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POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA 6

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POLÍTICA EXTERNA 
BRASILEIRA 
CONTEMPORÂNEA 
AULA 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Kauana Puglia 
 
 
CONVERSA INICIAL 
Nesta aula, trataremos do meio ambiente como tema relacionado à 
soberania nacional, englobando análises sobre o espaço terrestre, marítimo, 
aéreo e espacial. Como veremos, fatores como o desenvolvimento de recursos 
e a sustentabilidade se mostram como grandes desafios, e questões como 
aquecimento global, gestão dos oceanos, considerações sobre a Antártica e o 
setor espacial são áreas mais complexas para haver a cooperação e a 
negociação nas relações internacionais. 
TEMA 1– AGENDA AMBIENTAL: CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Ao longo do século XX, a poluição do ar, do solo e da água e a extinção 
de várias espécies animais e vegetais atingiram uma situação sombria em todos 
os cantos da Terra. Essa situação levanta questões sobre o modelo de 
desenvolvimento econômico poluidor adotado até o momento e enfatiza que 
todos os países devem agir em conjunto para lidar com a poluição ambiental 
global. Neste século, o tema meio ambiente tornou-se cada vez mais importante 
e, gradualmente, ocupou uma posição central na agenda dos países do mundo 
(Siqueira, 2001). 
Assim, desde a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente 
em Estocolmo, de 1972, foi observado o surgimento de uma agenda ambiental 
no sistema internacional. Nessa ocasião, os debates ocorreram com base na 
interação de questões de desenvolvimento, sociais e ambientais, que levaram a 
tópicos como propriedade comum humana e atenção ao desenvolvimento. O 
Relatório Brundtland de 1987 também estabeleceu o conceito de 
desenvolvimento sustentável, e o PNUD estabeleceu o conceito de 
desenvolvimento humano em 1990. Em 1992, a ECO-92 foi realizado no Rio de 
Janeiro e a Agenda 21 foi preparada. 
O conceito de desenvolvimento sustentável adotado na Agenda 21 é um 
conceito em construção, e sua base permanente é o princípio de que o 
comportamento humano não deve prejudicar os recursos naturais e a qualidade 
de vida das gerações futuras (Siqueira, 2001). 
Esses processos representam a ordem ambiental internacional que define 
Ribeiro (2001), ou seja, a construção da governança ambiental. Esse processo 
corresponde à institucionalização de um sistema de regras multilateral baseado 
 
 
3 
em negociações entre organizações governamentais internacionais e Estados 
membros para lidar com os desafios ambientais. A base para o estabelecimento 
dessa ordem é um entendimento específico de que a sociedade terá um impacto 
em seu espaço, o que pode ter um impacto em sua futura sobrevivência a longo 
prazo, mas que, apesar das pesquisas científicas, nem sempre essas 
consequências foram factíveis. 
No campo das mudanças climáticas, a Organização Meteorológica 
Mundial (WMO) realizou sua primeira reunião em Genebra, em 1979. Nesse 
sentido, a discussão começa sobre o que seriam as mudanças climáticas 
antropogênicas. 
Quase uma década depois, um dos mecanismos mais importantes para o 
estudo da agenda ambiental foi estabelecido em 1988: o Painel 
Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). Desde a sua criação, o 
IPCC representou pesquisas sobre o possível impacto das emissões e 
concentrações de gases de efeito estufa (GEE), que é a base para discutir as 
mudanças climáticas e o aquecimento global. 
O IPCC analisa a importância científica do aquecimento global, seu 
impacto na sociedade e na economia e como resolver esse problema (Moreira, 
2014). O aumento das temperaturas globais é um processo chamado de efeito 
estufa e corresponde ao aumento da concentração desse gás na atmosfera 
devido às emissões das atividades humanas (Moreira, 2014). Essa concentração 
leva ao aquecimento global, que, por sua vez, leva a processos de mudança 
climática. 
Moreira (2014) também afirma que, com base nas pesquisas do IPCC, o 
impacto nas espécies, florestas e biodiversidade marinha pode determinar a 
disponibilidade de recursos hídricos, a sobrevivência das populações e o 
deslocamento. Da mesma forma, os fenômenos relacionados às mudanças 
climáticas incluem incêndios, tempestades e secas, mudanças bruscas de 
temperatura, furacões, ondas e erosão têm maior incidência, afetando 
especialmente o oceano e a Antártica. 
Em maio de 1992, foi estabelecida a Convenção-Quadro das Nações 
Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), a qual entrou em vigor em 1994 e, 
em julho de 2018, já possuía 196 signatários e um signatário de uma organização 
regional, a União Europeia. Note-se que, no novo ambiente internacional pós-
Guerra Fria, a Convenção representou um salto verdadeiramente qualitativo na 
 
