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AVA 2 - ANALISE ECONOMICA DE MERCADO

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA – UVA
ANÁLISE ECONÔMICA DE MERCADO
CAROLINA MESSIAS DOS SANTOS
RIO DE JANEIRO - RJ
2022.3
EAD-IL60006-20222C
Texto
O Índice Down Jones de 1921 até 1929 subiu vertiginosamente. Acreditando que o mercado sustentaria uma alta permanente dos preços, corretores chegavam a emprestar até 2/3 do valor das ações para que seus compradores pudessem seguir investindo na bolsa. Muitos utilizaram hipotecas e todas suas economias para comprar ações, pois não acreditavam que o crash seria possível. Após 3 de setembro de 1929, dia em que o Índice Down Jones atingiu seu pico, 381.17 pontos, a Bolsa de Valores começou a apresentar uma crescente volubilidade. Nos dias que se seguiram, foram registrados períodos de grande volume de vendas de ações, intercalados por uma alta nos preços, e uma leve recuperação. A indústria automobilística percebeu, em meados de 1929, que seus revendedores não dispunham de meios para absorver mais carros.
Decidiram por um corte severo na produção, reduzindo as encomendas de borracha, cobre, vidro e aço. Essa drástica redução na produção alertou os especuladores mais atentos, que descarregaram os papéis da United States Steel. A siderúrgica assistiu a suas ações em queda livre na Bolsa, por todo o mês setembro de 1929.
A perspectiva da diminuição dos dividendos dessas companhias fez com que esses títulos sofressem uma enorme depreciação no seu valor no período de setembro a novembro. Em outubro de 1929, o impensável aconteceu. No dia 24, posteriormente conhecido como “quinta-feira negra”, um número aproximado de 12,9 milhões de ações foi vendido em apenas um dia.
Por todo o final de semana, os eventos foram largamente noticiados na imprensa americana. Em 29 de outubro de 1929, que ficou conhecida por “terça-feira negra”, a quebra se revelou inevitável.
O pânico tomou conta dos investidores, e mais de 15,6 milhões de ações foram vendidas até o final do dia. O mercado norte-americano somou uma perda de US$ 14 bilhões. A crise teve um efeito em cadeia na economia americana, levando ao desemprego, ao congelamento de empréstimos, à falência de empresas e à queda dos lucros — o período conhecido como a Grande Depressão, combatida mais tarde pelo New Deal do presidente Roosevelt.
Com base no texto e no esquema apresentados responda as questões solicitadas:
a) Descreva o contexto de cada crise da economia mundial, identificando as principais causas e os desdobramentos para a geopolítica mundial.
A crise econômica nada mais é uma economia cíclica. Isso significa que, em alguns momentos há crescimento e em outros há a crise econômica, padrão normal do sistema capitalista. Ou seja, de tempos em tempos enfrentaremos outras crises. É inevitável.
Durante uma crise, a demanda de consumo diminui e com isso as empresas passam a lucrar menos e, consequentemente acabam demitindo funcionários, elevando a taxa de desemprego. Com isso, a renda diminui e o consumo das famílias também, sendo impossível frear esse ciclo. As principais crises econômicas do capitalismo contemporâneo foram as ocorridas em 1929 e 2008.
Uma das crises mais famosa do sistema capitalista foi a crise de 1929, nos Estados Unidos. Foi tão grave que é considerada uma depressão por ter sido duradoura, com forte redução da atividade econômica, falências, altas taxas de desemprego e grandes quedas de produção e investimentos. 
Essa crise foi causada pela superprodução da indústria norte-americana, falta de regulamentação da economia, excesso de crédito e especulação na Bolsa de Valores fazendo com que milhares de empresas falissem e milhões de trabalhadores perdessem os seus empregos. O principal produto do Brasil a ser afetado foi o café, produzido principalmente para ser exportado.
