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Caracterização tecnológica das rochas ornamentais As rochas ornamentais utilizadas para revestimento são submetidas a diversos tipos de solicitações desde a sua extração, passando pelo beneficiamento, até a sua aplicação e, principalmente, o seu uso. Devido a essas solicitações o conhecimento dos índices físico- mecânicos destas rochas é de fundamental importância para o seu dimensionamento e a correta especificação em seus mais variados campos de aplicação. Os referidos índices são obtidos através de ensaios executados segundo procedimentos normalizados, no Brasil estes são normalizados pela ABNT que adotam dispositivos que enfatizam de uma maneira geral: o princípio, aparelhagem, execução do ensaio, amostragem, preparação do corpo de prova, ensaio, expressão dos resultados e o relatório de ensaios. Enfatizaremos inicialmente a amostragem e a preparação dos corpos de prova como determinantes para a confiabilidade dos resultados a serem obtidos durante a realização dos ensaios. Buscar uma amostra adequada, livres de fraturas ou quebras e devidamente identificadas. Onde os bloquetes devem ser os mais representativos possíveis, inclusive contendo as variações mais comuns, de tal maneira que possam refletir adequadamente as necessidades da melhor caracterização possível pelo laboratório. A preparação dos corpos de prova deve, necessariamente, atender aos requisitos das normas, para que os ensaios expressem resultados confiáveis e que reflitam adequadamente as características reais do material analisado. A Amostragem e a Preparação dos Corpos de Prova é parte integrante e primordial do laboratório. Os principais ensaios de caracterização tecnológica requeridos para as rochas se destinam as rochas de uso como materiais de revestimento de edificações, pois estas estão expostas a maiores solicitações. Estes ensaios são normalizados através da norma ABNT NBR 15.845:2010. Os ensaios iniciam-se com uma análise petrográfica: Análise Petrográfica: Corresponde aos estudos Macroscópicos e Microscópicos da rocha, consiste na descrição dos minerais e suas inter-relações, possibilitando a classificação formal da rocha. Os estudos Macroscópicos: Estruturação (estratificações, foliações); Cor (Ex Rochas Ígneas podem exibir coloração rosa a vermelho-escuro, cinza, verde claro a escuro; rochas Amostragem Preparação de corpos-de-Prova Ensaios sedimentares detríticas possuem colorações branco, bege, rosa a avermelhadas) Propriedades macroscópicas das rochas? Os estudos Microscópicos (Descrição de láminas delgadas): Através desses ensaios é possível constatar a composição mineralógica (composição química, condições de formação de cada mineral), textura (Algumas rochas possuem texturas exclusivas, as texturas estão intimamente relacionada a mineralogia e as condições físicas presentes durante o processos de formação da rocha), granulação (A observação dos tamanhos dos grãos, muito bom para rochas sedimentares, pois essas possuem grãos pequenos) Índices Físicos: Para rochas que se destinam ao uso como materiais de revestimento são trabalhadas propriedades como densidade aparente, porosidade aparente e absorção d’água de rochas. Densidade Aparente: Permite calcular o peso da rocha é um importante parâmetro para o cálculo de cargas em edificações. Porosidade Aparente: Relação entre o volume de vazios e o volume total. Absorção d’água de rochas: Capacidade de assimilação ou incorporação de água pela rocha. Rochas com maior porosidade aparente, possuem maior absorção de água e menor resistência mecânica. Rochas sedimentares quando cimentadas e perderem seus poros, terão maior resistência mecânica. Resistência à Compressão Uniaxial: Esse ensaio busca encontrar a maior carga por unidade de área que a rocha pode suportar sem romper, a rocha é comprimida paralelamente ao seu eixo longitudinal, assim com esse ensaio possibilita a determinação da tensão de ruptura da rocha quando submetida a esforços compressivos. Sua finalidade é avaliar a resistência da rocha quando utilizada como elemento estrutural e obter um parâmetro indicativo de sua integridade física para utilização como revestimento de edificações. Resistência ao Congelamento e Degelo: Este ensaio é recomendado para as rochas ornamentais que se destinam a regiões que atingem baixas temperaturas, bem como exportação para países de clima temperado, nos quais é importante o conhecimento prévio da susceptibilidade da rocha a esse processo de alteração. Os sistemas de tensões gerados pela expansão do gelo, seguidos da distensão pelo degelo, promovem lentamente a redução da resistência das rochas ou até a sua completa desagregação. Naquelas rochas que apresentam como característica uma alta absorção d’água e, como consequência, grande quantidade de poros, o enfraquecimento será ainda mais preocupante. Resistência à Flexão Carregamento em 3 Pontos: Este ensaio consiste em avaliar a aptidão da rocha para uso em revestimento ou elemento estrutural e também fornecer um parâmetro indicativo de sua resistência à tração. O ensaio de módulo de ruptura ou flexão por carregamento em três pontos visa a determinar a tensão que provoca a ruptura da rocha quando submetida a esforços fletores. Com esse ensaio é possível saber a resistência da rocha quando submetida a um carregamento em 3 pontos. Resistência à Flexão Carregamento em 4 Pontos: Este ensaio orienta o cálculo da espessura em função da área das placas de rochas que sofrem esforços fletores, durante o transporte e após sua colocação em fachadas com a utilização de sistemas de ancoragens metálica para sua fixação. (Existem as formas de aumento da resistência a flexão e também da diminuição da resistência a esforços de pressão a depender da granulação) Coeficiente de Dilatação Térmica Linear: As rochas se dilatam e se comprimem, quando submetidas a alterações contínuas e bruscas de temperatura, é bastante importante caracterizar a reação do material rochoso a este parâmetro. Estabelecer esse coeficiente é muito importante, pois ele definirá os espaçamentos que deverão ser utilizados durante os procedimentos de assentamento. Resistência ao Impacto de Corpo Duro: Esse ensaio consiste em aferir a resistência da rocha ao impacto, sendo determinada através da medição da altura de queda de um corpo sólido que provoca ruptura do corpo de prova. Resistência à Abrasão: Este é um ensaio normalizado pela NBR, utiliza a máquina de Amsler. Esse ensaio visa verificar a redução da altura em mm que a rocha apresentaria após um percurso abrasivo. A