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Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Terapêutica – 2021.1 Anestésicos em pacientes especiais Os pacientes hipertensos, diabéticos, asmáticos e com hipertireoidismo são cada vez mais comum no dia a dia do cirurgião-dentista, eles se enquadram na classificação ASA II e III, e requerem cuidados específicos na administração de anestésicos. Pacientes Hipertensos A presença das aminas simpatomiméticas nos anestésicos com vasoconstritor, são responsáveis por causar um aumento na pressão arterial do paciente, assim se deve ter atenção ao administrar anestésicos dessa classe, em pacientes hipertensos, que possuem uma perda de elasticidade nos vasos, não permitindo que ele expanda e volte ao seu calibre original para permitir a circulação sanguínea; assim o músculo cardíaco hipertrofia por excesso de trabalho, e necessita de mais O2. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia a hipertensão é caracterizada segundo os seguintes critérios: OBS.: a hipertensão estagio 1, é considerada a hipertensão sustentável. Sendo a Sociedade Americana de cardiologia: • ASA II Os pacientes com hipertensão estagio I e II, sem ultrapassar PDA > 180/110 mmHg, são considerados pacientes ASA II. ➢ Pacientes com PA até 160/100 mmHg ou com hipertensão controlada: um benzodiazepínico como medicação pré-anestésica é fundamental para o controle da pressão arterial emocional durante a realização do tratamento, talvez, possa deva ser considerado uma sedação mínima. Deve ser aplicado prilocaína 3% associado a felipressina 0,02 Ul/mL (3 tubetes), ou lidocaína 2%, articaína 4% ou mepivacaína 2%, associado a epinefrina 1:200.000 (4 tubetes) ou 1:100.000 (2 tubetes). OBS.: dar preferência a solução com a menor quantidade de vasoconstritor. OBS.: essa quantidade de vasoconstritor, não provoca um aumento da pressão, apenas proporciona um tempo maior da ação do anestésico. OBS.: a dose máxima de prilocaína para pacientes com hipertensão essencial ou primária é de 3,5 tubetes = 0,6ml da solução; para pacientes hipertensos, 0,18 UI. OBS.: procaína pode provocar isquemia do miocárdio em dose elevadas. ➢ Pacientes com PA até 180/110mmHg: o paciente precisa de um parecer médico, para controle da pressão, até então são contraindicados qualquer tipo de procedimento eletivo. Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Terapêutica – 2021.1 Em casos de urgência, devemos recorrer ao alivio da dor e remoção da causa, para isso, usar anestésico local, como prilocaína 3% com felipressina (2-3 tubetes). OBS.: uma opção também e a lidocaína ou articaína com epinefrina na concentração de 1:100.000 ou 1:200.000. OBS.: sedação com midazolam ou Diazepam 7,5mg pra reduzir a ansiedade. OBS.: não usar aminas simpatomiméticas, apenas em casos em que a diluição é alta e que o tempo do procedimento for longo. OBS.: o sal anestésico tem poder de causar maior risco do que o vasoconstritor, por isso não é recomendado o uso de articaína, em condições de bloqueio troncular, principalmente (uso dela é recomendado quando houver um tempo maior de cirurgia). OBS.: a administração de anestésicos consecutivos segue uma progressão geométrica. • ASA III São os pacientes que possuem a pressão arterial acima de 180/110 mmHg, sintomático ou assintomático. ➢ Pacientes com PA maior que 180/110 mmHg assintomático: todos procedimentos são contraindicados, devendo ser realizados procedimento de urgência em ambiente hospitalar, após a avaliação médica e redução da ansiedade. ➢ Pacientes PA maior que 180/110 mmHg sintomático: encaminhar para urgência e solicitar avaliação médica imediata; a intervenção só pode ser feita em ambiente hospitalar, após a redução da PA. OBS.: nas urgências, utilizar sedação com