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POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA - AULA 4

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10/12/2021 12:41 UNINTER
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POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA
CONTEMPORÂNEA
AULA 4
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Kauana Puglia Bandeira
10/12/2021 12:41 UNINTER
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CONVERSA INICIAL
A primeira metade do século XX foi caracterizada por uma série de guerras e crises políticas e
econômicas com amplo impacto social. A Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a Grande Depressão
(1929), a ascensão do fascismo (1930) e a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) são alguns exemplos
dos eventos que ocorreram.
No entanto, em 1945, diante da devastação causada pela Segunda Guerra Mundial e da enorme
polarização entre países considerados ricos e pobres, foram lançadas várias iniciativas para discutir e
minimizar o impacto de guerras, crises e diferenças. Assim, nesta aula, vamos discutir como essas
iniciativas foram realizadas e como elas puderam dar origem ao conceito de desenvolvimento e à
institucionalização de sua agenda. Além disso, vamos também analisar quais foram os órgãos criados
e quais foram alguns dos instrumentos adotados para se pensar exclusivamente no tema, como os
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS) (ONU, 2000, 2015).
TEMA 1 – A AGENDA DO DESENVOLVIMENTO: 1945-2000
Desde o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, o surgimento de uma agenda de
desenvolvimento tem uma relação direta com a construção de estruturas globais. Mesmo antes do
término do conflito, os Aliados (Estados Unidos, França, Reino Unido e União Soviética) discutiram,
em conferências internacionais, qual seria a nova configuração mundial a partir de então. O objetivo
disso era impedir a recorrência de crises e conflitos, mantendo a paz e a estabilidade internacional.
1.1 O SISTEMA DE GOVERNANÇA DO DESENVOLVIMENTO
Em 1918, a Liga das Nações era o protótipo do processo de configuração discutido pelos
Aliados, mas somente após 1945 foi possível estabelecer organizações governamentais internacionais
(OIG), que também foram definidas como instituições internacionais. O objetivo da criação das OIG
foi o de estabelecer um fórum permanente de negociação no qual os países pudessem conduzir o
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diálogo coletivo de acordo com um conjunto comum de regras e princípios. Esse sistema teve seu
estabelecimento baseado em dois pilares, que são referências para a ordem mundial de hoje: o
sistema de Dumbarton Oaks e o sistema de Bretton Woods.
O sistema de Dumbarton Oaks refere-se ao sistema político e diplomático das Nações Unidas,
cujo objetivo é lidar com questões relacionadas à paz e segurança coletiva (ONU, [S.d.]). O sistema de
Bretton Woods, por sua vez, corresponde aos arranjos regulatórios econômicos para investimentos,
comércio e regulamentação financeira das relações internacionais, sendo apoiado pelo Fundo
Monetário Internacional (FMI), pelo Banco Mundial (BM) e pelo Acordo Geral de Comércio e Tarifas
(Gatt), substituído em 1995 pela Organização Mundial do Comércio (OMC) (Barreto, 2009). Essas
instituições lidam com questões econômicas globais, ajudam os países a equilibrar contas internas e
externas por meio de empréstimos, financiam projetos de infraestrutura e facilitam as negociações
comerciais.
Segundo Alves (2013), o primeiro movimento com o tema do desenvolvimento no sistema de
governança corresponde à criação do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (Ecosoc). O
Ecosoc se concentra em questões econômicas e sociais e é uma das seis principais agências que
compõem as Nações Unidas. Portanto, no início do surgimento da Organização das Nações Unidas
(ONU), foi considerado um espaço específico para discutir o desenvolvimento global.
Um fenômeno semelhante pode ser observado, em nível regional, quando a Organização para a
Cooperação Econômica Europeia (Ocee) foi criada, em 1948, para planejar a reconstrução europeia. A
reconstrução foi realizada sob os auspícios do Plano Marshall, auxiliada pelos Estados Unidos. Desde
a década de 1960, a Ocee tornou-se a Organização para a Cooperação Econômica e
Desenvolvimento (Ocde) e gradualmente se tornou global.
