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DIDÁTICA
E-book 4
Janice Natera
Neste E-Book:
INTRODUÇÃO ���������������������������������������������� 3
A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 
ESCOLAR �������������������������������������������������������4
Tendências ������������������������������������������������������������� 5
AVALIAÇÃO �������������������������������������������������17
Etapas de correção para uma avaliação ������������� 21
Feedback ao aluno da Avaliação �������������������������22
AVALIAÇÕES EXTERNAS ������������������������24
CONSIDERAÇÕES FINAIS ����������������������27
SÍNTESE �������������������������������������������������������29
2
INTRODUÇÃO
Neste módulo você estudará a prática pedagógica 
sobre a avaliação de aprendizagem aplicada aos 
alunos e as práticas avaliativas que o professor tem 
aplicado em sala de aula, e a importância que elas 
têm tanto para o aluno quanto para o professor�
Analisará também o significado e a concepção da 
avaliação de aprendizagem e um pouco sobre as 
transformações da avaliação� Além disso, faremos 
uma análise sobre a compreensão da avaliação dos 
alunos a partir da literatura, documentos oficiais e 
das práticas pedagógicas do professor�
3
A AVALIAÇÃO DA 
APRENDIZAGEM 
ESCOLAR
Quantas vezes passamos por avaliações cujos 
pressupostos ou objetivos desconhecemos? É ne-
cessário que a avaliação tenha um significado para 
o aluno� Pensar na adequação do instrumento de 
forma que sirva para caracterizar a aprendizagem� 
É preciso que o professor sempre esteja se questio-
nando e buscando novos conhecimentos e o aluno 
seja o protagonista do ensino-aprendizagem�
Existem alguns questionamentos:
 ● O que o professor avalia, quem ele avalia, para que 
avalia, por que avalia? E, sobretudo, como ele deve 
avaliar, ou seja, que instrumento irá utilizar?
 ● Qual a sensação do aluno quando é avaliado sem 
saber por que está sendo avaliado, como está sendo 
avaliado, quais os critérios que serão utilizados para 
esta avaliação?
 ● O professor, além de avaliar, está deixando claro 
para o aluno quais são os pressupostos, quais são 
os critérios, como essa avaliação foi pensada, foi 
programada, por que ela está ocorrendo naquele 
instante como processo ensino-aprendizagem?
Os instrumentos de avaliação precisam estar ade-
quados ao que se quer avaliar� As escolhas das ava-
4
liações precisam sempre trazer clareza e precisão� 
É muito comum que o aluno, quando está sendo 
avaliado, tenha problema com a avaliação, porque, 
às vezes, o instrumento não está claro para ele, não 
fica explícito o que efetivamente precisa ser feito.
O entendimento do aluno em uma avaliação:
Avaliação
Entendimento 
do aluno
Não entendeu Tentando 
entender
Entendeu, 
mas não 
claramente
Entendeu e 
conseguiu 
resolver
Informações 
da avaliação
Não com-
preendeu as 
informações
Tentando 
compreender
Compreende, 
mas não 
assimilou as 
informações
Compreendeu 
as 
informações
Tabela 1: Entendimento de avaiação para o aluno. Fonte: Elaboração 
própria.
Portanto, o professor precisa saber o que e como 
aplicará a avaliação para seu aluno, tendo um ob-
jetivo, deixando bem explícito o que ele quer, para 
que seu aluno entenda bem o que e como ele deve 
fazer para atingir as metas propostas pelo professor�
Tendências
As inovações, ou mesmo as propostas oficiais sobre 
avaliação, trazem um significado diferenciado so-
bre o que é avaliação, com mudanças de valores e 
de concepções acerca da relação professor-aluno, 
sobre o que é necessário, ou mínimo, a ser adquirido 
5
pelos alunos para cursarem as séries subsequentes, 
sobre as estratégias para recuperar as defasagens 
ou dificuldades de aprendizagem etc.
“O que é avaliar” e “como avaliar” não são novidades 
– isso está expresso nos documentos oficiais, nas 
orientações e nos subsídios para os professores –, 
porém existe uma grande dificuldade por parte dos 
professores em efetivar uma avaliação significativa.
Para o professor, com as mudanças da LDB 9394/96, 
a avaliação se tornou problemática, parecendo não 
existir mais um significado coeso para ela. Além 
disso, observa-se também uma resistência às mu-
danças, principalmente porque, durante muito tem-
po, convivemos com uma concepção de avaliação 
classificatória e excludente.