 
4 
agenda ambiental. Esse marco levou a um aprofundamento do debate sobre o 
meio ambiente e ampliou o seu escopo. 
TEMA 2 – AQUECIMENTO GLOBAL 
De acordo com pesquisas do IPCC, a Convenção-Quadro das Nações 
Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) visa colocar metas aos Estados 
de emissões de gases de efeito estufa para estabilizar sua concentração na 
atmosfera. Gamba (2015) afirma que a convenção visa reduzir o impacto do ser 
humano no meio ambiente, com base no princípio de “Responsabilidades 
Comuns, Porém, Diferenciadas” (CBDR), com foco em todos os aspectos do 
desenvolvimento sustentável. Além disso, o princípio de CBDR acredita que os 
países desenvolvidos e em desenvolvimento devem ser tratados de maneira 
diferenciada, pois os países desenvolvidos devem reconhecer suas 
responsabilidades históricas pelo aquecimento global, bem como suas maiores 
capacidades de fornecer suporte técnico e financeiro para resolver a situação 
(Carvalho; Azevedo; Lucero, 2015). 
A partir desse período, em vista de futuras negociações ambientais, os 
países começaram a se organizar de forma mais sistemática. Nesse sentido, a 
UNFCCC é considerada o ponto de partida das discussões ambientais, o que 
levou ao estabelecimento de uma nova ordem ambiental e de diferentes alianças 
entre os países para estabelecer a ordem. 
Em termos de negociações, houve o estabelecimento da Conferência das 
Partes (COP) para pensar metas mais específicas que os países devem alcançar 
no âmbito da UNFCCC. A primeira Conferência das Partes foi realizada em 
Berlim, em 1995. 
2.1 Protocolo de Quioto 
Em 1997, na Terceira Conferência das Partes, o Protocolo de Quioto foi 
estabelecido, entrando em vigor em 2005. Segundo Carvalho, Azevedo e Lucero 
(2015), o protocolo estabelece metas e regras de monitoramento de remoção e 
emissão de gases de efeito estufa de maneira estrita e obrigatória. 
Com relação às metas, o Protocolo de Quioto afirma que os países 
industrializados devem reduzir suas emissões totais de gases de efeito estufa 
em pelo menos 5,2% em relação aos níveis de 1990. Dentro desse princípio, 
 
