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Exame físico

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Exame físico 
 Guia Prático 
 
 
 
 
 
 
 
@carolinne0 
 
 
 Exame físico geral 
A execução do exame físico geral obedece a um sentido cefalocaudal, considerando, em todo o seu 
desenvolvimento, a impressão geral que o examinado transmite ao examinador, a simetria, a integridade e a 
funcionalidade dos segmentos analisados. 
O exame físico geral consiste no exame externo do paciente, incluindo as condições globais, como estado 
geral, estado mental, tipo morfológico, dados antropométricos, postura, locomoção, expressão facial (fácies), 
sinais vitais, pele, mucosa e anexos 
 
Avaliação do estado geral do paciente – 
BEG, REG, PÉSSIMO E GRAVE 
É realizada por meio da inspeção geral, na qual deve ser avaliada a percussão da resposta do indivíduo à 
doença/processos de vida, verificando-se a existência de perda de força muscular, perda de peso e estado 
psíquico do paciente 
Coloração da pele: Normocorado, hipocorado, acianótico, cianótico, ictérico, anictérico, palidez, equimose - 
caso exista alguma patologia 
Avaliação da hidratação (turgor): hidratado, desidratado 
 
Avaliação do grau de consciência 
Avaliação neurológica e tem como finalidade o fornecimento de dados acerca do estado cognitivo do paciente, 
de modo que seja observado qualquer alteração. 
Avalia: a consciência, a orientação, a memória, a habilidade em cumprir tarefas e a linguagem do paciente 
Questionamentos para a identificação de disfunções: 
Consciência: O paciente está acordado e alerta? Parece compreender e responder ao que se pergunta? 
Orientação: Qual a data, o dia da semana, o nome da instituição, o número de telefone? 
Memória: Qual é a sua idade, data de nascimento, nome de solteira da mãe ou de seus filhos? 
Cálculo: contar de trás para frente, de 3 em 3, começando do número 30 
Avaliação da linguagem: 
Qualidade, volume e a velocidade da fala 
Alterações da fala - disfonia/afonia (dificuldade na emissão vocal que impede a produção natural da voz), 
Dislalia (dificuldade em articular as palavras), Disartria e disfasia 
 
 
 
 
 
 
Observação do tipo morfológico 
 
 O paciente deve ficar em posição ortostática para 
que se faça a relação de proporcionalidade entre o 
pescoço, os braços, os ossos frontais, as mãos e os 
dedos 
Brevilíneo: pescoço curto e grosso, membros 
curtos em relação ao tórax, musculatura bem 
desenvolvida, estatura baixa 
Normolíneo: apresentam Desenvolvimento 
harmônico da musculatura e proporção equilibrada 
entre o tronco e os membros 
Longilíneo: pescoço longo e delgado, membros alongados e desproporcionais em relação ao tronco, tórax 
afilado e chato, musculatura pouco desenvolvida e estatura elevada 
 
 
Avaliação dos dados antropométricos 
Verificação do peso, da altura e da circunferência da cintura (entre a crista ilíaca e a última costela), IMC – 
P/A² kg/ M² 
IMC CLASSIFICAÇÃO 
Abaixo de 18,5 Abaixo do peso 
Entre 18,6 e 24,9 Intervalo normal 
Entre 25 e 29,9 sobrepeso 
Entre 30 e 34,9 Obesidade classe 1 
Entre 35 e 39,9 Obesidade classe 2 (severa) 
Acima de 40 Obesidade classe 3 
(mórbida) 
 
Avaliação da postura e da capacidade de locomoção 
Posicionamento preferencial adotado pelo paciente no leito, ritmo, amplitude e a natureza dos movimentos 
Atitude do paciente: ativo ou passivo 
Decúbito assumido pelo paciente: ventral, lateral, dorsal ou supino, sentado 
Tipo de marcha: o paciente caminha sem dificuldades, apresenta bom equilíbrio, desconforto ao caminhar 
(claudicação), deambulação preservada ou claudicante. 
 