Em 1948, também merece destaque o estabelecimento da Comissão Econômica para a América
Latina e o Caribe (Cepal), no âmbito das Nações Unidas. A Cepal, por meio de Raul Prebisch (teórico
do comitê e um dos pensadores mais relevantes dedicados ao tema do desenvolvimento) e de outros
intelectuais latino-americanos, como Aníbal Pinto, Oswaldo Sunkel e Maria da Conceição Tavares,
desenvolveram a teoria da dependência, que evidencia a continuidade da dependência dos países
subdesenvolvidos em relação aos desenvolvidos, devido ao lento desenvolvimento e dependência da
exportação de commodities e da importação de produtos industriais (Haffner, 1996). Isso leva ao
agravamento dos termos de troca e dos desequilíbrios comerciais. Para Bresser-Pereira (2005), essa
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situação poderia ser superada com um desenvolvimento que fosse produto de uma estratégia
nacional de industrialização.
TEMA 2 – A ONU E O CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO
As questões de desenvolvimento estão previstas no art. 55 da Carta das Nações Unidas (ONU,
1945), cujos objetivos são:
[…] promover padrões de vida mais elevados, pleno emprego e condições para progresso e
desenvolvimento econômico e social, bem como buscar soluções para problemas econômicos,
sociais e de saúde internacionais, além de promover a cooperação cultural e educacional
internacional, o respeito universal e a observância pelos direitos humanos e liberdades
fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião. (Alves, 2013, p. 50)
O preâmbulo da Carta das Nações Unidas (ONU, 1945) também anunciou a determinação de
promover o progresso social e melhorar as condições de vida com uma faixa mais ampla de
liberdade. A ideia de acabar com o conflito e a violência pode ser entendida em um contexto mais
amplo, que apresenta o conceito de progresso humano, ou seja, de um caminho evolutivo que deve
ser seguido. Nesse sentido, a ideia de paz e humanidade estabelecida na Carta das Nações Unidas
(ONU, 1945) pode ser interpretada como o principal objetivo a ser alcançado pelo desenvolvimento
(Oliveira, 2010).
Mingst e Karns (2000) observam que o objetivo das Nações Unidas na promoção do
desenvolvimento está diretamente relacionado a uma série de ideias propostas pelos Estados Unidos
e pela Europa Ocidental, a fim de gerenciar efetivamente as questões econômicas para garantir a
prosperidade. Nesse sentido, a Carta das Nações Unidas (ONU, 1945) reflete a visão liberal de
estabelecer instituições fortes para promover a cooperação e garantir um alto nível de
desenvolvimento.
Essa interpretação da Carta das Nações Unidas (ONU, 1945) está diretamente relacionada às
premissas iluministas consolidadas no imaginário político e social do mundo ocidental desde o
século XVIII. Portanto, a unidade da sociedade humana envolve não apenas a paz como uma
ausência de conflito, mas também como a presença do progresso e do desenvolvimento (Oliveira,
2010).
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Esses objetivos e o tema de desenvolvimento começaram a receber cada vez mais atenção na
década de 1960, conhecida como a Década do Desenvolvimento (Machado; Pamplona, 2008). O nome
decorre de uma série de fatores, como o processo de descolonização afro-asiático, aumentando o
número de membros da ONU, bem como a consolidação do Movimento dos Países Não Alinhados
(MNA), por essas regiões e por países latino-americanos, que pressionava pelo avanço do
desenvolvimento.
A emergência do MNA se deu na Conferência de Bandung (1955). Outro conceito que representa
esse grupo de países em desenvolvimento é o conceito de Sul, que criou a oposiçãoNorte-Sul (ou
seja, entre países nomeadamente ricos e países pobres), em vez de apenas Leste-Oeste (antiga União
Soviética e Estados Unidos). Na década de 1960, isso representava um mundo dividido entre países
desenvolvidos e países em desenvolvimento. Nos anos 1980/1990, foi estabelecido o conceito de
países de menor desenvolvimento relativo (PMDR) para distinguir os países em desenvolvimento. Em
termos de demandas, os países em desenvolvimento requisitavam o que pode ser resumido em
descolonização, democracia e desarmamento (com o avanço da descolonização, o termo
desenvolvimento assumiu seu lugar).
2.1 ÓRGÃOS ESTRUTURAIS VOLTADOS AO DESENVOLVIMENTO
Na ONU, as discussões apontadas anteriormente levaram ao estabelecimento de órgãos ligados
ao Ecosoc que podem acelerar tarefas relacionadas ao desenvolvimento e torná-las mais eficazes em
seu gerenciamento e em suas operações. Essas instituições são subordinadas à Assembleia Geral da
ONU e realizam tarefas específicas, como mostra o Quadro 1.