Sobre a “Avaliação Classificatória”, fala Hoffmann 
(2001):
Avaliação Classificatória: Corrigir tarefas 
e provas do aluno para verificar respostas 
certas e erradas e, com base nessa verifica-
ção periódica, tomar decisões quanto ao seu 
aproveitamento escolar, sua aprovação ou 
reprovação em cada série ou grau de ensino 
(prática avaliativa tradicional) (p.95).
O professor precisa deixar de seguir paradigmas 
conservadores, em que o objetivo das práticas 
avaliativas era o de julgar/classificar o aluno num 
6
modelo tradicional� Ele precisa sempre estar se 
atualizando�
Com a LDB 9394/96, determina-se que a avaliação 
seja contínua e cumulativa e que os aspectos qua-
litativos prevaleçam sobre os quantitativos� Assim, 
os resultados obtidos pelos estudantes ao longo do 
ano escolar devem ser mais valorizados do que a 
nota da prova final. É preciso que o professor sempre 
valorize o aluno�
Essa nova forma de avaliar, continuamente, passou a 
ser chamada de avaliação formativa e muitos veem 
nela uma “oposição” à avaliação tradicional, também 
conhecida como somativa ou classificatória, e que 
se caracteriza por ser realizada geralmente ao final 
de um programa, com o único objetivo de definir uma 
nota ou estabelecer um conceito — ou seja, dizer 
se os estudantes aprenderam ou não a ordená-los�
Mesmo hoje, no século 21, apesar de ser muito criti-
cada, a avaliação tradicional ainda vem sendo muito 
usada pelos professores, principalmente em relação 
à avaliação classificatória. O professor precisa estar 
atento a como ele avaliará seu aluno�
As inovações, ou mesmo as propostas oficiais sobre 
avaliação, trazem um significado diferenciado sobre 
o que é avaliação, com mudanças de valores e de 
concepções acerca da relação professor-aluno, so-
bre o que é necessário, ou mínimo, para ser adquirido 
pelos alunos para cursarem as séries subsequentes, 
sobre as estratégias para recuperar as defasagens 
ou dificuldades de aprendizagem etc.
7
Objetivos de 
aprendizagem
Os critérios de 
sucesso
estão diretamente 
relacionados com os 
objetivos de 
aprendizagem
A avaliação da 
tarefa/atividade
está de acordo com os 
objetivos de 
aprendizagem
O questionamento 
do professor
tem sempre em mente 
os objetivos de 
aprendizagem
O feedback é dado em 
função dos objetivos de 
aprendizagem e dos 
critérios de sucesso
Os alunos 
autoavaliam-se com 
base nos objetivos de 
aprendizagem e nos 
critérios de sucesso
As atividades de 
ensino e de 
aprendizagem são 
planificadas para dar 
oportunidades aos alunos 
de alcançårem os 
objetivos de 
aprendizagem
Figura 1: Relação entre os objetivos de aprendizagem, planificação 
do ensino e avaliação. Fonte: Edupsi.
As principais diferenças entre os dois tipos de ava-
liação mais conhecidos e utilizados, a Classificatória 
e a Formativa, podem ser visualizadas no quadro a 
seguir:
8
http://edupsi.utad.pt/index.php/component/content/article/79-revista2/144
Tabela 2: Principais diferenças entre a avaliação Classificatória e a 
Formativa. Fonte: Revista Nova Escola. Editora Abril, n. 159, janeiro/
fevereiro de 2003.
Avaliar é um processo que, na prática educativa, é 
difícil de se executar. Normalmente o professor não 
tem condições de mensurar e nem de qualificar o 
conhecimento de seus alunos e, através dos instru-
mentos avaliativos, busca formas diferenciadas para 
se certificar se, de fato, o aluno aprendeu ou não o 
novo conhecimento� Mas nem sempre essas ave-
riguações dão certo. De acordo com Haydt (2002):
Durante certo tempo, o termo avaliar foi 
usado como sinônimo de medir... Mas essa 
abordagem, que identificava avaliação como 
medida, logo deixou transparecer sua limita-
ção: é que nem todos os aspectos da avalia-
ção podem ser medidos [...].Testar significa 
9
submeter a um teste ou experiências, isto 
é, consiste em verificar o desempenho de 
alguém ou alguma coisa [...]. Medir significa 
determinar quantidade, a extensão ou o grau 
de alguma coisa, tendo como base um sis-
tema de unidades convencionais [...]. Avaliar 
é julgar ou fazer apreciação de alguém ou 
alguma coisa tendo como base uma escala 
de valores (pp. 10-11).