 
 
Avaliação da expressão facial (fácies) 
O formato do rosto e a fisionomia expressa pelo paciente podem ser sinais indicativos de algumas patologias 
ou do uso de alguns medicamentos 
Exemplos: Cushingoide, hipocrática, renal, mongoloide 
 
Avaliação dos sinais vitais 
O pulso é uma medida indireta da frequência cardíaca. É verificado utilizando-se a polpa dos dedos 
indicador e médio, por meio da palpação de uma artéria, geralmente a artéria radial ou carotídea 
- Conta-se durante um minuto o número de batimentos cardíacos 
- Verificação das características dos batimentos cardíacos: 
- Intensidade - cheio ou filiforme (fraco) 
- Ritmicidade - regular ou irregular 
- Simetria - iguais em ambos os membros 
 
 Valores de referência: 
IDADE BPM 
Adultos e crianças > 10 anos 60 -100 
Crianças de 2 a 10 anos 70 - 120 
Bebês 100 - 170 
 
 O pulso normal - denominado normocardia - é regular, ou seja, o período entre os batimentos se mantém 
constante, com volume perceptível à pressão moderada dos dedos. 
 
O pulso apresenta as seguintes alterações: 
 Bradicardia: frequência cardíaca abaixo da normal; 
 Taquicardia: frequência cardíaca acima do normal; 
 Taquisfigmia: pulso fino e taquicardíaco; 
 Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdiaco; filiforme: pulso fino. 
 Ritmo: rítmico, arrítmico 
 Amplitude: cheio ou filiforme 
 
 
 
 
 
 
Frequência cardíaca 
Diferencia-se do pulso devido as arritmias cardíacas 
Pode ser verificada por meio da ausculta do pulso apical, encontrado no quinto espaço intercostal esquerdo na 
linha hemiclavicular, ou da visualização do monitor/cardioscópio, caso o paciente esteja monitorado 
 
Frequência respiratória 
Deve ser realizada sem que o paciente tenha consciência desse procedimento para que seu padrão respiratório 
não se altere 
Deve ser verificada durante um minuto e imediatamente após a avaliação do pulso 
Devem ser avaliados: 
- Ritmo 
- Profundidade 
- Presença de desconforto respiratório 
Devem ser registrados: 
Dados sobre o padrão respiratório e as condições de oxigenação do paciente (ar ambiente, oxigenoterapia ou 
em ventilação mecânica) 
 
 
Idade Valor de 
referência 
2 meses 60 IRM 
2 - 11 meses 50 IRM 
1 - 4 anos 40 IRM 
6 - 8 anos 30 IRM 
adultos 12 - 20 IRM 
idosos Até 25 IRM 
 
Alterações respiratórias: 
Taquipneia: respiração rápida e superficial. Está presente em casos de doenças pulmonares restritivas, dor 
torácica, distúrbios do diafragma e alcalose metabólica, além de aparecer nos quadros de febre. 
Bradipineia: respiração lenta e superficial. Ocorre fisiologicamente durante o sono e em atletas. pode ser 
secundária ao coma diabético e depressão do centro respiratório, devido ao aumento da pressão intracraniana 
e a intoxicações exógenas 
 
 
Apneia: ausência de movimento respiratório 
Hiperpneia: respiração rápida e profunda que é fisiológica após exercício físico intenso. Pode ser causada, 
também, por ansiedade, acidose metabólica ou lesões neurológicas 
Respiração de kussmaul: respiração profunda. Pode ter a frequência rápida, normal ou lenta. Está associada 
a acidose metabólica, cetoacidose diabética e insuficiência renal com uremia 
Respiração de Cheyne-Stokes/dispneia periódica: respiração lenta e superficial que gradualmente vai se 
tornando rápida e profunda. Pode ocorrer em recém nascidos (centro respiratório imaturo), insuficiência 
cardíaca grave, AVC, traumatismos cranioencefálicos e etc. 
Respiração de Biot/atáxica: caracteriza-se por ser irregular 
 
Pressão arterial: 
 Deve ser verificada, de preferência, nos membros superiores 
Método palpatório 
Pulso radial - Estimativa da pressão sistólica (PA máxima) 
Método auscultatório 
Pulso braquial - Estimativa da pressão diastólica (PA mínima) e sistólica 
Após o método palpatório deve-se insuflar o manômetro de 20 a 30 mmhg a mais que o observado para a 
realização do método auscultatório. 
 
