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Anatomia e acesso de Pré-molares e Molares Cavidade Pulpar – Espaço que abriga a polpa dentária, divide-se em: CANAL RADICULAR Cavidade pulpar localizada na porção radicular do dente; Se afunila progressivamente em direção ao ápice, seguindo o contorno externo da raiz; Canal principal geralmente tem forma cônica, secção transversal oval e maior diâmetro em seu orifício; Dividido em terço cervical, médio e apical; Pode apresentar variações quanto ao número, forma, direção e configuração; Geralmente são achatados ou ovais ao sentido MD ou VL. CANAL RETO COM FORAME ÚNICO É EXCECÃO. CLASSIFICACÃO DE VERTUCCI Vertucci em 1984 verificou toda a complexidade dos canais radiculares através do estudo de 200 pré-molares superiores pelo método de diafanização e identificou 8 tipos de classificação. Tipo I: Um único canal estende-se a partir da câmara pulpar para o ápice; Tipo II: Dois canais separados deixam a câmara pulpar e unem-se no ápice para formar uma canal; Tipo III: Um canal deixa a câmara pulpar, se divide em dois dentro da raiz, e em seguida, se transforma em um canal; Tipo IV: Dois canais separados e distintos estendem-se da câmara pulpar até o ápice; Tipo V: Um canal deixa a câmara pulpar e se divide aquém do ápice em dois canais distintos com forame apical separado; Tipo VI: Dois canais separados deixam câmara pulpar, fundem-se no corpo da raiz, e se dividem no ápice para sair como dois canais distintos Tipo VII: Um canal deixa a câmara pulpar, e em seguida divide-se e reencontra-se dentro do corpo da raiz. Depois divide-se em dois canais curtos e distintos no ápice; Tipo VIII: Três canais separados e distintos estendem-se desde a câmara pulpar com o ápice. MOLARES A Anatomia é o maior desafio da Endodontia. SUCESSO: Diagnóstico + Plano de tratamento + Conhecimento Anatômico. Estudos demonstram que o resultado do preparo químico-mecânico depende mais da ANATOMIA ORIGINAL DO CANAL RADICULAR do que do instrumento ou da técnica utilizada, tornando FUNDAMENTAL o conhecimento da morfologia do canal radicular. ÍSTMOS Área estreita em forma de fita que conecta dois ou mais canais; Limpeza e desinfecção dos ístmos é um DESAFIO CLÍNICO pois as próprias técnicas de preparo geram debris que se acumulam nessa região de difícil acesso; O uso da TECNOLOGIA vêm auxiliando na remoção de tecido necrótico e biofilme dessa área. CANAIS ACESSÓRIOS Ramificações diminutas que o comunicam à superfície externa da raiz; VIA DE PASSAGEM de agentes irritantes para o periodonto; Maior prevalência em PRÉ-MOLARES e Molares; Não são observados no Rx mas pode causar espessamento do ligamento ou lesão na região lateral de raiz. Qualuqer ramo do canal radicular principal que se comunica com a superfície externa da raiz. CANAIS LATERAIS: Canais acessórios no terço cervical e médio da raiz, estendendo-se horizontalmente a partir do canal principal; DELTAS APICAIS – Ramificações do canal principal em múltiplos canais acessórios na região apical. REGIÃO APICAL Região de MAIOR COMPLEXIDADE do canal radicular; Porção apical do canal radicular que compreende forame apical e ramificações como canais acessórios e delta apical; *Em penas 6,7 a 46% dos casos: Forame = Ápice* Sempre confirmar com o localizador!!! Pré-molares superiores apresentam mais e maiores foraminas acessórias. CURVATURAS A maioria dos canais são curvos no terço apical: Acesso do instrumento à zona crítica apical é desafiador. EXIGE ATENÇÃO para evitar desgastes excessivos, perfurações, degraus, desvios apicais, além da possibilidade de fratura dos instrumentos devido às tensões proporcionais pelas curvaturas. SULCOS RADICULARES Depressão ou DEFEITOS MORFOLÓGICOS DE DESENVOLVIMENTO; Pode