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Controle de infecção hospitalar

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Eduarda Maia Rangel – Enfermagem - UFRJ 
 
 
- Hoje se chama de infecções em serviços de saúde, 
pois não se dão apenas em ambiente hospitalar, mas 
sim em processos de assistência em saúde. 
- Inflamação é uma resposta do nosso organismo à 
tudo que ele considera um invasor ou que ele considera 
que pode lesionar o nosso corpo. 
- Uma infecção é um tipo de inflamação que se dá pela 
invasão de um hospedeiro suscetível por um patógeno, 
resultado em uma doença. 
- Inflamação x Infecção: a inflamação é a resposta do 
organismo a uma agressão, como cortes, movimentos 
repetitivos (tendinite) e batidas. Ela causa inchaço, 
vermelhidão e dor enquanto o corpo se esforça para 
reparar o local. No caso dos cortes, isso acontece com 
a formação da cicatriz. Já as infecções são causadas por 
agentes externos e apresenta sinais flogisticos (dor, 
calor, rubor, edema...) 
- Colonização é a presença e o crescimento de 
microrganismos dentro de um hospedeiro, mas sem a 
invasão de tecidos ou qualquer dano. Resulta em uma 
doença ou infecção apenas se os agentes patogênicos 
se multiplicarem e alterarem a função do tecido normal. 
Ou seja, o colonizado é aquele que é portador de uma 
bactéria, mas que não desenvolve a doença infecciosa 
e pode representar agente de disseminação da bactéria. 
O infectado é aquele que tem o processo infeccioso. 
- O que é descolonizar o paciente? Ex: dar banho de 
clorexidina. 
 
 Assepsia x Antiassepsia 
- Assepsia (em “coisas”): é o conjunto de medidas que 
utilizamos para impedir a penetração de 
microrganismos num ambiente que logicamente não os 
tem, logo um ambiente asséptico é aquele que está livre 
de infecção. 
• Ex: quando utilizamos luvas estéreis para 
realizar uma sondagem vesical, estamos 
justamente utilizando um método asséptico 
para evitar a introdução de micro-organismos 
patogênicos na uretra, local que é estéril. 
- Antissepsia (em tecido humano): é o conjunto de 
medidas propostas para inibir o crescimento de 
microrganismos ou removê-los podendo ou não 
destruí-los e para tal fim utilizamos antissépticos ou 
desinfetantes. 
• Ex: no caso da sondagem vesical, realizamos 
antissepsia quando utilizamos a clorexidina nos 
grandes lábios e em toda região genital 
feminina, de modo a reduzir a população 
microbiana e consequentemente reduzir 
chances de infecção urinária. 
 
Virulência: 
- É a capacidade infecciosa de um microrganismo, 
medida pela mortalidade que ele produz e/ou por seu 
poder de invadir tecidos do hospedeiro. 
- Virulência bacteriana: A capacidade das bactérias 
para causar doença é descrita em termos do número de 
bactérias infectantes, a via de entrada para dentro do 
corpo, os efeitos dos mecanismos de defesa do 
hospedeiro e as características intrínsecas das bactérias 
chamadas fatores de virulência. 
- Virulência viral: Fatores de virulência dos vírus 
determinam se a infecção ocorre e como grave os 
sintomas da doença viral resultantes são. Os vírus 
frequentemente requerem proteínas receptoras em 
células hospedeiras para o qual eles se ligam 
especificamente. Tipicamente, estas proteínas da célula 
hospedeira sofrem endocitose do vírus ligado, em 
seguida, entra na célula hospedeira. 
** Doenças transmitidas pelo “beijo” – Mononucleose, 
Herpes simples, Hepatite A Meningite, Gripes e 
resfriados. 
 
Cadeia de transmissão: 
- A infecção ocorre num ciclo que depende da presença 
de todos os seguintes elementos. A prevenção contra a 
infecção ocorre na quebra da cadeia de transmissão. 
CONCEITO 
Eduarda Maia Rangel – Enfermagem - UFRJ 
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Curso da infecção por estágio: 
- Estágio de incubação: intervalo entre a entrada do 
patógeno no corpo e o aparecimento dos primeiros 
sintomas; 
- Estagio prodômico: intervalo entre o início dos 
sinais e sintomas inespecíficos para sinais mais 
específicos. (durante esse tempo o microrganismo 
cresce e se multiplica); 
- Estágio de enfermidade: intervalo quando o 
paciente manifesta sinais e sintomas específicos ao tipo 
de infecção; 
- Estágio de Convalescência: intervalo quando os 
sintomas agudos de infecção desaparecem. 
 