A pressão arterial resulta da tensão que o sangue exerce sobre as paredes das artérias e depende: 
a) do débito cardíaco relacionado à capacidade de o coração impulsionar sangue para as artérias e do volume 
de sangue circulante; 
b) da resistência vascular periférica, determinada pelo lúmen (calibre), elasticidade dos vasos e viscosidade 
sanguínea, traduzindo uma forçaoposta ao fluxo sanguíneo; 
 c) da viscosidade do sangue, que significa, em outros termos, sua consistência resultante das proteínas e 
células sanguíneas. 
 
Preparo do paciente para a aferição da PA 
- Explicar o procedimento ao paciente 
 - Repouso de pelo menos 5 min em ambiente calmo 
- Evitar bexiga cheia 
- Não praticar exercícios físicos há pelo menos 60 minutos 
- Não ingerir bebidas alcoólicas, café ou alimentos e não fumar 30 minutos antes 
- Manter as pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado 
- Remover roupas do braço no qual será colocado o manguito 
 
 
- Posicionar o braço na altura do coração (nível do ponto esterno ou 4° 
espaço intercostal) apoiado, com a palma da mão voltada para cima e o 
cotovelo ligeiramente fletido 
 - Solicitar para que não fale durante a medida 
 
A pressão arterial varia ao longo do ciclo vital, aumentando 
conforme a idade 
• Crianças de 4 anos podem ter pressão em torno de 85/ 60mmHg; 
• Crianças de 10 anos, 100/65mmHg34. 
• Nos adultos, são considerados normais os parâmetros com 
pressão sistólica variando de 90 a 140mmHg e pressão diastólica de 60 
a 90 mmHg 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Temperatura: 
 É muito difícil delimitar a temperatura corporal normal porque, além das variações individuais e condições 
ambientais, em um mesmo indivíduo a temperatura não se distribui uniformemente nas diversas regiões e 
superfícies do corpo. 
Assim, podemos considerar como variações normais de temperatura: 
• temperatura axilar: 35,8ºC - 37,0ºC; 
• temperatura oral: 36,3ºC - 37,4ºC; 
• temperatura retal: 37ºC - 38ºC. 
• Timpânica: 36ºC. a 37,4ºC. 
 
 A temperatura corporal pode ser verificada pelos seguintes métodos: 
 oral - o termômetro de uso oral deve ser individual e possuir bulbo alongado e achatado, o qual deve estar 
posicionado sob a língua e mantido firme com os lábios fechados, por 3 minutos. Esse método é contraindicado 
Classificação Pressão 
sistólica 
(mmHg) 
Pressão 
diastólica 
(mmHg 
Baixa* < 
90 
 < 60 
Ótima < 
120 
 < 80 
Normal < 
130 
 < 85 
Limítrofe 130 - 
139 
 85 - 89 
Hipertensão 
estágio 1 
 140 - 
159 
 90 - 99 
Hipertensão 
estágio 2 
 160 - 
179 
 100 - 
109 
Hipertensão 
estágio 3 
 ≥ 
180 
 ≥ 110 
Hipertensão 
sistólica 
isolada 
 ≥ 
140 
 < 90 
 
 
em crianças, idosos, doentes graves, inconscientes, com distúrbios mentais, portadores de lesões orofaríngeas 
e, transitoriamente, após o ato de fumar e ingestão de alimentos quentes ou frios; 
 retal - o termômetro retal é de uso individual e possui bulbo arredondado e proeminente. Deve ser lubrificado 
e colocado no paciente em decúbito lateral, inserido cerca de 3,5cm, em indivíduo adulto, permanecendo por 
3 minutos. A verificação da temperatura retal considerada a mais fidedigna - é contraindicada em pacientes 
submetidos a intervenções cirúrgicas do reto e períneo, e/ou que apresentem processos inflamatórios locais; 
 axilar - é a verificação mais frequente no nosso meio, embora seja a menos precisa. O termômetro deve 
permanecer por, no máximo, 7 minutos (cerca de 5 a 7 minutos). 
Timpânica, Pele, Artéria temporal 
 
 Temperaturas: 
Hipertermia: 41 graus ou mais 
Febre/pirexia: > 38 - 40 
Normal: 36 - 38 
Hipotermia: 35 ou menos 
 
 
 Exame físico – cabeça e pescoço 
Crânio 
Observação do tamanho: hidrocefalia, microcefalia, macrocefalia 
Posição anormal: torcicolo congênito, artrose, fratura, luxação, cicatriz retrátil, escrófula 
Presença de lesões: cistos sebáceos, tumores ósseos, hematomas ou nódulos no couro cabeludo 
Características do cabelo: distribuição, quantidade, alterações na cor, higiene, seborreia e presença de 
parasitas. 
Face: observar assimetria facial, quando há diferença entre as metades da face, ficando um lado anormal, 
maior ou menor; manchas; coloração da pele; fáceis. 
 