Quadro 1 – Organismos ligados ao Ecosoc
Órgão e data de criação Tarefas
Conferência das Nações Unidas
sobre Comércio e Desenvolvimento
(Unctad, 1964)
Estabelecimento de fórum de diálogo intergovernamental Norte-Sul para lidar
com questões de desenvolvimento relacionadas ao comércio internacional.
Criação da Nova Ordem Econômica Internacional (Noei).
Criação do Sistema Geral de Preferências (SGP, 1968), do Sistema Global de
Preferências Comerciais entre Países em Desenvolvimento (SGPCD, 1989) e
mediação de acordos de commodities.
Gestão da dívida externa.
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Integração e gestão macroeconômica.
Agenda positiva: comércio, finanças, tecnologia, investimento.
Programa das Nações Unidas para
o Desenvolvimento (Pnud, 1964)
Promoção do desenvolvimento humano.
Desenvolvimento e financiamento de planos de cooperação Sul-Sul.
Pesquisa e desenvolvimento.
Organização das Nações Unidas
para o Desenvolvimento Industrial
(Unido, 1966)
Promoção da industrialização em países em desenvolvimento.
Incentivo à cooperação científica e tecnológica.
Fundo de População das Nações
Unidas (Unpfa, 1969)
Promoção da educação social e inclusão para questões demográficas.
Empoderamento social e na área do bem-estar.
Auxílio às comunidades.
Programa das Nações Unidas para
o Meio Ambiente (Pnuma, 1972)
Proteção ambiental e humana.
Desenvolvimento sustentável.
Elaboração, implementação e verificação dos regimes internacionais.
Fonte: Elaborado com base em Ecosoc, [S.d.].
Como é possível observar, a partir de 1960 os primeiros mecanismos de desenvolvimento das
Nações Unidas foram criados. Também nesse ano, o G-77 foi institucionalizado, quando a Carta de
Argel (1976) foi adotada e medidas firmes foram tomadas na Unctad. O G-77 é considerado como
[…] a maior organização de países em desenvolvimento nas Nações Unidas, que fornece meios para
as nações do Sul articularem e promoverem seus interesses econômicos coletivos e melhorarem
sua capacidade de negociação conjunta em todas as grandes questões econômicas internacionais,
no sistema das Nações Unidas, e para promoverem a cooperação Sul-Sul para o desenvolvimento.
(G-77, [20--], tradução nossa)
Desde a sua criação até hoje, o G-77 representa a agenda de desenvolvimento dos países do Sul
e continua a se reunir regularmente, solicitando mais recursos para crescimento e modernização (G-
77, [20--]). Além disso, lançou as bases para um projeto de cooperação Sul-Sul cada vez mais
consolidado. Sua contraparte nos países desenvolvidos apareceu na forma do G7 em 1975, sendo
composto pelos Estados Unidos, França, Itália, Canadá, Japão, Reino Unido e Alemanha. Em 1996,
ingressou no grupo a Rússia, mas ela acabou sendo excluída em 2014 em razão da crise da Crimeia.
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Outro marco foi em 1972, quando se apresenta um esboço do conceito que é hoje denominado
de desenvolvimento sustentável. A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano
(ONU, 1972), ou Conferência de Estocolmo, refletiu as diferenças cada vez maiores entre os conceitos
de desenvolvimento do Norte e do Sul. Quando os países do Norte começaram a propor a ideia de
crescimento zero devido à industrialização, à urbanização e aos crescentes riscos ambientais
provocados pelo uso de recursos públicos, os países do Sul exigiram maior modernização industrial e
aproveitamento de seus bens ambientais. Essa reunião começou a mostrar a interação entre fatores
como desenvolvimento, sociedade, meio ambiente e preocupações de estabelecer equilíbrio e gestão
coletiva dos bens da humanidade. É nesse contexto que um sistema internacional para gerenciar
esses ativos se desenvolve. A reunião de 1972 mostrou as realizações no campo ambiental, mas ainda
não apresentou um conceito fechado de desenvolvimento (ONU, 1972).