midazolam, e prilocaína como anestésico (2-3 tubetes). Pacientes diabéticos O diabetes melito, é considerada uma doença crônica, sendo dividida em tipo 1, quando as células beta do pâncreas são destruídas por mecanismos imunológicos, causando deficiência de insulina – esses pacientes são chamados de insulinodentependentes; e tipo 2, causado pelos maus hábitos alimentares do paciente, que gera resistência à insulina, defeito na secreção de insulina e aumento na produção de glicose endógena. Além disso, tem-se o diabetes gestacional, que é o aumento de glicose no sangue durante a gravidez. OBS.: essas mulheres possuem maior risco de desenvolver diabetes do tipo 2. • Cuidados pré e pós-operatório O CD, deve se certificar que o paciente fez uso a medicação e está bem alimentado, e avaliar a glicemia (se achar necessário). Em casos de procedimentos que vão afetar a função mastigatória, o médico deve ser consultado previamente para mudança da dieta do paciente, no tempo em que ficará impossibilitado de mastigar. • Sedação mínima Deve ser utilizado benzodiazepínicos como medicação pré-operatória, para evitar o aumento da glicemia emocional; visto que a ansiedade aumenta a secreção das catecolaminas que desencadeia um processo de glicogenólise, aumentando o nível sanguíneo de glicose do paciente. Para sedação, optar por: midalozam, Diazepam, alprazolam ou lorazepam; ou sedação inalatória com oxido nitroso e oxigênio. • Anestésico Anestésicos com epinefrina, é contraindicado, visto que ela é capaz de provocar a glicogenólise. Assim o anestésico indicado é a prilocaína 3% com felipressina 0,03Ul/mL. OBS.: em pacientes insulinodependentes podemos usar anestésicos com epinefrina 1:100.000 até 2 tubetes. OBS.: em pacientes compensados, podemos usar catecolaminas, desde que seja respeitado a dose mínima. Pacientes asmáticos A asma brônquica, é uma DPO (doença pulmonar obstrutiva), autolimitada que é caracterizada pelo estreitamento das vias aéreas, inflamação das paredes e hiperprodução de mucoaderente, que causa a falta de ar. Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Terapêutica – 2021.1 OBS.: chiados no peito, tosse seca com secreção e sensação de aperto no peito também são sintomas da asma. A sedação com oxido nitroso e oxigênio é a mais indicada para asmáticos leve ou moderados. O uso de anestésicos com epinefrina é preconizado, pois os mesmos atuam sobre os receptores β2 promovendo um relaxamento da musculatura bronquiolar, melhorando a respiração. • Anestésicos: Lidocaína 2%, Mepivacaína 2% ou Articaína 4% com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000. OBS.: aos pacientes que possuem alergia a sulfito, priorizar o uso de prilocaina 3% com felipressina 0,03 Ul/mL. OBS.: anestésicos com vasoconstritores adrenérgicos possuem solução de sulfito 2mg/ml, para evitar oxidação. Pacientes com hipertireoidismo A deficiência de iodo na alimentação afeta a produção de T3 e T4, levando ao desenvolvimento de um bócio, característico do hipertireoidismo, que é causado pela hipertrofia da glândula, que é estimulada pela hipófise. Esses pacientes têm sintomas de nervosismo e irritação, insônia, aumento da frequência cardíaca, intolerância ao calor com sudorese abundante, perda de peso, tremores, exoftalmia e comprometimento das decisões. Quando há suspeita da patologia, deve-se encaminhar o paciente para o médico, em caso de diagnóstico, ter cuidado com os sinais e sintomas. Em caso da doença malcontrolada/não tratada, deve-se evitar procedimentos cirúrgicos e o uso de soluções com epinefrina, norepinefrina, corbadrina ou fenilefrina, e optar pelo uso de prolocaína 3% associada a felipressina 0,03 Ul/mL (injeção lenta de até 2 tubetes). OBS.:quando o paciente não é controlado, é contraindicado o