Olhos 
Avaliação do fechamento e da abertura das pálpebras: alteração na mobilidade, presença de movimentos 
conjugados, processos inflamatórios das glândulas, edema 
Região superciliar e ciliar: simetria, presença e distribuição de pelos (madarose: perda de pelos - parcial, 
difusa ou total) 
Mobilidade do globo ocular e do campo visual 
 
 
coloração e vascularização da conjuntiva, coloração da esclerótica - rósea, pálida, amarelada, hiperemiada - 
tracionar as pálpebras para baixo e para cima 
Observação do formato, tamanho e constrição pupilar 
Acuidade visual, fotorreagência, isocóricas 
Exame da mobilidade visual - deve ser solicitado ao paciente que acompanhe com o olhar a movimentação 
de determinado objeto da direita para a esquerda, para cima e para baixo. As alterações costumam-se 
apresentar por meio de nistagmos que podem ser causados por lesões oculares, labirintites ou processos 
cerebrais, como hemorragias e epilepsias 
 
Nariz e seios paranasais 
Observação da forma e do tamanho do nariz - alterações em casos de traumatismos, tumores ou doenças 
endócrinas, superfície do nariz, simetria, presença de deformidades, movimento das asas do nariz durante a 
respiração (aumentado com a dispneia) 
Exame endonasal - deve-se inclinar a cabeça para trás utilizando um otoscópio e uma espátula, verificar a 
presença de sangue (epistaxe), secreções mucopurulentas, crostas, integridade da mucosa, septo- desvio ou 
sinal de sangramento 
Exame, por meio da palpação para verificar se há hipersensibilidade (dor) nos seios paranasais - sinusite 
 
 
 
 Ouvidos 
Inspeção do pavilhão auricular: verificar forma, o tamanho, a presença de deformações congênitas ou 
adquiridas, como nódulos, tumorações e hematomas 
Exame do conduto auditivo externo: é realizado com o auxílio de um espéculo ou otoscópio. 
Deve-se observar a quantidade de cerume presente no canal auditivo, pois o excesso pode comprometer a 
audição, distribuição de pelos e a altura da implantação das orelhas – altura dos olhos 
 
 
Podem ser encontrados processos inflamatórios como eczema, furunculose ou lesões micóticas. 
A presença de sangue (otorragia) e pus (otorreia) é um sinal e otite média supurada, com ruptura do tímpano, 
traumatismos ou neoplasias 
 
Boca 
A inspeção deve ser realizada com o auxílio de luvas e espátula 
Deve-se observar: a coloração da cavidade oral, o hálito - halitose cetônica, textura, hidratação, contorno e 
presença de lesões - afta (estomatite aftosa), ulcerações, lesões herpéticas ou neoplásicas 
Presença de rachaduras nas comissuras - podem indicar deficiência vitamínica, presença de edema -síndrome 
nefrótica (insuficiência cardíaca), no hipertireoidismo e em processos alérgicos 
Os lábios podem apresentar deformações congênitas: lábio leporino/fissura labial 
Deve-se inspecionar as gengivas, que podem apresentar alterações como hiperplasia gengival, lesões ulceradas 
ou hemorrágicas, além de processos infecciosos ou inflamatórios periodontais. 
Verificar a quantidade e a conservação dos dentes, a presença de cáries ou lesões em suas raízes, higiene 
Língua: o dorso deve apresentar a superfície rugosa recoberta por papilas e levemente esbranquiçada 
Observar: tamanho-macroglossia, coloração - rósea, pálida, avermelhada (hiperemia) com hipertrofia das 
papilas - pode indicar escarlatina, lisa e sem papilas - anemia perniciosa, volumosa (hipertireoidismo), seca - 
desidratada 
higiene e presença de lesão - fissurada, ulcerada e se apresenta sangramento 
Dentes: presentes, higiene preservada, ausência ou presença de cáries 
Inspeção das tonsilas palatinas: pequenas, ausentes, volumosa, presença de placas de pus 
Orofaringe: Deve-se utilizar a lanterna e o abaixador de língua para avaliar corretamente a coloração, a 
hidratação e a presença de lesões/inflamações (hiperemiada) – sinais flogísticos 
 