Na ausência de desenvolvimento e progresso para a sua promoção, o G-77 apresentou a
proposta da Nova Ordem Econômica Internacional (Noei), no âmbito das Nações Unidas. A Noei
criticou a manutenção da desigualdade social no sistema internacional e propôs dois objetivos,
conforme Trindade (1984):
1. estabelecer um novo modelo de relações econômicas entre países;
2. realizar mudanças estruturais no sistema da ONU para promover temas de desenvolvimento.
Como resultado, o Relatório Gardner foi elaborado nas Nações Unidas, chamando a atenção para
a necessidade da agência de participar de forma mais eficaz em questões de desenvolvimento (ONU,
1975).
TEMA 3 – O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Em abril de 1987, a Comissão Brundtland publicou um relatório inovador, intitulado Nosso futuro
comum, que introduziu o conceito de desenvolvimento sustentável na discussão pública:
O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que encontra as necessidades atuais sem
comprometer a habilidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades. [...] O
desenvolvimento sustentável requer que as sociedades atendam às necessidades humanas tanto
pelo aumento do potencial produtivo como pela garantia de oportunidades iguais para todos. [...]
Na sua essência, o desenvolvimento sustentável é um processo de mudança no qual a exploração
dos recursos, o direcionamento dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e
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a mudança institucional estão em harmonia e reforçam o atual e futuro potencial para satisfazer as
aspirações e necessidades humanas. (ONU, 1987, tradução nossa)
As extensas recomendações do comitê levaram à convocação da Conferência das Nações Unidas
sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (1992), que colocou o assunto diretamente na agenda
pública. Realizada no Rio de Janeiro, em 1992, a Cúpula da Terra adotou a Agenda 21, um diagrama
para proteger o planeta e seu desenvolvimento sustentável, culminando duas décadas de trabalho
iniciado na década de 1970, em Estocolmo.
3.1 A AGENDA 21
O Brasil liderou a elaboração da Agenda 21, importante documento para solidificar uma visão
abrangente e humanista do desenvolvimento sustentável. Segundo Lago (2006, p. 76), a Agenda 21 é
[…] um programa de ação que atribui novas dimensões à cooperação internacional e estimula os
governos, a sociedade civil e os setores produtivo, acadêmico e científico a planejar e executar
juntos programas destinados a mudar as concepções tradicionais de desenvolvimento econômico e
de proteção ao meio ambiente.
Na Agenda 21, os governos esboçaram um programa detalhado de ação para livrar o mundo do
atual modelo de crescimento econômico insustentável e realizar atividades de proteção e renovação
de recursos ambientais, que são a base do crescimento e desenvolvimento. As áreas de ação incluem:
proteger a atmosfera; combater o desmatamento, a erosão do solo e a desertificação; prevenir a
poluição da água e do ar; deter a destruição dos estoquesde peixes e promover o gerenciamento
seguro de resíduos tóxicos (Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o
Desenvolvimento, 1992).
No entanto, a Agenda 21 vai além das questões ambientais para abordar padrões de
desenvolvimento que causam danos ao meio ambiente. Isso inclui: pobreza e dívida externa nos
países em desenvolvimento; padrões insustentáveis de produção e consumo; pressão populacional e
estrutura econômica internacional. O seu plano de ação também recomendou maneiras de fortalecer
o papel de grandes grupos, como mulheres, organizações sindicais, agricultores, crianças e jovens,
povos indígenas, comunidade científica, autoridades locais, empresas, empresas e organizações não
governamentais para se alcançar o desenvolvimento sustentável (Conferência das Nações Unidas
sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, 1992).
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Para verificar a implementação da Agenda 21, foi criada a Comissão para o Desenvolvimento
Sustentável (CDS) no Ecosoc e um fundo para projetos de cooperação ambiental, o Global
Environment Facility Fund (GEF, [S.d.]). A crescente participação da sociedade civil nos debates a partir
da realização do Fórum Global, paralelamente à Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente e o Desenvolvimento (1992), também merece destaque por sua importância.