atendimento, e a utilização de vasoconstritores adrenérgicos, pois aumentam a taquicardia, e a frequência cardíaca do paciente. OBS.: no caso de pacientes controlados, pode ser usada epinefrina ou felipressina, limitando-se a 2 tubetes. Grávidas Na consulta inicial toda mulher, em idade fértil, deve ser considerada grávida, até que seja provado o contrário, assim que comprovado, é importante considerar as alterações sistêmicas que a condição pode causar na paciente. Além das alterações físicas, como aumento dos quadris, seios, reposicionamento dos órgãos abdominais, aumento da sensação de fome, diminuição do volume respiratório, tem-se as alterações fisiológicas, como o aumento da frequência cardíaca na ordem de 10 BPM a partir da 14ª até a 30ª semana. A PAD pode diminuir e a PAS pode aumentar (levemente) exigindo um aumento da frequência respiratório e do consumo de oxigênio. Deve-se levar em consideração o aumento da produção hormonal durante a gestão; pois a placenta induz a produção e liberação de gonadotrofina coriônica, estrogênios, progesterona e hormônio lactogênio placentário. As exigências de insulina são aumentadas, provocando um quadro de diabetes gestacional. OBS.: os enjoos são provocados pela hipoglicemia e o aumento da gonadotrofina coriônica. OBS.: o senso de proteção da mãe fica ativo, o tempo todo em extinto de proteção ao feto, querendo a todo instante saber se o que está sendo feito vai causar mal ao feto. OBS.: a gestante deve ser orientada a fazer um check-up odontológico, como parte do pré-natal. • Possíveis alterações na cavidade bucal: ➢ Gengivite gravídica/gestacional: fator irritante é o mesmo da gengivite “comum”, influenciada pelas deficiências nutricionais, imunodepressão transitória e descido da higiene oral. Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Terapêutica – 2021.1 OBS.: o sangramento é mais abundante pelo aumento da vascularização do periodonto, influenciado pela progesterona. ➢ Granuloma gravídico: mesmo que granuloma pirogênico; dependendo das condições estéticas e funcionais, ele pode ser removido após o parto. ➢ Perda de dentes • Desenvolvimento fetal: Por conta de todo sal anestésico ultrapassar a membrana placentária, deve-se ter cuidado na escolha do anestésico, escolhendo aquele que mais se liga a proteínas. OBS.: durante a 4ª a 7ª semana é o momento que ocorre as alterações teratogênicas e/ou malformações. OBS.: o uso de tetraciclina, durante a 3ª-4ª semana da gestação, pode provocar descalcificação do elemento dentário do feto, se administrado durante o 5º mês afetara a dentição permanente. OBS.: o melhor momento para realização de procedimentos odontológicos, é durante o 2º trimestre, e as semanas iniciais do 3º (após a paciente pode manifestar sinais como inchaço nas pernas, hipotensão postural e desconforto na posição supina). OBS.: urgências não devem/podem ser adiadas. • Consulta e posicionamento As sessões devem ser curtas, agendadas na segunda metade do dia, pois os enjoos são menos comuns; marcar consultas em horários que não tenham muitas crianças, para evitar o estresse e a contaminação da gestante. Por volta do 6º mês de gestação, o feto exerce pressão sobre as veias abdominais diminuindo o retorno venoso para os membros inferiores, levando a hipotensão ortostática; deve- se posicionar a paciente sentada ou deitada de lado (preferencialmente esquerdo), antes que fique de pé. OBS.: nas ultimas semanas, atender a paciente em posição semi- inclinada. • Sedação mínima O uso de fármacos deve ser evitado ao máximo, pois os benzodiazepínicos se enquadram na categoria D de risco fetal; é recomendado, caso seja necessário, a sedação inalatória com N2O+O2, que, por mais que atravesse a barreira placentária, não possuem efeitos teratogênicos. Para