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Cartografia - Ruth Nogueira 001 a 211

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RUTH E. NOGUEIRA
CARTOGRAFIA
REPRESENTAÇÃO, COM UNICAÇÃO E 
VISUALIZAÇÃO DE DADOS ESPACIAIS
N.Cham. 528.9 N778 3 .ed. rev. e ampl. 
Autor: Nogueira, Ruth Emilia, 
e ampl. Título: Cartografia : representação, c edição revista e ampliada
Este livro é um projeto que se 
tornou realidade depois de mais de 
vinte anos de experiência na 
produção de mapas e no ensino de 
Cartografia e outras disciplinas nas 
quais o mapa representa uma 
importante saída de dados ou 
instrumento de análise espacial. 
Seu título expressa o conteúdo que 
ele abrange: como fazer a represen­
tação de dados espaciais e qual o 
papel dos mapas como meio de 
comunicação e visualização de 
dados.
Acredita-se que a “facilidade de 
construir” mapas com as ferramen­
tas tecnológicas desenvolvidas para 
análise de dados espaciais aliada ao 
desconhecimento da representação 
cartográfica são os responsáveis 
pela atual proliferação de mapas 
ineficientes. Tentando reduzir esse 
problema, fez-se um esforço para 
condensar as teorias da Cartografia 
para fazer um livro completo e atual 
na área de Cartografia Temática, 
utilizando-se uma linguagem clara e 
didática e exemplos nacionais. Com 
isso, espera-se que os estudantes, 
pesquisadores e profissionais da 
Cartografia, Geografia, Agrimen­
sura e de outras áreas possam 
entender mais facilmente o 
conteúdo dos assuntos tratados e, 
então, ter condições de elaborar 
seus mapas.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA 
Reitor 
Alvaro Toubes Prata 
Vice-Reitor 
Carlos AlbertoJusto da Silva
EDITORA DA UFSC 
Diretor Executivo 
Luiz Henrique de Araújo Dutra 
Conselho Editorial 
Maria de Lourdes Alves Borges (Presidente)
Ione Ribeiro Valle 
João Pedro Assumpção Bastos 
Luís Carlos Cancellierde Olivo 
Maria Cristina Marino Calvo 
Paulo Pinheiro Machado 
Rosam Cássia Kamita 
Sérgio Luiz Rodrigues Medeiros
Ruth E. Nogueira
N
CARTOGRAFIA
REPRESENTAÇÃO, C O M U N IC A Ç Ã O E
VISUALIZAÇÃO DE DADO S ESPACIAIS/
3a edição revista e ampliada
UNIVEM8 IDADE FCOSRAL DA BAHIA 
INSTITUTO DE GEOCtÊNCIAS 
BIBLIOTECA
Editora da ÜFSC 
Florianópolis 
2009
2006 Ruth E. Nogueira
Editora da ÜFSC
Campus Universitário - Trindade 
Caixa Postal 476 
88010-970 - Florianópolis - SC 
Fone (48) 3721-9408, 3721-9605 e 3721-9686 
Fax (48) 3721-9680 
editora@editora.ufsc.br 
http://www. editora. uf sc. br
Direção editorial e capa:
Paulo Roberto da Silua
Revisão técnico-editorial:
Aldy Vergés Maingué
Editoração:
Daniella Zatarían 
Paulo Roberto da Silva
Revisão:
Júlio César Ramos
Ficha Catalográfica 
(Catalogação na fonte pela Biblioteca Universitária da 
Universidade Federal de Santa Catarina)
j 12812c Nogueira, Ruth E.
Cartografia : representação, comunicação e visualização 
de dados espaciais / Ruth E. Nogueira. - 3. ed. rev. e amp. 
- Florianópolis : Ed. da ÜFSC, 2009.
327p. : il.
Inclui bibliografia
1. Cartografia. 2. Mapas. I. Título.
CDU: 912
:*! X t E ISBN 978-85-328-0473-0
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra poderá 
ser reproduzida, arquivada ou transmitida por qualquer meio ou forma sem 
prévia permissão por escrito da Editora da ÜFSC.
Impresso no Brasil
Agradecimentos
Reúno aqui algumas das coisas que aprendi estudando Cartografia e 
fazendo mapas e outras tantas que aprendi ensinando Cartografia. Portanto, 
tenho muito a agradecer. Primeiro Aquele que me concedeu talentos e 
pacientemente espera para ver o que faço com eles: meu Deus; enquanto eu 
existir não será tempo suficiente para agradecê-Lo. Depois, agradeço e dedico 
este livro àqueles que ao longo da história da humanidade estudaram e 
aprimoraram os instrumentos e técnicas que representam o espaço 
geográfico, deixando registrado o conhecimento para que outros tivessem 
acesso a ele.
Agradeço aos meus mestres da CJFPR com quem iniciei meus estudos 
superiores, aprendendo o que era a Cartografia, a Geodésia, a 
Fotogrametria... Especialmente aos professores François Albert Rosier, Lineu 
Raton, João Bosco Lugnani e Camil Gemael. Quero lembrar também o 
professor Odair Gersino da Silva, da UFSC, meu professor de Cartografia 
Temática e orientador no Curso de Mestrado em Geografia, por ter me 
mostrado o universo da representação cartográfica.
Gostaria também de agradecer aos meus alunos, a quem ensinei e 
ensino Cartografia, que se mostraram ou continuam interessados em 
aprender e aplicar a Cartografia em tantas e nas mais variadas áreas do 
conhecimento. Para mim é sempre um prazer ensinar, pois é um aprendizado 
contínuo.
Finalmente, é necessário agradecer especialmente àqueles que 
tornaram possível a realização desta obra. A Universidade Federal de Santa 
Catarina, pela “licença capacitação” a qual me permitiu terminar esta obra,
e à minha colega e amiga Rosemy da Silva Nascimento, que assumiu minhas 
aulas nesse período. À professora Mariane Dal Santo, que ensina Cartografia 
na Universidade Estadual de Santa Catarina, que, gentilmente, se dispôs a 
ler e contribuir com críticas e sugestões ao conteúdo do livro. A Ana Maria 
Vasco pela revisão ortográfica e de compreensão textual. Aos meus auxiliares 
de digitação e desenho: meus alunos Kênya Naoe de Oliveira, Simone Daniela 
Moretti e Luiz Felipe, e meu filho Gunter N. Loch. E finalmente, aos meus 
alunos que me permitiram usar seus mapas com as devidas adaptações, e 
que serviram como alguns dos exemplos ilustrativos.
A todos, muito obrigada!
“Achada maneira de pôr cada uma das terras deste 
mundo em seu certíssimo lugar, ficaram muito mais 
fáceis todas as navegações antigas, descobriram-se 
muitos mares e terras de novo, facilitaram-se todos 
os comércios, descobriu-se outro mundo novo, e fica 
agora tão fácil dar uma volta ao mundo, como era 
antigamente navegar da Itália para a África, e 
finalmente, com muita facilidade agora se comunica 
com todo o mundo e se navega. 