Pescoço 
Ao examinar o pescoço deve-se observar:Seu tamanho, que varia conforme o biotipo, sua simetria, integridade da pele, coloração 
 O paciente deve permanecer sentado e em posição ereta 
Alterações da postura, como inclinações, podem ser decorrentes de contraturas ou paralisias da musculatura 
ou artrite da coluna cervical 
 Inspeção do pescoço: presença de cicatrizes, cianose, ingurgitamento das veias jugulares e verificar se há 
aumento das glândulas parótidas ou submaxilares 
 Palpação da glândula tireoide: avaliar o tamanho a forma, consistência, sensibilidade, mobilidade e volume 
Exame da carótida: Deve ser feito por meio da palpação com os dedos indicador e médio da mesma mão, 
sempre comparativamente. 
 
 
Deve-se verificar: as pulsações não costumam ser visíveis, quando as pulsações se mostram muito 
aumentadas, revelam doenças como hipertireoidismo, persistência do canal arterial, fístulas arteriovenosas 
periféricas e insuficiência aórtica 
Deve-se apalpar: os linfonodos da região cervical, occipitais, pré e pós auriculares, submandibulares, 
mentonianos, cervicais, sub e infra claviculares, utilizando os dedos indicador e médio, movendo a pele para 
cima sobre os tecidos subjacentes para verificar a presença de gânglios submentoneamos, é preciso palpar 
com os dedos de uma das mãos, deixando a outra sob a cabeça 
Mobilidade da traqueia preservada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exame físico pulmonar – Tórax posterior e anterior 
 
 Inspeção 
 Tipos de Tórax: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Verificar o formato do tórax, comparando ambos os lados e observar se possui tiragem intercostal 
Verificar a coloração da pele: ictérica, anictérica, Normocorado, hipocorado, acianótico, cianótico, palidez 
Presença ou não de nervos e se possuem relevo – informar a localização 
Análise dos movimentos respiratórios: expansibilidade, padrão respiratório, sinais de esforço e da utilização 
da musculatura acessória 
 
Palpação 
Avaliação da expansibilidade torácica: movimento 
ventilatório/excursão simétrica (preservado), assimétrico – normal ou diminuída unilateral ou bilateralmente 
Avaliação do frêmito tóraco-vocal (33): aumentado, reduzido ou ausente em ápice esquerdo 
 
Percussão 
 
 
Sons: claro pulmonar, maciço e submaciço 
 
 
Percussão dígito-digital: é realizada golpeando-se com um dedo a borda ungueal ou a superfície dorsal da 
segunda falange do dedo médio ou indicador da outra mão, que se encontra espalmada e apoiada na região de 
interesse. 
 
 
Ausculta pulmonar 
Tórax anterior 
O diafragma do estetoscópio deve ser pressionado firmemente contra a parede torácica e deve ser movido da 
região torácica superior em direção a região torácica inferior. 
O paciente deve cruzar os braços na frente do peito e deve manter a cabeça curvada para frente, respirando 
fundo e lentamente com a boca ligeiramente aberta. 
 
Sons normais Local de 
ausculta 
Causa 
Som traqueal Áreas de 
projeção da 
traqueia 
Origina-se da 
passagem de ar 
da fenda glótica 
e na própria 
traqueia. 
Som brônquico Áreas de 
projeção dos 
brônquios 
principais 
Assemelha-se 
ao som traqueal, 
diferenciando-se 
dele apenas por 
ter componente 
expiratório 
menos intenso. 
Murmúrio 
vesicular 
Periferia dos 
pulmões 
 
É mais forte na 
parte 
anterossuperior, 
axilas e regiões 
infraescapulares. 
 São causados 
pela turbulência 
do ar circulante 
ao chocar-se 
contra as 
saliências das 
bifurcações 
brônquicas, ao 
passar por 
cavidades de 
tamanhos 
diferentes, tais 
como 
bronquíolos ou 
alvéolos, ou 
vice-versa. 
Som 
broncovesicular 
Região esternal 
superior e 
interescapulo-
vertebral 
superior 
somam-se 
características 
do som 
brônquico com 
 
 
murmúrio 
vesicular. 
 