É fundamental, para o professor, entender a distinção 
entre testar, medir e avaliar. Verificar o desempe-
nho dos alunos, descrever os fenômenos das des-
cobertas e interpretar os resultados, ora de forma 
qualitativa, ora quantitativa, é necessário para que 
o processo ensino-aprendizagem ocorra de forma 
significativa na vida educacional do aluno.
O professor precisa estar sempre atento, para não 
tornar a avaliação um simples instrumento de me-
dição e sim uma prática pedagógica contínua de 
aprendizagem ao aluno�
Todo processo de avaliação pressupõe a verificação 
de um aprendizado� Avalia-se o que foi aprendido� 
No entanto, a avaliação não deve se restringir a de-
terminar-se a quantidade de informação que o aluno 
possui, mas sim até que ponto vai sua capacidade e 
disposição para usar e comunicar essa informação 
como um termômetro, tanto para o aluno como para 
o professor�
10
Assim, o papel da avaliação é o de fornecer ao pro-
fessor dados importantes a respeito das aptidões, 
preferências e dificuldades dos alunos e, ainda, gerar 
nos alunos a oportunidade de aprender, melhorar e 
refletir sobre o seu desempenho em sala de aula�
A avaliação do desempenho do aluno sempre es-
teve relacionada à medição e ao julgamento sobre 
ele� Basicamente, nossa memória histórica sobre a 
avaliação escolar está relacionada a: se aprendeu 
merece ser promovido para a série subsequente e 
se não aprendeu permanece na série em que estava 
para aprender�
A questão “por que não aprendeu?” nem sempre 
fez parte das preocupações e discussões internas 
escolares em busca de estratégias ou ações para 
o seu enfrentamento� Pelo contrário, a questão do 
fracasso escolar sempre promoveu o estigma do 
aluno, porque o marcava por questões ligadas a es-
tereótipos, preconceitos e exclusão, principalmente 
se ele fosse de um nível socioeconômico menos 
favorecido�
A justificativa encontrada para o insucesso escolar 
do aluno estava nas deficiências de diversas áreas 
do seu conhecimento� Acreditava-se que as crianças 
de famílias de nível socioeconômico baixo possuíam 
atraso no desenvolvimento e eram carentes e defi-
cientes culturalmente� “A teoria da carência cultu-
ral contribuiu para sacramentar cientificamente as 
crenças, os preconceitos e estereótipos presentes 
11
na ideologia a respeito das classes subalternas” 
(PATTO, 1999, p�54)�
Afonso (2000) considera que as expectativas para 
as resoluções que a sociedade espera são de grande 
preocupação para o Estado, porém nenhuma mu-
dança ocorre rapidamente� Acredita também que a 
avaliação formativa possa trazer transformações, 
pois uma avaliação de emancipação pode modificar 
a relação professor-aluno, tornando-a mais aberta, 
deixando de ser uma relação de poder e passando 
a ser dialógica�
Como Afonso (2000) aponta, a emancipação da ava-
liação educacional vai ao encontro do que menciona 
a reforma educacional com a nova LDB 9394/96� 
Cita Alvarez Méndez para reforçar sua concepção:
1) a avaliação deve conceber-se como parte 
integrante do processo educativo; 2) a ava-
liação é uma operação contínua, sistemática, 
flexível e funcional da actividade educativa; 
3) os instrumentos e procedimentos de que 
se serve são variados e múltiplos; 4) deve 
considerar os elementos que intervêm no 
processo educativo e influenciam o resulta-
do; 5) dela deverão participar todas as pes-
soas que interferem no processo educativo 
do aluno; 6) deve reflectir as possíveis defici-
ências do processo e orientar a sua correção 
(valor diagnóstico); 7) deve estar integrada 
na planificação mediata e imediata do tra-
balho escolar (ALVAREZ MÉNDEZ, 1991 apud 
AFONSO, 2000).