3.2 OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO (ODM)
Em 2000, a realização da Cúpula do Milênio e o estabelecimento dos ODM foram bem recebidos,
pois os países, por meio da Declaração do Milênio, se comprometeram a implementar políticas
públicas nacionais e internacionais para que pudessem colaborar com o desenvolvimento sustentável
e a erradicação da pobreza, a cooperação internacional, a paz, a segurança e o desarmamento, a
proteção ao meio ambiente, os direitos humanos, a democracia, a boa governança e o reforço das
Nações Unidas (ONU, 2000). Segundo o documento,
[…] temos a responsabilidade colectiva de respeitar e defender os princípios da dignidade humana,
da igualdade e da equidade a nível mundial […] temos um dever para com todos os habitantes do
planeta, em especial para com os mais desfavorecidos […] e as crianças do mundo, a quem
pertence o futuro. (ONU, 2000, p. 4)
Como valores básicos, são estabelecidos os princípios de liberdade, igualdade, solidariedade,
tolerância, respeito à natureza e responsabilidade compartilhada (ONU, 2000). Listaram-se as oito
metas que os países deveriam alcançar até 2015 (Ipea, 2014):
1. Erradicar a pobreza extrema e a fome;
2. Atingir o ensino básico universal;
3. Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres;
4. Reduzir a mortalidade na infância;
5. Melhorar a saúde materna;
6. Combater o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e a síndrome da imunodeficiência
adquirida (Aids), a malária e outras doenças;
7. Garantir a sustentabilidade ambiental;
8. Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.
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Os ODM representam uma agenda complexa e abrangente sobre vários tópicos, envolvendo
agências das Nações Unidas, atores da sociedade civil e iniciativas nacionais para alcançá-los. Para os
países, isso significa apoiar iniciativas de políticas domésticas em torno desses objetivos e fortalecer a
cooperação internacional. Deve-se enfatizar, porém, que deve haver um mecanismo para arrecadar
fundos para essas agendas, e outras organizações e sistemas multilaterais devem mostrar integração
com os ODM (ONU, 2000).
No nível das Nações Unidas, após a Cúpula de 2000, outras iniciativas foram propostas para
implementar e verificar os resultados iniciais dos ODM. Nesse sentido, o Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) é um dos mecanismos para medir se os ODM são implementados pelos países
participantes dos objetivos da Cúpula de 2000 (ONU, 2000).
3.3 OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (ODS)
O ano de 2015 seria o ano para se alcançar os ODM. No entanto, a maioria das metas não foi
alcançada. O documento O futuro que queremos possibilitou a eleição de novas ações no campo do
desenvolvimento, sobrepondo-se aos ODM e sendo renomeadas como Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS). Foi estabelecida uma nova data para alcançar esses objetivos: 2030. Entre eles,
estão listados (Brasil, 2015):
acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares;
acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e a melhoria da nutrição e promover a
agricultura sustentável;
assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades;
assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade e promover oportunidades, ao longo
da vida, para todos;
alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas;
assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e saneamento, para todos;
assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia, para todos;
promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, o emprego pleno e
produtivo e o trabalho decente, para todos;
construir infraestruturas resistentes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e
fomentar a inovação;
reduzir a desigualdade entre os países e dentro deles;
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tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis;
assegurar padrões de produção e consumo sustentáveis;
tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos;
promover a conservação e o uso sustentável dos oceanos, mares e seus recursos, para um
desenvolvimento sustentável.
Em vista da maior abrangência desses novos objetivos para 2030, o desafio do desenvolvimento
ainda é considerado um dos maiores desafios da agenda internacional de nosso país e do mundo.
Para enfrentá-lo, a cooperação internacional, da maneira mais diversificada, é um dos meios mais
eficazes para obter progressos significativos.
TEMA 4 – ODM E ODS NO BRASIL
Tomando o Brasil como exemplo, o governo Lula (2003/2010) fez dos ODM uma prioridade em
sua agenda e aprofundou as atividades de cooperação internacional do país. Segundo Diniz (2011), o
desenvolvimento de políticas públicas e agendas sociais que incentivam o crescimento representa um
foco em questões de desenvolvimento. Desde 2003, quando o governo estabeleceu o Conselho de
Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), a implementação dos ODM recebeu atenção especial
do governo brasileiro (Alves, 2013).
O Brasil desenvolveu uma série de planos relacionados aos ODM. Com a expansão da rede
universitária existente e o estabelecimento de novos campi em áreas com déficit de vagas, o ensino
superior nas universidades públicas se expandiu. Para facilitar a entrada de todos esses estudantes
brasileiros, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi criado e aplicado em todo o país. Agora, é
possível se inscrever em todas as universidades públicas do Brasil por meio do Sistema de Seleção
Unificada (Sisu). No entanto, os projetos que ganharam mais atenção e popularidade no Brasil e no
mundo são o Bolsa Família e o Fome Zero. O objetivo de ambos é eliminar estruturalmente a pobreza
e a fome.