 
5 
mecanismos de flexibilidade foram estabelecidos, incluindo o Mecanismo de 
Desenvolvimento Limpo (MDL) (Cenamo, 2004). 
A proposta do MDL é de que cada tonelada de emissão de dióxido de 
carbono deixada de ser emitida pelos países em desenvolvimento possa ser 
comercializada no mercado mundial, o que cria um novo apelo à redução das 
emissões globais. Cada país trabalhará com os principais emissores para 
estabelecer metas de redução de emissão de dióxido de carbono em seu 
território. As empresas que não puderem reduzir as emissões, poderão adquirir 
certificados de redução de emissões (CER) nos países em desenvolvimento e 
usá-los para cumprir suas obrigações (Cenamo, 2004). 
Além do MDL, o Protocolo de Quioto também inclui dois outros 
mecanismos de flexibilidade, a saber, comércio de emissões (Emission Trade) e 
a implementação conjunta (IC). O comércio de emissões determina que cada 
país possa negociar a parte de sua redução de emissões que exceder a meta 
prometida (Cenamo, 2004). 
Por sua vez, a implementação conjunta permite negociações bilaterais 
sobre a implementação conjunta de projetos que reduzem as emissões de gasesde efeito estufa entre os países. Por meio dela, os países industrializados podem 
compensar suas emissões participando de projetos de câmbio e redução de 
emissões em outro país. Portanto, isso significa a composição das emissões de 
gases de efeito estufa e da transferência de créditos do país onde o projeto é 
implementado para o país que emite o certificado (Cenamo, 2004). Este pode 
comprar créditos de carbono e, em troca, criar fundos para projetos 
desenvolvidos em outros países. Os recursos financeiros obtidos serão usados 
para reduzir as emissões ou remover o carbono. 
2.2 Acordo de Paris 
Na 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações 
Unidas sobre Mudança do Clima (COP21), realizada em Paris, um novo acordo 
foi adotado com o objetivo central de fortalecer a capacidade global de responder 
às ameaças das mudanças climáticas. Assim, o Acordo de Paris é atualmente 
assinado por 195 países e uma organização regional, a União Europeia. 
Comprometendo-se em manter o aumento da temperatura média global 
abaixo de 1,5ºC, considerando a era industrial, o Acordo de Paris introduziu uma 
novidade sobre o Protocolo de Quioto. No novo acordo, foram feitas propostas 
 
 
6 
para reduzir as emissões de gases de efeito estufa até 2030 com a participação 
de todos os países, mas não foram estabelecidas metas específicas de redução 
de emissões. Dessa forma, cada país pode definir seus objetivos. Esse 
mecanismo é chamado de contribuição pretendida nacionalmente determinada 
(INDC) (Cenamo, 2004). 
Analistas e negociadores têm diferentes interpretações desta flexibilidade 
do INDC. Do lado positivo, com o apoio de países como Estados Unidos, a 
flexibilidade é considerada necessária para revitalizar o processo de negociação 
na crise. Por outro, isso traz o risco de que os países estabeleçam metas muito 
modestas para reduzir as emissões, o que tornará o processo ineficaz a médio 
e longo prazo. 
TEMA 3 – O MAR 
Na agenda ambiental, é importante definir qual é a extensão territorial dos 
oceanos que está sob controle de um determinado Estado. Conforme Machado 
(2015), a primeira resposta relacionada a essa questão foi a Declaração de 
Truman, adotada unilateralmente pelos Estados Unidos em 1945. Logo após a 
Segunda Guerra Mundial, a declaração foi emitida pelo presidente dos EUA, 
Harry Truman, estabelecendo que os Estados Unidos consideram os recursos 
marinhos próximos à sua plataforma continental como seu gozo exclusivo. 
Também é definida a fronteira da plataforma continental, que corresponde à 
parte do oceano considerada território nacional. Assim, alguns países emitiram 
declarações semelhantes e as Nações Unidas conduziram negociações 
multilaterais para resolver esse problema. 
De 1945 a 1958, as conversas foram intensas e finalmente chegaram à 
primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. Segundo 
Machado (2015), entre precedentes multilaterais, a Assembleia criou a 
Comissão de Direito Internacional das Nações Unidas (CDI) em 1947, que iniciou 
o primeiro estudo sobre a codificação do Direito do Mar. 
A segunda sessão, ocorrida em 1960, estabeleceu medidas mais 
específicas para regulamentar e unificar as questões das Convenções de 1958, 
entre as quais o estabelecimento de um único limite para todos os Estados para 
a definição da Plataforma Continental (PC). Embora garantam que os países 
tenham o direito de usar seus recursos de PC, esses acordos não resolveram os 
problemas relacionados à expansão da PC. Isso possibilitou aos países 
 