 
A diminuição do murmúrio vesicular pode resultar de presença de ar (pneumotórax), líquido (derrame 
pleural) e tecido sólido na cavidade pleural (espessamento pleural); enfisema pulmonar, dor torácica que 
impeça ou diminua a movimentação torácica, obstrução das vias aéreas superiores (espasmo ou edema de 
glote, obstrução da traqueia), oclusão parcial ou total de brônquios ou bronquíolos. Pode haver alteração do 
murmúrio vesicular 
chamada prolongamento da fase expiratória, que, em condições normais, é mais curta e suave que fase 
inspiratória. 
Esse prolongamento aparece na asma brônquica em crise e na DPOC avançada, traduzindo dificuldade de 
saída de ar. 
 
Ruídos 
adventícios 
 Causas 
Estertores 
finos 
 são produzidos pela abertura 
sequencial das vias 
respiratórios anteriormente 
fechadas, devido à pressão 
exercida pela presença de 
líquido ou exsudato no 
parênquima pulmonar – isso 
explica a presença de 
estertores finos na 
pneumonia e congestão 
pulmonar da IVE – ou por 
alteração no tecido de 
suporte das paredes 
brônquicas – doenças 
intersticiais pulmonares. 
Estertores 
grossos 
Surgem por causa da 
abertura e fechamento de 
vias respiratórias contendo 
secreção viscosa e espessa, 
bem como pelo 
afrouxamento da estrutura de 
suporte das paredes 
brônquicas. Comuns na 
bronquite crônica e 
bronquiectasias. 
Roncos e 
Sibilos 
Originam-se nas vibrações 
das paredes brônquicas e do 
conteúdo gasoso quando há 
estreitamento desses ductos, 
seja por espasmo, edema da 
parede ou secreção aderida a 
 
 
 
 
Se houver anomalias no frêmito tátil ou na auscultação, faça os testes de ressonância vocal (sons da voz falada 
e sussurrada). Coloque o estetoscópio sobre os mesmos locais utilizados para avaliar os sons da respiração e 
peça que o paciente diga “noventa e nove” em um tom de voz normal. Em geral, o som sai abafado. Se houver 
presença de líquido comprimindo o pulmão, as vibrações da voz do paciente se transmitem para a parede 
torácica, e o som se torna mais claro (broncofonia). Em seguida, peça que o 
paciente sussurre “noventa e nove”. A voz sussurrada normalmente é fraca e indistinta. Determinadas 
anomalias pulmonares tornam a voz sussurrada clara e distinta (pectorilóquia sussurrada) 
ela, como ocorre na asma 
brônquica, bronquites, 
bronquiectasias e obstruções 
localizadas. Embora 
apareçam na inspiração e 
expiração, predominam 
nessa. 
Estridor Produzido pela 
semiobstrução da laringe ou 
traqueia, o que pode ser 
provocado por difteria, 
laringites agudas, CA de 
laringe e estenose de 
traqueia. Quando a 
respiração é calma e pouco 
profunda, sua intensidade é 
pequena. Entretanto, na 
hiperpneia, o aumento do 
fluxo de ar intensifica esse 
som. 
Sopros Em certas regiões torácicas 
(C7 no dorso, traqueia e 
região interescapular), 
percebe-se sopro brando, 
mais longo na expiração que 
inspiração. Nesses casos é 
normal. Porém, quando o 
pulmão perde sua textura 
normal, como nas 
pneumonias bacterianas, 
grandes cavernas e 
pneumotórax hipertensivo 
ocorrem, respectivamente 
sopro tubário, cavitário e 
anfórico. 
Atrito pleural Na pleurite (inflamação), 
estão recobertas de exsudato 
e produzem ruído irregular, 
descontínuo, mais intenso na 
inspiração, com frequência 
comparado ao ranger de 
couro atritado. 
 