 
- É aquela constatada ou em incubação no ato de 
admissão do paciente ou até 72 horas de internação, 
desde que não relacionada com internação anterior 
no mesmo hospital. 
- A infecção que está associada com complicação ou 
extensão da infecção já presente na admissão, a menos 
que haja troca de microrganismos com sinais ou 
sintomas fortemente sugestivos da aquisição de nova 
infecção (ex: o paciente deu entrada com sinusite e 
durante a internação contraiu covid é considerada 
infecção hospitalar, porém se ele deu entrada com 
sinusite e evoluiu para uma pneumonia pelo mesmo 
microrganismo, é infecção comunitária). 
- A infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via 
transplacentária é conhecida ou foi comprovada e que 
se tornou evidente logo após o nascimento (ex: herpes 
simples, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, 
sífilis e AIDS). 
- As infecções de recém nascidos associadas com bolsa 
rota superior a 24 horas. Ex: se a criança apareceu com 
uma infecção, após a mãe ficar com bolsa rota mais de 
24 horas, essa criança adquiriu da mãe. 
 
 
- Toda infecção adquirida durante a internação 
hospitalar (desde que não incubada previamente à 
internação) ou então relacionada a algum procedimento 
realizado no hospital (por exemplo, cirurgias), podendo 
manifestar-se inclusive após a alta. Atualmente, o 
termo infecção hospitalar tem sido substituído por 
Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS). 
- Convenciona-se infecção hospitalar toda 
manifestação clínica de infecção que se apresentar a 
partir de 72 (setenta e duas) horas após a admissão ou 
após a alta quando essa infecção estiver diretamente 
relacionada com a internação ou procedimento 
hospitalar, como, por exemplo, uma cirurgia. 
 
Agentes mais comuns de infecções 
hospitalares: 
Entre os principais agentes, estão: 
• Escherichia coli; 
• Pseudomonas sp; 
• Klebsiella sp; 
• Proteus; 
• Serratia sp; 
• Streptococcus sp; 
• Staphylococcus aureus; 
• Staphylococcus epidermitis; 
• Candida albicans. 
 
Exemplos de microrganismos da flora normal 
humana: 
- Pele, olhos, cavidade oral e trato respiratório: 
• Staphylococcus lactobacillus; 
• Micrococcus Streptococus Neisseria 
Corynebacterium; 
• Propionibacterium Neisseria Streptococcus; 
• Corunebacterium Fusobacterium Homophilus; 
• Streptococcus Actinomyces Neisseria; 
INFECÇÃO COMUNITÁRIA 
INFECÇÃO HOSPITALAR 
Eduarda Maia Rangel – Enfermagem - UFRJ 
• Malassezia Treponema Branhamella; 
• Pityrosporum Bacteroides. 
- Trato digestivo, trato urogenital e ouvido. 
• Lactobacillus Bacteroides Corynebacterium; 
• Enterococcis Mycobacterium; 
• Escherichia coli Neisseria; 
• Proteus Enterobacter; 
• Klebsiella Clostridium; 
• Enterobacter Lactobacillus; 
• Bifidobacterium Candida; 
• Citrobacter Trichomonas; 
• Fusobacterium; 
• Spirochetes. 
 
- O grupo mais crítico de todos inclui bactérias 
multirresistentes, que são particularmente perigosas em 
hospitais, casas de repouso e entre os pacientes cujos 
cuidados exigem dispositivos como ventiladores e 
cateteres intravenosos. Entre elas, estão Acinetobacter, 
Pseudomonas e várias Enterobactéroaceae (incluindo 
Klebsiella, E coli, Serratia e Proteus). São bactérias 
que podem causar infecções graves e frequentemente 
mortais, como infecções da corrente sanguínea e 
pneumonia. 
 
 
- Conjunto de medidas aplicadas no atendimento de 
todos os pacientes, independente do diagnóstico 
clínico, e na manipulação de equipamentos e artigos 
contaminados ou sob suspeita de contaminação. 
- Visam, não somente controlar a infecção cruzada de 
um paciente a outro, como também proteger os 
profissionais de saúde. Estas precauções devem ser 
tomadas quandohá risco de contato com sangue, 
fluidos corpóreos, secreções e excreções (exceto o 
suor), pele não integra e mucosas. 
 
 
Transmissão por contato: 
Colonização ou infecção por microrganismos 
multirresistentes (MR), tal como MRSA, clostridium 
difficile, shigela, herpes simples, escabiose, varicela-
zoster, crianças e adultos imunocomprometidos, 
Impetigo, Pediculose, Furunculose, Escabiose, 
Rotavírus, diarréia aguda. 
- Higienização das mãos (sempre!!!), avental, luvas e 
se tiver, quarto privativo. 
 