12
Deve-se priorizar a verificação do rendimento es-
colar de forma diagnóstica, facilitadora, contínua, 
formativa, dialógica e participativa – para que se 
tenha uma avaliação emancipatória e justa –, que 
não vem sendo aplicada em sala de aula, pois requer 
reflexão e retomada de conceitos, para que o aluno 
não seja o maior prejudicado e injustiçado�
O professor precisa se desvencilhar da avaliação tra-
dicional e conservadora, ele tem que se dar a oportu-
nidade de compreender a reforma educacional, o que 
auxiliará sua prática docente no acompanhamento 
da avaliação do rendimento escolar do aluno�
Para que os resultados da aprendizagem tenham 
significado, o educando precisa ter um padrão mí-
nimo de conhecimento, e não a média mínima das 
notas. O educador deveria trabalhar com o míni-
mo necessário de aprendizado do educando em 
cada conteúdo e, se não alcançado, ele deveria ser 
reorientado�
Uma possibilidade de mudança deste quadro autori-
tário seria a proposta de uma avaliação diagnóstica� 
Nesse sistema, o educando precisa ter o “mínimo 
necessário” de aprendizagem, não o “mínimo pos-
sível”: “Para não ser autoritária e conservadora, a 
avaliação terá de ser diagnóstica, ou seja, deverá ser 
o instrumento dialético do avanço, terá de ser o ins-
trumento da identidade de novos rumos” (LUCKESI, 
1995, p�43)�
Para dar um suporte ao sistema educacional, espe-
cialmente em relação à avaliação, o MEC elaborou 
13
os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) e, mais 
tarde, a Base Nacional Comum Curricular (2017) 
para poder dar um norte aos professores em vários 
segmentos, inclusive diretrizes para a construção 
de várias formas de avaliar o aluno� Foi elaborada 
uma proposta para subsidiar as escolas nas suas 
práticas pedagógicas, os PCN’s falam que:
O professor realiza a avaliação por meio de:
• observação sistemática: acompanhamento 
do processo de aprendizagem dos alunos, 
utilizando alguns instrumentos, como re-
gistro em tabelas, listas de controle, diário 
de classe e outros;
• análise das produções dos alunos: consi-
derar a variedade de produções realizadas 
pelos alunos, para que se possa ter um qua-
dro real das aprendizagens conquistadas. 
Por exemplo: se a avaliação se dá sobre a 
competência dos alunos na produção de tex-
tos, deve-se considerar a totalidade dessa 
produção, que envolve desde os primeiros 
registros escritos, no caderno de lição, até 
os registros das atividades de outras áreas 
e das atividades realizadas especificamente 
para esse aprendizado, além do texto pro-
duzido pelo aluno para os fins específicos 
desta avaliação;
14
• atividades específicas para a avaliação: os 
alunos devem ter objetividade ao expor so-
bre um tema, ao responder um questionário. 
Para isso, é importante, em primeiro lugar, 
garantir que sejam semelhantes às situações 
de aprendizagem comumente realizadas em 
sala de aula; em segundo lugar, deixar cla-
ro para os alunos o que se pretende avaliar, 
pois, inevitavelmente, estarão mais atentos 
a esses aspectos (BRASIL, 1998, p. 98).
No BNCC diz-se:
[...] construir e aplicar procedimentos de 
avaliação formativa de processo ou de re-
sultado que levem em conta os contextos 
e as condições de aprendizagem, tomando 
tais registros como referência para melhorar 
o desempenho da escola, dos professores e 
dos alunos (BRASIL, 2018, p.17).
Todo instrumento de avaliação é sempre uma ava-
liação parcial. Não é possível avaliar um educan-
do usando-se apenas um único instrumento� São 
necessários vários: questionários, provas escritas, 
pesquisas de opinião, debates e arguição oral� Os 
instrumentos são diferentes, mas todos devem trazer 
características significativas e de qualidade, pois 
serão utilizados pelo educador como um momento 
de reflexão�
15
A elaboração e a aplicação desses instrumentos 
deverão estar adequadas tanto para que o educando 
consiga entender os seus objetivos quanto para que 
o educador consiga,com esses instrumentos, coletar 
dados para a qualificação do educando.