tal, o tempo de administração deve ser limitado à 30min, misturando 50% de O2, e evitar administrações repetidas na 2ª e 3ª semana. OBS.: alguns hipnóticos estão sendo recomendados recentemente, que se enquadram na categoria C (zaleplon, zolpidem e zipoclona), e não possuem efeitos teratogênicos comprovados. • Anestesia local A escolha dos anestésicos deve levar em consideração aquele que proporcione melhor anestesia à gestante, eles devem conter vasoconstritor, para aumentar o tempo de duração do anestésico. As características lipossolúveis que permitem que os fármacos atravessem são: ➢ Tamanho da molécula; OBS.: a prilocaína atravessa a placenta mais rapidamente, seu excesso pode causar metamioglobinemia (caso a gestante, tenha desenvolvido anemia durante a gravidez, ela se torna mais susceptível a metamioglobinemia). ➢ Grau de ligação do anestésico às proteínas plasmáticas: a bupivacaina, é o anestésico mais seguro, pois ele se liga a 95% das proteínas plasmáticas, assim não alcança, em alta quantidade, o feto. Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Terapêutica – 2021.1 No geral, a mepivacaina é o anestésico mais indicado, pois ele dura mais tempo para ser metabolizado. Caso a paciente apresente hipertensão controlada, pode-se usar lidocaína com epinefrina 1:100.000, também se a paciente tiver histórico de anemia. OBS.: a felipressina é um vasoconstritor deve ser evitado, pois mimetiza a oxitocina, podendo induzir a contração uterina. OBS.: pode usar prilocaína com felipressina (até o 2º trimestre) ou mepivacaína sem vaso. Desordem neurológica convulsiva É uma doença genética, que afeta o SNC. Quando o paciente se apresenta com epilepsia, é importante saber o tempo de duração da crise, os intervalos entre elas, se o paciente está fazendo uso da medicação preconizada pelo médico. O anestésico é um depressor do SNC, e o sal é bifásico – ele faz com que haja uma excitação e longo em seguida uma depressão do SNC, na mesma medida – caso haja uma excitação intensa, a resposta será uma depressão intensa, que se caracteriza como estimulação tônico-clônico (convulsão do tipo contação e relaxamento), cujo pode evoluir para uma depressão bulbar >> parada cardiorrespiratória >> óbito. OBS.: o oxigênio é a principal terapia • Sinais e sintomas de uma crise: ➢ Loquacidade; ➢ Apreensão; ➢ Excitabilidade; ➢ Fala arrastada; ➢ Excitação generalizada, com tremor e contração; ➢ Euforia; ➢ Vômito; ➢ Desorientação; ➢ Perda de resposta ao estimulo; ➢ Pressão arterial, frequência cardíaca e respiratórias elevadas. • O que fazer: Deligar os instrumentos, retirar todos os materiais que estiverem dentro da cavidade oral do paciente, e mantê-lo deitado. Tranquilizar o paciente e oxigenar, fazer o monitoramento dos sinais vitais (pulso, temperatura, PA, frequência cardíaca). ➢ Evitar anticonvulsivantes em casos brandos; ➢ Em casos graves administrar Diazepam 5mg, IM ou IV (com ventilação reforçada) OBS.: os benzodiazepínicos, intensificam a depressão do SNC, por isso o reforço a ventilação. ➢ Quando o paciente estiver controlado, pode-se usar lidocaína 2%, mepivacaína 2% - associadas ao vasoconstritor, nesse caso adrenalina – ou prilocaína 3% - associado a felipressina. OBS.: soluções anestésicas com epinefrina e felipressina devem ser usadas até 2 tubetes, com injeção lenta, na concentração de 1:100.000 ou 1:200.000. OBS: o anestésico local para o paciente convulsivo precisa conter a menor quantidade de sal anestésico, visto o mecanismo de ação do sal, deve-se, portanto, sempre optar pelo sal associado a um vasoconstrictor. Pediátrico O uso do anestésico local, deve produzir o efeito máximo com o mínimo de reações adversaspossíveis; assim deve ser calculada uma dose ideal: 𝐷𝐶 = 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝐾𝑔. 