Além do IDH, o Brasil também estabeleceu seu próprio mecanismo de verificação dos ODM e
emitiu relatórios regulares de monitoramento. Em 2004, o país realizou uma avaliação prévia do seu
progresso, destacando as políticas desenvolvidas desde 2003 e os projetos que foram empreendidos,
como acesso gratuito a medicamentos para tratar HIV/Aids.
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Em 2011, Dilma Rousseff assumiu o governo brasileiro e a agenda relacionada ao
desenvolvimento recebeu atenção especial em seu plano de ação. A agenda implementada sob a
liderança do governo Lula desde 2003 continuou, ajustou e incorporou novos projetos, como o Mais
Médicos,para expandir o acesso aos serviços de saúde para os mais pobres.
O relatório nacional de acompanhamento dos ODM no Brasil elaborado pelo Instituto de
Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea, 2014) também reflete muitos desenvolvimentos. Em
comparação com indicadores de 1990, o relatório destaca: a pobreza extrema foi reduzida pela
metade, a desnutrição infantil diminuiu 2,3%, houve uma taxa de aumento da escolarização infantil
de 51,4%, foi expandido o acesso das mulheres ao mercado de trabalho (em cerca de 47%), reduziu-
se a mortalidade materna e infantil, bem como a contaminação por HIV/AIDS (Ipea, 2014).
Entretanto, esses esforços brasileiros e os de outras nações foram considerados insuficientes
para que se cumprissem os ODM até 2015, conforme constatado em 2000, ano no qual foi realizada a
Cúpula do Milênio. Em 2015, porém, chefes de Estados, incluindo o Brasil, aprovaram a Agenda 2030,
que viria a se sobrepor aos ODM, sendo estes renomeados como ODS (ONU, 2015).
O país avançou ao criar mecanismos nacionais para monitorar os ODS. Em 2018, com o
estabelecimento de um prêmio para registrar boas práticas, a primeira edição do Prêmio ODS Brasil
destaca práticas ligadas à contribuição dos governos estaduais/distrital e municipais, de organizações
com fins lucrativos, de organizações sem fins lucrativos e de instituições de ensino, pesquisa e
extensão (Brasil, 2018). São, todas, iniciativas alinhadas aos princípios e preceitos que norteiam os
ODS.
No mesmo ano, foi apresentado um website com dados disponíveis para as metas e indicadores
internacionais, além de ser criado o Relatório Nacional de Adequação das Metas da Agenda 2030,
que apresenta as propostas de adequação das metas globais da Agenda 2030 à realidade brasileira e
propõe indicadores envolvendo todas as áreas de atuação do governo federal (Ipea, [20--], 2018). Em
2018, o Ipea trabalhou em conjunto com órgãos governamentais e gestores e técnicos do governo
federal que participaram dos debates para a formulação das metas nacionais (Pnud, 2019) e, a partir
de fevereiro, foram realizadas oficinas para cada um dos 17 ODS, com a participação de órgãos
públicos federais. O objetivo foi o de identificar a carteira de iniciativas dos ministérios que já
possuem consonância com os ODS (Brasil, 2018).
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TEMA 5 – O NOVO BANCO DE DESENVOLVIMENTO
A Força-Tarefa para Financiamento do Desenvolvimento Sustentável (ONU, [20--]) conduziu,
recentemente, uma avaliação das necessidades anuais de recursos financeiros dos países menos
desenvolvidos. Apesar da ampla gama de resultados da avaliação, o volume de transações ainda
excedeu US$ 1 trilhão. Ao mesmo tempo, as críticas ao papel do BM no financiamento do
desenvolvimento econômico também são conhecidas (Birdsall, 2003). Nesse contexto, na IV Reunião
Anual do Brics , realizada em 2012, em Nova Déli, o governo indiano sugeriu a criação de um banco
de desenvolvimento do grupo (Pereira; Milan, 2018).