medida de desgaste é particularmente importante para materiais que se destinam a revestimentos de pisos, uma vez que procura simular em laboratório a solicitação por abrasão, devido ao tráfego de pessoas ou veículos. Rochas ricas em quartzo, como o Granito, apresentaram bons resultados nesse ensaio, já que sua alta dureza lhe dá boa resistência a abrasão. Rochas ricas em minerais de alta dureza possuirão bons resultados nesse ensaio. É importante destacar que existem outros ensaios, estes citados são os mais utilizados, importante se atentar ao que se deseja conhecer na rocha para se realizar os ensaios adequados, em que se consiga obter as informações necessárias. Muitos elementos contribuem para minimizar ou acelerar a alteração das rochas depois de aplicadas, em função das condições a que estarão submetidas. Por causa dessas novas condições, quer decorrentes da ação humana, quer de intempéricas, fatores poluentes externos, produtos de limpeza e até dos elementos ligantes e fixadores, é importante realizar nas rochas, sobretudo nos produtos finais, os Ensaios de “Alteração Acelerada”, que possibilitam estabelecer medidas preventivas e até de proteção do materialrochoso a ser utilizado. Simulam situações potencialmente degradadoras por meio da exposição da rocha aos agentes e aos poluentes atmosféricos. Lavra de Rochas Ornamentais Consiste em uma atividade cujo objetivo é a remoção de material útil ou economicamente aproveitável dos maciços rochosos ou dos matacões. O produto da etapa de lavra ou extração é o bloco de arestas aproximadamente retangulares, de dimensões variadas. A lavra busca o melhor aproveitamento do material e a maior utilização da capacidade produtiva dos equipamentos nas etapas de beneficiamento. A lavra é a atividade produtiva da extração desenvolvida aplicando-se metodologias apropriadas às características do material e da formação geológica da jazida. São rochas ornamentais submetidas a diferentes graus ou tipos de beneficiamento, onde são obtidos blocos de grande tamanho, que são desdobrados em chapas e após o polimento são vendidas para se transformarem em ladrilhos ou placas de revestimento ou peças ornamentais. Existem outros tipos de lavra de rochas de revestimento citados a baixo: São rochas facilmente separadas em placas. Esses materiais são produzidos, normalmente, com tecnologias semimecanizadas como serras de piso para cortar bloquetes, de tamanho superficial padronizado que serão posteriormente desplacados de forma manual. Como a Lavra de Rochas Ornamentais pode ser feita? Métodos de Lavra: Grande parte dos matacões não são aflorantes, sendo identificados e expostos somente após grande remoção de solo (Os Matacões estão por cima do afloramento). A explotação de matacões caracteriza-se por um menor custo envolvido. Boa parte dos Granitos brasileiros Rochas de revestimento Rochas de revestimento para pedras foliadas Lavra de Matacões estão sendo explotados por esse tipo de lavra. Para esta Lavra é importante levar em consideração 2 aspectos que são: A maioria dos Matacões não serem aflorantes; e a viabilidade econômica das operações da lavra de matacões depender principalmente da qualidade da rocha, se por um lado os custos operacionais são relativamente reduzidos, por outro lado corre- se o risco de se obter recuperações insuficientes. Pode ser feito por painéis verticais ou horizontais, onde cada um se aplica a um tipo de relevo. O desmoronamento ocorre ao longo dos planos de fraturas existentes, com auxílio da gravidade, a partir da deflagração da pólvora negra. Nos pontos de queda (pé da encosta), o volume desmontado é desdobrado em volumes secundários (filões). Este método envolve um baixo custo de operação, entretanto está em desuso, devido o fato de ser inevitável o desperdício de uma considerável quantidade de rocha, pelas características geológico estruturais presentes no maciço e pelo desabamento propriamente dito, acarretando perdas econômicas pelo baixo índice de recuperação da lavra, além disso, há também o aumento do custo de transporte dos rejeitos gerados, para as pilhas de disposição controlada. Aplica-se frequentemente nos casos onde o maciço a ser explorado possui, como característica, a presença de famílias distintas de fraturas com orientações principais preferencialmente ortogonais. Tais fraturas podem ser aproveitadas como planos naturais de separação de porções rochosas, e com auxílio de cortes complementares, obtêm-se volumes liberados e prontos para a realização das operações de recorte e esquadrejamento. Normalmente a produtividade da metodologia da lavra seletiva é muito baixa e, portanto, torna-se necessário adotar velocidades elevadas para o desenvolvimento dos trabalhos mediante a utilização de equipamentos que permitam versatilidade, potência e alta produtividade, bem como também, para as etapas de transporte na pedreira, tem necessidade de espaços bem definidos na pedreira. (Qual a diferença da lavra seletiva para a lavra por desabamento? A lavra seletiva precisa que seja identificada qual o bloco que possui fraturas para que ele seja desabado, é selecionado o bloco para o desabamento) A mina é subdividida em níveis sucessivos de lavra, que evoluem lateralmente de forma sequenciada. Extrações de volumes de rochas através de um ou mais pavimentos nas quais são subparalelos horizontais ou apenas com uma pequena inclinação. A configuração espacial de uma mina por bancadas é melhor observada na fase de lavra avançada, quando a mina assume geometria regular, com altura das bancadas uniformes. altura definida em função da geomorfologia da jazida e das características físico-mecânicas da rocha. O número de níveis em lavra é função das características geomorfológicas do maciço rochoso e das exigências produtivas. Lavra por Bancadas baixas: É uma particularização do método de lavra por bancadas. Onde a altura da bancada corresponde a uma das dimensões do bloco comercializável, geralmente aquela correspondente ao comprimento do bloco. Este método consiste na extração de blocos nas dimensões finais, diretamente do maciço rochoso, sem a necessidade de recorrer Lavra de Maciço Lavra por desmoronamento ou desabamento Lavra Seletiva Lavra por Bancada a processos de subdivisões sucessivas. Quando aplicado a Maciços Homogêneos com pouca presença de defeitos do ponto de vista comercial é possibilitado uma lavra com elevados níveis produtivos. Já quando aplicadas a Maciços Heterogêneos que apresentam incidência de defeitos do ponto de vista comercial, esse método se mostra pouco seletivo, aumentando