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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS Ana Paula Dias Joselli - Matrícula 20181301487 Rio de Janeiro 2021 CRISE ECONÔMICA MUNDIAL Trabalho de conclusão das unidades dois e três. Apresentado a disciplina Análise Econômica de Mercado, como parte dos requisitos necessários à obtenção da avaliação um. Professor(a): June Maria E. M. do B. Rothstein Disciplina: Análise Econômica do Mercado Rio de Janeiro - RJ 2021 Introdução: Durante do processo de aprendizado da disciplina de Análise Econômica de Mercado, foi apresentado temas como: os princípios básicos da economia e a evolução do pensamento econômico, micro e macro economia, a interação entre oferta e demanda, estrutura e fundamentos da economia. A economia brasileira, vimos o que é inflação, as crises do capitalismo e seus impactos na economia global, política cambial, comércio internacional e cambio. Ficou evidente como as decisões dos agentes econômicos podem afetar toda uma sociedade por anos. 1929 – Da especulação de tocar no paraíso a realidade de caminhar pelo inferno. Os EUA foi o principal fornecedor de material bélico, alimentos, utensílios entre outros componentes para os países envolvidos na primeira guerra mundial. Ao mesmo tempo em que a Europa estava se arruinando em guerra, os EUA crescia expressivamente se tornando de forma disparada a maior economia do mundo. Após o término da primeira guerra, a Europa precisava se reestruturar e os EUA foi o principal credor. Todos esses acontecimentos favoráveis criou uma grande euforia no mercado americano, as indústrias começaram a produzir em altas escalas, o acesso ao crédito era fácil e sem regulamentação pelo Estado. Indústrias produzindo, pessoas consumindo, sem regulamentações por parte do poder público e alta especulação do mercado financeiro, o modo de vida americana nascia abraçado a uma bomba relógio. Os salários dos funcionários não cresciam na mesma proporção que as indústrias produziam. Uma indústria trabalhando intensamente, e o poder de compra americano estagnado e ao mesmo tempo com grande possibilidade de crédito. Muitas pessoas começaram a investir de forma agressiva na bolsa de valores devido ao grande entusiasmo que beirava o crescimento da economia. A valorização das ações representava muito mais a imaginação dos investidores do que propriamente os valores das empresas. Até que a bomba estoura, a superprodução fez os produtos estagnar nas industrias, o mercado consumidor interno com pouco poder de compra e o mercado externo ainda em recuperação devido a primeira guerra mundial, fez as industrias reduzir a produção, deixando de consumir matéria primas, insumos, afetando outros produtos. Em outubro de 1929 ocorre a quebra da bolsa. Com ela milhões de pessoas perderam empregos, milhares de empresas foram a falência, estimasse que 70% de queda nas importações e 50% na produção de automóveis. A especulação de tocar o paraíso com grandes ganhos financeiros foi substituído pela realidade de caminhar pelo inferno. Muitas pessoas perderam todos os seus recursos e tiveram que morar na rua. Foi necessário a intervenção do Estado para recuperar a economia, o Estado criou o programa de recuperação da economia dos Estados Unidos (New Deal) e órgãos reguladores do mercado financeiro. O governo criou regulamentações como: limite para as indústrias, reduziu estoque agrícola, subsídios para áreas importantes da economia, distribuiu alimentos e criou empregos através de obras públicas. Essa intervenção colocou os EUA nos trilhos novamente. Crise Mundial Como o Estados Unidos era o principal credor do mundo, principalmente para a Europa (que estava em reconstrução) a crise Americana afetou diretamente o resto do mundo, muito dinheiro deixou de entrar na Europa. A falta desses recursos na Europa foi decisiva para o estouro da segunda guerra mundial e para o fortalecimento do nazismo na Alemanha. No Brasil O Brasil era o principal fornecedor de café do mundo e tinha o Estados Unidos como o principal comprador. Devido à crise os EUA deixaram de comprar o café brasileiro, esse fato fez com que o café ficasse estocado no Brasil, o que levou muitos cafeicultores a falência. O governo brasileiro evitando que ocorresse