E esta é a verdadeira e perfeita Geografia, a qual 
principalmente consiste em demarcar terras pela 
correspondência que tem cada uma ao céu, com a 
devida largura e longura; e desta maneira se pode 
pôr em uma breve carta e pintura todo mundo e 
qualquer parte, província, reino ou comarca dele com
muita certeza.“
(Dom João de Castro, 
Da Geografia por modo de Diálogo, c. 1538, 
apud MICELI, 2002)
Sumário
Lista de figuras.............................................................................................. 17
Lista de qu ad ro s .......................................................................................... 23
Lista de tabe las........................................................................ ....................24
Prefácio............................................................................................................23
Apresentação.................................................................................................25
Capítulo 1 - A natureza da Cartografia.................................................. 29
1.1 Formas de comunicar o conhecimento........................................................... 29
1.2 O que é um mapa..........................................................................................30
1.3 Mapa, carta e planta......................................................................................34
1.4 A Cartografia e os mapas...............................................................................35
1.5 Características básicas dos mapas................................................................ 35
1.5.1 Localização e atributos................................................................................351.5.2 Escala......................................................................................................... 36
1.5.3 Projeção cartográfica...................................................................................36
1.5.3.1 Superfícies de projeção.............................................................................38
1.5.3.2 Classificação das projeções cartográficas segundo as propriedades........ 40
1.5.3.3 Classificação geral das projeções de natureza geométrica.........................40
1.5.4 Abstração..................................................... ...............................................43
1.5.5 Simbolismo................................................................................................. 44
1.6 Tipos de mapas........................................................................................... 44
Capítulo 2 - Dados para m apeam ento ..................................................49
2.1 Necessidade de conhecer os métodos de aquisição de dados.........................49
2.2 Levantamentos terrestres................................................................................50
2.2.1 Topografia...................................................................................................50
2.2.2 Sistemas globais de navegação por satélite (GNSS)....................................50
2.3 Levantamentos aéreos.................................................................................... 53
2.3.1 Levantamentos aerofotogramétricos............................................................53
2.4 Scanners de alta resolução............................................................................. 55
2.4.1 Sensores multiespectrais............................................................................. 55
2.4.2 Sensores a laser.......................................................................................... 55
2.4.3 Sistemas radar............................................................................................ 59
2.5 Imagens orbitais............................................................................................. 60
2.5.1 Sensores passivos........................................................................................61
2.5.2 Sensores ativos........................................................................................... 62
2.6 Digitalização de mapas analógicos................................................................. 63
2.7 Arquivos de dados estatísticos socioeconômicos.............................................64
2.8 Estocagem e formato dos dados.................................................................... 65
2.8.1 Características de arquivos vetoriais e raster................................................65
2.8.1.1 Arquivos no formato vetorial......................................................................66
2.8.1.2 Arquivos no formato raster........................................................................ 66
2.9 Controle e qualidade dos dados.......................... ........................................... 68
Capítulo 3 - Cartografia de b ase ................................................................ 71
3.1 Carta internacional do mundo ao milionésimo................................................71
3.2 Mapeamento sistemático nacional.................................................................. 73
3.3 Cartas cadastrais........................................................................................... 77
3.4 Cartografia de base e sua relação com a cartografia temática.......................80
3.5 Cartografia de base e sistema de informações geográficas (SIG).................... 81
3.6 Informações sobre o relevo............................................................................. 84
3.7 Projeções cartográficas adotadas no Brasil.....................................................85
3.7.1 Projeções cartográficas adotadas em mapeamentos nas escalas maiores
que 1:25.000............................................................................................... 86
3.7.2 Projeção conforme de Gauss........................... ........................................... 86
3.7.3 Projeção universal transversa de Mercator (UTM)........................................87
3.7.4 Projeção local transversa de Mercator (LTM).................................................89
3.7.5 Projeção cônica conforme de Lambert.......................................................... 91
Capítulo 4 - Sistemas de Informação Geográfica (SIG) e Cartografia.. 93
4.1 Origem da tecnologia SIG.............................................................................. 93
4.2 A evolução da tecnologia SIG ......... .............................................................. 94
4.3 O método cartográfico.................................................................................... 97
4.4 Aplicação do método cartográfico em ambiente S IG .......................................99
4.5 Relação dos SIGs com a Cartografia..........................................................102
4.6 Aspectos importantes dos mapas como entrada de dados em SIG............. 104
Capítulo 5 - Com unicação, visualização e fundamentos da
representação cartográfica............................................ 107
5.1 Comunicação cartográfica.......................................................................... 107
5.2 Etapas da pesquisa em comunicação cartográfica...................................... 108
5.3 Modelos de comunicação cartográfica........................................................... 109
5.3.1 Comunicação na cartografia digital......................................................... 111
5.4 Teoria do processamento da informação na mente humana: o modelo de
Klatzky.......... ................................................................................................ 112
5.5 Cognição e Cartografia................................................................................ 113
5.5.1 Cognição................................................................................................. 113
5.5.1.1 Cognição visual........ ............................................................................. 114
5.5.2 Imagem mental e mapas........................................................................... 114
5.6 Visualização na Cartografia.......................................................................... 115
5.6.1 Discussão sobre os mapas como ferramenta de análise visual................ 116
5.6.2 Estágio atual da visualização cartográfica............................................... 120
5.7 Design ou representação cartográfica........................................................... 121
,5-£LA gramática cartográfica............................................................................ 124
(5.8. lj) Estudo dos símbolos para representação cartográfica..............................124
5.8.2 Mapas topográficos................................................................................. 125
5.8.3 Mapas temáticos...................................................................................... 125
5.9 Semiologia gráfica........................................................................................ 128
5.10 Variáveis visuais ou variáveis gráficas........................................................ 129
5.10.1 Variável visual forma.............................................................................. 131
5.10.2 Variável visual tamanho......................................................................... 132
5.10.3 Variável visual valor................................................................................ 132
5.10.4 Variável visual cor..................................................................................133
5.10.5 Variável visual croma (saturação).......................................................... 134
5.10.6 Variável visual orientação....................................................................... 134
5.10.7 Variável visual granulação ou textura...................................................... 135
5.10.8 Variável visual arranjo ou padrão............................................................ 135
5.11 Cor e Cartografia.......................................................................................... 136
5.12 A teoria da cor............................................................................................ 137
5.12.1 Dimensão da cor.................................................................................... 138
5.12.2 Teorias sobre a visão da cor................................................................... 138
5.12.3 Modelagem dos sistemas de cores.......................................................... 139
5.12.3.1 O Sistema da cor natural (SCN)........................................................... 139
5.12.3.2 Modelos coloridos desenvolvidos para a tela do computador................ 141
5.13 Círculo das cores......................................................................................... 143
5.14 Tipos básicos de esquemas de cores para displays eletrônicos................... 144
5.14.1 Esquema qualitativo............................................................................. 144
5.14.2 Esquema binário................................................................................... 145
5.14.3 Esquema sequencial (hierarquia)........................................................... 145