sensivelmente a produção de blocos de qualidade inferior, que são descartados na forma de rejeito. Este método se aplica perfeitamente para casos onde a jazida possui conformação tabular e possui grande incidência de planos de descontinuidades sub-horizontais, pouco espaçados, caracterizando uma estrutura cebolar, delimitando naturalmente a altura das bancadas, que passa a ser variável em função da esfoliação esferoidal presente. Tais fraturas são aproveitadas como planos naturais de separação de porções rochosas, das quais através de cortes complementares, são liberados volumes prontos para a realização das operações de recorte e esquadrejamento. Para este tipo de lavra é necessário que a configuração da mina apresente com seus elementos constituintes bastante definidos. Lavra por Bancadas baixas: A evolução lateral de cada nível de lavra obedece a uma geometria em “L”, formando “corredores”, que são subdivididos em volumes primários de rocha de formato paralelepipédico. denominados de “quadrotes”, que são lavrados sequencialmente, de maneira que cada “quadrote” avance lateralmente em relação ao outro, caracterizando a geometria em “L”. Este método é melhor aplicado para maciços heterogêneos, geralmente usa-se esse método quando o maciço possui altura de 6-16 m de altura. São feitas aberturas bem alta, onde normalmente é utilizado o fio diamantado para o corte. Os “quadrotes” são desdobrados em volumes secundários, denominados de “filões”, que por sua vez, após a sua completa liberação do maciço rochoso, são tombados em um leito constituído por terra e fragmentos de rocha, com o objetivo de amortecer o impacto de queda. É bem mais oneroso do que o método de bancada baixa. Lavra por Painéis Verticais: Trata-se de uma particularidade do método de lavra por bancadas, é aplicado em maciços com elevado gradiente topográfico e na fase inicial de abertura da mina. O avanço da lavra ocorre de maneira ascendente, em um único “nível”, através do desmonte individual de painéis verticais com altura variável e cuja espessura corresponde, normalmente, ao comprimento do bloco comercializável. Os métodos mais utilizados neste tipo de lavra é o método de Câmara e pilares: Nesse método de desmonte a massa útil é retirada das câmaras deixando umconjunto de pilares que irão suportar um teto na minha escavação. Esse método caracteriza-se pela existência de galerias, que serão paralelas, podendo existir algumas outras variantes desses métodos. Existem outros tipos de lavra subterrânea, como o método de corte enchimento. Existe alguns fatores primordiais para a decisão do uso de lavra subterrânea por exemplo deve-se levar em consideração a qualidade do material existente, a possibilidade de expansão da área licenciada, além das questões ambientais da localidade de extração subterrânea Para que se realize com êxito os trabalhos de desmonte de estabilização de todo esse material rochoso então a gente deve executar estudos como estudo geológico caracterização das estruturas as questões econômicas envolvidas, o rendimento do processo de extração do produto final. A seleção das técnicas para se utilizar devem levar em consideração as características do material rochoso, a composição mineralógica, a estrutura da rocha, o método de lavra mais adequado para a extração do material, as questões relacionadas aos recursos financeiros disponíveis e também as questões ambientais. Lavra Subterrânea Tecnologias de Lavra Beneficiamento de Rochas Ornamentais Visa basicamente a transformação dos blocos, extraídos na fase de lavra, em produtos finais ou semiacabados. É separado nas fases de: Beneficiamento Primário ou Desdobramento e Beneficiamento Secundário. Compreende a preparação e serragem dos blocos em chapas de espessura variável, usualmente dois ou três centímetros. Na preparação do bloco para a etapa de serragem, independente da tecnologia utilizada, eventualmente é feito o envelopamento do mesmo com resinas especiais, por tratar de materiais com trincas acentuadas, geralmente, tipos considerados exóticos no mercado das rochas ornamentais. É processado essencialmente por teares multilâmina (também denominados de convencionais) ou multifio, e secundariamente, por talha-blocos e teares diamantados. Mono-Fio: É uma máquina de corte de rocha ornamental, por um fio diamantado, que tem como principal finalidade a preparação da matéria prima extraída em bruto para posteriores processamentos, por essa razão este tipo de maquinário está preparado para processar blocos em grandes dimensões, como serragens em chapas, corte por disco, ou até acertos de cortes. A principal vantagem deste método além do funcionamento e do baixo consumo energético, é a área útil de corte, que é superior a maioria das outras máquinas. Os limites máximos dependem do fio diamantado utilizado e da pedra que está sendo cortada. Teares multilâmina à granalha (Teor de Lâminas com Lama Abrasiva) Este corte ocorre pela ação da granalha como o principal elemento abrasivo conduzido por um conjunto de lâminas movimentado pelo tear. O tear é formado por uma estrutura de sustentação com quatro colunas, que suportam o peso do quadro porta-lâminas. As lâminas são dispostas no sentido longitudinal do maior comprimento do bloco de material a ser beneficiado e tensionadas para manter um perfeito paralelismo durante o corte. Esse quadro é acionado por motor elétrico, que com auxílio de um volante, imprime um movimento pendular, responsável pelo atrito entre as lâminas, o elemento abrasivo (granalha) e o bloco a ser cortado. Simultaneamente, o conjunto quadro-lâminas é pressionado contra o bloco em um movimento de descida (cala), provocando o corte do material. O movimento pendular do quadro porta-lâminas propicia que a partícula abrasiva (granalha) corte a rocha de três modos, que são: Beneficiamento Primário ou Desdobramento Envelopamento de Blocos Desdobramento de Blocos • Riscamento; • Rolamento; e • Impacto. O tear multilâmina utiliza, para o corte, lâminas de aço com ajuda de uma mistura abrasiva composta por água, cal hidratada, granalha de aço e pó de rocha. Essa lama abrasiva percorre um circuito fechado sendo bombeada continuamente banhando o bloco a ser cortado. Tear de Lâminas Diamantadas: Cortador de Blocos tipo Monodisco: O disco gira a uma alta velocidade e no disco há um diamante industrial incrustrado na periferia do disco, usado para rochas de alta dureza. Cortador de Blocos tipo Multidisco: Utilizado para produzir tiras no aproveitamento de peças pequenas. As chapas são submetidas a acabamento