*O transporte deverá ser evitado, mas quando 
necessário o material infeccioso eliminado pelo 
paciente deverá ser contido com curativo, avental ou 
lençol, para evitar contaminação de superfícies. Se o 
paciente for encaminhado para a realização de exames 
ou procedimentos fazer desinfecção da marca ou 
cadeira de transporte. Sempre comunicar com 
antecedência para qual unidade para qual o paciente 
está sendo transportado, objetivando organizar a 
recepção do mesmo. Artigos e equipamentos deverão 
ser exclusivos para cada paciente, limpos regularmente 
se apresentar sujidades devem ser desinfectados os 
esterilizados após a alta do paciente. 
 
Transmissão por gotículas: 
Difteria, rubéola, coqueluche, caxumba, pneumonia 
por micoplasma, Influenza, Faringite estreptocócica, 
Hanseníase, Meningite Bacteriana. 
- O paciente não precisa ficar de máscara em caso de 
quarto privativo ou com distancia superior à dois 
metros do leito do lado. 
- Higienização das mãos, máscara cirúrgica 
(profissional e paciente) e quarto privativo. 
PRECAUÇÕES PADRÃO 
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Transmissão por aerossóis: 
Sarampo, varicela zoster, tuberculose pulmonar. 
- Higienização das mãos (impedir a propagação de 
germes), máscaras (N95 ou PFF2), máscara cirúrgica 
(paciente) e quarto privativo. 
 
- O quarto obrigatoriamente deve ser privativo, 
com porta fechada. De forma ideal devem dispor de 
sistema de ventilação com pressão negativa e trocas 
de ar de (6/6 horas) para o ambiente externo (longe 
de calçadas, janelas que podem ser abertas). O ar 
não é retornado para o sistema de ventilação 
interna e é filtrado por um filtro de partícula de ar 
de alta eficiência (HEPA). Transporte do paciente: 
evitar, mas quando necessário o paciente deverá 
sair do quarto utilizando máscara comum 
(cirúrgica) se o transporte durar menos de 1 hora, 
mas se o tempo for superior à uma hora, deverá 
usar N95 ou PFF2 (isso pois a carga bacteriana ou 
viral vai ser baixa em até uma hora com máscara 
cirúrgica, quando mais tempo ele fica em um espaço 
fechado, maior vai ser a carga suspensa no 
ambiente). A máscara para o profissional é de uso 
obrigatório com capacidade de filtrar partículas 
menores do que 3 µm (N95 ou PFF2). A máscara deve 
ser colocada antes de entrar no quarto e retirada 
somente após a saída do mesmo. 
 
Precaução empírica: 
- Quando ainda não se tem diagnóstico confirmado, 
mas os sintomas são clássicos de determinada doença 
infecciosa e por isso já se implementa as medidas de 
proteção. 
 
Lavagem das mãos: 
 
 
 
 
 
 
 
- Limpeza: remoção de sujeira de objetos e superfícies. 
Geralmente envolve água e sabão com ação mecânica. 
Objetos reutilizáveis devem ser limpos antes da sua 
reutilização. 
- Desinfecção: elimina todos os microrganismos, com 
exceção dos esporos. Tem 2 tipos: de superfície e de 
alto nível (para endoscópios e broncoscópios, p.ex.). 
Ex. de desinfetantes são álcoois, glutaraldeido, 
peroxido de hidrogênio. 
- Esterilização: elimina todos os microrganismos 
inclusive os esporos. Ex: Vapor sob pressão de óxido 
de etileno (ETO), plasma de peróxido de hidrogênio, 
autoclave. 
 
LIMPEZA X DESINFECÇÃO X ESTERILIZAÇÃO 
CONTEÚDO EXTRA AULA 
https://pt.wikipedia.org/wiki/%CE%9C
Eduarda Maia Rangel – Enfermagem - UFRJ 
 Álcool etílico x etanol: 
Não apresentam ação contra esporos e vírus não-
envelopados (p.ex.: vírus da hepatite A e Rinovírus), 
caracterizando-se como desinfetante e antisséptico, 
porém sem propriedade esterilizante. Álcool 70% 
possui concentração ótima para atividade 
bactericida, pois a desnaturação das proteínas do 
microrganismo (atuam na membrana plasmática 
ou parede celular bacteriana, inibindo sua síntese e 
provocando sua destruição) faz-se mais 
rapidamente na presença da água, porque a água 
facilita a entrada do álcool para dentro do 
microrganismo. 
 