 
7 
expandirem suas fronteiras, além de afetar a maneira pela qual o 
desenvolvimento econômico pode ser realizado e possibilitar de militarização do 
oceano. 
Esses problemas foram resolvidos na Terceira Conferência das Nações 
Unidas sobre o Direito do Mar (Confidmar), de 1973 a 1982. Conforme Machado 
(2015), o objetivo dessa reunião de longo prazo foi consolidar completamente o 
sistema oceânico. A prioridade é integrar, agregar e fortalecer as convenções 
existentes. Em 1982, essas negociações produziram um documento mais 
abrangente: a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM). 
Machado (2015) aponta também que o Tribunal Internacional de Direito 
do Mar e a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos foram estabelecidos. 
Além disso, a Organização Marítima Internacional foi criada com o objetivo de 
gerenciar atividades de transporte, portos, navios, poluição etc. 
3.1 O Brasil e as unidades de conservação marinhas 
O Brasil enfrenta desafios cada vez mais importantes na proteção 
marinha. Cerca de 1.173 espécies marinhas brasileiras, por exemplo, estão 
listadas como ameaçadas de extinção (Haueisen et al., 2019). À medida que a 
conscientização de tais problemas ecológicos aumentou, a participação do 
público relacionada à vida humana e à qualidade ambiental também aumentou. 
Dessa forma, a pressão dos governos sobre a formulação de políticas 
conservacionistas tem aumentado (Vallejo, 2003). A formação de uma rede 
nacional, como produto dessa conscientização ambiental, contribui para a 
promoção e a expansão do número de áreas marinhas protegidas, 
estabelecendo, assim, um Sistema de Unidades de Conservação (UCs). Embora 
esse mecanismo não seja suficiente a longo prazo, é essencial para proteger a 
riqueza biológica de um país (Haueisen et al., 2019). 
De acordo com a Lei n. 9.985/2000, a Unidade de Conservação pode ser 
definida como um 
Espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas 
jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente 
instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites 
definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam 
garantias adequadas de proteção. (Brasil, 2000) 
O estabelecimento de grandes áreas protegidas costeiras e marinhas 
cobrindo diferentes habitats é uma estratégia que visa manter a biodiversidade. 
 
 
8 
Elas podem servir como reservatórios para garantir o recrutamento e a promoção 
da recolonização das áreas vizinhas que estão sendo desenvolvidas, além de 
poderem proporcionar a recuperação dos estoques de peixes. A UC Marinha do 
Brasil inclui áreas federais, estaduais e municipais (Haueisen et al., 2019). 
A Convenção sobre Diversidade Biológica recomenda que pelo menos 
10% das áreas marinhas e costeiras sejam protegidas até 2020. Atualmente, a 
UC cobre 25% da área marinha brasileira, das quais 67 são UC marítimas 
brasileiras (Haueisen et al., 2019). 
TEMA 4 – ANTÁRTICA 
A Antártica é um continente ainda visto como incorporador de 
capacidades econômicas pouco avaliadas, o que faz com que seja considerado 
potencialmente um grande espaço de expansão (Vieira, 2006). De acordo com 
Bath (2000), a Antártica sempre foi um território que esteve aberto à conquista, 
de limites indefinidos, resultando em conflitos por território entre diversos 
Estados. Desta forma, é necessário entender em que esses conceitos se 
baseiam e como os conflitos culminaram no Tratado da Antártica, de 1959, que 
permitiu a liberdade de exploração científica do continente. 
4.1 Tratado da Antártica 
Do ponto de vista territorialista, a corrida Antártica foi lançada no 
continente nas primeiras décadas do século XX, e até o início da Segunda 
Guerra Mundial, o Reino Unido e os Estados Unidos foram os protagonistas. 
Quando a Guerra Fria começou, as áreas de competição envolvendo 
superpotências que reivindicaram soberania e novos participantes aumentaram. 
Os principais países incluem África do Sul, Austrália, Bélgica, Estados Unidos, 
França, Japão e União Soviética. 
Segundo Ferreira (2009), todas as reivindicações foram baseadas na 
premissa de que a Antártica é res nullius, ou seja, o continente não pertence a 
ninguém e pode ser parcial ou totalmente ocupado. No entanto, este não era o 
único conceito relacionado à Antártica: a premissa de que o continente é res 
communis crescia –ou seja, o argumento de que a Antártica é um espaço 
comum para todos foi ganhando força. Essa visão apoia a concepção 
internacionalista, que argumenta que a Antártica não deve ser um alvo territorial, 
 