superficial, com ou sem resinagem, que pode ser um simples desbaste, polimento, escovado, flameado. O polimento é considerado o mais importante tipo de beneficiamento, de acabamento superficial da rocha, entre os tipos de desgaste, que ocorre nesses processos é presente o de abrasão. O processo de polimento e lustro de rochas ornamentais caracteriza-se por ser uma série de operações que reduzem a rugosidade da superfície trabalhada com vistas a transformá-la em uma placa com brilho. A intensidade do brilho que determinada superfície apresenta é função das propriedades refletivas da rocha, sendo também inversamente proporcional à sua rugosidade. Logo, o brilho e o lustro de uma rocha ornamental são Beneficiamento Secundário Polimento conseguidos pela eliminação dessas rugosidades herdadas na etapa de beneficiamento primário e pelo “fechamento dos poros” entre os diferentes minerais que formam a rocha. Para que se tenha um melhor desempenho é indispensável que se conheça as características da rocha e as formas de trabalho das máquinas. Os processos de beneficiam secundário irão variar de acordo com o nível de automação, os níveis são: • Manual; • Semiautomático; • Automático Processos Manuais: A pressão do cabeçote e a trajetória do seu movimento sobre a superfície a ser polida dependem exclusivamente da ação direta do operador. O uso destas politrizes é bastante restrito, não sendo recomendadas para empresas de beneficiamento que desejam trabalhar com produtos de alta qualidade e elevado nível de produção Processos Semiautomáticos: No trabalho com esse tipo de equipamento existe alguns movimentos padronizados, que são: o tipo de movimento, a sequencia de abrasivos, a pressão do satélite, podem ser programados no painel da máquina. Neste processo é utilizado vários cabeçote, vários satélites, e a chapa fica fixa em bancadas e a trave promove o movimento dos satélites sobre a superfície das chapas de forma automática. Processo Automático: Ocasiona uma produtividade bem mais alta do que os processos manuais e semi automáticos. Isso se deve ao número de satélites que o equipamento possui, quanto maior a quantidade de satélites consequentemente alcançará uma rapidez e uma produtividade bem mais alta. A rocha pode ser submetida a outros tipos de acabamentos superficiais, sendo os principais citados a seguir: Flameamento: É resultado do processo de acabamento da superfície da chapa bruta, utilizando água e maçarico de chama com alta pressão e temperatura da ordem de 1.500°C sobre a superfície, obtida com a mistura de oxigênio e acetileno. Devido a diferença nos coeficientes de dilatação térmica entre os minerais constituintes das rochas silicáticas, o choque térmico causado pela passagem do maçarico sucedido pela água, provoca o desprendimento dos grãos de quartzo, resultando em uma superfície áspera com aspecto rústico. É necessário cuidado ao se utilizar esse processo, já que com os desprendimentos dos quartzos, as rochas terão diminuição de resistência e também aumento de microfissuras. Apicoamento: Esse tipo de beneficiamento secundário processa-se como auxílio de um martelo pneumático, com um bit específico para essa finalidade que, dependendo do seu desenho, confere um acabamento específico na superfície da chapa. O impacto deste equipamento no material trabalhado causa uma fragmentação dos minerais, obtendo-se assim um acabamento áspero e opaco. As chapas de rochas tratadas com esse tipo de acabamento são utilizadas geralmente para pavimentação externa, revestimentos de fachada, degraus e peças especiais. Jateamento: É realizado na chapa serrada uma limpeza, com auxílio de uma bomba de pressão, por meio de uma solução formada pela combinação de ácidos inorgânicos, corante e água. Cujo resultado será uma superfície lisa, porém ainda vai ser uma superfície rústica e sem brilho. Escovação: Este processo é geralmente realizado com o auxílio de um prato para polimento de rochas carbonáticas, ao final se terá uma rocha rústica mas é possível verificar um leve brilho. O conhecimento dos processos produtivos das rochas facilita sua comercialização. As rochas ornamentais podem ser divididas em três grupos: Ardósias, Mármores e Granitos, e Quartzitos. São lavradas de forma a céu aberto, com bancadas e circuitos fechados. O primeiro passo para sua lavra é o decapeamento do terreno, nessa etapa é gerado a maior parte de rejeitos. A lavra é realizada em degraus, inicialmente são feitos cortes verticais, para que o corpo adquira formas retangulares. No beneficiamento a rocha passa por laminação, onde os lajões serão abertos com cunha e uma marreta para obtenção de chapas onde essas chapas terão menor espessuras já no corte. São explorados com Lavra a Céu Aberto, o tipo mais comum de lavra utilizada é a lavra em bancadas, sendo lavradas por desabamento ou até mesmo em matacões. Após o processo de lavra existem diversas técnicas de corte, as mais utilizadas são por meio de teares de lâminas de fio diamantados, após o corte os blocos irão para o polimento e lustro, e no acabamento podem ser utilizadas diversos processos, dependendo de qual será a demanda para solicitação. São lavrados a céu aberto em bancadas, sua lavra inicia no decapeamento. No beneficiamento inicialmente serão laminadas, normalmente o quartizito não necessita de um acabemento final. As peças recebem nomeação de acordo com o seu aproveitamento econômico. Nos casos em que é necessário um acabamento industrial são realizados alguns processos como cortagem. Processo Produtivo Ardósias Granitos e Mármores Quartzitos Rochas Carbonáticas As rochas carbonáticas ou calcárias são rochas sedimentares constituídas predominantemente por calcita (carbonato de cálcio) e/ou dolomita (carbonato de cálcio e magnésio). Podem ainda conter impurezas como matéria orgânica, silicatos, fosfatos, sulfetos, sulfatos, óxidos e outros. Essas rochas são depositadas naturalmente em ambientes marinhos ou continentais de águas rasas. Também podem se formar pela erosão ou lixiviação e posterior transporte do material carbonático de zonas de dissolução a zonas de precipitação, que normalmente leva à sedimentação destas rochas em camadas paralelas e horizontais. Na superfície terrestre, as rochas carbonáticas ocorrem em afloramentos de formas diversas, podendo ser tanto de origem orgânica quanto de origem clástica e/ou química, sendo também relacionadas aos terrenos cársticos. A formação dos sedimentos carbonáticos ocorre essencialmente a partir de processos biológicos e bioquímicos. São empregadas na produção de bicarbonato de