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Patologias do trato respiratório Sistema condutor: Cavidade nasal > bronquíolos terminais Sistema de transição: Bronquíolos respiratórios Sistema respiratório: Alvéolos respiratórios Mecanismos de defesa Defesas estruturais: ▪ Cílios e muco (barreira natural) ▪ Cornetos, protegem contra partículas (ossos no seio nasal) ▪ Remoção de partículas ▪ Imunoglobulinas (IgA – impede a fixação de bactérias na mucosa) Defesas celulares: ▪ Macrófagos alveolares ▪ Linfócitos ▪ Célula caliciformes; ▪ Pneumócito I – alvéolos secretam surfactante ▪ Pneumócito II – impedem que os alvéolos se colabem Cavidade nasal Anomalias congênitas ▪ Cistos no seio maxilar Nasce com cisto dentro dos seios nasais ou maxilar ▪ Desvio de septo nasal ▪ Fenda de lábio superior ▪ Fenda palatina (+comum em cães braquicefálicos e gatos) Pode ocorrer pneumonia por aspiração, por haver uma fenda na hora de mamar o leite, pode ir para a cavidade nasal ▪ Cornetos hipoplásticos Alterações degenerativas/metabolismo Degeneração = Quando há uma alteração na célula, geralmente lesão, para sobreviver a célula começa a acumular substâncias fora ou dentro dela mesma Amiloidose (Equino) Degeneração na qual a célula começa a acumular proteínas fora dela (extracelular) Alterações macroscópicas: ▪ Nódulos ou deposições difusas de consistência firme ▪ Superfície lisa e brilhante ou ulcerada ▪ Submucosa da cavidade nasal, vestíbulo, cornetos ou septo Alterações microscópicas: ▪ Deposição de substância amilóide ao redor dos vasos sangüíneos, ductos de glândulas e T.C Consequências: ▪ Obstrução nasal ▪ Diminuição da performance do animal Alterações circulatórias ▪ Hiperemia ativa: acúmulo de sangue nos órgãos, sangue possui saída Ex: cavalos que possuem exercícios físicos exagerado, pode ocorrer hiperemia ▪ Hiperemia passiva – congestão, sangue preso em um certo local ▪ Hemorragias (Epitaxe – sangramento nasal) ▪ Rinorragia (termo mais utilizado em suínos) – narinas ▪ Hemoptise – pode ter origem nos pulmões (broncopulmonar) Causas: ▪ Traumas ▪ Inflamação, Infecções (Ex: Babesia e Erlichia, doença do carrapato) ▪ Neoplasias invasivas ▪ Micoses Diáteses hemorrágicas: ▪ Hemorragia pulmonar induzida por exercícios (equinos); ▪ Espumas sanguinolentas (Pós- mortem). *Epistaxe em ambas narinas ? ou somente em uma ? Alterações inflamatórias Rinite Inflamação da mucosa nasal; produção excessiva de muco e acúmulo de histamina Células caliciformes produzem mais muco diante a um processo inflamatório, para tentar expulsar Mastócitos liberam histaminas para combater a inflamação Desequilíbrio da microbiota nasal Fatores pre-disponentes: gases, poeira e baixa umidade do ar Consequências: broncopneumonia aspirativa, abcessos, sinusites Classificação: Tempo de duração: Agudo (acabou de se manifestar) ou crônico (se manifestar após semanas, meses e pode ser persistente) Quanto a etiologia: Virais: Adeno vírus/ influenza virus Bacterianas: Pasteurella, Bordetella bronchiseptica Alérgicas: Poeira, Polen, Acaro, Insetos, Corantes... Fungos: Cryptococcus neoformans Quanto ao exsudato: Sempre presente em inflamação aguda ▪ Rinite Serosa – poucas células / transudato; ▪ Rinite Catarral – mais viscoso, rico em muco; ▪ Rinite Catarral/purulenta – pus + muco; ▪ Rinite Purulenta – pus (bacteriano); infeccioso ▪ Rinite Fibrinosa – placa de fibrinas; ▪ Rinite Granulomatosa. – fibrose (geralmente por fungos) – crônico Rinite viral em suínos “Rinite por corpúsculo de inclusão” Quando o vírus entra na célula, causa lesão e migra para outra, nas lesões é possível ver pigmentos meio arroxeados tanto no núcleo quanto citoplasma, que são chamados de corpúsculos de inclusão Citomegalovírus (herpes vírus) Leitões de 1 a 5 semanas Causa inflamação seromucosa Alta morbilidade e baixa mortalidade Porcas gestantes podem apresentar