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AFECÇÕES DO SISTEMA DIGESTÓRIO DOS FELINOS INTRODUÇÃO ■ ESÔFAGO - 2/3 musculatura lisa e 1/3 musculatura estriada (espinha de peixe - Estrutura menos complexa do TD - Glândulas secretórias de muco – lubrificação do bolo alimentar já que a saliva não faz tão bem (Não é suco gástrico) - Pneumonias aspirativas (refluxo involuntários – não fecha a epiglote) INTRODUÇÃO ■ ESTÔMAGO - Digestão ácida do alimento - Contrações - homogeneização do alimento – bolo alimentar pastoso/liquido - Predisposição a gastrites ulcerativas/erosiva – AINES INTRODUÇÃO ■ Os 3 mosqueteiros – Tríade felina - PÂNCREAS - INTESTINO DELGADO - FÍGADO / VESÍCULA BILIAR - Produção de bicarbonato devido acidez do suco gástrico (maior proliferação de enterobactérias) - Bile e suco pancreático precisam trabalhar juntos para maior digestão do alimento e assim absorção intestinal INTRODUÇÃO ■ INTESTINO DELGADO - Absorção de todos os nutrientes: Proteína, enzimas, eletrólitos, vitaminas, carboidrato, gordura e água (maior parte) - Animal que tem DII – precisa de uma alimentação mais fracionada para melhor absorção - Suplementação de cobalamina ■ INTESTINO GROSSO - Absorve o restante da água que o delgado não conseguiu absorver - Ação de bactérias - * Tenta compensar quando os rins já não absorvem mais. - DRC CONSTIPAÇÃO - POTÁSSIO BAIXO MOTILIDADE BAIXA INTRODUÇÃO ■ RETO E ÂNUS - Não são comuns neoplasias na região perianal – Não é hormônio dependente como no cão - Inflamação do sáculos ad anal – saculite – dor para defecar - megacólon - Patologia mais comum – PROLAPSOS - Quadros parasitários - Da boca até o ânus – 20 h INTRODUÇÃO ■ REGURGITAÇÃO X ÊMESE - Gato apresenta regurgitação ativa (movimento torácico - caso o conteúdo venha da parte final do esôfago ACHADO REGURGITAÇÃO ÊMESE Náusea prodrômica ausente presente Tempo Relativo Relativo Bile ausente eventualmente - pouco comum Conteúdo Nada, alimento não digerido, sangue não digerido Alimento, sangue digerido --> GATO TOSSE DE BOCA FECHADA! vômito A ÊMESE É MUITO EXPRESSIVA NO GATO REGURGITAÇÃO AFECÇÕES DO ESÔFAGO ■ Menos comuns quando comparado com cães ■ Eulurofobia e iatrogenias (Doxiciclina, Clindamicina) ■ APRESENTAÇÃO CLÍNICA - Salivação, disfagia/Odinofagia, Regurgitação, Perda de massa corpórea, Anorexia/polifagia (quando não absorve) - PAROREXIA - TOSSE, DISPNEIA E FEBRE Saber se o animal apresenta disfagia/odinofagia: Diazepan - 0,2 mg/kg/IV - animal come na hora. NÃO USAR COMO ESTIMULANTE DE APETITE, DURANTE O EXAME FÍSICO PARA OBSERVAR SE O PACIENTE APRESENTA A ALTERAÇÃO!!! CAUSAS ■ OBSTRUTIVAS ( Corpos estranhos, Estenoses, Neoplasias) ■ FUNCIONAIS - motilidade (Esofagite, Miopatias - miosite, Neuropatias - miastenia, Disautonomia) - OBSERVAR: Idade, cronologia, evolução, localização ■ POR EXEMPLO: Gato filhote que começou com sintomas após iniciar alimento sólido, pensar em megaesôfago, persistência do arco aórtico. Um