 
9 
nem deve ser dividida entre países, independentemente do desenvolvimento de 
seus territórios ou da proximidade de sua localização geográfica, porque a 
Antártica é uma região sensível com relação aos impactos globais de sua 
exploração. 
Sendo a visão internacionalista mais adequada para gerir a questão, a 
criação do Comitê Especial para as Pesquisas Antárticas (SCAR), em 1956, 
representou o primeiro passo para estabelecer uma gestão internacionalizada 
da Antártica, com foco na pesquisa científica. 
O segundo passo foi realizar o Ano Geofísico Internacional (AGI), em 
1958, reafirmando a importância científica da região e seus interesses comuns. 
A AGI abriu as portas para a negociação do conceito de internacionalismo. Por 
meio da AGI, um programa de pesquisa foi estabelecido no continente por meio 
de ações de 12 países que participam de atividades no local. 
Desta forma, há sinais de que as posições desses Estados mudaram e se 
consolidaram com a Conferência de Washington, em 1959, resultando no 
Tratado da Antártica e no Sistema do Tratado da Antártica (STA). A sigla do STA 
refere-se ao tratado e a outros regimes que resultaram dele, formando uma série 
de acordos derivados do Tratado da Antártica, que constituíam uma estrutura de 
regime. 
Os 12 Estados signatários originais do Tratado foram: África do Sul, 
Argentina, Austrália, Bélgica, Chile, Estados Unidos, França, Japão, Nova 
Zelândia, Noruega, Reino Unido e União Soviética. A consolidação do conceito 
de internacionalização se reflete em todo o texto do tratado, mas o tema de 
reivindicação de soberania é encontrado especificamente em seu art. 4º, que 
estipula que todos os países concordam em suspender reivindicações territoriais 
no continente e em não fazer novas demandas durante o período em que o 
tratado estivesse em vigência (Ferreira, 2009). 
Ainda no que se refere à participação de Estados no Tratado, qualquer 
país-membro das Nações Unidas pode aderir a ele. De acordo com Ferreira 
(2009), existem os membros consultivos (signatários originais do Tratado e 
países que aderiram ao Tratado por terem comprovado a realização de 
pesquisas no local) e, por fim, os membros não consultivos (países que aderiram 
ao Tratado, mas ainda não alcançaram o nível de membros consultivos). Até 
novembro de 2015, 52 países faziam parte dessas negociações. 
 
 
 
10 
Quadro 1 – Países-membros consultivos e não consultivos 
Membros consultivos Membros não consultivos 
Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Bulgária, 
Chile, China, República Tcheca, Equador, 
Finlândia, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, 
Coreia do Sul, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, 
Peru, Polônia, Rússia, África do Sul, Espanha, 
Suécia, Ucrânia, Reino Unido, Estados Unidos, 
Uruguai. 
Áustria, Belarus, Canadá, Colômbia, Cuba, 
Dinamarca, Estônia, Grécia, Guatemala, 
Hungria, Cazaquistão, Coreia do Norte, Malásia, 
Mônaco, Mongólia, Paquistão, Papua-Nova 
Guiné, Portugal, Romênia, Eslováquia, Suíça, 
Turquia, Venezuela. 
Fonte: Ferreira, 2009. 
No século XXI, o principal processo ainda é a exploração mineral na área, 
mas, como apontado, isso ainda está relacionado a ideias conservacionistas. 
Novos desafios surgiram, como a demanda da região por turismo, o crescente 
papel de participantes como a China e disputas geopolíticas em águas próximas 
(Canal Drake e Rota do Cabo). 
4.2 Programa Antártico Brasileiro (Proantar) 
São as correntes oceânicas da Antártica que trazem recursos biológicos, 
nutrientes e oxigênio para as águas do litoral do Brasil, fato que afeta diretamente 
a costa sul do país. Além disso, grande parte do pescado brasileiro disponível 
sofre influência das massas de água provenientes do oceano austral. 
O entendimento da importância da Antártica para o Brasil se reflete em 
sua inclusão na Política Nacional de Defesa (PND), a qual “estabelece como 
área de interesse prioritário o entorno estratégico brasileiro, que inclui a América 
do Sul, o Atlântico Sul, os países da costa ocidental africana e a Antártica” 
(Brasil, 2012). Segundo o mesmo documento, a ciência desenvolvida na 
Antártica é de vital importância para o Brasil. Devido à riqueza desses recursos 
minerais e à importância da região para o país, o Brasil assinou o Tratado da 
Antártica em 1975, mas só se tornou membro consultivo em 1983 após a criação 
do Programa Antártico Brasileiro (Proantar) (Câmara; Melo, 2018). 
O plano é um esforço conjunto do Brasil de décadas, com o objetivo de 
promover a pesquisa na Antártica não apenas relacionados à gestão ambiental, 
mas também ao turismo, pesca, educação e relações internacionais. Com 
vínculos em níveis nacional e internacional, o programa defende a posição 
 