cálcio, pasta de dente, indústria do papel, de tintas, de plástico, de cimento, da cerâmica e metalurgia e é utilizada também na agricultura na alimentação de animais, no tratamento de efluentes, diversas são as aplicações das rochas carbonáticas, o que confere sua importância econômica. É importante ressaltar que esse tipo de rocha pode provocar armadilhas para reserva de petróleo, e também de depósitos de chumbo, zinco e também permite o desenvolvimento do ecoturismo em regiões cársticas. Estão presentes em um grande volume da terra, pode-se dizer que essas rochas estão presentes em diversas unidades litoestratigráficas. Chegam a ocupar entre 10 e 15% do volume total. No território brasileiro é possível observar extensas áreas de reservas. Sua tipologia é estratégica, podendo oscilar de extensas e espessas camadas, até dimensões métricas a quilométricas. Além da presença de minerais primários, também terá minerais secundários. A aragonita possui a mesma composição química da calcita entretanto, apresenta uma diferença na estrutura cristalina. Os minerais carbonáticos são agrupados em famílias, de acordo com o seu sistema cristalino ou até mesmo a organização interna dos seus átomos. Seus sistemas cristalinos podem ser escalenoédrico, romboédrico, romboedro. A calcita e a dolomita possuem sistema cristalino trigonal e hábito escalonoédrico ou romboédrico, no caso da aragonita se cristaliza no sistema ortorrômbico, com hábito bipiramidal. Usos Especificações Mineralogia Existem diversas classificações e nomenclaturas dos calcários. A classificação de calcitas e dolomitas irá depender dos componentes da composição mineralógica, que ocorrem em diferentes proporções. Aqueles que apresentam mais de 50% de carbonato de cálcio terá a denominação de calcita já aqueles que há a predominância da dolomita serão rochas dolomíticas, existindo também o calcário magnesiano, as proporções de minerais podem ser observadas tanto na tabela quanto no diagrama. Quando o cálcio for submetido a altas pressões, comprimido e aquecido profundamente na superfície da Terra dará origem aos mármores. A impureza mais comum nas rochas carbonatadas, convertem um calcário de alto cálcio em marga (rocha argilosa). Quando calcinado, produz cal com propriedades hidráulicas, calcários contendo entre 5 e 10% de material argiloso produzem cal fracamente hidráulica, entretanto, com uma contaminação entre 15 e 30% resultam numa cal altamente hidráulica. A sílica que ocorre como areia, fragmentos de quartzo e, em estado combinado, como feldspato, mica, talco e serpentinito, produz efeitos nocivos ao calcário. São raramente encontrados nos calcários e não constituem objeções ao uso da rocha, salvo se produtos finais com elevada pureza sejam exigidos. Quando presentes em pequenas proporções, essas impurezas podem ser eliminadas durante a queima do calcário. Isso só é válido para o processamento da rocha ao qual está inserida uma etapa de calcinação, como acontece com a obtenção da cal. As colorações presentes nos calcários passam desde um branco neve até um preto, podendo ser cinza claro ou escuro dependendo da quantidade e do tipo de impureza que ocorra neste material, ele poderá ter colorações específicas como os tons de vermelho, amarelo, azul. Rocha com coloração avermelhada contém teores de argila em sua composição. A Calcita é um dos minerais mais comuns da superfície da Terra, e dependendo de onde ela foi encontrada pode variar desde uma amarelo até mesmo a uma coloração em coluna. Algumas espécies foram encontradas onde o mineral era colorido, podendo ser: verde, azul, cinza, até mesmo vermelho, já foram encontradas calcitas coloração marrom mais escura puxada para preta. A maior parte das Minas de calcário são lavradas a céu aberto, sendo chamadas em todo o mundo de pedreiras. Em muitas áreas por razões técnicas, ambientais ou até mesmo de escala Argilas Classificação Impurezas das Rochas Calcárias Impurezas Silicosas Compostos de Sódioe Potássio Colorações Lavra de produção utiliza-se a lavra subterrânea. A lavra das rochas carbonáticas possui como principais etapas: Constitui inicialmente a remoção do capeamento, posteriormente perfuração e desmonte por explosivos, em seguida o transporte até a usina de processamento. Para a seleção dos equipamentos é necessário levar em consideração algumas particularidades de cada operação, como: a capacidade de produção, o tamanho e forma do depósito, a distância de transporte, a localização, as questões econômicas que envolvem o produto, além das questões ambientais e a segurança. A remoção do capeamento é um elemento chave no custo da lavra a céu aberto, pois ela interfere na relação estéril/minério economicamente viável e consequentemente na escala de produção que será responsável pela viabilidade econômica de várias Minas. Após isso, será o processo de desenvolvimento da mina, que inicia pelo plano de fogo (onde é feito o planejamento do desmonte da mina). Após, será feito o desmonte (onde é necessário programação prévia e os furos são preenchidos de acordo com o plano de fogo). por fim, é feito o transporte do material até a usina de beneficiamento. Após a retirada do calcário, os blocos irão passar por um processo de britagem onde haverá a redução do material a grão, depois esse material pode passar para um processo mecânico e químico até virar um pó, onde esse pó pode ser utilizado principalmente na regulação do PH de um solo. A questão do tratamento do calcário está diretamente relacionada à sua aplicação. Existem processos básicos em que essas rochas carbonáticas irão passar por um processo de lavra seletiva, de captação manual, posteriormente por uma britagem e peneiramento. Para que se chegue a um produto final desejado pelo comércio, pelo consumidor final. A obtenção de produtos, para aplicações consideradas nobres, necessita de um circuito complexo de beneficiamento. Isto acontece quando se busca produtos para as indústrias de: papel, plásticos, tintas, borrachas, entre outras. Nestes casos, exige-se a prática da moagem com mínima contaminação por ferro. Assim, empregam-se moinhos tipo Raymond e, nos casos mais críticos, utilizam-se moinhos autógeno e/ou de bolas com revestimentos e meio moedor especiais. A contaminação por ferro responde, diretamente, pela queda na alvura dos produtos de rochas carbonatadas, bem como pela diminuição de seu valor agregado. No caso da flotação, a separação magnética, entre outros, são processos usados para concentração de calcário e/ou remoção das impurezas quando necessária. Desse modo, são obtidos