gato idoso com megaesôfago, pensar em miastenia. Gato que mexe em lixo, pensar em corpo estranho. ESOFAGITE ■ Substâncias irritantes – Medicações, substâncias cáusticas, Refluxo gastroesofágico, Emese crônica, corpo estranho - Xilazina – relaxamento total – causa movimento retrogrado – estimula vômito Esofagite por refluxo durante anestesia (Após 30 dias começa a vomitar) ■ Deglutição de medicamentos a seco – 4 minutos Clindamicina / Doxiciclina – Longos períodos (Comprimido tem efeito irritativo) SEMPRE LUBRIFICAR O COMPRIMIDO E ADMINISTRAR ÁGUA/OFERECER ALIMENTO ÚMIDO APÓS MEDICAÇÃO. REFORÇO + ESOFAGITE ■ DIAGNÓSTICO Radiografia simples + Esofagograma (irregularidades da mucosa) Endoscopia (Sinais de inflamação – eritema, hemorragia, erosões, ulcerações) ■ TRATAMENTO - Depende do grau . Ex: Começou doxi, 1 semana depois começou a regurgitar. LEVE: Autolimitação/ tratamento etiológico/alimentação líquida/pastosa MODERADA A GRAVE: Tratamento etiológico/ tratamento medicamentoso/ sonda gástrica ESOFAGITE ■ TRATAMENTO - Metoclopramida – 0,2 a 0,4 mg/kg/QID/VO ou SC - Ranitidina (inibidor de H2) – 2,5 a 3,5 mg/kg/BID/VO Controle da inflamação - Sucralfato – 0,25 gramas/GATO cada 6 a 8 horas Controle da inflamação/cicatrização – controle de secreção gástrica e aumenta o tônus do esfincter ESOFAGITE ■ EVOLUÇÃO/PROGNÓSTICO CURA CRONIFICAÇÃO (regurgitação esporádicas) FORMAÇÃO DE FIBROSE – Estenose esofágica EVITAR A FIBROSE: PREDINISOLONA – 1MG/KG/SID/VO AFECÇÕES DO ESTÔMAGO ■ Esvaziamento do estômago (1,4 a 3,6 horas) - Jejum pré-operatório (8 horas suficiente) - Barreira mucosa para evitar que o suco gástrico destrua a barreira - Ph nas criptas = 7 Evitar que o suco gástrico - Desequilíbrio entre produção de muco e de suco gástrico GASTRITE TEMPO DE ESVAZIAMENTO AUMENTADO – HIPERTROFIA DE PILORO. GASTRITE AGUDA ■ Células parietais – Receptores para gastrina, acetilcolina e histamina ativam a bomba de prótons/sódio de potássio ■ Prostaglandinas PGE 2 – Inibe todos os fatores que ativam a bomba, diminui a produção de suco gástrico. - Cytotec – Muito utilizado até ser descoberto que tem efeito abortivo – Não sendo possível prescrever. ■ Prostaglandinas – Age evitando grande produção de suco gástrico e aumentando a produção de muco - AINES – INIBIÇÃO DAS PROSTAGLANDINAS GÁSTRITE CAUSADA POR ANTIINFLAMATÓRIO GASTRITE AGUDA ■ CAUSAS - AINEs - Corpo estranho (estímulo mecânico aumento de suco gástrico e muco não acompanha) - Inflamação sistêmica Histamina - Tóxicas (acetilcolina livre – organofosforado, carbamatos, plantas, fármacos) Azaleia – principal causadora de gastrite - Indiscrição alimentar (troca brusca de ração – 3 a 4 semanas) - Alterações metabólicas (IR, IH, TCE) GASTRITE AGUDA ■ COX 1 E COX 2 - PIROXICAN (>4 SEMANAS) – Anemia microcítica normocrômica ( sangue oculto nas fezes) - FLUNIXIN MEGLUMINE - CETOPROFENO (1mg/kg/sid) - CARPROFENO ( 50% da dose mínima do cão. Gato >8 anos 25% da dose mínima) – a