5.14.4 Esquema divergente.............................................................................. 146
5.15 Outras observações importantes sobre cor.................................................. 147
Capítulo 6 - Medidas das variáveis geográficas e abstração
cartográfica........................................................................ 149
6.1 Natureza dos fenômenos geográficos........................................................... 149
6.1.1 Distribuição discreta................................................................................. 150
6.1.2 Distribuição contínua................................................................................ 150
6.1.2.1 Comportamento espacial das distribuições contínuas............................... 151
6.2 Características qualitativas e quantitativas dos fenômenos geográficos...... 151
6.3 Medidas das variáveis geográficas............................................................... 152
6.3.1 Nível de medida nominal...........................................................................153
6.3.2 Nível de medida ordinal (hierarquizada)................................................... 153
6.3.3 Nível de medida intervalar........................................................................153
6.3.4 Nível de medida proporcional (classificação)........................................... 154
6.4 Princípios de seleção e generalização......................................................... 156
6.4.1 Seleção......................................................................................................156
6.4.2 Generalização cartográfica......................................................................... 156
6.4.2.1 Cuidados a serem observados na generalização cartográfica...................157
6.4.2.2 Generalização gráfica e conceituai.......................................................... 158
6.4.2.3 Generalização manual e automática.........................................................161
Capítulo 7 - Representações cartográficas: mapas físicos.......... 163
7.1 Mapas climáticos..........................................................................................163
7.1.1 Questões importantes para a cartografia do clima................................... 164
7.1.2 Representação de massas de ar e ventos..... ............................................ 166
7.2 Representações da crosta terrestre.............................................................. 166
7.2.1 Pequeno histórico..................................................................................... 166
7.2.2 Mapas que representam a altitude do relevo............................................... 172
7.2.2.1 Cores hipsométricas.................................................................................172
7.2.2.2 Mapas hipsométricos.............................................................................. 173
12.2.3 Classes de altitude...................................................................................173
7.2.3 Representações geológicas........................................................................ 175
7.2.3.1 Mapas murais....................................................................................... 175
7.2.3.2 Mapas básicos...................................................................................... 175
7.2.3.3 Mapas detalhados.................................................................................. 176
7.2.3.4 Organismos de levantamento geológicos................................................. 176
V 7-2.3-5 Simbologia para os mapas geológicos................................................... 176
7.2.4 Representações da geomorfologia............................................................ 178
7.2.4.1 Mapas geomorfológicos......................................................................... 178
7.2.5 Representações dos tipos de solo............................................................. 181
7.2.5.1 Tipos de mapas de solos..........................................................................181
12.5.2 Cartografia dos solos..............................................................................183
7.3 Mapas clinográficos..................................................................................... 184
7.3.1 Métodos para a construção de mapas de declividade............................... 185
7.4 Mapeamento do uso e cobertura da terra..................................................... 188
7.4.1 Aplicações dos mapas de uso e cobertura da terra..................................... 188
7.4.2 Escalas dos mapas de uso e cobertura da terra......................................... 189
7.4.3 Classes de uso da terra............................................................................ 191
7.5 Mapeamento da rede hidrográfica..................................................................194
7.5.1 Modificações na representação cartográfica em mapas da hidrografia.....194
Capítulo 8 - Base estatística para representações temáticas..... 197
8.1 Tratamento de dados estatísticos para a produção de mapas..................... 197
8.2 Dados absolutos e dados derivados............................................................ 198
8.2.1 Densidades.............................................................................................. 199
8.2.2 Medidas estatísticas de tendência central.................................................. 200
8.2.2.1 Média aritmética.................................................................................... 200
8.2.2.2 Variância e desvio padrão........................ ............................................. 201
8.2.2.3 Mediana................................................................................................202
8.2.2.4 Moda.................................................................................................... 202
8.2.2.5 Relação entre média, mediana e moda..................................................203
8.2.3 Razões: taxa, proporção e porcentagem....................................................204
8.3 Arredondamento de dados........................................................................... 204
8.4 Métodos para a determinação do número de classes e intervalo das classes.. 205
8.4.1 Determinação do número de classes..........................................................206
8.4.2 Métodos de determinação do intervalo entre as classes............................. 206
8.4.2.1 Método da amplitude.............................................................................. 206
8.4.2.2 Método dos quantis (quantidades)...........................................................206
8.4.2.3 Método gráfico: gráfico da dispersão da frequência................................ 208
8.4.2.4 Método do histograma............................................................................209
Capítulo 9 - Representações cartográficas: temas humanos,
econômicos e físicos...............................................213
9.1 Métodos de mapeamento para fenômenos qualitativos................................ 214
-9.1.1 Mapas de símbolos pontuais nominais..................................................... 214
1.2 Mapa de símbolos lineares nominais.........................................................215
9.1.2.1 Quando empregar o método..................................................................215
9.1.2.2 Construção de mapas de fluxo para dados qualitativos........................ 216
9.1.3 Mapas corocromáticos............................................................................. 217
9.1.3.1 Quando empregar o método..................................................................217
9.1.3.2 A construção de mapas corocromáticos.................................................217
9.1.3.3 Cuidados na construção de mapas corocromáticos.............................. 218
9.2 Métodos de mapeamento para fenômenos quantitativos...........................219
9.2.1 Mapa de símbolos proporcionais...............................................................219
9.2.1.1 Quando empregar o método....................................................................219
9.2.1.2 Base conceituai do método.....................................................................219
9.2.1.3 Construção de mapas de círculos proporcionais de modo manual.......... 221
9.2.1.4 Cuidados na construção dos mapas........................................................223
9.2.1.5 Ciso do computador para a construção de mapas de círculos
proporcionais.......................................................................................... 224
9.2.1.6 Vantagens e desvantagens do uso do método de símbolos
proporcionais.......................................................................................... 225
9.2.2 Mapas de pontos...................................................................................... 226
9.2.2.1 Quando empregar este método..............................................................226
9.2.2.2 Base conceituai do método...................................................................226
9.2.2.3 Construção do mapa................................................................................226
9.2.2.4 Localização do ponto...............................................................................227
9.2.2.5 A escala do mapa.................................................................................... 227
9.2.2.6 Construção manual de um mapa de pontos.............................................227
9.2.2.7 Cuidados na construção de mapas de pontos......................................... 228
9.2.2.8 (Jso do computador na construção de mapas de pontos.......................... 229
9.2.2.9 Vantagens do mapa de pontos.................................................................230
9.2.3 Mapas coropléticos................................................................................... 230
9.2.3.1 Quando empregar o método.....................................................................230
9.2.3.2 Base conceituai do método......................................................................230
9.2.3.3 Construção de mapas coropléticos...........................................................232
9.2.3.4 Desvantagens do uso de mapas coropléticos........................................... 234
9.2.4 Mapas isopléticos ou de isolinhas..............................................................234
9.2.4.1 Quando aplicar o método.........................................................................234
9.2.4.2 Base conceituai do método......................................................................235
9.2.4.3 Construção manual de mapa isoplético ou de isolinhas........................... 235
9.2.4.4 Ciso do computador na construção de mapas isopléticos e de isolinhas ... 237
9.2.4.5 Cuidados na interpretação de um mapa isoplético................................... 238
9.2.5 Mapas de fluxos........................................................................................ 238
9.2.5.1 Quando empregar o método.....................................................................238
9.2.5.2 Construção de mapas de fluxo para dados quantitativos.........................239
9.2.5.3 Inovações no desenho de mapas de fluxos.............................................. 242