Hoffmann (2001) acredita que a aprendizagem de 
cada aluno pode ser entendida diferentemente, con-
forme sua vivência, ou mesmo conforme a vivência 
do professor� Diante desse contexto, os professores 
precisam tomar cuidado ao avaliar o aluno� É neces-
sário observar e refletir�
É necessário que o processo de construção do co-
nhecimento do aluno seja permanente e sucessivo e 
que se tenha uma relação dialógica de troca, através 
de discussões que possibilitarão o entendimento 
progressivo aluno/professor: o desenvolvimento do 
indivíduo se dá por estágios do pensamento, a partir 
de sua maturação e suas vivências�
16
AVALIAÇÃO
Partindo-se do pressuposto de que o trabalho que o 
professor desenvolve em sala de aula está sempre 
num avaliar constante do aluno, “os resultados da 
avaliação deverão ser utilizados para diagnosticar 
a situação do aluno” (LUCKESI, 1995, p� 84)�
A avaliação não serve só para avaliar o aluno, mas 
também para que o professor possa ter capacidade 
de ler e analisar os dados coletados, não só pensar 
em determinados instrumentos de avaliação, mas 
pensar o que fazer com esses dados� O avaliado 
também precisa perceber que essa avaliação é útil 
para o seu próprio processo de formação�
O professor, por meio de sua prática e de suas consi-
derações sobre o tema, precisa buscar problematiza-
ções sobre a realidade do aluno, que se expressa em 
práticas pedagógicas, em especial o que estamos 
vendo agora, a avaliação de aprendizagem que o 
professor deve aplicar ao aluno�
A prática avaliativa ainda continua sendo de grande 
importância para o professor� O avaliar é necessário 
e fundamental, porém hoje não podemos apenas 
cobrar o conteúdo em que o aluno não aprendeu e 
só decorou, a avaliação tem que ter sentido para o 
aluno�
Podcast 1 
17
https://famonline.instructure.com/files/407245/download?download_frd=1
Avaliação para DIAGNOSTICAR
Conhecimento e reflexão
(RE)Agir
(RE)Planejar
Avaliar para mudar paradigmas
Figura 2: Avaliação diagnóstica. Fonte: Elaboração própria.
A avaliação pode ser de formas diversas:
 ● Diagnóstica;
 ● Formativa;
 ● Contínua;
 ● Somativa�
O professor pode utilizar diferentes instrumentos� 
Você verá, agora, algumas propostas de instrumen-
tos de avaliações que podem ser aplicados aos alu-
nos na prática�
 ● Avaliações escritas:
 � Objetivas;
18
 � Dissertativas;
 � Verdadeiro ou falso;
 � Preenchimentos de lacunas�
 � Avaliação oral;
 � Dramatização;
 � Trabalho;
 � Relatório;
 � Exposição oral dos alunos;
 � Experimentação;
 � Desenho;
 �Maquete;
 � Produção textual;
 � Seminário;
 � Portfólios;
 � Feiras;
Esses exemplos de avaliações podem ser individuais 
ou em equipe�
O professor deve sim utilizar diferentes instrumentos 
para avaliar o aluno, nunca um único tipo, sempre 
vários, assim ele pode obter um melhor diagnóstico 
do aluno�
19
Avaliação Interna
Avaliação Educacional
Avaliação de Aprendizagem
Avaliação Externa
Figura 3:  Avaliação. Fonte: Elaboração própria.
Podcast 2 
Para subsidiar o professor em sua prática docente 
e, consequentemente, auxiliar na avaliação do ren-
dimento escolar do aluno, segue sugestões:
 ● Utilização dos resultados da avaliação como um 
dos elementos norteadores do trabalho do professor�
 ● Uso de mais de uma forma de avaliação para a 
verificação do desempenho do aluno.
 ● Aplicação de vários tipos de provas para avaliar 
a aprendizagem�
 ● Desempenho do aluno refletido no conceito que 
lhe foi atribuído.