Desde a reunião indiana até a seguinte, em Durban, África do Sul, em 2013, foram realizadas
pesquisas para analisar a viabilidade dessa nova instituição. Uma das razões para a implementação
do projeto está relacionada às reservas totais dos países do Brics, de mais de 4,4 trilhões de dólares
na época (Pereira; Milan, 2018). Depois de aprovado pelos ministros das Finanças de vários países, em
2014, foi assinado um acordo de composição do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD).
O objetivo do NBD é fornecer financiamento para projetos de infraestrutura e desenvolvimento
sustentável nos países do Brics e em outras economias emergentes e países em desenvolvimento,
para complementar os esforços existentes de instituições financeiras multilaterais e regionais (Brasil,
2019). Os benefícios econômicos do Brasil vêm da participação no NDB, por meio do financiamento
de projetos de infraestrutura no país e da participação de empresas brasileiras no processo de
licitação de projetos nos países-membros financiados pelos recursos do banco (Brasil, [20--]).
As primeiras operações de empréstimos do NDB foram aprovadas em abril e julho de 2016, com
um valor total de US$ 911 milhões para financiar projetos de energia renovável nos cinco países
fundadores. No caso do Brasil, o banco emprestou cerca de US$ 300 milhões ao Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que repassará recursos para projetos no campo da
energia eólica (Brasil, [20--]).
Atualmente, um dos principais temas da agenda do NDB está relacionado à política de admissão
de novos membros desde 2017, e um acordo organizacional estabelece diretrizes gerais para o
procedimento: qualquer país membro da ONU pode se tornar membro do banco; os países
fundadores manterão conjuntamente poder de voto de pelo menos 55%; nenhum outro país poderá
individualmente deter poder de voto acima de 7% do poder de voto total; os países desenvolvidos só
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poderão entrar no banco como membros não tomadores de empréstimos,  e sua participação
conjunta não deve exceder 20% do total dos direitos de voto (Brasil, [20--]).
Depois de superar os desafios de estabelecer e iniciar operações em um período de tempo
relativamente curto, o NDB se esforçará para consolidar suas capacidades técnicas e financeiras e
obter uma classificação de crédito mais alta nos próximos anos, permitindo, assim, que ele se torne
um instrumento relevante e eficaz de financiamento das necessidades de desenvolvimento dos seus
integrantes.
NA PRÁTICA
É fácil observar que a globalização estabeleceu, em certa medida, novos canais de comunicação
e intercâmbio, promovendo a abertura comercial entre os Estados-nação. A abertura do comércio e a
remoção de barreiras pré-existentes podem ser vistas como um fato positivo, pois permitem um
ganho maior ao conjunto dos Estados: à medida que há negociações multilaterais, todos os Estados
acabam ganhando (Brum; Bedim, 2003). Essas conquistas são essenciais para promover o
desenvolvimento nacional. No entanto, deve-se entender, sobre as premissas socioeconômicas do
desenvolvimento, que os benefícios econômicos obtidos com o aumento do comércio tendem a
aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) do país, mas isso não necessariamente leva a um melhor nível
de desenvolvimento.
Com base nisso, é possível perceber que crescimento econômico pode estar contido no conceito
de desenvolvimento, mas não corresponde à totalidade do seu entendimento. Dessa forma, o
conceito de desenvolvimento sustentável é formulado como uma abordagem multidisciplinar sobre o
desenvolvimento, considerando-se aspectos sociais, econômicos e ambientais. Para entender melhor
esse conceito, pesquise sobre o Relatório de Brundtland, intitulado Nosso futuro comum (ONU, 1987),
e reflita: de que forma o conceito de desenvolvimento sustentável é relevante para as relações
internacionais? Por quê?
FINALIZANDO
Nesta aula, foi possível examinar os conceitos e o sistema de governança do desenvolvimento,
bem como a sua evolução, nos séculos XX e XXI. Além disso, pudemos analisar os ODM e os ODS
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(ONU, 2000, 2015). Por fim, analisamos se as metas têm ou não sido cumpridas, destacando o papel
do Brasil e seus esforços para consolidar os ODM, os ODS e outros projetos favoráveis ao
desenvolvimento, como a criação do NBD, junto aos Brics.
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O Brics é o agrupamento formado por cinco países – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Desde o início do seu diálogo, o grupo de países busca estabelecer uma governança internacional
mais alinhada aos seus interesses nacionais – entre as suas pautas encontra-se a reforma de cotas do
FMI (BRICS, 2019).
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