produtos de carbonato de cálcio, por meios físicos de purificação e/ou beneficiamento, com elevados índices de pureza para atender à necessidade do mercado a que se destina o produto. A questão é que ao tratar do processamento das rochas calcárias a necessidade de um certo grau de pureza a depender da aplicação mais nobre, seja na indústria do papel do parte da quinta da borracha, mas há também alguns produtos de uso final sem um controle tão rígido de pureza. Beneficiamento Usos e Aplicações das Rochas Carbonáticas As rochas carbonáticas apresentam diversas aplicações, como: controle de ph do solo na produção, purificação de ar, na indústria do papel, da tinta, do plástico, as mais diversas aplicações. O processo do carbonato de cálcio consiste inicialmente na caracterização das rochas, posteriormente na lavra, em seguida esse material irá para a moagem e classificação. Com o avanço das tecnologias das informáticas tem sido cada vez mais ampla a utilização das rochas carbonáticas no mercado atual. É uma indústria que apresenta exigência com relação aos teores, e a pureza do material, com essa finalidade o cálcio deve ter uma granulometria muito fina, muitas vezes o carbonato de cálcio moído (GCC), é muito utilizado na aplicação e na produção de resinas de PVC na indústria do papel e da tinta. Nessas aplicações busca-se um material com maior índice de pureza e menor índice de impurezas, ou seja, escolhe-se pedreiras que forneçam conteúdos de sílica, de argila ou até mesmo de ferro em pequenas porcentagens. As impurezas têm um ponto positivo porque graus de impureza muito elevado podem implicar nas alterações das propriedades do produto final. A combinação do carbonato de cálcio pode ser tanto por via seca, seguindo as etapas de britagem, classificação e moagem em moinhos de rolo do tipo Reymond ou pode ser feito por meio de moinhos de bolas, desde que haja cuidado especial para evitar a contaminação por ferro. Deve-se levar em consideração as etapas de moagem e classificação na utilização do carbonato de cálcio com aplicação na indústria plástica. É importante ressaltar que o consumo de energia aumenta significativamente com relação a moagem de granulometrias mais finas. As vantagens de se utilizar o carbonato de cálcio moído (Gcc) é devido a sua dureza, as suas propriedades de tensão, à textura, brilho superficial, proporcionar resistência ao polímero e ter baixo custo. Isso faz com que esse tipo de material seja utilizado por exemplo na indústria de PVC, de fraldas de plásticos em geral onde favorece a manufatura do poliéster. O Cal é obtido pela calcinação das pedras calcárias fragmentados e submetidas a uma temperatura de 850 até 1300 °C, onde se libera o dióxido de carbono e obtém-se óxidos de cálcio ou óxido de cálcio magnésio (isso irá depender do produto inicial). A Cal possui algumas especificações: Inicialmente a Cal Virgem (Cal Viva) que é o produto resultante da queima de rochas calcárias, compostas predominantemente por óxido de cálcio e magnésio. Tem-se a Cal Hidratada que é a combinação da cal virgem com água. A Cal Virgem pode ser calcítica, dolomítica ou magnesiana e isso irá implicar nos teores de magnésio na sua composição. Há Aplicação do Carbonato de Cálcio na Indústria do Plástico Vantagens no Uso do GCC na Indústria de Plásticos Fabricação da Cal ou Quimicamente Óxido de Cálcio também a Cal Hidráulica que é obtida a partir de um calcário mais argiloso, ela é obtida através da sua hidratação, de modo semelhante ao que ocorre na fabricação do cimento. Todo o processo se inicia com a lavra, posteriormente a pedra calcária é britada e em seguida é levada ao forno para calcinação, geralmente o combustível utilizado nesta etapa é o carvão, pois ele assegura que produto contendo baixo teor de sulfato produza Cal Virgem. Então após a queima o produto vai ser hidratado e transformado Cal Virgem em Cal Hidratada. A hidratação correta é de fundamental importância pois a cal hidráulica será usada em diferentes propriedades, em diferentes aplicações, e para isso é necessário que as suas propriedades não sejam alteradas. O processo de extração é um processo exotérmico, posteriormente o material é moído em um moinho de bolas para produzir um pó com uma finura bastante homogênea e finalmente depois esse pó vai ser embalado e vendidos. O calcário a deve ser aquecido a uma temperatura de dissociação dos carbonatos, há uma temperatura mínima de dissociação, onde ele deve ser mantido por um período definido de acordo com as impurezas que estão contidas no material inicial. A calcinação libera altas taxas de CO2 que deve ser removido do ambiente o mais rápido possível, para que não se propague por longas distâncias. A calcinação depende de alguns fatores, que são: As impurezas existentes no material rochoso, as diferenças de cristalinidade, as ligações entre os grãos, as variações de densidade, as temperaturas de decomposição durante a calcinação. Existem faixas diferentes de acordo com as impurezas, com as temperaturas de decomposição. A indústria do cimento é uma indústria mais exigente, portanto, há necessidade que o composto químico, a composição química do carbonato de cálcio,apresente algumas especificidades como: Elevado teor de carbonato de cálcio baixos teores de sílica, além de ter óxido de ferro e alumínio, bem como baixo teor de magnésio, que é o mais comum nos calcários. É um produto resultante da queima da mistura da argila com calcário ou de materiais semelhantes, sendo conhecido como cimento Portland. Um cimento é um produto obtido pela pulverização do clínquer, que é constituído essencialmente por silicatos de cálcio e de sulfato de cálcio, além de outros materiais que o teor não exceda 1% do valor total, com isso podem ser gerados alguns tipos de Cimentos específicos com base na matéria prima e no processo de fabricação (a partir do meu produto inicial eu consigo obter a especificidade do meu produto final). Outras aplicações das Rochas Carbonáticas: Clínquer Processo de Fabricação da Cal Fabricação de Cimento Fabricação de Tintas Fabricação de Vidros Uso do Calcário na Agricultura Uso do Calcário na Alimentação Animal Rochas Ornamentais ou Decorativos Dureza da Água Argilominerais Os minerais argilosos são um importante grupo de minerais, formam um importante e complexo grupo, que são formados por pelo ao menos 41 silicatos, principalmente de alumínio e às vezes de magnésio de ferro, os argilominerais formados pela ação do intemperismo. Todos os argilominerais são silicatos que apresentam baixa dureza, densidade