 
11 
estratégica do país no continente antártico, por meio de pesquisas e práticas 
contínuas da ciência antártica, e o respeito pela complexa rede de legislação 
internacional sobre coexistência pacífica e paz (Dias, 2015). 
A primeira missão oficial do Brasil em solo antártico, denominada 
Operação Antártica I, ocorreu no verão de 1982-83 e recebeu reconhecimento 
internacional, o que permitiu que o país fosse aceito como membro consultivo do 
Tratado da Antártica. Na Operação Antártica II, a principal tarefa foi o transporte, 
a seleção do local e a implementação da estação brasileira (Dias, 2015). 
Para implementar o plano, o Proantar foi organizado de maneira 
colegiada, com a participação dos ministérios e comissões diretamente 
envolvidos. O programa também realiza a divisão de trabalho em quatro áreas: 
logística, pela Marinha; pesquisa, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, 
Inovações e Comunicações e CNPq; ambiental, pelo Ministério do Meio 
Ambiente e, política, pelo Ministério das Relações Exteriores. Outros Ministérios 
que participam são o da Educação e do Turismo, visando a otimização dos 
recursos e busca de oportunidades (Dias, 2015). 
TEMA 5 – ESPAÇO 
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) 
realizou uma avaliação do setor espacial em um relatório de 2014 intitulado 
Space Economy at a Glance, que reflete a complexidade, o dilema e o potencial 
do setor no século XXI: 
O setor do espaço global é um nicho de alta tecnologia com um sistema 
ecológico completo, que emprega pelos menos 900 mil pessoas por 
todo o mundo […] incluindo a administração pública [...]; fornecedores 
diretos a esta indústria (componentes) e os serviços mais amplos do 
setor espacial [...]. Mas estas estimativas não levam em conta 
universidades e instituições de pesquisa, que também desempenham 
um papel chave em P&D, como recebedores de contratos públicos e 
iniciadores da maioria das inovações do setor espacial. A aquisição e 
o desenvolvimento de capacidades espaciais permanecem um objetivo 
estratégico altamente atrativo e o número de países e companhias que 
investem em sistemas espaciais e suas aplicações abrangentes 
continua a crescer. (OECD, 2014) 
O relatório comprovou a complexidade e a diversidade do setor espacial. 
Durante a Guerra Fria, o desenvolvimento do setor começou a ter uma 
densidade maior e foi modernizado e atualizado desde então. A origem da 
corrida espacial, como a corrida armamentista, é um dos produtos da competição 
bipolar entre os Estados Unidos e a União Soviética. No entanto, o espaço é um 
 