 
 
 
Exame físico cardiovascular – Tórax anterior 
Inspeção: 
Avaliar o precórdio com o paciente em decúbito dorsal, com o tórax exposto. O examinador deve se 
posicionar a direita do paciente para a avaliação. 
 
verificar a integridade da pele, coloração, hidratação, simetria, presença de edema- sinal de godet, 
classificação dos mamilos nos homens (Ex: mamilos planos) 
Estase jugular: avaliação das veias do pescoço, a distensão indica alterações se pressão e volume dentro do 
átrio direito do coração. Para examinar o ingurgitamento das veias do pescoço o paciente deve ficar em 
decúbito de 45°. Avaliação baseada na escala de cruzes (+ a ++++) 
Avaliar o ictus cordis – normalmente se encontra no 5° espaço intercostal na linha hemiclavicular esquerdaPalpação: 
verificação do frêmitos em cada foco: fluxo turbulento de sangue nas valvas cardíacas. A mão deve ficar 
espalmada sobre o precórdio para sentir as vibrações 
Pulsação epigástrica e supraesternal, a presença de nódulos, sensibilidade à palpação 
Avaliação do Ictus Cordis (foco mitral) com a região tenar e hipotenar da mão ou pode ser medido por 
meio das polpas digitais que localizam o choque de ponta - o paciente deve ficar em decúbito lateral para 
melhor avaliação 
Avaliação da perfusão periférica – teste de enchimento capilar 
 
Ausculta: 
Verificação dos sons cardíacos (bulhas cardíacas), do enchimento ventricular, do fluxo sanguíneo e do ritmo 
 
Foco mitral: 5° espaço intercostal esquerdo com a linha hemiclavicular 
Foco tricúspide: Base do apêndice xifoide 
Foco aórtico e Foco pulmonar: 2° espaço intercostal direito junto ao esterno. 
 
 
 
 
 
Bulhas: 
B1: Fechamento das valvas atrioventriculares (mitral e tricúspide) 
Marca o início da sístole – contração ventricular TUM 
B2: Fechamento das valvas semilunares (pulmonar e aórtica) 
Marca o final da sístole e o início da diástole – enchimento ventricular. TÁ 
Desdobramento fisiológico da B2: surge com a inspiração e desaparece com a expiração. TRA 
B3: Ocorre na protodiástole – fase de enchimento rápido ventricular/ sobrecarga de volume. Pode ser 
fisiológica em crianças ou em adultos jovens e gestantes 
Melhor audível com campânula no foco mitral. TU 
B4: Provocada pelo enchimento ventricular aumentado desencadeada por contração atrial. Som 
telediastólico ou pré-sistólico. Relacionada com sobrecarga de pressão 
Pode ser fisiológica em crianças e adultos jovens. Som grave e de baixa intensidade. TU 
Classificação: 
Normofonéticas, hiperfonéticas, hipofonéticas 
Ritmo binário (B1 + B2), tríplice (Presença da terceira ou quarta bulha) e de galope (Ventricular – presença 
de B3, Atrial – presença de B4, de soma – presença de B3 e B4) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exame do aparelho digestório – abdômen 
 Sequência: Inspeção, ausculta, percussão e palpação 
O paciente deve ficar em decúbito dorsal e o examinador deve se posicionar ao lado direito. 
 
Inspeção 
Tipos de abdômen: Plano, globoso, batráquio, avental, pendular, escavado. 
Cicatriz umbilical: plana, invertida, revertida, protrusa. Presença Sinais flogísticos e hérnia. Higiene 
preservada, prejudicada 
Observar a forma, simetria, coloração da pele, integridade, presença de abaulamentos, retrações, cicatrizes, 
estrias, turgor cutâneo, circulação colateral – trajetos venosos dilatados, hérnias e movimentos peristálticos 
visíveis 
 
Ausculta 
Avaliação dos ruídos hidroaéreos decorrentes dos movimentos peristálticos e do deslocamento de ar e 
líquidos ao longo das alças intestinais. 
Deve-se auscultar cada quadrante por 2 a 5 minutos para determinar a presença ou não de ruídos 
hidroaéreos. 
Sequência de ausculta: Quadrante inferior direito, quadrante superior direito, quadrante superior esquerdo e 
quadrante inferior esquerdo 
 
Classificação 
Frequência: regular – 1 a 4 por minuto, irregular – 5 e 35 por minuto 
Intensidade: normativos, hipoativos, hiperativos, borborigmo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.Hipocôndrio D, 2. Epigástrio, 3. Hipocôndrio E, 4. Flanco D, 5. mesogástrio, 6. Flanco E. 7. Fossa ilíaca 
D, 8. Hipogástrio, 9. Fossa ilíaca E. 
 