9.2.6 Mapas diagramas.......................................................................................243
9.2.6.1 Quando empregar o método........................................................... :......243
9.2.6.2 (Jso do computador na construção de mapas diagramas.........................243
Capítulo 10 - A concepção de m apas .................................................245
10.1 O uso público dos mapas.......................................................................... 245
10.2 O que se precisa saber para a confecção de um m apa............................. 246
10.2.1 Propósito, usuário e recursos financeiros................................................247
10.2.2 Disponibilidade dos dados...................................................................... 247
10.2.3 Limites técnicos..................................................................................... 248
10.2.4 Planejamento de desenho....................................................................... 249
10.2.4.1 Esboço gráfico ......................................................................................249
10.2.4.2 Balanço visual.......................................................................................251
10.3 Componentes visuais de um mapa temático................................................ 251
10.3.1 Título..................................................................................................... 253
10.3.2 Legenda................................................................................................. 253
10.3.3 Orientação geográfica (indicação do Norte)............................................254
10.3.4 Coordenadas......................................................................................... 255
10.3.5 Escala.................................................................................................... 256
10.3.6 Inserções............................................................................................... 257
10.4 Mapa de fundo ou mapa básico............................................................... 257
10.4.1 Elementos do mapa básico...................................................................... 258
10.4.2 Adequação das feições à escala do mapa temático..................................258
10.5 Textos nos mapas.......................................................................................258
10.5.1 Procedimentos técnicos para textos sobre o mapa................................... 259
10.5.1.1 Letras dentro de mapas........................................................................25910.5.1.2 Textos marginais de um mapa............................................................. 262
10.5.2 A abordagem Gestalt para textos........................................................... 262
10.6 Apresentação e disposição de mapas........................................................ 264
10.6.1 Apresentação de mapãs...........................................................................264
10.6.2 Formação da cor na tela de monitor colorido........................................... 269
10.6.3 A cor na impressão gráfica ou plotter a jato de tinta................................ 269
10.6.4 Produção de poucas cópias...................................................................270
10.6.5 Produção de muitas cópias.................................................................... 271
10.7 Mapa de localização geográfica de uma área de estudo.............................. 272
10.7.1 Generalidades sobre a representação e a apresentação............................ 272
10.7.2 Sobre as coordenadas.............................................................................274
10.7.3 Sobre a escala........................................................................................274
10.7.4 As cores das áreas e das linhas...............................................................275
10.7.5 Textos nos mapas de localização............................................................. 276
10.7.6 A orientação geográfica e a legenda.....................................................276
10.7.7 Chamando o mapa no texto.................................................................. 276
Capítulo 11 - Representações gráficas....................................... 279
11.1 Tabelas ou séries........................................................................................280
11.1.1 Apresentação de tabelas.......................................................................... 281
11.2 Efetividade dos gráficos..............................................................................282
11.3 Planejamento para a visualização de gráficos............................................. 283
11.4 Elementos dos gráficos construídos a partir de eixos cartesianos...............284
11.5 Tipos de gráficos........................................................................................286
11.5.1 Gráficos de linhas....................................................................................286
11.5.2 Gráficos de barras ou de colunas............................................................. 288
11.5.2.1 Regras básicas para desenhar gráficos de barras................................. 290
11.5.3 Histograma.............................................................................................. 292
11.5.3.1 Construção de histogramas...........................................................'......292
11.5.4 Gráficos de setores...................................................................................293
11.5.4.1 Regras básicas para representação de um gráfico de setores.................294
11.5.5 Gráfico direcional ou polar........................................................................296
11.5.6 Gráfico triangular.....................................................................................297
11.5.7 Gráfico de pirâmides................................................................................298
Capítulo 12 - Multimídia e Cartografia........................................ 301
12.1 Cartografia em multimídia......................................................................302
12.2 O potencial da Cartografia em multimídia.................................................. 304
12.3 Funções da mídia na Cartografia............................................................... 305
12.4 Hipermapas................................................................................................306
12.4.1 Principais funções de um hipermapa.........................................................307
12.5 Produtos cartográficos em multimídia........................................................ 308
12.5.1 Mapas como ferramentas para acesso à informação em multimídia...... 310
12.5.2 Atlas em multimídia: os atlas digitais ou atlas eletrônicos.......................310
12.5.2.1 Características dos atlas........................................................................ 311
12.5.2.2 Vantagens e desvantagens de um atlas em multimídia......................... 313
12.6 Mapas como ferramentas para a visualização............................................ 314
12.7 Estocagem ótica disponível.........................................................................315
12.8 O futuro da Cartografia em multimídia...................................................... 316
12.8.1 A natureza e qualidade dos dados............................................................316
12.8.2 Novas áreas de aplicação da Cartografia em multimídia.......................... 317
Referências.......................................................................................................... 319
Lista de ilustrações
/
Figuras
Figura 1.1 - Temperatura média anual de um lugar - exemplo de representação
cartográfica gerada: a) com objetivo de comunicação; b) com objetivo de
análise.................................................................................................. 33
Figura 1.2 - Superfícies de projeção: plano, cilindro e cone......................................... 38
Figura 1.3 - Aspectos da superfície de projeção em relação à superfície de referência.....39
Figura 1.4 - Pontos de projeção para sistemas perspectivos.........................................41
Figura 1.5 - Exemplos de projeção convencional contínua: (a) projeção de Mercator,
(b) projeção de Miller e (c) projeção Interrompida e condensada em dois
mapas contíguos.................................................................................... 42
Figura 1.6 - Processo de mapeamento: realidade (foto oblíqua retratando a paisagem),
fotografia aérea vertical (obtenção de dados da realidade) e mapa
mostrando a representação da realidade abstraída.....................................43
Figura 1.7 - Classificação dos tipos de mapas...........................................................45
Figura 1.8 - üso da terra em área de exploração de carvão..........................................47
Figura 1.9 - Parte do mapa de natalidade do município de São José, SC......................47
Figura 2.1 - Parte de uma fotografia aérea na escala 1:8 000 (reduzida aqui)..................54
Figura 2.2 - (a) a imagem CASI de parte de Siderópolis, SC e (b) a mesma imagem
classificada e georreferenciada................................................................ 56
Figura 2.3 - (a) Parte de um modelo digital do terreno gerado a partir dos dados do
Laser scanner e (b) Visualização 3 D desse MDT.......................................... 57
Figura 2.4 - Produtos do Laser scanner a) MDS, b) MDT, c) Ortofoto verdadeira em RGB
(colorida na original) e d) Imagem raster em 3D........................................ 58
Figura 2.5 - Banda X (a) e banda P (b) do SAR na Floresta Nacional de Tapajós.............60
Figura 2.6 - Imagem do satélite QÜICKBIRD............................................................. 61
Figura 2.7 - Imagem JERS 1-SAR (filtrada)...................................... ..........................63
Figura 2.8 - Parte de um mapa derivado da análise espacial de dados estatísticos.........65
Figura 2.9 - (a) Representação de uma linha (b) no formato vetorial e (c) formato raster.. 66
Figura 3.1 - Parte da folha da C1M - a original é colorida............................................72
18 Cartografia - representação, comunicação e visualização de dados espaciais
Figura 3.2- Parte das cartas topográficas do mapeamento sistemático brasileiro - à 
esquerda escala 1:50 000, à direita escala 1:100 000 - os originais são
coloridos.............................................................................................. 76
Figura 3.3 - Farte de uma planta cadastral urbana.......................................................... 78
Figura 3.4 - Parte de um mapa do uso do solo, cujo mapa de fundo básico foi a planta
cadastral............................................................................................... 79
Figura 3.5 - Comparação dos fenômenos do mundo real e a concepção cartográfica
na visão local e na visão regional ou mais distanciada................................. 83
Figura 3.6 - Fuso de 6o na projeção de Gauss com cilindro secante................................ 87
