC, com representação no Congresso Nacional, ingressou com uma ação direta de inconstitucionalidade, a qual foi conhecida e julgada procedente. Perguntas : 
A) Em relação a essa decisão, seria necessária a comunicação ao Senado Federal para dar cumprimento ao disposto no art. 52, X? Justifique
B) Se para esse mesmo caso do enunciado o Partido ABC tivesse optado pela Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, a ação também seria conhecida e o mérito devidamente apreciado? Justifique
RESPOSTAS
A) NÃO, POIS NESSE CASO A DECISÃO DEFINITIVA TEM FORÇA CONTRA TODOS, ALÉM DO QUE É VINCULANTE EM RELAÇÃO AOS DEMAIS ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (DIRETA E INDIRETA), CONFORME SE DEPREENDE DO §2º DO ART. 102 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. A REGRA DO ART. 52, X DA CONSTITUIÇÃO TEM RAZÃO DE SER NAS DECISÕES COMO AS PROFERIDAS NO CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE, EIS QUE AS NORMAS TRADICIONALMENTE PERMANECEM EM VIGOR E, ADEMAIS, PRODUZINDO EFEITOS.
 
B) NÃO SERIA SEQUER CONHECIDA, POIS A ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL TEM CARÁTER SUBSIDIÁRIO, CONFORME ESTABELECEO §1º DO ART. 4º DA LEI 9882/99, DE SORTE QUE NÃO SERÁ ADMITIDA SE HOUVER OUTRO MEIO DE SANAR A LESIVIDADE. ASSIM, SE CABE A AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE NÃO HÁ QUE SE FALAR EM ARGUIÇÃO.
 
 
2- Um decreto emanado do Presidente da República para regulamentar a lei XYZ contrariou o disposto na referida norma e, por via reflexa, também o plasmado na Constituição Federal. Indaga-se: esse decreto estará sujeito a controle de constitucionalidade mediante ação direta de inconstitucionalidade? Justifique a sua resposta.
 
RESPOSTA
CONFORME ESTUDAMOS, O CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE POR MEIO DE AÇÃO DIRETA ENVOLVE LEIS E ATOS NORMATIVOS. NO CASO DAS LEIS (DE FORMA LATA) TEMOS O ART. 59 DA CONSTITUIÇÃO FEDRAL QUE NÃO ARROLA COMO TAL O DECRETO. ALIÁS, O DECRETO NA FORMA COMO CONSTA DO ENUNCIADO ESTÁ PREVISTO NO INCISO IV DO ART. 84 DA CONSTITUIÇÃO E ESTÁ ABAIXO DAS LEIS NO PLANO DA HIERARQUIA DAS NORMAS. EM RELAÇÃO AOS ATOS NORMATIVOS, VIMOS QUE O CASO DEMANDA UM POUCO MAIS DE ANÁLISE, POIS PARA ENSEJAR O CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE PELA VIA DA AÇÃO DIRETA, A OFESNA À CONSTITUIÇÃO HÁ QUE SER DIRETA E NÃO REFLEXA.
 