mumificação fetal e natimortalidade Alteração microscópicas: Grandes corpúsculos de inclusão intracelulares basofílicos Rinite atrófica dos suínos Atrofia pode estar relacionada a infecções secundárias Associação da Pasteurella multocida (tox. D) e Bordetella bronchiseptica (faz parte da microbiota, mas se entra em contato com um vírus e a imunidade abaixa) Causas: Doença primária rinite por CI, gases nocivos, deficiência de Ca Predispõem a pneumonias, baixa conversão, refugos Alterações macroscópicas: Atrofia das conchas nasais, desvio, encurtamento, assimetria, epífora = “olhos lacrimejantes” Rinotraqueite infecciosa bovina (IBR) Acometidas por herpes vírus (HV) Pode começar com rinite e evoluir para traqueite Manejo malfeito, confinamento, alta densidade populacional HVB – inflamação do trato superior e aborto Vulvovaginite pustular a aborto HV equino 1: rinopneumonite viral inflamação do trato superior e aborto HV felino 1: Rinite e conjuntivite associada ao calicivirus felinos Sinais clínicos: Variam de leve a grave, dependendo da presença de pneumonia bacteriana secundária e desenvolvimento de dispneia Tosse, corrimento nasal e conjuntivite Garrotilho (Equinos) Acomete bolsa gutural BOLSA GUTURAL = SÃO DIVERTICULOS NA TUBA AUDITIVA, EXISTENTES SOMENTE EM EQUINOS LOCALIZAÇÃO: BASE DO CRÂNIO E AO ATLAS DORSALMENTE, À FARINGE E AO ESÔFAGO VENTRALMENTE, E É COBERTA PELA GLÂNDULA PARÓTIDA Doença de notificação obrigatória Contagiosa S.equi subs zooepidermicus Inflamação do trato superior com abscedação (formação de abcessos – pus) dos linfonodos regionais Aumento dos linfonodos submandibulares pode ser observado e apalpado Aderência e internalização do patógeno em células epiteliais Febre, tosse, descarga purulenta nasal, otites por extensão, lesões em nervos cranianos (VII, IX, X, XI e XII), pode levar a otites, sinusites e rinites Sequelas, como sinusites, púrpura hemorrágica, empiema das bolsas gturais... Criptococose Comum em felinos “nariz de palhaço” Cryptococos neoformans Alterações macroscópicas: nódulos polipoides ou massas difusas, pupilas se encontram no centro Nódulos podem não ser tão característicos em alguns casos Esporitricose Fungo – Sporothrix schenckii Zoonose e compulsão obrigatória Rinosporidiose Gatos Rinosporidium seeberi Pólipos únicos ou bilaterais pedunculados Aspecto de couve-flor Sinusites Inflamação dos seios paranasais Dificilmente diagnosticada clinicamente, a não ser que haja deformidade da face ou formação de fistulas no osso ou pele ou por radiografia Consequências: mucocele, empiema e meningite Causas: ▪ Rinites ▪ Descornas ▪ Fratura de ossos faciais ▪ Periodontites ▪ Parasitos: Capillaria aerophila, Oestrus ovis, habronema, cochliomyia hominivorax Neoplasias Epiteliais; ▪ Papilomas, adenomas – raros ▪ Carcinomas, células de transição (equinos, felinos e cães) Mesenquimais; ▪ Fibroma – raro ▪ Condrossarcoma, osteossarcoma, fibrossarcoma ▪ Linfomas em gatos Bolsas Guturais – alterações inflamatórias Inflamação supurada com empiema das bolsas guturais: Associação com garrotilho Exsudato de difícil drenagem Consequências: ▪ Otite do ouvido médio ▪ Lesões em nervos cranianos ▪ Erosão de pequenos vasos Guturite micótica Inflamação fibrinosa ou fibrino-necrótica Aspergillus sp. Consequência: Invasão vascular (carótida) Laringe e Faringe Laringe formada por cartilagens: tireoide, cricoide, aritenoide e epiglote Defeitos congênitos da Laringe Hipoplasia da Epiglote – epiglote menos evoluída, menor números de células Atresia – Laringe fechada ou ausente, incompatível com a vidaEstenose – Estreitamento da laringe Prolongamento do palato mole (Boxer/Buldog) Palato mole maior e proeminente, esse prolongamento faz com que feche a glote durante à passagem de ar, obstruindo a glote e dificultando a passagem do ar, tratamento pode ser cirúrgico – comum em