Figura 3.7 - Especificações de um fuso UTM - N' é a distância em metros à linha do
Equador e E’ é a distância em metros ao MC.............................................88
Figura 3.8 - Fusos ÜTM no Brasil e respectivo meridiano central de cada um................. 89
Figura 3.9 - Um fuso ÜTM comporta seis fusos LTM: exemplo utilizando o território
abrangido pelo Estado de Santa Catarina que está todo dentro do fuso 22 S ... 90
Figura 3.10 - Projeção cônica de Lambert com dois paralelos padrões..............................91
Figura 4.1 - Aerofoto pancromática preto e branco, na escala original 1:30 000; abrange
a cidade de Siderópolis, SC e seus arredores em 1996 ............................. 101
Figura 4.2 - Resultados da análise espacial efetuada para detecção das mudanças
temporais em áreas de mineração.........................................................102
Figura 4.3 - Gráfico da evolução do uso/cobertura da terra na área de mineração de
carvão em Siderópolis (SC)..................................................................102
Figura 4.4 - Componentes que formam um SIG....................................................... 105
Figura 5.1 - Esquema básico de um processo de comunicação.................................. 111
Figura 5.2 - Modelo de comunicação na cartografia analógica, reinterpretado, cuja base
são os modelos de Salichtchev e Ratajski mostrados por Simielli...............110
Figura 5.3 - Modelo de comunicação na cartografia automatizada..............................111
Figura 5.4 - Modelo de comunicação em um SIG.....................................................112
Figura 5.5 - Teoria de Klatzky: reconhecimento de um estado do Brasil...................... 113
Figura 5.6 - Representação de Di Biasi para a visualização como ferramenta de pesquisa
científica............................................................................................117
Figura 5.7 - üma base conceituai para a Cartografia................................................... 118
Figura 5.8 - Cartografia e o uso de mapas a partir das novas tecnologias da computação:
as três principais situações para visualizar mapas em um SIG.................... 119
Figura 5.9 - Elementos que constituem a gramática cartográfica...............................125
Figura 5.10 - Representações cartográficas utilizando pontos..................................... 126
Figura 5.11 - Representações cartográficas utilizando linhas.......................................127
Figura 5.12 -Variáveis visuais: elaborado com base em Robinson (1995) e Kraak e
Ormeling (1997).................................................................................. 130
Figura 5.13 -Variável visual forma no modo de implantação pontual........................... 131
Figura 5.14 - Variável visual tamanho no modo de implantação pontual....................... 132
Figura 5.15 - Variável visual valor mostrando a hierarquia dos dados........................... 133
Figura 5.16 - Emprego da variável visual orientação.................................................. 134
Figura 5.17 - Mapa coroplético onde foram utilizadas linhas para preencher áreas...........135
Figura 5.18 - Exemplo de emprego da variável visual padrão.........................................136
Figura 5.19 - Sistema de cor natural.......................................................................... 140
Lista de ilustrações 19
Figura 5.20 - Gráfico triangular do sistema da cor natural mostrando a localização de
sombras, tintas e tons de cinza................................................................141
Figura 5.21 - Diagrama ilustrativo do sistema RGB..................... :.............................. 142
Figura 5.22 - Diagrama ilustrativo do sistema HSV.....................................................143
Figura 5.23 - Círculo das cores................................................................................ 143
Figura 6.1 - Exemplos de diferenciação de dados pontuais, lineares e zonais,
considerando os quatro níveis de medidas das variáveis geográficas........... 155
Figura 6.2 - Exemplos de generalização gráfica: (a) suavização, (b) deslocamento,
(c) exagero e (d) seleção e fusão............................................................. 159
Figura 6.3 - Exemplos de generalização conceituai: (a) fusão, (b) simbolização,
(c) seleção e (d) realce..........................................................................160
Figura 6.4 - A imagem (a) mostra o resultado da classificação, e a imagem (b),
após aplicar filtro..................................................................................162
Figura 7.1 - Variável visual valor empregada em mapa climático.................................. 165
Figura 7.2 - Variável padrão ou textura empregada em mapa climático.........................165
Figura 7.3 - Mapas primitivos com a representação do relevo - (a) Montanhas rebatidas
no plano, (b) Montanhas segundo o ponto de vista do observador e
(c) Montanhas visualizadas com auxílio de hachuras e em perspectiva..........167
Figura 7.4 - Mapa de Tuscany feito por Leonardo da Vinci entre 1502 e 1503 ................ 168
Figura 7.5 - Modelo tridimensional do terreno..........................................................171
Figura 7.6 - Imagem de intensidade do sensor Laser scanner.......................................171
Figura 7.7 - Classes de altitude para toda a Terra baseadas na progressão geométrica.... 174
Figura 7.8 - Unidades do relevo brasileiro................................................................ 179
Figura 7.9 - Mapa exploratório de solos....................................................................182
Figura 7.10 - Mapa esquemático de solos.................................................................183
Figura 7.11 - Esquema de cálculo de declividade em cartas com curvas de nível........... 185
Figura 7.12 - Ilustração da declividade entre duas curvas de nível.................................187
Figura 7.13 - Declividade entre duas curvas, obtida com uso de gabarito de distâncias
horizontais........................................................................................... 187
Figura 7.14 - Mapa de uso e cobertura da terra na AFA da Costa Brava, município de
Balneário Camboriú (SC).......................................................................193
Figura 7.15 - Legendas de mapas mostrando aplicações da variável visual cor em mapas 
da rede hidrográfica para estudos ambientais. Compilado a partir dos mapas 
originais coloridos (no mapa original cada nome da cor é substituído pela
própria cor)......................................................................................... 195
Figura 8.1 - Curva normal....................................................................................... 201
Figura 8.2 - Simetria da curva de distribuição dos dados: a) distribuição simétrica,
b) distribuição assimétrica positiva, c) distribuição assimétrica negativa......203
Figura 8.3- Distribuição dos dados em quartis.........................................................207
Figura 8.4 - Gráfico da dispersão da frequência.........................................................208
Figura 8.5 - Exemplo de aplicação do método do histograma para determinação do
número e intervalo de classes.................................................................210
Figura 8.6 - Mapas de densidades resultantes de três métodos de cálculo das
densidades: a) Quantis, b) Amplitude, c) Distribuição da Frequência........... 211
Figura 9.1 - Legenda de mapa de símbolos pontuais nominais: a) símbolos geométricos;
20 Cartografia - representação, comunicação e visualização de dados espaciais
b) figuras evocativas............................................................................... 214
Figura 9.2 - (a) Mapa da rede viária e (b) Mapa de fluxo.............................................. 216
Figura 9.3 - Padrões com igual valor........................................................................217
Figura 9.4 - Parte de uma imagem classificada; a original é colorida........................... 218
Figura 9.5 - (a) Comparação da influência da forma na estimativa de tamanho de
símbolos proporcionais e (b) Formas dos símbolos proporcionais...............220
Figura 9.6 - Tamanhos dos círculos proporcionais para mapas temáticos de escala
pequena.............................................................................................. 220
Figura 9.7 - Ábaco para o cálculo dos símbolos proporcionais................................... 222
Figura 9.8 - üso impróprio do método de símbolos proporcionais..............................223
Figura 9.9 - Legendas obtidas para (A) representar círculos escalados para raio
proporcional ao valor e (B) círculos escalados psicologicamente para
compensar a subestimação.................................................................... 224
Figura 9.10 - Exemplo de um mapa de símbolos proporcionais..................................... 225
Figura 9.11 - Concepção de um mapa de pontos (desenhado com base em Dent (1996) ..226 
Figura 9.12 - Localização dos pontos próximos ao centro gravitacional, desenhado com
base em Dent (1996)............................................................................. 227
Figura 9.13 - Desenho da legenda de um mapa de pontos - os tamanhos das caixas e
dos pontos são determinados pela escala do mapa................................... 229
Figura 9.14 - Exemplo de mapa de pontos.................................................................. 229
Figura 9.15-Exemplo de mapa coroplético: densidade demográfica do Brasil................231
Figura 9.16 - Resultado de três métodos de escolha do intervalo de classes...................233
Figura 9.17 - Interpolação linear entre pontos..............................................................236
Figura 9.18 - Processos de construção de um mapa isoplético (a) desenho dos segmentos 
de reta unindo todos os pontos e linhas de valor 20 determinado; (b) detalhe
de como é obtido o lugar por onde passa a linha........................................236
Figura 9.19 - Localização do ponto de controle (valor da área) para a construção de
um mapa isoplético...............................................................................237
Figura 9.20 - Mapa de fluxo: Petróleo na economia Mundial (original colorido)................239
Figura 9.21 - Exemplo de mapa de fluxos....................................................................240
Figura 9.22 - Legendas em um mapa de fluxo: (a) valores específicos, (b) intervalo de
ciasses, (c) legenda exata em degraus...................................................... 241
Figura 9.23 - Duas formas de representar a circulação de trabalhadores no espaço;
confeccionado com base em Kraak e Ormeling (1997).............................. 242
Figura 9.24 - Exemplos de mapas diagramas...............................................................244
Figura 10.1 - Exemplos de variações possíveis para uma visualização de dados
cartográficos; elaborado com base em Robinson (1995).............................250
Figura 10.2 - Esquemas preliminares de um mapa para testar o balanço visual................ 252
Figura 10.3 - Exemplo de um mapa temático do Brasil onde estão representadas as 
linhas do Equador e do Trópico de Capricórnio e, os dois meridianos.