relativamente baixa, boa clivagem em uma única direção. É um termo genérico que faz referência a compostos minerais de tamanho muito reduzido, que se comportam de maneira rígida quando secos e de maneira plástica quando são misturados com água. São essencialmente constituídos por argilominerais que podem conter também diversos tipos de impurezas que serão responsáveis por alterar as propriedades desses argilominerais. Ao depender do grau de coesão entre as partículas, as argilas podem ocorrer como agregados granulares bem consolidados ou como componente principal de uma rocha argilosa consolidada. As diversas aplicações das argilas nas indústrias se fundamentam nas propriedades físicas e físico química desses materiais que estão relacionadas principalmente a 3 fatores: O reduzido tamanho das partículas, a morfologia dos cristais na formação das lâminas e as substituições isomórficas que ocorrem nesses minerais. As argilas podem apresentar variadas cores e estas vão variar em decorrência da sua composição química, as condições físicas e químicas do ambiente de deposição do sedimento também deve ser levada em consideração com relação a essa coloração. Indicam ausência de matéria orgânica, assim são compostas basicamente de manganês, ferro e titânio. Irão indicar a presença de hidróxidos, de óxido de ferro. Indicam a presença de matéria orgânica, magnetita e óxido de manganês. Estão relacionadas a presença do óxido de ferro, clorita, bem como a possível presença de olivinas e minerais de cobre. Argilas Brancas O que são Argilas? Relação entre as Cores e a Composição Química das Argilas Argilas Amarelas Argilas mais cinzas ou até mais puxado para o preto Argilas Roxas Na realização de um mapeamento ao se observar o solo é possível observar alteração da coloração, onde pode-se muitas vezes associar essa coloração ao que se tem no substrato. A grande diversidade textural e composicional das argilas faz com que seja possível agrupá-las com base na sua ocorrência e na aplicação, baseado-se em alguns critérios para diferenciar esses inúmeros tipos de argilas existentes tem-se uma classificação bastante utilizado no mercado nacional e no mercado Internacional que é baseada nas propriedades e nas aplicações, com isso são definidos 6 grandes tipos de argilas, que são: Argilas Comum, Plásticas, Refratárias, Bentonita, há também as terras que serão caracterizadas de argilas ou descorante. Correspondem a um grupo bastante complexo de silicatos hidratados de alumínio ou de magnésio, dependendo do grau de substituição por outros elementos na estrutura cristalina, essas composições químicas irão se tornar ainda mais complexa. Apesar de haver algumas exceções a estrutura cristalina típica dos argilominerais é a dos filossilicatos, que são minerais formados por empilhamento regular de camadas ou folhas. A estrutura contempla um espaços que servem para instalação de sucessivas camadas iônicas que podem alojar diversos tipos de elementos, como: sódio, potássio, cálcio, lítio ou até mesmo moléculas de água. O arranjo cristalino dos grupos dos argilo minerais mais comum, que é o caso do grupo da caulinita, tem-se um arranjo um para um, que são formados por empilhamentos regulares de sucessivas camadas, formados por tetraedros de sílica e alumina sem que haja a presença de íons intramoleculares. As camadas estão conectadas em um arranjo tríplice sendo que cada uma delas está conectada entre si por uma camada, onde essa camada, pode ser formado por diversos íons, que ocasionam a insenção de materiais na estrutura dos argilos minerais. Além de classificar os argilominerais com base nas suas propriedades e aplicações eles podem ser agrupados com base no grupo dos filossilicatos. Argilominerais É um grupo caracterizado por conter uma estrutura lamelar mais simples formada pelo empilhamento regular de camadas constituídas de tetraedros de sílica e camadas octaédricas de alumínio. Pertencem ao grupo da caulinita: haloisita, os minerais de caulinita. O termo Caulim muitas vezes é utilizado para denominar as argilas brancas, que contém a caulinita como seu principal constituinte. O Caulim é uma argila formada principalmente por ação da atividade intempérie ou até mesmo por ação termal em rochas aluminosas. Dentre as principais formas de ocorrência dos argilo minerais do grupo da caulinita vai se destacar os mantos de alteração que são derivados da decomposição de rochas graníticas ou rochas gnáissicas. O Caulim é um mineral composto de silicatos hidratados de alumínio como a caulinita e a Louise que apresenta características especiais que irão permitir a sua utilização na fabricação de papel, de cerâmica, de tinta, ela vai apresentar plasticidade e resistência mecânica. Esse mineral formado basicamente por caulinita irá apresentar coloração branca ou quase branca, devido baixo teor de óxido de ferro, é um dos é um dos 6 minerais mais abundantes da terra, podendo ocorrer em profundidades de até 10 m, ele se funde a uma temperatura de aproximadamente 1800 °C, e apresenta também um aspecto terroso. As aplicações do caulim serão resultado das várias propriedades físicas e químicas que esses recursos apresenta, além da cor branca, após a sua queima ele é quimicamente inerte em um amplo intervalo de PH. Ele apresenta um ótimo poder de cobertura quando usado como material de preenchimento de carga, apresenta maciez elevada e brasividade baixa, além de ser um isolante térmico, elétrico, apresenta grande abundância na natureza e baixo custo e com relação a sua composição os caulim são marcadas por elevados teores de alumina e baixos teores de ferro. Lavra de Caulinita Normalmente ocorre a Céu aberto, há também um processo de frente de lavra que é a extração a céu aberto realizada em tiras onde esse método é utilizado quando se tem uma posição estratigráfica das camadas do minério. Para que o estéril seja retirado será necessário: operações de desmatamento, de decapeamento para que o minério seja exposto para que se consiga fazer a extração. Também existe a utilização de um caulim friável em que não é possível utilizar explosivos para seu desmonte, tendo assim a necessidade de ocorrer lavra mecânica ou a frio, utilização do desmonte sem a utilização de explosivos vou selecionando as minhascamadas delgadas para que possa ir produzindo, retirando fragmentos de rochas em pequenos tamanhos. Normalmente o que acontece nas rochas mais brandas, fraturadas ou intemperizadas que podem ser fragmentadas sem o explosivo usando apenas máquinas de escavação para remover esse material e aí esse material que