Percussão 
Auxilia na determinação do tamanho e da localização das vísceras sólidas e na avaliação da presença e 
distribuição de gases, líquidos e massas. 
Direta: estimulação da parede do abdômen por meio de tapas, utilizando uma das mãos ou os dedos. 
Indireta: percussão dígito-digital iniciada no quadrante ID e nos demais em sentido horário 
Sons: timpânicos, hipertimpânicos, maciços ou submaciços 
A distribuição ou as mudanças observadas durante a percussão determinam o tamanho, a posição dos órgãos 
e o conteúdo intra-abdominal. 
 
Timpânicos Presença de gás 
das vísceras ocas e 
do trato 
gastrointestinal 
Hipertimpânicos Abdome distendido 
com possibilidade 
de obstrução 
intestinal 
Maciços Órgãos sólidos 
como fígado, baço 
ou presença de 
massas 
Submaciços Vísceras 
preenchidas com 
líquido ou fezes 
 
 
Palpação 
Auxilia na determinação do tamanho, forma, posição, identificação de massas, acúmulo de fluídos e 
sensibilidade da maioria dos órgãos. 
Os 4 quadrantes devem ser palpados em sentido horário, sendo que as áreas dolorosas ou sensíveis devem 
ser analisadas ao final. 
 
Superficial: o abdômen deve ser pressionado com uma das mãos com os dedos fechados aproximadamente 
em 1 cm com movimentos suaves em sentido horário 
Verificar a presença de nódulos, massas, hipersensibilidade, contratura muscular involuntária – resposta 
inflamatória do peritônio. 
Profunda: A parede do abdômen deve ser pressionada em aproximadamente 5 cm a cada expiração 
 
 
Deve-se avaliar com a pressão dos dedos o tamanho, a forma, a consistência, a localização, a sensibilidade, a 
mobilidade e a pulsação dos órgãos ou massas. 
FÍGADO: (paciente decúbito dorsal, relaxado) 
• Palpar hipocôndrio D, o flanco D e o epigástrico, indo da cicatriz umbilical ao rebordo costal 
• Palpação em garra: Na Expiração junto ao rebordo as mãos do examinador ajustam-se à parede abdominal 
sem fazer compressão e sem movimentar. Na Inspiração a mão do examinador, ao mesmo tempo que 
comprime, é movimentada para cima, buscando detectar a borda hepática 
• Palpação bimanual: Colocar a mão esquerda ao nível da loja renal direita, forçando-a para cima e com a 
mão direita procede a busca da borda inferior do fígado, na inspiração. 
Observar o paciente em busca de manifestação ou dor. 
 
Exame dos membros inferiores e superiores 
Inspeção: 
Exame da força muscular – observar aperto de mão e a resistência 
Exame da marcha – deambulação presente ou claudicante 
Observar o volume e movimentos articulares, deformidades, perfusão periféricas ou preenchimento capilar. 
Avaliar queixas de dor, edema, temperatura, rigidez. 
Verificação da pele quanto à integridade, hidratação, turgor, coloração, presença de nevos, cicatrizes, unhas 
preservadas, simetria dos membros, movimentação e tônus muscular simétricos e preservados. 
 
Palpação: 
Verificar se o sinal de godet está positivo, perfusão sanguínea-compreensão do leito ungueal, pulsos, 
presença de nódulos ou massas, presença de hipersensibilidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Referências: 
LEITE, Alba Lucia B. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 3ª 
EDIÇÃO. Porto Alegre: Artmed, 2016. 
 
POTTER, Patricia A; PERRY, Anne G; ELKIN, Matha Keene. Procedimentos e intervenções de 
enfermagem. 9ª EDIÇÃO. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. 
 
Porto & Porto, Exame clínico 8ª. EDIÇÃO. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan 2017.

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