O mapa original é colorido......................................................................255
Figura 10.4 - (a) Mapa de referência reduzido e (b) Mapa básico após a generalização
cartográfica..........................................................................................259
Figura 10.5-Alternativas para localizações regionais de acidentes geográficos................261
Lista de ilustrações 21
Figura 10.6 - Exemplos de fechamento de textos sobre mapas................................. 263
Figura 10.7 - Exemplos de alinhamento semelhante em textos sobre mapas............... 265
Figura 10.8 - Exemplos de similaridade em textos sobre mapas................................265
Figura 10.9 - Exemplo de um mapa temático no Modo Exaustivo.................................... 265
Figura 10.10 - Exemplo do mesmo mapa temático apresentado como uma Coleção de
Mapas.................................................................................................266
Figura 10.11 - Exemplo do mesmo mapa temático apresentado agora no Modo Híbrido....267 
Figura 10.12 - Exemplo de uma solução para apresentação de dados quantitativos
históricos em mapas.......................................................................... 268
Figura 10.13 - Como as cores se formam: (a) superposição das três cores resultando em 
uma visão da cor branca, (b) superposição de duas de cada vez resultará
em amarelo, magenta e ciano............................................................. 269
Figura 10.14 - Exemplo de um mapa de localização de uma área de estudo qualquer....273
Figura 10.15 - Exemplo de um mapa de localização de um município.............................275
Figura 10.16 - Exemplo de um mapa de localização que precisa de legenda....................277
Figura 11.1 - Elementos de uma tabela...................................................................282
Figura 11.2 - Elementos típicos de um gráfico genérico............................................284
Figura 11.3 - Figura de uma ogiva..........................................................................286
Figura 11.4 - Assinatura espectral das áreas amostrais de uma imagem Landsat TM.....286
Figura 11.5 - Gráficos de Linhas trabalhados com texturas, visando à comunicação......287
Figura 11.6 - Gráfico de linhas mostrando a variação de um fenômeno ao longo do
tempo em cinco lugares..................................................................... 287
Figura 11.7 - Receita do turismo nas três capitais do Sul do Brasil............................... 288
Figura 11.8 - Gráfico da Figura 11.7 com nova proposta de visualização.......................289
Figura 11.9 - Série histórica em gráfico de coluna.................................................... 290
Figura 11.10 - A eficácia dos gráficos de colunas é definida pela escolha da representação:
a) um gráfico balanceado visualmente - colunas sem cor e textura ao
fundo; b) um gráfico confuso - textura nas colunas é ineficaz.................... 290
Figura 11.11 - Gráfico de barras utilizado para comparar duas categorias..................... 291
Figura 11.12 - Histograma típico............................................................................. 292
Figura 11.13 - Histograma de uma imagem........................................................... ....293
Figura 11.14 - Gráfico de setores: (a) visualização ótima, (b) visualização prejudicada
pela vista tridimensional oblíqua.........................................................294Figura 11.15 - Gráfico de setores sobre o uso da terra em Siderópolis (SC)...................295
Figura 11.16 - Gráfico direcional ou polar: número de banhistas nas praias da Ilha de
Santa Catarina em 2002 (dados hipotéticos).........................................296
Figura 11.17 - Gráfico triangular típico..................................................................... 298
Figura 11.18 - Pirâmide da variação temporal da população urbana e rural em Santa
Catarina, 1920-2000...........................................................................299
Figura 11.19 - Gráfico da pirâmide de idades e sexos...................................................299
Figura 12.1 - Esfera do potencial cartográfico e o plano geográfico da realidade:
a Cartografia na multimídia corresponde ao movimento da esfera...........304
Figura 12.2 - Exemplo de uma consulta a um hipermapa.............................................309
22 Cartografia - representação, comunicação e visualização de dados espaciais
Quadros
Quadro 3.1- Extrato da tabela de base cartográfica digital..........................................75
Quadro 3.2 - Projeções cartográficas adotadas no Brasil............................................86
Quadro 4.1 - Aplicação do método cartográfico de modo automatizado em SIG.......100
Quadro 7.1- Afastamento das curvas de nível e declividade..................................... 184
Quadro 7.2 - Proposições de classes de declividade para a construção de mapas...... 185
Quadro 7.3 - Classificação do relevo em função da declividade............................... 186
Quadro 7.4 - Distâncias horizontais e respectiva declividade na escala 1:50 000 ......... 187
Quadro 7.5 - Níveis de mapeamento.................................................................... 192
Quadro 11.1 - Tipos de séries estatísticas................................................................. 281
Tabelas
Tabela 5.1 - Espectro visível....................................................................................138
Tabela 8.1 - Microrregião de Canoinhas (SC)............................................................ 205
Tabela 8.2- Intervalo das classes.............................................................................208
Tabela 8.3 - Mortalidade infantil na microrregião de Campos de Lages (SC)................. 209
Prefacio
Ao receber o convite da Profa. Dra. Ruth Emília Nogueira para prefaciar 
este livro, senti-me honrado pela deferência, mas também preocupado pela 
responsabilidade de apresentar um livro que de antemão já sabia ser um 
material bibliográfico de alta qualidade.
A leitura do livro foi prazerosa e proveitosa, tanto pela forma clara e 
didática que a autora apresenta, como também pela abrangência e 
profundidade dos conceitos apresentados.
Tendo alguns pontos comuns com a Profa. Ruth, tais como ser 
graduado em Engenharia Cartográfica e pertencer ao quadro de professores 
de um departamento de Geografia de uma Universidade Federal, sabemos 
perfeitamente da grande dificuldade dos estudantes das áreas de Geociências, 
para a obtenção de material bibliográfico nacional.
Dessa forma, vem este livro ajudar a preencher um grande vazio 
bibliográfico existente na área. Com certeza, poderá ser adotado como 
referência não só para as necessidades de conhecimentos cartográficos 
exigidos para a formação do geógrafo, tanto em nível de bacharelado quanto 
de licenciatura, como também ser utilizado por todos aqueles que os 
necessitem, pois a abrangência dos assuntos cobre também as interfaces 
com o geoprocessamento, projeto cartográfico, aquisição e tratamento de 
dados, indo do GPS às novas tecnologias, laserscanning e cartografia 
multimídia.
Assim, presta a Profa. Dra. Ruth Nogueira um inestimável serviço, não 
só aos estudantes universitários, mas também aos docentes, por terem agora 
à sua disposição um material bibliográfico de qualidade e inteiramente 
compatível com as necessidades de conhecimento da área de Cartografia.
Prof. Dr. Paulo Márcio Leal de Menezes 
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Apresentação
Este livro foi pensado e elaborado para ter como leitores os estudantes 
de graduação e pós-graduação, que de algum modo precisam fazer mapas; 
para tanto, necessariamente precisarão de conhecimentos sobre Cartografia. 
Espera-se também que seja útil aos pesquisadores e profissionais das mais 
variadas áreas do conhecimento, na medida em que reconhecem o potencial 
dos mapas como instrumento de visualização, análise e comunicação de 
dados espaciais.
Este livro objetiva d im inuir as am biguidades observadas na 
apresentação de mapas, cada vez mais comuns entre a população leiga e 
nas diversas áreas do conhecimento. Tem-se observado que os mapas estão 
mais acessíveis ao público em geral; no entanto, na maioria das vezes, eles 
não cumprem o seu papel. E que papel é esse? A função de um mapa quando 
disponível ao público é a de comunicar o conhecimento de poucos para muitofc 
por conseguinte, ele deve ser elaborado de forma a realmente comunicar. 
Acredita-se que a facilidade de “construir” mapas com as ferramentas 
tecnológicas desenvolvidas para análise de dados espaciais, aliada ao 
desconhecimento da representação cartográfica, é a responsável pela atual 
proliferação de mapas não eficientes.
Na Cartografia Analógica a construção de mapas era limitada aos 
especialistas, como mostra a afirmação de André (1980, p.223): “para a 
redação correta de um documento cartográfico é necessário conhecer as 
técnicas gráficas. [...] üm cartógrafo é aquele que traduz um tema físico, 
humano ou econômico dentro da linguagem gráfica, constituída de signos e 
cores, diferente da linguagem falada”.
A revolução tecnológica trouxe uma mudança radical para a Cartografia. 
Atualmente um usuário de mapas pode se sentir estimulado a ser cartógrafo,
26 Cartografia - representação, comunicação e visualização de dados espaciais
ou seja, pode estar apto para criar seus próprios mapas, pois o ferramental 
está disponível, permitindo experimentar novas possibilidades de usar/criar 
mapas. O problema que ocorre é que esse usuário geralmente não sabe nada 
sobre representação cartográfica, além, é lógico, de desconhecer os fatores de 
sustentação da Cartografia Contemporânea: a cognição, a comunicação e a 
visualização. Todas limitadas pelas ferramentas tecnológicas.
Considerando o exposto, fez-se aqui um esforço para condensar, neste 
volume, a teoria básica da Cartografia, para conseguir sensibilizar e esclarecer 
os leigos e estudantes, ajudando-os numa melhor elaboração de seus mapas. 
Para tanto, o livro inicia com conceitos básicos de Cartografia, enquanto o 
segundo capítulo apresenta a origem dos dados para o mapeamento, e o 
terceiro aborda a questão da Cartografia de Base, ou seja a Cartografia 
Nacional e a Cadastral. Considerou-se necessária a dedicação de um capítulo 
para o que diz respeito às Projeções Cartográficas, uma vez que elas foram 
e ainda continuam sendo um assunto complexo e, no entanto, muitas vezes 
são ignoradas por profissionais que não são da área da Cartografia.