𝑑𝑜𝑠𝑒 𝑎𝑑𝑢𝑙𝑡𝑜/70𝐾𝑔 OBS.: 70 Kg é o peso médio de um adulto. OBS.: para crianças em sobrepeso, deve-se descontar 20% a 30% do seu peso para o cálculo. • Controle de ansiedade Pode ser feito com sedação de N2O/O2, ou com o uso de benzodiazepínicos, como Diazepam – 0,2 a 0,5 mg/Kg, em VO – midazolam (mais recomendado) – 0,2 a 0,6 mg/Kg de peso. OBS.: usava-se o Hidrato de Coral antigamente. OBS.: pode ser usado um anti-histamínico de primeira passagem. • Anestesia É muito comum acontecer injeções intravasculares acidentais em bloqueios tronculares, por isso recomenda-se a técnica infiltrava; para evitar reações: Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Terapêutica – 2021.1 ➢ Usar anestésico com vasoconstritor – proporciona maior tempo e menor dose; ➢ Evitar injeção intravascular; ➢ Menor volume e menor concentração; ➢ Reduzir a dose em 1/3 quando a criança estiver sedada ou muito debilitada Escolha do anestésico: ➢ Lidocaína 2% com adrenalina 1:100.000; ➢ Mepivacaina 2% com epinefrina 1:100.000; OBS.: quando houver contraindicação do vasoconstritor, usar mepivacaina 3% sem vasoconstritor, reduzindo a dose máxima em 30%. ➢ Prilocaína 3% com felipressina 0,03Ul/mL. Dose máxima infantil por peso 10 Kg 1 Tubete 15 Kg 1,5 Tubete 20 Kg 2 Tubetes 25 Kg 2,5 Tubetes 30 Kg 3,5 Tubetes 35 Kg 4 Tubetes 40 Kg 4,5 Tubetes OBS: deve-se evitar o uso de bupivacaína, pois tem efeito em tecido mole em torno de 12 horas. OBS.: a articaína 4% com epinefrina 1:100.000 não é recomendada para criança abaixo de 4 anos - dose máxima de articaína é de 7mg/kg. OBS.: evitar prilocaina 3% com felipressina 0,03UI/mL em crianças portadoras de anemia. Geriátrico A escolha de anestésicos locais para pacientes idosos, deve levar em consideração as modificações orgânicas do paciente e o possível uso de outros fármacos que sejam capazes de interagir negativamente com o sal anestésico ou atrapalhar alguma etapa da metabolização. OBS.: os processos de distribuição e excreção já são afetados pela diminuição do volume plasmático, o que favorece o aumento de gordura; deve-se considerar a redução do debito sanguíneo hepático (enzimático) e renal, prejudicando a excreção da droga. OBS.: a alta taxa de gordura faz com que os fármacos hidrossolúveis permaneçam em maior concentração no tecido adiposo, causando um aumento no efeito; em casos de benzodiazepínicos eles têm uma ação mais prolongada. • Anestésicos Lidocaína 2% e mepivacaina 2% com adrenalina 1:100.000 ou 1:200.000, são anestésicos de escolha para idosos, pois são metabolizadas no fígado e excretada rim, visto a condição reduzida dos idosos. OBS.: em pacientes com disfunção hepática ou renal, a dose máxima deve ser de 3 tubetes. OBS.: em casos de contraindicação absoluta do vasoconstritor, usar mepivacaina 3% sem vasoconstritor, em procedimentos até 30min. O uso da prilocaina 3%, não deve ultrapassar 2 tubetes, visto a diminuição de proteínas plasmáticas nos idosos, o que pode gerar um efeito toxico ao paciente, a cianose por metamoglobinemia. A articaina não deve ser usada em idosos com histórico de anemia ou insuficiência cardíaca ou respiratória, também em pacientes que tenham alergia a enxofre, que podem desenvolver uma crise asmática. OBS.: em casos de alergias, usar vasoconstritor – aminas simpatomiméticas no caso do enxofre. OBS.: a articaina também pode provocar metemoglobinemia, porem com um risco menor – por conta do seu pouco tempo disponível no organismo. A bupivacaína é útil em procedimentos de longa duração, porem sua dose máxima deve ser de 2 tubetes, com epinefrina 1:200.000. Referências: ANDRADE, E. D. Terapêutica Medicamentosa em Odontologia. 3ª. ed. São Paulo, Artes Médicas, 2014.
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