 
12 
ambiente que a humanidade pode compartilhar ou mesmo ser objeto de 
competição entre nações: áreas desconhecidas fora da Terra, sem restrições ou 
ocupação claras. 
5.1 Setor espacial para o Brasil 
A origem do Programa Espacial Brasileiro (PEB) remonta à década de 
1960 e está relacionada ao desenvolvimento de pesquisas científicas nacionais, 
mas o período e o investimento mais importantes foramdécadas entre 1970 e 
1980, correspondentes ao regime militar. Um dos principais objetivos do 
Programa Espacial Brasileiro (PEB) é obter autonomia no desenvolvimento de 
atividades espaciais. O plano é estratégico: permite o monitoramento e o 
gerenciamento de vastos territórios nacionais; ajuda a dominar as comunicações 
e a tecnologia da informação; permite a previsão meteorológica; pode controlar 
o tráfego aéreo e marítimo, além de desenvolver novas tecnologias espaciais. 
De acordo com Silva (2013), o marco oficial no nascimento do PEB 
ocorreu em 1961, quando o governo liderado por Jânio Quadros estabeleceu a 
Comissão Nacional de Atividades Espaciais (CNAE). O objetivo da CNAE foi o 
de atuar como uma agência de planejamento e orientar as políticas do Brasil no 
setor espacial. O plano foi acelerado desde 1964 e, em 1965, o Centro de 
Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) foi estabelecido em Natal. 
Ainda na década de 1960, foi criado o Grupo Executivo de Trabalhos e 
Estudos de Projetos Espaciais (Getepe), que cooperou com agências 
estrangeiras para promover programas de sondagem meteorológica e 
ionosférica e formou uma equipe dedicada ao lançamento de foguetes (Silva, 
2013). 
O impacto geopolítico da questão sobre lançamentos é significativo e 
pode ser complexo. O foguete não é apenas uma tecnologia dupla, ou seja, pode 
ser tanto um veículo quanto uma arma – ele também pode ser um fator que pode 
transformar um centro estratégico de lançamento em um possível rival de outros 
centros de nações mais desenvolvidas, igualmente participando de um mercado 
lucrativo como o de voos espaciais (Antunes, 2016). Em outras palavras, ter seu 
próprio veículo de lançamento num programa espacial marcado pela 
continuidade de suas operações possibilita colocar a importância do centro de 
lançamento em uma base superior. 
 
 
13 
No final da década de 1960, a cooperação espacial internacional no 
campo militar era mais evidente do que no campo civil. No setor civil, ela se 
concentrava em treinar especialistas no exterior e aprender a rastrear satélites. 
Nas Forças Armadas, o setor girava em torno da criação, descoberta e 
compartilhamento de artefatos tecnológicos. Dessa forma, em 1971, o governo 
brasileiro estabeleceu o Comitê Brasileiro de Atividades Espaciais (COBAE), 
vinculado ao Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA). O EMFA assume a 
liderança do programa espacial, substituindo a CNAE, que foi renomeada para 
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), como um lado civil do 
programa. 
Na década de 1990, foi introduzida pelo Decreto n. 1.332/1994 a Política 
Nacional de Desenvolvimento de Atividades Espaciais, a qual inseriu o Programa 
Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) para planejamento e execução da 
PEB. Em 1994, também foi criada a Agência Espacial Brasileira (AEB). Em 1996, 
foi estabelecido o Sistema Nacional de Desenvolvimento de Atividades Espaciais 
(Sindae), que confia à AEB o papel de coordenação do trabalho dos órgãos do 
setor, segundo Decreto n. 1.953/96. 
Especificamente, o PEB é baseado em três pilares: os centros de 
lançamento, o Programa de Satélites e o Programa de Veículos Lançadores 
(VLS). O Programa de Satélites inclui esforços nacionais e planos de 
cooperação. Nesse campo, o acordo entre o Brasil e a China em 1988 sobre a 
construção do satélite sino-brasileiro de recursos terrestres (CBERS) é um tipo 
ideal de cooperação nesse campo. O CBERS-1 foi lançado em 1999, seguido 
pelo CBERS-2 (2003) e CBERS-2B (2007). O Brasil também trabalha com os 
Estados Unidos e com o Fórum de Diálogo Índia, Brasil e África do Sul (Ibas) na 
área de projetos de cooperação. O fórum propôs uma cooperação científica e 
tecnológica trilateral entre Índia, Brasil e África do Sul. 
Para o Brasil, o setor espacial é uma questão de segurança e projeção de 
poder. A participação sistemática em projetos do setor pode contribuir para 
melhorar a participação internacional do Brasil, bem como proteger seu território 
e interesses. No entanto, essa é uma questão delicada, que depende de um 
investimento mais claro e de um pensamento estratégico. Promover o 
desenvolvimento do setor produtivo e aumentar o potencial de investimento em 
educação e empregabilidade são questões-chave no século XXI, e que podem 
encontrar oportunidades no setor espacial. 
 