cada 48 horas. - Mandar manipular - + NEFROTÓXICO - MELOXICAN (0,03 mg/kg/sid) ■ HIPERGASTRINEMIA; UREMIA Gastrite no DRC ■ AINE’s IRA MELOXICAN : 0,01 a 0,03 mg/kg/sid – (ação anti-inflamatória e analgésica) SEM NEFROTÓXIDADE GASTRITE AGUDA ■ SINTOMAS: - ANOREXIA - DOR - EMESE (NÃO É O PRIMEIRO SINAL) - HEMATEMESE - MELENA - POSTURA ANTALGICA POSTURA ANTALGICA (NÃO É MUITO OBSERVADO EM GATO GASTRITE AGUDA ■ DIAGNÓSTICO - Anamnese - Exame físico - Exames laboratoriais Hemograma, perfil bioquímico (hepático e renal) - NA/K - RADIOGRAFIAS - ULTRASSONOGRAFIA - ENDOSCOPIA GASTRITE AGUDA ■ TRATAMENTO TEM QUE RESPONDER EM 24 A 48H ■ Retirar causa base ( corpo estranho / medicamentos) e suporte - Antieméticos (ondansetrona e maroptant) - Protetores de mucosa - Inibidores de bomba de prótons (OMEPRAZOL – 0,7 a 1 mg/kg/bid/iv ou vo) - Inibidores de H2 ( RANITIDINA 2,5 a 3,5 mg/kg/bid/vo ou sc) - Sucralfato – antes do omeprazol só ativa em meio ácido - Fluidoterapia SC ou IV (POTÁSSIO) DURAÇÃO TRATAMENTO 4 A 7 DIAS. ÚLCERAS MAIORES – 3 SEMANAS DIARREIA EM FELINOS DIARREIAS EM FELINOS ■ QUANDO AO CURSO - AGUDA: Desequilíbrio hidroeletrolítico / Tratamento suporte - CRÔNICA (> 3 semanas) : Resposta parcial ao tratamento de suporte ■ QUANTO A ETIOLOGIA - PRIMÁRIA: Decorrente de doença intestinal primária (DII, LINFOMA) - SECUNDÁRIA: Decorrente de desordens inflamatórias, infecciosas, Parasitárias e neoplásicas - Processos alimentares e metabólicos ( hipertireoidismo, insuficiência pancreática exócrina), tóxicos, parasitários, infecciosos e neoplásicos. DIARREIAS EM FELINOS ■ QUANTO AO LOCAL INTESTINO DELGADO INTESTINO GROSSO FREQUÊNCIA FREQUÊNCIA GRANDE VOLUME PEQUENO VOLUME MELENA HEMATOQUEZIA ESTEATORREIA TENESMO SINTOMAS POLISSISTÊMICOSMUCO DIARREIAS EM FELINOS ■ QUANTO AO MECANISMO DE FORMAÇÃO - ÓSMOTICA: Má absorção partículas osmoticamente ativas atração de água para luz intestinal diarreia ( Sobrecarga alimentar, indiscrição dietética, Má absorção) - EXSUDATIVA: Processos ulcerativos/ inflamatórios/ neoplásicos Aumento na permeabilidade da mucosa diarreia ( DII, ancylostomíase, linfoma alimentar) - SECRETÓRIA: Agente químico/biológico irritação/dano da mucosa intestinal efusão de líquidos para o lúmen intestinal diarreia (Bactérias / protozoários/ viral) DIARREIAS CRÔNICAS ■ INFECÇÕES PARASITÁRIAS / PROTOZOÁRIOS - GIÁRDIA – • Técnica de Faust para diagnóstico – Teste sorológico Idexx • Diarreia de ciclos • FEBENDAZOL – 50 mg/kg / 3 dias consecutivos espera 14 dias e repete mais 3 dias. - testar em até 5 dias após término do tratamento. METRONIDAZOL – 7,5 mg/kg/ 7 dias. • LAVAR AMBIENTE COM ÁGUA E SABÃO E DEPOIS COLOCAR DESINFETANTES COM AMÔNIA. – TEM QUE SER SILMUTANEO COM O TRATAMENTO COM O ANIMAL. - TRITRICHOMONAS FOETUS – Principal causa de colite “infecciosa” em gatos, aglomerados (gatis), animais jovens (> 1 ano) e mais comum em raças puras. - Diarreia mista – grandes volumes com sangue vivo • Diagnóstico no exame direto tem que coletar e olhar na hora. • RONIDAZOL – 30mg/kg/sid 14 dias. / ANITA SUSPENSÃO – 7,5 mg/kg/bid/ 3 a 4 dias. • O ambiente não está envolvido transmissão por contato direto. - ISOSPORA SP – Sulfa + trimetropin – 15mg/kg/bid/ 15 a 21 dias. Ou sulfadimetoxina – 50 mg/kg no primeiro dia, após 25 mg/kg por 5 dias. HIGIENE DO AMBIENTE/CAIXA DE AREIA DIARREIAS CRÔNICAS ■ DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRIA (DII) DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRIA ■ CONDIÇÃO DE INTOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA DE ALGUNS GATOS – ANTÍGENOS BACTERIANOS ■ > NÚMERO DE ENTEROBACTÉRIAS QUE OS GATOS SAUDÁVEIS ■ ARMAM UMA RESPOSTA IMUNOLÓGICA AOS ANTÍGENOS QUE ESTÃO NO LÚMEN INTESTINAL ■ ANIMAIS QUE TIVERAM INFECÇÃO DO PARVOVIRUS / ANCYLOSTOMMA / GIARDIA – SUPOSIÇÕES. ■ INFILTRADO INFLAMATÓRIO (LINFOPLASMOCITÁRIO É O MAIS COMUM) – TUDO QUE PASSA CRIA UMA RESPOSTA IMUNOLÓGICA, CAUSANDO INFLAMAÇÃO CRÔNICA. ■ DOENÇA LINFOPLASMOCITÁRIA É SEMPRE PRÉ NEOPLÁSICA – LINFOMA MAIOR DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL É O LINFOMA ALIMENTAR DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRIA ■ EXCLUSÃO DOS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS– NÃO RESOLVEU – BIÓPSIA ■ DII X LINFOMA ALIMENTAT ■ POSSO TENTAR UM DIAGNÓSTICO TERAPÊUTICO COM CORTICOIDE ANTES DE BIOPSIAR??? OS GATOS QUE INICIAM TRATAMENTO COM CORTICOIDE ANTES DO DIAGNÓSTICO PODEM DESENVOLVER RESISTÊNCIA AO TRATAMENTO, CASO SEJA UM LINFOMA. CORTICÓIDE FECHA AS PORTAS PARA OUTRAS DROGAS QUANDO É FEITO ISOLADO. DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRIA ■ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - Animais de todas as idades (> 8 anos) - Vômitos crônicos ( sintoma mais persistente, podendo ser o único alerta) - Diarreia (Estágio mais avançado da doença diarreia de intestino delgado) - Pode ou não ocorrer perda de peso - Letargia - Anorexia/polifagia DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRIA ■ DIAGNÓSTICO EXCLUSÃO SINTOMAS GI CRÔNICOS TESTE MOLECULAR E/OU IMUNO-HISTOQUÍMICO NEGATIVO PARA LINFOMA ALIMENTAR DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRIA AUSÊNCIA DE RESPOSTA ÀS TRIAGENS DIETÉTICA, ANTIMICROBIANA E ANTIPARASITÁRIA. EVIDÊNCIA HISTOLÓGICA DE INFLAMAÇÃO EXCLUSÃO DE OUTRAS CAUSAS DE SINTOMATOLOGIA GI RESPOSTA CLÍNICA À TERAPIA ANTIINFLAMATÓRIA E/OU IMUNOSSUPRESSORA DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRIA ■ ULTRASSONOGRAFIA ABDOMINAL - Sinais de espessamento da mucosa e submucosa intestinal, sem perda de estratificação das camadas intestinais ■ ENDOSCOPIA: Menos invasivo, visualização da mucosa GI e coleta de material só é possível coletar material da mucosa ■ LAPAROTOMIA - BIÓPSIA DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRIA ■ TRATAMENTO - Manejo nutricional –Dietas de alta digestibilidade e alto valor biológico – Fonte de proteína não consumida dieta de