braquicefálicos Doenças degenerativas – Laringe Paralisia laríngea equina (cavalo roncador) Desgaste na cartilagem da laringe, quando o ar passa pela laringe, pode emitir sons, por conta do desgaste Degeneração do nervo laríngeo inferior Nervo que permite a mobilidade da laringe, o desgaste diminui a mobilidade Sequelas do garrotilho (adenite equina) Hemiplegia Laringeana Paralisia em um dos lados da laringe Paralisia da musculatura da laringe impedindo sua abertura e fechamento Pode estar associado: trauma, doenças infecciosas, neoplasias, cirurgias Sinais clínicos: Equino roncador e intolerância a exercícios Lesão no N.Laringo recurrente: Na maioria dos casos do lado esquerdo Perda no local de inervação – Atrofia muscular (m. cricoaritenoide)– Prolapso da corda vocal Distúrbios circulatórios Edema laringiano – Glote inchada Pode correr risco de fechamento da glote Aspectos macroscópicos: ▪ Mucosa espessada ▪ Área tumefeita de aspecto eritematoso ▪ Submucosa com aspecto gelatinoso Causas: ▪ Picadas de insetos ▪ Injeções de penicilina ▪ Infecções respiratórias agudas ▪ Doença do edema suíno Processos inflamatórios Laringite necrótica ▪ a.e.: Fusobacterium necrophorum Aspectos macroscópicos: ▪ Lesões necróticas e ulceradas ▪ Exsudato fibrino-necrótico amarelo- acinzentado Aspectos microscópicos: ▪ Focos de necrose limitadas por hiperemia ▪ Infiltração leucocitária e posterior substituição por granulação Neoplasias Tonsilas palatinas – raras Defeitos congênitos – Traqueia ▪ Agenesia – Nasce com a ausência de traqueia ▪ Hipoplasia – Diminuição da atividade, traqueia menos evoluída ▪ Achatamento lateral da traqueia – Colapso de traqueia Achatamento dorso ventral dos arcos traqueais Cães miniaturas ▪ Fístula traqueo–esofágica – comunicação da traqueia e esôfago Defeitos circulatórios - Traqueia ▪ Hemorragias ▪ Carbúnculo sintomático (clostridium chauvoei – bovinos) ▪ Peste suína Traqueite fibrinosa: Exsudato fibrinoso Processo inflamatório agudo Pulmão Ventilação = Renovação do ar da via condutora para pulmões e do espaço alveolar Perfusão = vascularização Alterações cadavéricas Hipostase = sangue começa a se estabelecer/repouso nas partes mais baixas, devido ação da gravidade – alteração cadavérica Congestão = Acúmulo de sangue no órgão, macroscopicamente parecido com hipóstase, processo passivo - de encontrar inflamação é congestão, procurar sinais clínicos Colapso pulmonar (perda do conteúdo de ar e irrigação) Enfisema cadavérico (crepitação, bolhas de ar) = Destruição dos alvéolos, o ar começa a ficar solto no parênquima pulmonar (para saber se o enfisema foi ante mortem procurar inflamação) Melanose maculosa pulmonar = áreas mais escuras Pigmentação anormal: Antracose pulmonar = deposito de partículas de carvão nos pulmões Alterações degenerativas Calcificação pulmonar Mais frequente em bovinos Alimentação rica em cálcio Quando não há mais como o Ca ser eliminado por conta do excesso, ele vai ser depositado nos pulmões, principalmente nos alvéolos Alterações congênitas Anomalias (Maior ocorrência em bovinos) ▪ Agenesia (Ausência completa) ▪ Hipoplasia (dim. da atividade) = diminuição do tamanho dos pulmões ▪ Lobulação anormal ▪ Duplicação pulmonar ▪ Bronquiectasia congênita (dilatação irreversível dos brônquios) Alterações circulatórias Congestão pulmonar (acúmulo de sangue – passivo) Sangue acumulado dentro do vaso nos pulmões Pode levar a um edema pulmonar Causas: ICC esquerda ou bilateral – Coração esquerdo insuficiente, leva a uma congestão pulmonar, aumento da pressão hidrostática permite que o líquido saia dos vasos, mas não consegue retornar = edema pulmonar Trombose artéria pulmonar Edema pulmonar Geralmente ocorre junto com congestão Acúmulo de líquido no interstício Causas: fatores cardiogênicos e não cardiogênicos Fatores predisponentes: ▪ Diminuição da pressão oncótica (a