Outro assunto imprescindível foi relacionar os Sistemas de Informações 
Geográficas (SIG) à Cartografia. Tratando-os sob o ponto de vista da 
Cartografia, discute-se o método cartográfico, isto é, as análises espaciais 
por intermédio dos mapas.
Desde o capítulo sexto até o capítulo décimo, trata-se mais 
especificamente da Cartografia Temática, com um peso maior para as 
representações socioeconômicas, uma vez que estas, por sua natureza 
quantitativa, requerem tratamento de dados numéricos e escolha de método 
de mapeam ento. O alfabeto cartográfico, as variáveis gráficas, a 
comunicação cartográfica,a visualização cartográfica e a representação 
cartográfica são assuntos tratados com detalhes e exemplos.
O décimo primeiro capítulo foi dedicado às representações gráficas 
denominadas Diagramas ou Gráficos. Assim como os mapas socioeco- 
nômicos, os gráficos facilitam a visualização e análise de dados numéricos; 
porém neste caso, de forma não espacializada. E para serem úteis, eles 
devem ser apresentados de forma a facilitar a comunicação dos dados. Então, 
muitos aspectos deverão ser levados em conta para construí-los; isto significa 
muito mais que a escolha de um software que execute automaticamente um 
comando de construção de um determinado tipo de gráfico.
Finalmente, esboçou-se uma ideia do que vem a ser a Cartografia em 
Multimídia, tão em voga atualmente no exterior, e conclui-se o livro abordando 
a questão do futuro da Cartografia.
Apresentação 27
Por se tratar de um livro de Cartografia Contemporânea, esperava-se 
uma atenção para os softwares para produção de mapas. No entanto, optou- 
se por deixar de fazer referências específicas a um ou outro tipo, preferindo- 
se tratá-los, quando fosse o caso, como ferramentas para a produção, 
visualização ou manipulação de mapas.
Termino esta apresentação dirigindo-me especialmente a alguns dos 
meus ex-alunos: Aqui está o tão necessário conteúdo que tanto me cobraram 
para que eu o disponibilizasse escrito. Espero que ainda continuem tão 
entusiasmados como eu pela Cartografia. Creio que esses vinte e poucos 
anos de carreira profissional tenham me dado alguma experiência como 
engenheira, no início, e depois como professora, pois é esta experiência que 
relatei aqui. Este livro é para mim como um filho que demorou muito mais 
que os outros para ser gestado, mas que nasceu com a mesma expectativa. 
Porém, a pergunta ao olhá-lo é: a quantos ele servirá? Espero que a muitos, 
e assim me sentirei feliz por saber que o tempo “tirado” para fazê-lo 
proporcionará novos tempos para outros.
Agradeço sugestões e críticas.
L ápítulo 1
A natureza da Cartografia
1.1 Formas de comunicar o conhecimento
A comunicação entre os seres humanos permite que eles compartilhem 
informações, ideias, emoções e habilidades. Para tanto, utilizam palavras, 
imagens, figuras, gestos, gráficos, dentre outros, para alcançar tal propósito 
(BARBOSA; RABAÇA, 2001). Mo domínio dos comportamentos sociais, os 
gestos e a linguagem oral deram origem a rituais e comportamentos; enquanto 
a música e o canto contribuíram para aumentar o alcance da mensagem e 
sua carga de emoção (CLAVAL, 1999). Entretanto, a invenção de códigos 
gráficos que traduzem a linguagem trouxe um progresso decisivo para a 
comunicação do conhecimento acumulado. Graças à escrita, as experiências 
do passado deixaram de depender da memória dos indivíduos. A escrita dos 
números possibilitou, igualmente, a difusão da matemática (fazer contas), a 
troca de mercadorias (valor) e a invenção da moeda.
Cada uma das formas de comunicação exige do indivíduo capacidades 
específicas para que ela ocorra. Por exemplo, na linguagem escrita deve-se ter 
a aptidão para a leitura e a escrita; na fala, a capacidade de articular as palavras; 
na matemática é preciso reconhecer simbolizações, reconhecer relações entre 
conjuntos, números, magnitudes e abstrações. Ma quarta forma de 
comunicação, usando gráficos, é preciso saber construir e interpretar planos e 
diagramas a partir da observação de números, de desenhos e imagens ou 
mesmo do próprio meio ambiente. Ao estudar o progresso da civilização, o 
homem se depara com esforços nesse sentido, como procurar representar, 
por gráficos, as coisas importantes do meio ambiente que permitiam sua 
sobrevivência. São do tempo das populações nômades das cavernas os
30 Cartografia - representação, comunicação e visualização de dados espaciais
desenhos ou inscrições rupestres, que lembram animais. Também é da 
antiguidade a notícia dos primeiros “mapas” marcando itinerários. Ainda não 
aparecia a estrutura espacial do ambiente; somente marcavam uma rota que 
comunicava um conhecimento essencial à sobrevivência.
A evolução humana na construção de gráficos e mapas aconteceu 
paralela à evolução das ideias e da tecnologia. O mapa foi, na verdade, uma 
maneira que o homem encontrou para representar o que era importante ou 
de interesse de um grupo dominante. Era preciso comunicar o conhecimento 
existente sobre o mundo, e isto envolvia o espaço e sua percepção e as 
imagens construídas pela mente humana. Messe processo, o homem 
desenvolveu habilidades em descrever um cenário geográfico usando a 
simbologia gráfica para construir o que se designa “mapa”. Conforme as 
necessidades e a tecnologia disponível, evoluíram os mapas de simples 
representações do meio, para complicadas representações considerando a 
esfericidade da Terra.
Logo, o mapa é uma forma de comunicar um conhecimento, que se 
efetiva somente se o usuário, o leitor do mapa, conseguir obter tal 
conhecimento ao lê-lo. Portanto, o mapa como forma de comunicação exige 
tanto do seu criador como do usuário conhecimentos específicos de 
Cartografia. Apesar deste fato, o mapa não pode ser negligenciado como 
instrumento de comunicação, por ser extremamente eficiente para expressar, 
manipular e analisar ideias, formas e relações que ocorrem no espaço bi e/ 
ou tridimensional.
1.2 0 que é um mapa
Na linguagem coloquial e em diversas outras áreas da Ciência que 
não aquelas ligadas à Cartografia, tais como Medicina, Economia e 
Administração, também são utilizados os termos “mapeamento” e “mapa”. 
Contudo, tanto o ato de mapear quanto o produto - mapa - são diferentes 
daqueles que se conhece na Cartografia. Geralmente, significam uma forma 
de levantamento de dados e de apresentá-los, ou ainda um instrumento 
facilitador para a compreensão da estrutura de um fenômeno qualquer, que 
pode ou não ser geográfico. Por isso, frequentemente, a forma de 
representação adotada difere de um mapa como os profissionais da área 
das Geociências reconhecem. As vezes, essa representação não passa de 
uma lista de palavras e números, organizados sistematicamente ou, então, 
um fluxograma mostrando como ocorre um fenômeno ou processo. Outras
Capítulo 1 - A natureza da Cartografia 31
vezes, é um esquema gráfico de algum fluxo, por exemplo, do sangue no 
corpo humano, ou da seiva em uma espécie vegetal.
A palavra mapeamento tem assumido um significado mais amplo no 
vocabulário. E comum ouvir nos noticiários coisas como “[...] estão 
procedendo ao mapeamento da droga no País [...]”; ou, “[...] o mapeamento 
do genoma humano [...]”. Mas, de fato, o resultado de um levantamento ou 
pesquisa é algo muito diferente dos mapas gerados na Cartografia.
No livro Mapping in the age o f digital media, Silver e Balmori (2003) 
mostram uma interessante coletânea, na qual diversos pesquisadores 
apresentam novos assuntos e temas para a cartografia eletrônica: aplicação 
de projeções cartográficas para representar o corpo humano em três 
dimensões (3-D) como uma extensão do processo não tradicional de 
escultura; mapeamento em 3-D dos movimentos do corpo humano no 
espaço; construção de mapas em 3-D do espaço interno do corpo humano 
a partir de scanners que registram dados volumétricos compostos de múltiplas 
fatias de diferentes tipos de tecidos no interior do corpo; mapas das formas 
de objetos arquitetônicos em 3-D, perseguindo a manutenção da sua 
especificidade de objeto original; o uso de imagens para a visualização científica 
de eventos como “fluxo corrente uersus posição” em uma estrutura do mundo 
quântico para a obtenção de novas informações que antes não eram possíveis. 