eliminação. - Avaliar se o paciente terá boa aceitação • TERAPIA FARMACOLÓGICA: - CORTICOSTEROIDES (prednisolona – 1 a 2 mg/kg/VO/BID - Reduzir ¼ da dose a cada 15 dias após o máximo de melhora do paciente) Gatos com inflamação leve apresentam boa resposta diante de dosagens baixas em dias alternados ou a cada 72 horas – alcançam remissão entre 3 a 6 meses. Gatos com inflamações graves, doses mais elevadas (2 a 4 mg/kg/bid – 4 semanas) e (1 a 2 mg/kg/sid – por longos períodos – meses até anos) ACETATO DE METILPREDINISOLONA (20mg/gato por via subcutânea ou intramuscular, a cada 2 semanas por seis ciclos, alternando para administração mensal até remissão completa do quadro) – gatos que são aversivos à prescrição via oral. DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRIA ■ TERAPIA FARMACOLÓGICA • METRONIDAZOL: (7,5 mg/kg/bid/vo/ 2 meses) – É indicado por apresentar efeito imunomodulador e anti-inflamatório, espectro bactericida contra anaeróbios e ação contra protozoários) • BUDESONIDA : 0,5 a 1 mg/GATO/DIA – Tentativa de retirar o corticoide ou deixar na menor dose possível • COBALAMINA: 250 mcg/gato/sc/ cada 7 dias/ 6 semanas DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRIA ■ CONSIDERAÇÕES FINAIS - Pacientes com ausência de resposta ao tratamento ou com resposta desfavorável podem ter sido erroneamente diagnosticados, submetidos à terapia inadequada ou por período insuficiente ou não ter recebido o protocolo terapêutico preconizado. - Prognóstico é frequentemente favorável O GATO AMARELO – PRINCIPAIS CAUSAS DE ICTERÍCIA EM FELINOS ■ LIPIDOSE HEPÁTICA (DOENÇA NÃO INFLAMATÓRIA) ■ COLANGITES / CONLANGIO-HEPATITE (LINFOCÍTICA, NEUTROFÍLICA E PARASITÁRIAS) – DOENÇA INFLAMATÓRIA COLANGITES EM FELINOS HEPATOPATIAS INFLAMATÓRIAS NEUTROFÍLICA PARASITÁRIA LINFOCÍTICA COLANGITES CLASSIFICAÇÃO COLANGITE NEUTROFÍLICA ■ Colangite aguda ou supurativa • Infiltração de neutrófilos • E. coli / Streptococcus / Enterobacter / Enterococcus sp • Animais jovens a meia idade são mais acometidos • Não existe predisposição racial ■ ETIOPATOGENIA • INCERTA • Ascensão de bactérias do trato gastrointestinal (infecção ascendente) a hipótese mais aceita COLANGITE NEUTROFÍLICA ■ SINAIS CLÍNICOS - Anorexia - Vômitos - Febre - Icterícia (Na primeira avaliação podem não apresentar icterícia ainda) - Sensibilidade abdominal COLANGITE NEUTROFÍLICA ■ DIAGNÓSTICO - Laboratorial : LEUCOGRAMA: Leucocitose + desvio à esquerda BIOQUÍMICO: Aumento significativo de ALT E AST e aumento leve de F.A e GGT ULTRASSONOGRAFIA: Hepatomegalia e aspecto heterogêneo de parênquima hepático, ductos biliares espessados, distendidos e tortuosos - obstrução de vias biliares. CULTURA MICROBIANA DA BILE (PAF) Agentes mais comumente encontrados – E. Coli; Klebsiella spp; Staphylococcus spp. - Ruptura biliar BIÓPSIA HEPÁTICA: Identificação do padrão celular inflamatório e avaliação da arquitetura biliar. COLANGITE NEUTROFÍLICA ■ TRATAMENTO - ANTIBIÓTICOS (Duração do tratamento – 1 a 3 meses) Ampicilina: 10 – 22 mg/kg/BID Amoxicilina + Clavulanato: 10 – 20 mg/kg/BID Cefalexina: 22mg/kg/TID - ÁCIDO URSODESOXICÓLICO – 10 a 15 mg/kg/sid/10 a 15 dias. ASSOCIADOS COM METRONIDAZOL (2 semanas) : 7,5 mg/kg/BID COLANGITE PARASITÁRIA COLANGITE PARASITÁRIA ■ Trematódeo – Platynossomum spp ■ Fígado e vesícula biliar ■ Gatos de vida livre (42%) ; Gatos confinados (7,1 %) ; Semiconfinados (28,6%) ■ Presente nas lagartixas e sapos COLANGITE PARASITÁRIA ■ SINTOMAS: Vômitos, anorexia, fezes acólicas (casos de obstrução), Ascite. COLANGITE PARASITÁRIA ■ DIAGNÓSTICO - Parasitológico de fezes - Pesquisa de ovos na Bile - Histopatológico – Predomínio de eosinófilos - Bioquímica: ALT ++ /F.A +++++ / GGT ++++ BT ++++ COLANGITE PARASITÁRIA ■ TRATAMENTO : - PRAZIQUANTEL 20 mg/kg/sid 5 Dias. Repetir após 15 dias. - URSACOL – 10 a 15 mg/kg/sid – Ideal só parar após reavaliação ultrassonográfica da vesículabiliar. COLANGITE LINFOCÍTICA ■ CRÔNICA – Evolução lenta e progressiva ■ ETIOLOGIA OBSCURA– Imunomediada??? ■ Persas, Himalaios e Exóticos ■ Gatos idosos COLANGITE LINFOCÍTICA ■ SINTOMAS INESPECÍFICOS - Vômitos esporádicos - Diarreia - Raramente anorexia - Fezes acólicas ■ Hepatomegalia ■ Icterícia ■ Linfadenomegalia ■ Ascite – Hiperproteinemia ( Linfocitos – Ac) - Transudato modificado – TESTE DE RIVALTA POSITIVO - PIF X COLANGITE LINFOCÍTICA – Realizar citologia do liquido PIF – Neutrofilos e Macrofagos COLANGITE – Linfocitos COLANGITE LINFOCÍTICA ■ Diagnóstico - Citologia não fecha diagnóstico – HISTOPATOLOGICO - ULTRASSONOGRAFIA – Padrão hiperecoico multifocal /inflamação peribiliar ■ TRATAMENTO: - Manejo dietético – Não restringir proteínas (Exceto na encefalopatia hepática) - Prednisolona: 2 a 4 mg /kg/sid/vo – Reduzir 25% da dose a cada 10 dias e manter dias alternados (1mg/kg) – por 6 a 12 semanas LIPIDOSE HEPÁTICA FELINA LIPIDOSE HEPÁTICA FELINA ■ Distúrbio hepatobiliar bastante comum aos gatos ■ IDIOPÁTICA (10%) OU SECUNDÁRIA (90%) ■ Gatos obesos são mais predispostos ■ Sem predisposição racial ou sexual ■ Doenças envolvidas : DII, Pancreatite, Diabetes, Colangiohepatite, DRC ( Qualquer doença que o gato pare de comer) e estresse ( troca de dieta) - PROGRAMAS PARA REDUÇÃO DE PESO – CUIDADO!!! LIPIDOSE HEPÁTICA FELINA OBESIDADE ANOREXIA ACUMULO DE TRIGLICERÍDEOS NOS HEPATÓCITOS LIPÓLISE – Estimulada pela Lipase hormônio sensível (LHS) CAPACIDADE DE CAPTAÇÃO DO FÍGADO CAPACIDADE DE BIOTRANSFORMAÇÃO DESARRANJO ESTRUTURAL DO HEPATÓCITO – CONDIÇÃO DE COLESTASE BILIAR LIPIDOSE HEPÁTICA FELINA ■ SINAIS E SINTOMAS - Icterícia - Hepatomegalia - Vômito (náusea) - Sialorreia (aversão a comida) - Desidratação LIPIDOSE HEPÁTICA FELINA ■ DIAGNÓSTICO - PATOLOGIA CLÍNICA • URINÁLISE : Bilirrubinúria • HEMOGRAMA: Poiquilocitose (paciente hepatopatas) – Hemácia em forma de foice • BIOQUÍMICA / ELETRÓLITOS: FA ++++ ; ALT e AST ++; GGT N/+, Bilirrubinas ++++ ALBUMINA: Baixa