foi escavado mecanicamente os fragmentos gerados no desmonte eles são coletados e transportados até o destino final de beneficiamento. E ainda depois desse material ser carregado, transportado, caso seja material estéril ele vai ser transportado por depósito de estéril. Beneficiamento Os caulins podem ocorrerem muitas vezes associadas às impurezas, geralmente no seu estado natural eles não vão atender as especificações do mercado daí a necessidade de submetê-los ao beneficiamento eficiente para que ele atinja as adequações do uso industrial. Tem-se basicamente: O Beneficiamento a Seco e a úmido para esse minério, no caso do beneficiamento a seco ele é adequado principalmente quando o caulim já apresenta uma certa brancura, uma distribuição granulométrica adequada além de ter uma baixa presença de quarto. Funcionando da seguinte forma: O Caulim irá passar por um processo de fragmentação, Grupo da Caulinita através de um britador, após esse processo ele vai ser conduzido para secagem em secadores rotativos e após esse material ele se encontrar seco ele vai ser pulverizado para que então ele possa ser classificado através de seu tamanho no processo de flotação e aí esse processo de vai separar as partículas mais finas, classificando com base no tamanho das partículas. Quando a Caulim não é encontrado com uma certa alvura há necessidade da aplicação do beneficiamento a úmido, que consiste basicamente nas etapas: Dispersão, desaremamento, fracionamento, separação magnética, floculação seletiva, alvejamento químico, filtragem secagem e pilha de estocagem. Iniciando então o processo pela dispersão na qual o caulim bruto vai ser transformado em uma polpa em agitadores móveis através da adição de água de dispersante químico e reagentes reguladores de ph e a concentração de sólidos ao ser utilizadas ela vai depender das operações subsequentes que vai ocorrer no beneficiamento a úmido. Quanto mais baixo for a concentração menor será a quantidade de dispersão que se deve colocar, no entanto vai levar um maior tempo de secagem do material reduzindo assim a produção. Já em seguida a polpa do caulim é conduzida para a etapa de desarmamento onde está visa a remoção de impurezas com granulometria superior 0,25 mm. São utilizados classificadores ou peneiras capazes de remover materiais como quartzos, alguns óxidos de ferro que na sua maior parte apresenta uma granulometria superior a 0,25 mm e densidade maior do que o caulim. A questão é que a indústria consumidora do caulim irá exigir que seja fornecida material com poucas variações em sua distribuição granulométrica, por isso que é comum realizar uma etapa de separação tamanho das partidas utilizando o princípio da sedimentação que seja utilizada pela ação da gravidade no instante da sedimentação ou hidroclassificadores ou até mesmo mediante a ação de algum campo centrífugo. E aí o caulim muito dos seus usos ele vai apresentar como principal característica a sua elevada alvura e aí é necessário que seja removida todas as impurezas que possam prejudicar a coloração coloração do caulim. E aí a remoção de impurezas como rutilo, hematita, mica, pirita vai ser feito utilizando equipamentos de separação magnética né e em muitos casos após essa separação magnética,em muitos casos apó essa separação o caulim ainda não vai apresentar uma alvura compatível com aquela determinada aplicação sendo necessário assim a remoção dessas impurezas que continuam meu material através de uma floculação até mesmo do alvejamento químico na fração não magnética. O Caulim pode ser utilizado nas seguintes indústrias: ✓ Ração Animal; ✓ Tinta; ✓ Papel; ✓ Borracha; ✓ Plástico; ✓ Adesivos e Artigos de Vedação; ✓ Porcelanatos/ Louças Sanitárias; ✓ Cosméticos e Sabão MINERAIS ALTERNATIVOS: Bentonita faz parte do grupo esmectita, uma família de argilas com propriedades semelhantes. O termo bentonita também é usado para designar um produto com alto teor de esmectita. A bentonita pode ser cálcica ou sódica, e possui uma característica física muito particular: expande várias vezes o seu volume, quando em contato com a água, formando géis tixotrópicos. Alguns cátions provocam uma expansão tão intensa que as camadas dos cristais podem se separar até a sua célula unitária. O sódio provoca a expansão mais notável. APLICAÇÕES: A vermiculita, (Mg, Fe)3 [(Si, Al)4 O10] (OH)2 4H2O, é um aluminossilicato hidratado de ferro e de magnésio, pertencente à família dos filossilicatos, que possui estrutura cristalina micáceo-lamelar, com cátions trocáveis em posições interlamelares. A vermiculita é comercializada na forma expandida em diversas granulações e utilizada em vários setores industriais, dentre os quais, destacamos: agricultura e horticultura (retenção e carreamento de água, condicionamento de solos e componente de liberação de nutrientes); meio ambiente (remediação de solos contaminados de derivados de petróleo, adsorção de metais pesados, remoção de contaminantes orgânicos e na purificação de águas residuais contendo sais dissolvidos) (França et al., 2005; Neto e Ugarte, 2007; Santos e Masini, 2007); construção civil (blocos e placas de isolamento térmico e acústico e revestimento de paredes); e na fabricação de embalagens de produtos industrializados. Grupo da Esmectita Grupo da Vermiculita Usos e Funções Em geral, a aplicação da vermiculita em cada uso específico depende da sua granulometria e pureza. Aquelas com granulometria mais fina são aplicadas na produção de manufaturados para a construção civil, além de utilizadas como carreadoras na produção de fertilizantes e de alimentos para animais. As de granulometria mais grossa são utilizadas para fins de horticultura, cultivo e germinação de sementes, dentre outros. A vermiculita é um material não abrasivo, inodoro, não se decompõe, nem promove irritações na pele, possui propriedades isolantes, tanto térmica como acústica, não contém asbestos e é um material não carcinogênico. Suas propriedades de superfície, em particular, área superficial, hidrofobicidade, porosidade e carga superficial negativa, fazem dela um material recomendado para uso como material absorvente e carreador. A vermiculita pode ainda ser aplicada na fabricação de embalagens industriais para controle da umidade, devido à sua baixa elasticidade e altas capacidades absorptivas e adsorptivas. Além disso, sua densidade baixa, cujos valores na forma natural variam entre 800 a 1.000 kg/m3 e na forma expandida ficam na faixa de 80 a 140 kg/m3 , favorecem ainda mais essa utilização.
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