Além destas,a coletânea traz outras interessantes aplicações distintas 
daquelas que a comunidade cartográfica está habituada a ver, o que pode 
ser um outro caminho para a Cartografia.
Os mapas da Cartografia têm características típicas que os classificam; 
eles representam elementos selecionados em um determinado espaço 
geográfico, de forma reduzida, utilizando simbologia e projeção cartográfica. 
Dent (1996) amplia esse conceito quando afirma que os mapas são capazes 
de fornecer uma estrutura para guardar e/ou mostrar o conhecimento 
geográfico e experiências dos mais variados interesses, sem os quais seria 
difícil orientar-se no espaço geográfico ou nos grandes ambientes terrestres 
(água, ar e terra).
Para os cartógrafos, os mapas são veículos de transmissão do 
conhecimento. Eles são representações gráficas de determinado espaço 
geográfico, concebidos para transmitir a visão subjetiva ou o conhecimento 
de alguém ou de poucos para muitos. Esse conhecimento pode ser o mais 
amplo e variado possível ou o mais restrito e objetivo possível. Então, cada 
mapa tem um autor, uma questão e um tema (mesmo os mapas de referência 
geral, os topográficos ou os cadastrais).
32 Cartografia - representação, comunicação e visualização de dados espaciais
Cosgrove (2003) apresenta um conceito interessante de mapa. Para ele
O mapa é um dos instrumentos que servem para aumentar a capacidade 
do corpo humano, ele é um objeto híbrido, nem puramente natural nem 
puramente cultural. Como um telescópio ou microscópio, ele nos permite 
ver em escalas impossíveis para olhos descobertos e sem precisar 
movermo-nos fisicamente no espaço.
Esse autor coloca o mapa como um mero estágio no processo de 
mapeamento, pois, entende que este é complementado com o entendimento 
do conteúdo do mapa; e para entender o conteúdo, a ideia, o significado de 
um mapa, é preciso inseri-lo no contexto histórico e social do qual ele emerge 
e sobre o qual atua.
Segundo MacEachren (1994), “o mapa é principalmente um dispositivo 
de apresentação. Ele apresenta uma vista abstrata de uma porção do mundo 
com ênfase em algumas feições selecionadas [...]”. Entretanto, Robinson e 
Petchenik (1976 apud DENT, 1996) preferem defini-lo como uma 
“representação gráfica do meio”, e, neste contexto, Dent (1996) explica que 
o meio inclui todos os aspectos culturais e físicos do ambiente, inclusive as 
abstrações mentais que não estão explícitas fisicamente na paisagem 
geográfica.
Se os mapas são modelos da realidade e a realidade é vista de maneira 
individual, então eles são subjetivos e não podem ser considerados como 
fotografias da realidade ou a própria realidade reduzida. Veja, um bichinho 
de pelúcia é um modelo de algum animal, mas não é o animal reduzido, por 
mais que lhe sejam dados atributos característicos daquilo que está 
representando.
Mas, afinal, o que é um modelo? Segundo Echenique (1972 apud 
BATTY, 2003, p. 14), “um modelo pode ser interpretado como a representação 
da realidade, na qual são consideradas as características relevantes 
observadas e que a realidade consiste em objetos ou sistemas, que existiram, 
existem ou podem existir”. Neste contexto, um mapa como modelo da 
realidade pode tudo: representar o passado, o futuro desconhecido ou 
imaginado, considerando o científico e a arte, os fatos e a ficção.
A visão de Wood e Keller (1996) sobre mapas é mais política. Para eles o 
mapa “representa ideias e o trabalho do passado sobre o meio [...]” que, 
simultaneamente, as pessoas vivem e colaboram para construir; ele é capaz de 
tomar o passado presente; ele “[...] mostra os interesses difundidos através de 
um sistema social, concentrados em uma classe, profissão, ocupação e 
economia, nesta ou naquela vizinhança, cidade, país, neste ou naquele interesse”.
Capítulo 1 - A natureza da Cartografia 33
Os mapas são produtos construídos a partir de um sistema de signos 
naturalizados por tais forças conservativas, em que estes signos são dispostos a 
serviço de um mito de que o mundo mostrado em um mapa é natural.
Na história da Cartografia e da humanidade, verifica-se que os mapas 
antigos eram vistos como veículos de orientação no espaço geográfico. A 
principal característica dos mapas era a estocagem dos dados geográficos 
que serviam para análise dos lugares e de como chegar até eles. Com a evolução 
humana e também da Cartografia, os mapas passaram a ser considerados 
também como uma forma de comunicação de dados e, mais recentemente, 
como um instrumento de visualização científica. Entretanto, a Cartografia pode 
ligar igualmente a análise, a visualização e a comunicação de dados. CJm 
exemplo desses aspectos diferenciados da Cartografia é mostrado na Figura 
1.1. Considerando as classes de precipitação, é possível visualizar num relance 
a distribuição de cada classe em relação às outras (Figura 1.1a). Ou então, ter 
apenas uma ideia das várias classes de precipitação, deixando para o leitor 
formular uma ideia própria do fenômeno “precipitação” (Figura 1.1b).
Um mapa pode ser considerado um Sistema de Informação Espacial 
que fornece respostas para muitas questões concernentes à área 
representada, tais como:
a) as distâncias entre dois pontos, a posição de pontos com relação a 
outro;
b) o tamanho de áreas e
c) a distribuição de certos padrões.
Essas respostas podem ser retiradas diretamente do mapa, sem 
necessidade de ajuda nem de implementações.
Figura 1.1 - Temperatura média anual de um lugar - exemplo de representação cartográfica 
gerada: a) com objetivo de comunicação; b) com objetivo de análise
34 Cartografia - representação, comunicação e visualização de dados espaciais
1.3 Mapa, carta e planta
Na linguagem verbal e também na literatura da língua portuguesa 
encontram-se expressões coadjuvantes à palavra M apa, usadas 
indiscriminadamente como sinônimos; por exemplo, as palavras Carta e 
Planta. Bakker (1965) comenta que a palavra mapa teve origem na Idade 
Média e era empregada apenas para designar as representações terrestres, 
e que somente depois do século XIV, os mapas marítimos passaram a ser 
designados como cartas, como exemplo, as Cartas de Marear. Observando 
a literatura técnica e científica nas línguas inglesa, francesa e alemã, percebe- 
se que nestas línguas não há confusão entre os termos mapa e carta. Em 
alemão, existe a palavra karte para todas as representações cartográficas. 
O mesmo acontece na língua inglesa, em que predomina a palavra map, 
enquanto no francês, a única vez que se observa a palavra mape refere-se ao 
mapa mundi; no mais existe somente a palavra carte.
A confusão no Brasil entre as palavras mapa, carta e planta tem origem 
no uso popular de documentos cartográficos, ou seja, as pessoas que usavam 
mapas foram cristalizando ideias que acabaram por criar a presente situação. 
Atualmente, estes termos estão ligados à Escala de representação, gerando 
os seguintes conceitos:
a) Mapa: representação dos aspectos físicos naturais ou artificiais, ou 
aspectos abstratos da superfície terrestre, numa folha de papel ou 
monitor de vídeo, que se destina para fins culturais, ilustrativos e 
para análises qualitativas ou quantitativas genéricas. Geralmente é 
concebido em escalas pequenas.
b) Carta: representação dos aspectos físicos naturais ou artificiais da 
Terra, destinada para fins práticos da atividade humana, permitindo 
a avaliação precisa de distâncias, direções e localização geográfica 
de pontos, áreas e detalhes. Geralmente concebida em escalas 
médias a grandes.
c) Planta: representação concebida em escala muito grande (1:500 a 
1:2 000), de áreas suficientemente pequenas que podem ser 
assimiladas, sem erro sensível às superfícies

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