uma desvalorização excessiva comprou e queimou toneladas de café. 2008 – Parece que a história nos mostra que não aprendemos com a história. Depois da grande depressão os EUA viveram anos de elevado crescimento. Por 40 anos não ocorreu nenhuma crise financeira. A maioria do capital era fechado a pequenas localidades, a especulação era proibida e tinha um zelo muito grande pelos recursos dos clientes. Nos anos 80 isso começa a mudar. O governo de Reagan apoiado por lobistas financeiros e economistas inaugurou 30 anos de desregulamentação do setor financeiro abrindo caminho para investir dinheiro dos depositantes em papeis de alto risco. Um desses investimentos eram os derivativos que chegou a ser um mercado de 50 trilhões de dólares em 1990 totalmente desregulamentado, era o cenário perfeito para especular com petróleo, quebra de empresas e até com o clima, nascia (ou melhor, renascia) uma engenharia financeira com poder de destruição maior do que uma bomba atômica. Com o mercado financeiro com cada vez mais poder e sem regulamentação as fraudes com os recursos dos poupadores criou uma máquina de dinheiro que podemos chamar de Robin ao inverso “tirando dos pobres para dar aos ricos. Foram criados papéis extremamente arriscados que eram considerados pelas agências de risco como seguros. O conflito de interesse era evidente, pois, as agências ganhavam bilhões dando notas altas em papéis arriscados. A especulação do mercado imobiliário foi a criadora da bolha, que criou um aumento abusivo nos valores dos imóveis. O apetite do mercado financeiro era insaciável e sua postura fraudulenta e desumana. Uma quantidade enorme de papéis que eram considerados péssimos investimentos foram passados para os clientes como ótimas oportunidades. Foi se criando uma quantidade colossal de recursos financeiros de todo o mundo, em cima de uma fraude, quando esses papéis afundaram os bancos ficaram sem recursos para honrar com seus empréstimos e com milhões de imóveis que não conseguiam vender. O rombo no mercado imobiliário foi de 12 trilhões. Os impactos da crise foram enormes nos Estados Unidos e no Mundo. Foi necessário novamente o Estado intervir injetando um montante de 700 bilhões para recuperar os bancos dos quais 150 bilhões saíram do bolso do contribuinte. Crise Mundial Estimasse que 10 milhões de trabalhadores migrantes perderam o emprego na China, o desemprego na Europa chegou a 10%, ocorreu uma onda de desemprego por todo o mundo com uma forte retração financeira internacional. No Brasil O impacto no Brasil foi pequeno comparado a Europa, as bolsas brasileiras foram afetadas e o dólar aumentou. Ao contrário do que ocorre nos EUA, o Brasil tem boas reguladoras do mercado financeiro, o Estado se faz presente para evitar fraudes e abusos econômicos por parte do mercado financeiro. A pandemia COVID-19 - Contexto mundial, causas, desdobramentos geopolíticos e ações adotadas pelo Brasil. Uma crise que está em curso, sem indicativos do fim e ainda do que há de vir. Covid-19 é uma doença que foi descoberta na China, provocada por um vírus da família Coronavírus sarVs-2 , onde seu contágio se dá muito rapidamente por gotículas de saliva. Em fevereiro de 2020, a grande potência econômica, China, fecha uma cidade inteira, paralisando a produção de várias fábricas, isolando pessoas em suas casas, numa tentativa de conter o contágio de uma doença pouco conhecida, dada a sua mutação genética. O mundo fica atento no que podeocorrer e, a princípio, todos parecem não acreditar no que estariam expostos, seguindo normalmente com seus hábitos sem nenhuma medida preventiva. Em pouco dias, após as ações duras da China, o mundo se vê tomado pela realidade dura de um “golpe” na economia global, uma luta por um inimigo invisível que não escolhe suas vítimas. Ações governamentais são requeridas dos governos, repercutindo na vida de milhões de pessoas num modo jamais visto. Os desdobramentos geopolíticos são quase idênticos em todos os países, governos incentivam e, muitas vezes, obrigam o distanciamento social para preservar o sistema de saúde de um colapso gigantesco; há paralisações, em massa, da produção, os governantes tentam conter as demissões e, consequentemente, a falência de várias empresas, através de