pressão “puxa” o líquido extracelular para dentro da célula, a diminuição pode causar edema) ▪ Aumento da permeabilidade capilar = líquido sai com mais facilidade ▪ ICCE ▪ Diminuição da drenagem linfática Aumento da permeabilidade vascular: Inalação de gases corrosivos Toxemia Pneumonias (inflamação) Diminuição da pressão oncótica: Hipoalbuminemia Hepatopatias, nefropatias e enteropatias Obstrução linfática (rara) Linfadenites, linfossarcomas Hemorragia Ruptura do vaso Causas: Septicemias, ruptura de aneurisma, traumas migração de larvas Brônquios e Bronquíolos Doença pulmonar obstrutiva crônica Sinônimos: Bronquite/Bronquiolite crônica, Enfisema pulmonar Bronco-estenose: Estreitamento do brônquio Bronquites: Inflamação das células que revestem os brônquios Edema e infiltrado inflamatório Presença de exsudato Causas: Compressões por linfonodos hipertrofiados, Neoplasias, Hipertrofia da musculatura bronquial Traqueobronquite infecciosa dos cães “Tosse dos canis” Etiologia complexa: Parainfluenza tipo II, Adenovirus canino tipo II, Cinomose, Bordetella bronchiseptica Baixa letalidade Tosse seca Predisposição a broncopneumonia em filhotes *Auscultar para identificar a origem da tosse *Em caso de suspeita de infecção verificar se há mais de um animal no ambiente Corpos estranhos ▪ Materiais sólidos ▪ Poeiras ▪ Sangue (abate) ▪ Conteúdo estomacal e ruminal Consequências: bronquites, bronquiolites e pneumonias Bronquite crônica Associada ao enfisema podendo levar a IC Metaplasia: alteração celular, que ocorre em qualquer órgão Célula se diferencia em outra com a mesma origem biológica, substituindo por outra mais forte, geralmente ocorre quando se tem um agente agressor Sinal de alerta! Pode virar neoplasia Reversível até certo ponto Displasia: Alteração celular, que Células pré-câncer Bronquiectasia Dilatação e distorção irreversível dos brônquios, destruição das camadas elásticas e mm, brônquio relaxado, o ar chega mais lentamente e menor quantidade de ar Formato: ▪ Sacular ▪ Cilíndrica ▪ Parcial ou total Espécies: Bovinos e Suínos Consequências: Atelectasia... Causas: Asma brônquica Doença inflamatória crônica das vias aéreas Brônquio mais fechado, ao redor se tem a formação de fibrose (cicatriza), depósito de anticorpos Irreversível Patologia dos alvéolos Atelectasia Distensão alveolar incompleta ou ausente Alvéolo parcialmente distendido, expansão incompleta, fazendo poucas trocas gasosas Colapso de um segmento, lobo ou todo o pulmão Reduz O2 e predispõe a infecção Reversível Na hora da anestesia, se ocorrer atelectasia, o pulmão pode ficar “preguiçoso”, devido a respiração mecânica, então para reverter realizar ventilação, e aumentar a quantidade de O2 Atelectasia congênita: Natimorto Atelectasia adquirida: Obstrução: tumor pode comprimir Compressão do parênquima pulmonar ▪ Focal - Neoplasias ▪ Multifocal - Broncoestenose ▪ Generalizada – Pneumotórax (entrada do ar na pleura) Na necropsia: sempre brilhante e úmida Enfisema Distensão excessiva e anormal dos alvéolos associado a destruição das paredes entre os alvéolos o que caracteriza o excesso de ar nos pulmões Ar fica solto dentro dos pulmões, pois há a destruição das paredes dos alvéolos Trocas gasosas diminuída ou não ocorre, pois ahematose acontece nas paredes Primário – Homem, decorrência do cigarro Secundário – “Fumante passivo” em animais domésticos Classificação de acordo com a localização: Alveolar – destruição de um grupo de alvéolos Comum em animais velhos Causas: Obstrução parcial dos brônquios e bronquíolos, pois como chega pouco ar nos alvéolos, ocorre menos trocas gasosas Inspiração – ATIVA (geralmente pacientes com enfisema forçam mais a inspiração) Expiração – PASSIVA Macroscopia: Área aumentada de volume, hipercrepitante (parede ter “areia”), consistência fofa Enfisema pode ser cadavérico ou patológico No raio-x: Dificuldade para ver o coração e as cavidades, pois o ar se encontra no parênquima, pulmão fica esfumaçado Intersticial – destruição dos septos intersticiais (parede que separa os alvéolos) Acúmulo de ar nos septos, formação de bolhas (enfisema bolhoso) ar começa a penetrar nas paredes que sobraram Pneumonia Doença inflamatória do parênquima pulmonar, geralmente infecciosa que afeta alvéolos Pode ter origem traumática Fatores predisponentes: ▪ Animais jovens ▪ Frio ▪ Más condições nutricionais ▪ Infecções virais ou bacterianas ▪ Parasitoses ▪ Aspiração Classificação quanto localização: Broncopneumonia – Inflamação nos brônquios, bronquíolos e alvéolos Ausência da proteção mucociliar e macrófagos Acúmulo de partículas Macroscopia: Mosqueado (coloração mais clara, com pontos cinzas) pode atingir vários lóbulos Presença de exsudato (líquido inflamatório aguda) nos brônquios Lobar – Afeta o lobo inteiro ou segmentar/lobular que afeta grande parte da área do lóbulo (normalmente porções crânio-ventrais) Aguda ou superagudo e evolução rápida Grande presença de exsudato: fibrinoso, fibrinopurulento, necro hemorrágico *Animal pode apresentar corrimento nasal Macroscopia: Repleto de exsudato fibrinoso, alargamento dos septos interlobulares (fibrina e edema), Espessamento da pleura, Aparência marmórea, comum em áreas de necrose Microscópico: Fibrina e severa congestão Complicações: ▪ Formação de abcessos disseminados (coleção de pus, organismo não consegue combater e isola) ▪ Pericardite, peritonite ▪ Endocardite ▪ Poliartrite, meningite ▪ Toxemia e morte Pleuro-pnemonia – Acomete além dos pulmão e pleura Mais comum em suínos Causa em suínos: ▪ Transmissão ocorre por via aerógena ▪ Variáveis ambientais e de manejo predispõem a enfermidade ▪ Reagrupamento de animais ▪ Animais de várias origens (sem quarentena ao chegar no plantel) ▪ Sistema contínuo de produção ▪ Superlotação Sinais clínicos: ▪ Febre ▪ Angústia respiratória ▪ Corrimento nasal sanguinolenta (Epistaxe) ▪ Morte súbita Macroscopia: ▪ Pleuropneumonia fibrino-hemorragica e necrótica ▪ Áreas consolidadas de aspecto hemorrágico ▪ Espessamento pleural evidente ▪ Exsudação serofibrinosa ou fibrinohemorrágica na cavidade pleural ▪ Áreas de necrose Intersticial – septos alveolares Focal e curso crônico Transmissão hematogena Infiltrado inflamatório nos septos Lesão difusa ou local, não ocorre lesão nas vias aéreas Causas: Infecciosa, Viremias, Septicemias, Parasitoses e inalação de gases nocivos (rara) Principais enfermidades: ▪ Cinomose ▪ Salmonelose septicêmica (bezerros e leitões) ▪ Toxoplasmose ▪ Ascaridiose Macroscopia: Aumento difuso do parênquima, consolidações difusas “textura de borracha” Microcopia: Espessamento do interstício – infiltrado inflamatório, proliferação conjuntiva em processos crônicos (quanto mais crônico mais fibrina) *Auscultação fator determinante para diagnóstico Possível auscultar sibilos durante a respiração (barulho semelhante a saco bolha) Formas do corpo de combater inflamação: Cicatrização ou regeneração Macroscopia: áreas de cicatriz (fibrose) Classificação quanto ao agente etiológico: ▪ Embólica = embolia (quando há substância que não se mistura a outras substâncias) Penicilina não pode ser aplicada na veia ▪ Verminótica ▪ Bacteriana, fazendo gangrena ou viral ▪ Hipostática (Quando o sangue acumula de um único lado) ▪ Granulomatosa = GRANULOMA (processo inflamatório crônico localizado) – tuberculose faz muito granuloma ▪ Aspiração ou C.E (corpo estranho) ▪ Fungos (felinos) confunde com metástase Sinais clínicos da pneumonia “geral” Tosse (produtiva ou não) – saber origem, se é cardíaca, oro faríngea, pulmão Febre – processo inflamatório Produção de escarro Pleurisia – inflamação da pleura Exame físico pode detectar taquipneia e sinais de consolidação, como estertores (barulho de estourar saco bolhas) com