 
14 
NA PRÁTICA 
Os estudos das taxonomias sobre o meio ambiente podem ser 
determinantes para uma política, estratégia ou pesquisa, além de ajudar a 
compreender e delimitar os aspectos do tema. Dessa forma, considere as 
seguintes reflexões: do que é constituído o meio ambiente atualmente? Seu 
conceito abarca somente espaços tradicionais, como a terra, o ar e a água, ou 
novos espaços podem ser inseridos como sendo parte do seu entendimento? 
Saiba mais 
Pesquise sobre a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei n. 
6.938/81) e leia sua matéria. Em seu art. 3°, inciso I, a lei abarca, de forma 
restritiva, somente a essência do denominável meio ambiente natural: é 
considerado apenas o solo, a água, o ar atmosférico, flora, fauna, ou em outras 
palavras, todos os elementos responsáveis pelo equilíbrio dinâmico entre os 
seres vivos e o meio em que vivem. 
Acesse o link a seguir para conhecer a íntegra dessa lei: 
BRASIL. Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Diário Oficial da União, 
Poder Legislativo, Brasília, DF, 2 set. 1981. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm>. Acesso em: 30 out. 2020. 
Contudo, com o constante fluxo e compartilhamento de informação, bem 
como o aparecimento de novas tecnologias na sociedade, um novo espaço pôde 
despontar e ser notado pelos estudiosos: o espaço cibernético. É a partir dos 
anos 2000, principalmente, que o ciberespaço passa a ser visto como um objeto 
de discussão política e regulatória dos Estados. Conforme Ventre (2011), como 
o espaço cibernético difere de outros espaços por depender da criação artificial 
para existir, ele pode facilmente transpassar os demais – o meio terrestre, 
aquático, aéreo e espacial. O autor explica que existem diversos pontos de 
acesso ao espaço cibernético entre todos os espaços geográficos, e que, por 
meio do espaço cibernético, é possível a interação entre outros espaços e a 
consequência em meios físicos com base no meio virtual (Ventre, 2011). Essa 
configuração também pode ser afetada pela economia e pela política mundial, 
fator de alteração este que evidencia o transpasse do espaço cibernético sobre 
os demais. Esse aspecto dá importância ao pensamento do ciberespaço não 
 
 
15 
somente como um objeto exclusivo e limitado às ciências da computação, mas 
também de outras áreas, inclusive das relações internacionais. 
Portanto, embora o ciberespaço seja constituído como um ambiente 
criado por seres humanos, ele se caracteriza por ter a sua ação originária em 
razão de mecanismos da natureza concomitante com a posterior interferência 
humana. Em outras palavras, o ciberespaço pode ser pensado como o ambiente 
natural em que a experiência humana o trabalha e o modifica, tornando-se um 
ambiente artificial. 
FINALIZANDO 
Nesta aula, pudemos analisar alguns dos tópicos mais complexos da 
política internacional e de suas normas legais: a mudança climática, o 
aquecimento global, a gestão de território nos oceanos, a exploração científica 
na Antártica e o gerenciamento do setor espacial. A agenda ambiental foi 
consolidada e negociada no século XX, com o Brasil participando de muitas 
negociações. No mar e na Antártica, o país se tornou a atenção do mundo, mas 
ainda é necessário promover o desenvolvimento do setor espacial, bem como 
aumentar o potencial de investimento em educação e empregabilidade na área. 
 
 
 
 
16 
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