Essas sugestões são de grande importância para 
a aplicação de avaliações para o desempenho do 
aluno�
20
https://famonline.instructure.com/files/407246/download?download_frd=1
Etapas de correção para uma 
avaliação
Ao fazer uma avaliação, o professor deve pensar em 
vários aspectos, independentemente do tipo de ava-
lição que ele irá aplicar� Para isso, ele terá que saber 
o instrumento que realizará e como será avaliado; é 
preciso que ele tenha em mente algumas estratégias 
para todas as etapas da avaliação, ou seja, é preci-
so ter começo, meio e fim bem claros, não só para 
o aluno que realizará a prova, mas também para o 
professor no momento de corrigi-la�
Analise alguns passos para que o professor tenha 
um método pedagógico para a correção:
 ● Ter foco;
 ● Definir objetivos;
 ● Ter coerência;
 ● Ter fundamentação;
 ● Ter indicadores;
 ● Não colocar errado, porém orientar;
 ● Feedbacks: “muito bom”, “parabéns”, “ótimo”;
 ● Divulgar o resultado individualmente, mostrando 
onde e o que ele não aprendeu;
 ● Resolver coletivamente as provas após a corre-
ção� Sempre que o aluno estiver já com a prova em 
mãos, para ele poder perceber onde não alcançou 
suas expectativas;
21
 ● Dar dicas durante a correção coletiva, para que a 
prova seja uma garantia de aprendizagem e não de 
medição;
 ● Dessa forma, separamos algumas dicas para ga-
rantir que a correção seja uma forma de fazer os 
alunos avançarem�
 ● Após a correção coletiva, estar sempre pronto a 
atender aos alunos e orientá-los conforme suas 
necessidades�
Feedback ao aluno da Avaliação
É fundamental para o aluno que o professor dê um 
feedback para ele, ou melhor, não só para o aluno, é 
importante também para o professor. A partir daí o 
professor poderá fazer uma avaliação diagnóstica do 
aluno e o aluno, sabendo o que e onde não aprendeu, 
saberá o que terá que estudar� O professor saberá 
onde poderá ajudá-lo�
Esse feedback aos alunos tem que ter clareza, assim 
ao aluno, tendo este retorno, o ensino passa a ter 
mais significado, e com a ajuda do professor ele terá 
a oportunidade de rever os conteúdos não aprendi-
dos, motivando-o a rever o que não aprendeu�
O professor deve ter muito cuidado ao conversar 
com o aluno� Ele precisa se preocupar com que o 
aluno seja motivado para entender o que realmente 
ele está pedindo, para que o aluno não se acomode e 
acabe se desinteressando e desligando do conceito 
22
pedido, pois haverá consequências ao aprendizado 
do aluno�
Nesse retorno ao aluno:
 ● O professor deve ser claro;
 ● É necessário mostrar ao aluno o que ele estava 
pedindo na avaliação;
 ● Se o feedback tiver acertos, o professor deve elogiá-
-lo, se não tiver, deve motivá-lo e mostrar onde ele 
deve melhorar;
 ● O retorno precisa ser o mais rápido o possível, 
para que o aluno tenha mais chances de desenvolver 
suas capacidades;
 ● A retomada do conteúdo tem que ser de uma for-
ma que não atrapalhe o desenvolvimento da sala� 
O professor precisa se adequar de maneira que o 
aluno prejudicado não seja exposto� Ele precisa de 
um momento e um lugar certo;
 ● Não fazer comparações entre os alunos;
 ● O professor deve estar sempre acompanhando 
o aluno, isso é fundamental para a aprendizagem�
23
AVALIAÇÕES EXTERNAS
É importante lembrarmos essa necessidade da ideia 
da avaliação e que serve como um instrumento de 
orientação e condução, para que o currículo possa, 
depois, inclusive, ser replanejado e repensado� Mas 
sabemos que existem avaliações que são mais lo-
calizadas, mais direcionadas� Quando se trata, por 
exemplo, de uma avaliação externa, que visa uma 
avaliação mais integral, mais conjunta de todo o 
processo, o trabalho de todos os envolvidos acaba 
por ser evidenciado, avaliado�
Além da avaliação interna, aqui no Brasil existem 
avaliações externas, que servem para diferentes 
fins, na verdade as duas se opõem, conforme a LDB 
9394/96, que diz que a avaliação deve ser contínua, 
porém as avaliações externas são para classificar, é 
uma avaliação somativa, é o melhor jeito de listar os 
alunos pela quantidade de conhecimentos que eles 
dominam — além das avaliações externas também 
no caso dos vestibulares ou de outros concursos —, 
enquanto a formativa é muito mais adequada ao dia 
a dia da sala de aula� Na avaliação interna é:
[...] fundamental o desvelamento dos prin-
cípios que norteiam as práticas avaliativas, 
procedendo à sua análise não apenas emuma dimensão técnica, mas, também, em 
uma dimensão política e ideológica (SOUSA, 
1997, p. 131).
24
As avalições externas são ações federais e têm sido 
a questão pedagógica nesse campo� Vamos os tipos 
de avaliações externas que temos aqui no Brasil:
Tabela 3:  Tipos de avaliação externas. Fonte: Instituto Unibanco.