os sons respiratórios Diagnóstico: Radiografia tórax (OBS: broncopneumonia em focos pequenos pode não ser detectado no raio-x) e ausculta AE cultura e antibiograma Estágios do processo pneumônico Estágio inicial – congestão pulmonar dentro dos vasos Hepatização vermelha: Áreas avermelhadas – espaços aéreos preenchidos com células PMNs (pilo morfo nucleares) – pneumonia aguda Hepatização cinzenta: Muita fibrose, leucócitos MNs (mononucleares) e hemácias, com desintegração e os espaços alveolares repletos de exsudato inflamatório Resolução: Agentes dominados ou destruídos, ação das enzimas lisossômicas dos neutrófilos Eliminação do material semi-líquido: Pelas vias aéreas ou drenagem linfática Regeneração do epitélio alveolar/cicatrização – fibrose Abscedação, Atelectasia, Bronquiectasia Pneumonia embólica ou focal Via hematogênica: ▪ Propagação de êmbolos sépticos ▪ Abcessos do fígado ▪ Onfaloflebites – inflamação da veia umbilical ▪ Mastites ▪ Endocardites valvulares Macroscópicos: Lesões discretas e tamanhos variados Pneumonia gangrenosa ou necrótica Morte do tecido e propagação bacteriana Corpos estranhos, Falsa via ou aspiração Reticulite traumática Complicação broncopneumonia ou de pneumonia Macroscópico: Áreas de necrose e putrefação, odor desagradável e coloração esverdeada Pneumonia verminótica Localização caudal – lobos diafragmáticos Contaminação dos tecidos lesados Obstrução das vias respiratórias: Atelectasia Vermes pulmonares: ▪ Bovinos – Dictiocaulus viviparus ▪ Equídeos – Dictiocaulus arnifield ▪ Suínos – Metrastrongylus sp Granulomatosa Tuberculose pulmonar – Aspergillus sp. Histoplasma capsulatum Mycobacterium bovis Junção bronquíolo-alveolar/interstício Macroscópico: Nódulos granulomatosos com conteúdo caseoso no parênquima e linfonodos Pode ocorre calcificação e generalização do processo (também miliar – alastramento para organismo) Neoplasias Primárias: Raras 1% - células do pulmão que se tornam câncer Em fêmeas mais comum Benigno muito raros Malignos: carcinomas: brônquico/alveolar Metástase: vários nódulos, pulmões recebem muito *Geralmente quando é primário, se tem a presença de 1 nódulo Pleura e cavidade pleural Distúrbios degenerativos: Mineralização pleural: Animais que consomem muito cálcio, o excesso faz com que haja depósito na pleura Espessamento pleura pariental Pneumotórax: Presença de ar na pleura (pleura tem que ter pressão negativa, não pode ter presença de ar) Ar impede a dilatação do pulmão Perda da pressão negativa Perfuração de músculos intercostais Principal consequência é a Atelectasia Distúrbios circulatórios: Hidrotórax (derrame pleural ou efusão pleural) – Acúmulo de líquido ICCD, hipoproteinemia (baixa concentração de proteínas, cai a pressão osmótica, fazendo com que haja edema) Obstrução linfática Anemia Neoplasias – animal com metástases Causas: Atelectasia compressiva (insuficiência respiratória) Quilotórax – Acúmulo de linfa na pleura Aspecto de leiteCausa: Ruptura do ducto torácico, neoplasias, traumatismos e tosse severa Hemotórax – presença de sangue na pleura Traumatismo Erosão de vasos por neoplasias Aneurismas Defeitos na coagulação Causas: Atelectasia compressiva Distúrbios inflamatório Pleurites ou Pleurisias: Piotórax ou empiema (acúmulo de pus em cavidade pré-formada) nos processos inflamatórios Hernia diafragmática: ruptura do músculo que divide os órgãos (hernia) Torção lobo pulmonar: Lobo faz um giro sobre ele mesmo, ao longo do seu eixo Sinais clínicos: Apresentam grau de estresse respiratório que pode estar associado à hemoptise, tosse e hematêmese Casos crônicos os animais podem apresentar anorexia, depressão, dispneia, febre e vômito Osteoma: Nódulos pequenos e opacos no pulmão, em cães idosos Originam-se de nódulos de osso heterotópico ou nódulos de ossificação
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