POTÁSSIO: Baixo (Emese) FÓSFORO: Baixo (anemia) - ULTRASSONOGRAFIA * Aumento de ecogenicidade hepática A LIPIDOSE HEPÁTICA FELINA (LHL) É A ÚNICA CONDIÇÃO DE ESTASE BILIAR, ONDE A F.A AUMENTA E A GGT AUMENTA SUTILMENTE OU NÃO AUMENTA. LIPIDOSE HEPÁTICA FELINA ■ ESTRATÉGIA TERAPÊUTICA: - Interromper a lipólise periférica - Inibir a ação da LHS – Estimulando produção de insulina - SUPORTE NUTRICIONAL - GLICOSE – NUNCA!!! • SÓ REALIZAR GLICOSE EM GATOS EM CASOS DE HIPOGLICEMIA! - ESTIMULANTES DE APETITE • Ciproeptadina – 2 mg/gato/sid – Vocalização/excitação Nunca comem a quantidade necessária - COLOCAÇÃO DE TUBO ESOFÁGICO LIPIDOSE HEPÁTICA FELINA ■ CÁLCULO DAS NECESSIDADES CALÓRICAS - REB = 30 X PESO (KG) + 70 = kcal/ dia OU 60 kcal/kg/dia A/D – 1,15 kcal/ml RECOVERY – 1,18 kcal/ml NUTRALIFE – 1,22 kcal/ml SUPLEMENTAÇÕES: - L-CARNITINA: 250 a 500 mg/dia – Oxidação da gordura parada no hepatócito - TAURINA: 250 a 500 mg/dia – Conjugação dos ácidos biliares • REB = REQUERIMENTO ENERGETICO BASAL SINAIS DE ENCEFALOPATIA HEPÁTICA : LACTULONA: 0,5 ml/kg/TID – reduzem a absorção da amônia METRONIDAZOL: 7,5 mg/kg/BID – Bactérias produtoras de amônia LIPIDOSE HEPÁTICA FELINA ■ MEDICAÇÕES DE SUPORTE -SAMe – Precursor da glutationa – Protege contra ação de radicais livres dentro da célula, evitando apoptose. – 90mg/GATO/sid/cápsulas gastroresistente – absorção entérica - ONDANSETRONA – 0,22 mg/kg/TID – Náuseas - MAROPTANT – 0,1 mg/kg/SID ■ PROGNÓSTICO - Suporte nutricional adequado – 60 a 80% sobrevivem NOTAS IMPORTANTES! PULO DO GATO! • A GIÁRDIA NO GATO PEGA TODO O INTESTINO E NORMALMENTE TEM MUCO • QUANDO SAI COMIDA NAS FEZES (PELETE DE RAÇÃO) – ID • FOLATO (jejuno) E COBALAMINA (íleo) - Renovação dos eritrócitos na ultima fase da eritropoiese - Renovação epitelial - Faz com que o folato seja absorvido CITONEURIN: 0,25 mg/kg /sc- 1 X POR SEMANA POR 6 SEMANAS E REAVALIA NOTAS IMPORTANTES! PULO DO GATO! • PACIENTES QUE MESMO COM AS MELHORES MEDICAÇÕES DE CONTROLE, NÃO CONSEGUEM CESSAR O VÔMITO – DOSAR POTÁSSIO. • GIÁRDIA – DIARREIA DE CICLOS – PACIENTE DEFECA E ELIMINA UMA CARGA PARASITÁRIA, AS QUE FICAM IRÃO SE MULTIPLICAR PARA PROXIMA ELIMINAÇÃO – COLETA EM DIAS ALTERNADOS. • NUNCAR FAZER PROBIÓTICO COM DIARREIA AGUDA • NÃO SE FAZ DIAGNÓSTICO TERAPÊUTICO PENSANDO EM VERMINOSE PARA DIARREIAS CRÔNICAS • SE O PACIENTE ESTIVER COM ENDOPARASITISMO MUITO INTENSO, REALIZAR METADE DA DOSE 3 DIAS SEGUIDOS. • NÃO USAR CORTICOIDE QUANDO SUSPEITAR DE LINFOMA ALIMENTAR NOTAS IMPORTANTES! PULO DO GATO! • DIPILYDIUM CANINUM – TRATAR TAMBÉM A INFESTAÇÃO POR PULGAS – ANIMAL/CONTACTANTES E AMBIENTE – PRAZIQUANTEL • TODO GATO HEPATOPATA APRESENTARÁ ICTÉRICIA • ULTRASSONOGRAFIA É INDISPENSÁVEL NO DIAGNÓSTICO DE HEPATOPATIAS INFLAMATÓRIAS OU NÃO INFLAMATÓRIAS • FEZES ACÓLICAS – OBSTRUÇÃO DE VIAS BILIARES (ESTERCOUROBILINOGÊNIO) • NÃO SE FAZ GLICOSE EM GATO COM ANOREXIA OBRIGADA!
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