3- Num determinado caso, uma ação declaratória de constitucionalidade foi julgada totalmente improcedente. A decisão envolveu uma lei federal que, frise-se, estava em vigor há Três anos. Indaga-se: em regra, quais serão os efeitos dessa decisão e também se o Supremo Tribunal Federal poderia alterar essa regra? Justifique sua resposta, detalhando todos os pontos importantes do seu argumento.
RESPOSTA
VIMOS O CARÁTER DÚPLICE DA DECISÃO, O QUE EQUIVALE A DIZER QUE A IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE EQUIVALE À PROCEDÊNCIA DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALDADE (ART. 24 DA LEI 9868/99). ASSIM, A IMPROCEDÊNCIA DECLARA A INCONSTITUCIONALIDADE DA NORMA IMPUGNADA E TERÁ EFEITO ERGA OMNES E VINCULANTE (ART. 102, §2º DA CF), ALÉM DE REPRESTINATÓRIO E EX NUNC. EXCEPCIONALMENTE, DIANTE DE RAZÕES DE SEGURANÇA JURÍDICA OU EXCEPCIONAL INTERESSE SOCIAL, A MAIORIA DE 2/3 DOS MINISTROS DO SUPREMO PODERÁ RESTRINGIR OS EFEITOS DA DECISÃO OU DECIDIR ACERCA DO MOMENTO DA EFICÁCIA DA DECISÃO, NA FORMA DO ART. 27 DA LEI 9868/99).
1- No âmbito do controle difuso de constitucionalidade em face de lei do Distrito Federal (no exercício da competência municipal), o Supremo Tribunal Federal - observada a regra de reserva de plenário - declarou inconstitucionalidade da referida lei.
Perguntas: 
A) essa decisão retira a lei do ordenamento jurídico? Justifique.
B) fosse o entendimento da turma no sentido de que a norma guardava compatibilidade com a norma constitucional, haveria necessidade de remessa ao plenário? Justifique.
RESPOSTA
A- Em regra não retira a lei do ordenamento jurídico, eis que a decisão no controle difuso representa a não aplicação da lei ao caso concreto (produz efeito entre as partes envolvidas no litígio). A confirmação de que a norma continuará em vigor pode se depreender do constante do Art. 52, X da Constituição Federal, que faculta ao Senado Federal suspender no todo o em parte a execução de lei declarada inconstitucional de modo definitivo pelo Supremo Tribunal Federal. Não obstante o exposto, VIMOS QUE A REGRA VEM COMPORTANDO ABRANDAMENTO, A TEOR DA REFERÊNCIA AO JULGAMENTO DO STF HC 829959/SP, ENVOLVENDO A LEI DE CRIMES HEDIONDOS (TAMBÉM SE PODERIA FALAR NA TRANSCENDÊNCIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES DA SENTENÇA).
B- Não. A reserva de plenário, que envolve o voto da maioria absoluta dos membros do tribunal ou dos membros do órgão especial, conforme disposto no art. 97 da Constituição Federal, é exigência para declaração de inconstitucionalidade.
 
2 - Inconformado com os escândalos de corrupção envolvendo parlamentares e seus assessores – num esquema conhecido como “parcelinha” - o chefe do Poder Executivo Federal resolveu editar uma Medida Provisória para tipificar essa conduta de modo bem específico, além de a ela cominar uma pena também não menos específica. Alegando a presença dos pressupostos constitucionais exigidos pela espécie normativa de que se valeria, o Presidente criou o Crime de Parcelinha e estabeleceu a severa pena de multa, aliás, equivalente ao que seria pago ao Imposto de Renda, fosse a verba licitamente percebida. Inconformado, o Presidente de um partido de oposição, com representação no Congresso Nacional, foi ao seu escritório para pedir uma análise acerca da constitucionalidade ou não da medida provisória e também para saber se caberia ou não alguma medida judicial para afastar essa norma do ordenamento jurídico. Analise o tema e responda de modo fundamentado ao presidente do partido político.
RESPOSTA
Inconstitucionalidade por violação do princípio da reserva legal: violação do Art. 62, §1º, b da CF;
Sim, Ação Direta de Inconstitucionalidade – Art. 102, I, a da CF.
Legitimidade para a ADI, Art. 103, VIII da CF
 
3- Caso hipotético. O sindicato dos funcionários públicos, categoria XYZ do estado de São Paulo, inconformado com a falta de norma regulamentadora do direito de greve (declarado na Constituição Federal por norma constitucional de eficácia limitada) foi ao seu escritório a fim de proceder a uma consulta. O sindicato em questão, constituído há mais de 10 anos e alegando pertinência temática, pretende saber se poderá ajuizar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão. Responda de modo fundamentado.
 
RESPOSTA
Conforme art. 103, §2º é cabível ação direta de Inconstitucionalidade por Omissão. A legitimidade para o ajuizamento da ação está na Lei 9868/99, art. 12-A, que legitima os mesmos que podem propor a Ação Direta de Inconstitucionalidade e que podem ajuíza a Ação Declaratória de Constitucionalidade (art. 103, I a IX da CF e Art. 2º da lei 9868/99). Dentro os legitimados não há referência aos Sindicatos (entidade sindical de primeiro grau); próximo disso podem demandar, contudo, não se confundem com sindicatos, confederações sindicais (entidade de terceiro grau) ou entidades de classe de âmbito nacional (art. 103, IX da CF). ATENÇÃO: DIZER QUE O FUNDAMENTO DA LEGITIMIDADE ESTÁ NO ART. 103 NÃO É CORRETO, EMBORA OS LEGITIMADOS SEJAM OS MESMOS, O FUNDAMENTO ESTÁ NA LEI 9868/99.

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