Os diversos atos normativos que têm definido a po-
lítica educacional parecem apontar para o sentido 
de uma educação democrática comprometida com 
a qualidade de formação do aluno� Portanto, o de-
safio maior agora é compreender o fenômeno da 
avaliação diante desses processos desencadeados 
pelas diferentes políticas educacionais.
SAIBA MAIS
Para compreender melhor a avaliação diagnós-
tica, acesse o link a seguir e analise a imagem 
apresentada�
Fonte: https://perolastic.blogspot.com/2017/09/
sintese-avaliacao-diagnostica.html
25
https://www.institutounibanco.org.br/wp-content/uploads/2016/04/Aprendizagem_em_foco-n.08.pdf
https://perolastic.blogspot.com/2017/09/sintese-avaliacao-diagnostica.html
https://perolastic.blogspot.com/2017/09/sintese-avaliacao-diagnostica.html
SAIBA MAIS
O vídeo a seguir traz uma breve reflexão acerca 
da avaliação de aprendizado para o aluno, aces-
se e aprofunde os seus estudos:
https://www.youtube.com/watch?v=KNJS9-
-m7hcI&list=RDKNJS9-m7hcI&index=1
26
https://www.youtube.com/watch?v=KNJS9-m7hcI&list=RDKNJS9-m7hcI&index=1
https://www.youtube.com/watch?v=KNJS9-m7hcI&list=RDKNJS9-m7hcI&index=1
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A intenção deste módulo foi a de fazer algumas re-
flexões sobre a avaliação da aprendizagem, a qual 
assume uma condição estratégica que pode con-
tribuir tanto para a democratização da educação 
quanto para uma discriminação injusta�
O objetivo da avaliação visa a respeitar os ritmos 
individuais de aprendizagem de cada aluno, garan-
tindo uma vida escolar de sucessos�
Um dos problemas atuais que atinge os professores 
é saber como implementar um processo de avalia-
ção que não seja punitivo, seletivo ou excludente� 
Além disso, é preciso descobrir como fazer da avalia-
ção um instrumento de acompanhamento e diálogo�
Um sistema de avaliação, como visto, precisa ser 
considerado parte fundamental de todo o proces-
so educacional, servindo ao desenvolvimento das 
capacidades dos alunos no sentido de possibilitar 
uma ligação entre teoria e prática�
O professor precisa se desvencilhar da avaliação 
tradicional e conservadora, dar-se a oportunidade 
de compreender os documentos oficiais que auxi-
liarão sua prática docente no acompanhamento da 
avaliação do rendimento escolar do aluno�
Não é possível sustentar uma prática contínua e 
sistemática de avaliação escolar se não houver a 
27
conscientização dessas mediações necessárias, ou 
seja, se no planejamento de ensino não se propuser 
o que irá acontecer na sala de aula, se não se pensar 
na teoria pedagógica que estará sendo adotada em 
suas mediações com as teorias que devem sustentar 
o processo avaliativo da escola�
28
SÍNTESE
• A avaliação ainda é de grande importância, desde 
que seja para a construção da aprendizagem 
significativa do aluno.
• A importância do feedback da avaliação é que o 
professor precisa ter várias estratégias, inclusive 
para não deixar o aluno constrangido, ele pode fazer 
a correção e a entrega da prova individual, depois 
sim fazer uma correção coletiva;
• O professor deve estar atento às correções de 
suas avaliações para que não seja imparcial quanto 
aos resultados. Ele pode utilizar métodos como 
indicadores de correção;
• Instrumentos de avaliação que o professor pode 
trabalhar: o professor não deve trabalhar com um 
único instrumento, deve diversificá-los para que o 
aluno tenha oportunidades e experiências 
diferentes;
• A avaliação deve servir como instrumento de 
diagnóstico para que o professor possa conseguir 
avaliar o aluno com qualidade e não com 
quantidade, deixando de ser uma avaliação meritória 
e passando ser mediadora;
DIDÁTICA
• Práticas avaliativas aplicadas pelo professor em 
sala de aula para os alunos;
• A avaliação dos alunos sofreram mudanças diante 
de documentos oficiais e alguns teóricos, ainda que 
exista um descompasso de alguns professores em 
relação à avaliação tradicional e a prática avaliativa 
a partir da LDB 9394/96;
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Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 
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ZABALA, A� et al Didática Geral� Porto Alegre: 
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