Alguns pontos podem ser destacados em relação aos fatos que motivaram a crise:
· aumento da produção sem que o mercado pudesse absorver as mercadorias produzidas;
· realização de um elevado número de empréstimos;
· falta de regulação sobre as transações;
· recuperação da economia europeia;
· especulação monetária.
Em 2008, a crise começou em razão da especulação imobiliária nos Estados Unidos. Foi a chamada bolha, causada por um aumento abusivo nos valores dos imóveis.
Apesar de não ter atingido em cheio o Brasil em um primeiro momento, a crise de 2008 abalou o mercado financeiro mundial, trazendo sérias consequências tanto aos Estados Unidos quanto à Europa. Os setores mais prejudicados foram os financeiros, em um golpe que abalou a estrutura do capitalismo.
A causa de toda a problemática se iniciou dez anos antes, em 1998, quando houve uma liberação de créditos desenfreada nos EUA, mesmo para pessoas que não tinham condições de arcar com as parcelas dos empréstimos.
As causas da crise de 2008 foram:
· liberação de crédito sem grandes exigências;
· queda na produtividade;
· falta de liquidez;
· aumento dos juros.
Além das crises citadas acima, existiu inúmeras outras:
· 1973-1983 – Crise do Petróleo
· 1980-1984 – Crise Energia 
· 2001-2004 – Bolha da Internet
· 2008-2012 – Crise Financeira 
· 2020-2021 – Crise Covid-19
b) Disserte sobre as políticas implementadas no Brasil para a superação de cada crise.
Nenhuma crise econômica ocorre de uma hora para outra. São desencadeadas por inúmeras negligências e, consequentemente, acaba afetando todo o mundo que se relaciona diretamente no desemprego. Inevitavelmente, o cenário causa medo e incertezas.
Na crise de 1929, o Brasil se recuperou relativamente rápido. O Governo Getúlio Vargas promoveu medidas de incentivo econômico. 
Getúlio possuía grande interesse no projeto de industrialização do país, porém ele sabia o quanto a cultura enraizada do café era importante o que também fez com que voltasse atenção ao produto, porém tendo em vista outros meios. A crise também ocasionou em menos entrada de capital estrangeiro na economia do nosso país, coisa que era 
recorrente desde os tempos do império.
Vargas foi responsável por implantar um intenso controle do câmbio gerando queda na compra de produtos durante a crise, porém, com isso, deixou de pagar dívida externa que só voltou a ser paga no governo Sarney com muita dificuldade. 
Ele interviu para conter a situação, comprou diversas sacas de café 
que estavam paradas e incendiá-las, diminuindo sua oferta aumentando seu valor de 
mercado. Essa prática e resultou na destruição de 78,2 milhões de sacas de café queimadas, mas por outro lado o setor industrial no Brasil se desenvolveu, já que muitos cafeicultores passaram a explorar as indústrias em decorrência da desvalorização do café.
A crise de 2008 também impactou o Brasil, principalmente em 2009, quando o crescimento do país foi negativo com déficit de 10% no PIB. Houve também a pior queda da Bolsa desde a década de 70 e grande redução na capacidade e a atividade industrial local (desindustrialização). Para conter os efeitos negativos da crise, o governo elaborou algumas medidas para auxiliar o reestabelecimento da economia, como: a redução de impostos como IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para automóveis, eletrodomésticos e materiais de construção, e Taxa Selic (de 13,7% para 8,75%) para estimular o consumo e a circulação de dinheiro; congelamento dos preços do petróleo e criação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) estimulando a exportação e inovações tecnológicas. Em ambas as crises, o Brasil se beneficiou da intervenção Estatal possibilitando sua recuperação e desenvolvimento nos anos que se seguiram.
Referências Bibliográficas
https://escolakids.uol.com.br/historia/crise-de-1929.htm
https://www.stoodi.com.br/blog/historia/crise-de-2008/
https://blog.aaainovacao.com.br/impacto-negocios-maiores-crises/

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