estímulos fiscais, política de expansão monetária e operações e financiamentos de liquidez (Reuters - Londres, 2020). Um choque de oferta e demanda se fortalece a cada dia, diminuindo a oferta por causa das paralisações na produção, reduzindo a demanda devido ao confinamento social, perda de empregos, e ainda não sabemos quando isso vai terminar. O Brasil, como outros países, adota o distanciamento social, é claro que surge controvérsias, se essa seria a melhor opção, pelos chefes do poder executivo de todas as esferas, no entanto, o colapso no sistema de saúde não tem posicionamento político e, neste momento, temos mais de 479.000 mortos, desde o dia 17 de março do ano de 2020. A pressão por vários setores é forte, então o governo adotou ações para o enfretamento da crise, algumas ações de acordo com o Comitê de Crise da Covid- 19, (Governo do Brasil, 2020), publicado no site do governo são: • Montagem de Hospitais de Campanha Militares de campanhas em diversas regiões; • Liberação de concessão de 2,6 mil para pesquisas nas áreas de saúde e de exatas com investimento de R$ 200 milhões; • Lançamento de medidas para micro e pequenas empresas como adiamento do recolhimento do Imposto do Simples Nacional, linhas de crédito e antecipação de recebíveis; • Suspensão temporária de pagamentos de financiamentos diretos e indiretos para empresas; • Lançamento do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego para enfrentar efeitos econômicos da Covid-19; • Destinação de R$ 51 bilhões para manutenção de empregos; • Liberação de linha de crédito emergencial a juros reduzidos para pequenas e médias empresas no valor de R$ 40 bilhões; • Transferência de R$ 20 bilhões do Fundo PIS/Pasep para o FGTS; • Prorrogação do prazo para contribuições e entrega do IRPF e desoneração do IOF para operações de crédito. Posso concluir que a globalização traz seus impasses no mundo contemporâneo, uma crise não fica mais restrita aos limites de seus territórios, ações governamentais de potências econômicas, têm refletido na economia de países distantes, o que antes demorava a se disseminar, hoje é quase que instantâneo. De certo que o capitalismo é cíclico, em determinadas épocas observamos progresso, em outras, recessão, há de se perceber que esta instabilidade econômica é inerente ao sistema, o importante é como será a reação de cada governo para o enfretamento destas crises, de modo que se consiga mitigar os danos por elas deixados. Referências Bibliográficas. SEUDINHEIRO.COM. Os 90 anos da crise de 1929, parte III: a Grande Depressão e a retomada do crescimento. Disponível em: https://www.seudinheiro.com/2019/crise-de-%2029/especial-crise-de-1929-parte-iii/ Acesso em: 8 de junho de 2021. Conteúdo da disciplina: Análise Econômica do Mercado. Unidade 3 e 41. ed. 2020. Trabalho Interno. FERGUSTON, Charles. Jeffrey Lurie. EUA, 2010 Governo do Brasil. (06 de abril de 2020). Confira o balanço das principais ações do Comitê de Crise da Covid-19. Brasília, DF, Brasil. Disponível em https://www.gov.br/pt-br/noticias/financas-impostos-e-gestao-publica/2020/04/confira- o-balanco-das-principais-acoes-do-comite-de-crise-da-covid-19. Acesso em 08 de junho de 2021. G1. Brasil se aproxima de 480 mil mortes por Covid, com 2.484 registradas nas últimas 24 horas. Disponível em: https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2021/06/09/brasil-se-aproxima-de- 480-mil-mortes-por-covid-com-2484-registradas-nas-ultimas-24-horas.ghtml. Acesso em 09 de junho de 2021. https://www.seudinheiro.com/2019/crise-de-%2029/especial-crise-de-1929-parte-iii/ https://www.gov.br/pt-br/noticias/financas-impostos-e-gestao-publica/2020/04/confira-o-balanco-das-principais-acoes-do-comite-de-crise-da-covid-19 https://www.gov.br/pt-br/noticias/financas-impostos-e-gestao-publica/2020/04/confira-o-balanco-das-principais-acoes-do-comite-de-crise-da-covid-19 https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2021/06/09/brasil-se-aproxima-de-480-mil-mortes-por-covid-com-2484-registradas-nas-ultimas-24-horas.ghtml https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2021/06/09/brasil-se-aproxima-de-480-mil-mortes-por-covid-com-2484-registradas-nas-ultimas-24-horas.ghtml
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