favorecer a retenção e acúmulo de bactérias levando ao desenvolvimento de doença periodontal e endodôntica. CANAL EM C Câmara pulpar única com canal em FORMATO DE FITA no sentido mésio-distal e concavidade geralmente voltada para a vestibular; Interessante a utilização de SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO ATIVOS e TÉCNICA TERMOPLÁSTICA na obturação; Requer cuidados para evitar perfurações. *Ístmo: ÁREA EM FORMA DE FITA QUE UNE DOIS CANAIS* ANATOMIA PRÉ MOLARES SUPERIORES COMPRIMENTO MÉDIO: 21,4mm (De Deus, 1992) 22,3mm (18,8-25,8mm) (Lopes, 2015) Cavidade pulpar mais volumosa em sentido vestíbulo palatino; 1° PM: Alta prevalência de SULCOS RADICULARES no aspecto palatino da raiz vestibular; Apresentam com frequência de CANAIS ACESSÓRIOS; Comum presença de CURVATURA APICAL nos 2° pré-molares. 1° PRÉ-MOLAR SUPERIOR Número de Canais: 1 Canal: 8,3% 2 Canais: 84,2% 3 Canais: 7,5% Número de raízes: 1 Raiz: 35,5% 2 Raízes diferenciadas: 42% 2 Raízes fusionadas: 19% 3 Raízes (2V/1P): 3,5% 2° PRÉ-MOLAR SUPERIOR: Número de Canais: 1 Canal: 53,7% 2 Canais: 46,3% Número de raízes: 1 Raiz: 94,6% 2 Raízes fusionadas: 5,4¨% Cavidade pulpar mais volumosa em sentido vestíbulo palatino do que no mésio distal PRÉ-MOLARES INFERIORES COMPRIMENTO MÉDIO: 21,6mm (De Deus, 1992) 22,9mm (21,2 – 24,2mm) (Lopes, 2015). Cavidade pulpar mais volumosa no sentido vestíbulo palatino; 1° PM – CANAL EM C: 14% das raízes com canal único e duas saídas foraminais. Frequência de CANAIS ACESSÓRIOS maior nos 1° PM. 1° PRÉ-MOLAR INFERIOR Número de raízes: 1 Raiz: 8,3% 2 Raízes: 84,2% 3 Raízes: 7,5% Número de canais: 1 Canal: 66,6% 2 Canais: 31,3% 3 Canais: 2,1% Sempre procurar algo a mais, sempre vai ter uma surpresa* 2° PRÉ-MOLAR INFERIOR Número de Canais: 1 Canal: 53,7% 2 Canais: 46,3% Número de Raízes: Normalmente 1 1° MOLAR SUPERIOR - Apresenta 3 raízes divergentes (MV, DV e P) com 3 ou 4 canais; - Raiz Palatina mais volumosa com frequente curvatura apical para vestibular; - Raiz DV cônica geralmente reta com apenas 1 canal, normalmente mais próximo do canal palatino; - Raiz MV frequentemente apresenta 2 canais que se conectam por meio de ístmos podendo se unir no terço apical ou serem independentes; - Raiz MV um pouco côncova – EVITAR desgaste excessivo; - Canal médio-mesial (4° canal) fica entre o MV prin cipal e o P; - A linha de desenvolvimento no assoalho que guia os canais. 2° MOLAR SUPERIOR - Semelhante ao 1° molar com 3 raízes e 3 a 4 canais; - Raízes mais curtas, menos divergentes e curvas; - Maior tendência ao fusionamento total ou parcial; - Em casos de fusão, o formato da câmara fica bem distorcido e alongado no sentido V-L – nesses casos ficam dispostos quase em linha reta; - Devido essa fusão, esse dente pode apresentar dois canais (V e P). 1° MOLAR INFERIOR - Apresenta 2 raízes (M e D); - Mais de 25% das raízes Distais presentam 2 canais mais amplos que os Mesiais; - Quando há apenas 1 canal Distal, normalmente é oval; - Raiz Mesial geralmente é curva no sentido Distal e apresenta os canais MV e ML; - Canal MV geralmente é maior e mais reto; - 45% dos casos: canais M convergem para forame único; - Cuidado com preparos excessivos na região cervical, devido a presença de concavidades podem levar à perfurações. 2° MOLAR INFERIOR - Semelhante ao 1° Molar porém, as raízes são mais curtas, com ápices mais próximos e canais mais curvos; - Alta presença de anomalia de desenvolvimento com canal em C e radiz entomolaris; - Maior tendência ao fusionamento total ou parcial; - Os orifícios dos canais M se apresentam mais próximos; - Proximidade do dente ao canal mandibular exige maior cuidado para evitar traumas químicos e/ou mecânicos.
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