 Categorias para esterilização, desinfecção e 
limpeza: 
- Itens não críticos: (itens que entram em contato com 
a pele intacta, mas não mucosas, e precisam ser limpos, 
podem também serem desinfetados) comadres, 
manguitos, grades da cama, mesa de cabeceira, mobília 
do paciente. 
- Itens semicríticos: (itens que entram em contato com 
mucosa e pele não intacta e também apresentam um 
risco. Esses itens precisam ser submetidos a 
desinfecção de alto nível ou esterilizados) endoscópios, 
cânulas endotraqueais, termômetros, estetoscópios. 
- Itens críticos: (itens que penetram nos tecidos 
estéreis ou no sistema vascular e apresentam um alto 
risco de infecção. Esses itens precisam ser 
esterilizados) instrumentos cirúrgicos, cateteres 
intravasculares, cateteres vesicais, implantes. 
 
 
- É conjunto de normas e procedimentos considerados 
seguros e adequados à manutenção da saúde do 
trabalhador, durante atividades de risco de aquisição de 
doenças profissionais. 
 
- O que é o CAAC? Conhecimento, Atitude, 
Autoconfiança. 
 
- O que é CCIH? É uma lei federal. A CCIH diz 
respeito a um grupo de profissionais da área de saúde, 
de nível superior, formalmente designado para, 
juntamente com a Direção do Hospital, planejar, 
elaborar, implementar, manter e avaliar a Comissão de 
Controle de Infecção Hospitalar – um conjunto de 
ações desenvolvidas com o objetivo de reduzir ao 
máximo possível a incidência das infecções 
hospitalares. A CCIH deve ser adequada às 
características e necessidades do Estabelecimento de 
Assistência à Saúde – EAS, sendo constituída de 
membros consultores e executores. É obrigatória. 
A CCIH deverá ser composta por profissionais da área 
de saúde, de nível superior, formalmente designados. 
Os membros da CCIH serão de dois tipos: consultores 
e executores. Serviço médico; Serviço de 
enfermagem; Serviço de farmácia; Laboratório de 
microbiologia; Administração. 
 
- O que são superbactérias? O termo “superbactéria” 
é popularmente conferido às bactérias 
multirresistentes. 
 
- Locais e causas de infecções associadas aos 
cuidados de saúde: 
• Trato urinário: a inserção de cateter não 
esterilizado; bolsa coletora tocando o chão; 
permitir que a urina do cateter retorne à bexiga. 
Feridas cirúrgicas ou traumáticas: preparação 
inadequada antes da cirurgia; não utilizar 
técnica asséptica durante as trocas de curativos. 
• Trato respiratório: equipamento de terapia 
respiratória contaminado; não usar técnica 
asséptica para aspiração de vias aéreas 
inferiores 
• Corrente sanguínea: contaminação por via 
intravenosa; adição de dispositivo tipo torneira 
ao sistema IV, agulhas ou cateteres 
contaminados. 
 
- Principais fatores que influenciam a 
suscetibilidade a infecções: idade, estado nutricional, 
estresse e processo de doença. 
 
BIOSSEGURANÇA 
Eduarda Maia Rangel – Enfermagem - UFRJ 
- Fatores que influenciam o controle e a prevenção 
de infecções: 
1. Idade x Imunidade - As infecções mais 
frequentes na terceira idade são as do trato 
urinário, das vias aéreas superiores, do pulmão 
e da pele. À medida que envelhecemos, nosso 
sistema imunológico vai perdendo a capacidade 
de combater novas infecções. Isso deixa os 
idosos mais vulneráveis a diversas doenças e 
faz com que, por exemplo, uma gripe comum 
possa evoluir para um quadro de pneumonia 
grave. 
 
2. Estado nutricionalX Imunidade – Pesquisas 
mostraram que os órgãos linfoides centrais e 
periféricos apresentam hipotrofia ou até mesmo 
atrofia na desnutrição como: timo, nódulos 
linfáticos, baço e tonsilas palatinas. Tecido 
adiposo é um órgão dinâmico que secreta vários 
fatores, dentre eles as adipocinas. As 
adipocinas são peptídeos bioativos secretados 
pelos adipócitos e são importantes na regulação 
energética, resposta inflamatória e 
imunológica. 
 
3. Extresse X Imunidade – a produção contínua 
de elementos como o cortisol desequilibra 
totalmente o sistema imunológico. Uma bem 
conhecida é a exposição crônica ao excesso de 
cortisol e adrenalina, mediadores 
reconhecidamente ligados ao estresse, que 
inibem as células do sistema imune. 
 
4. Processo de doença x Imunidade – leucemia, 
AIDS, linfoma e anemia aplástica; doenças 
crônicas tais como diabetes melito e esclerose 
múltipla; doença vascular perifética. 
 
 IRAS - Medidas de Prevenção: 
As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) 
consistem em eventos adversos ainda persistentes nos 
serviços de saúde. Sabe-se que a infecção leva a 
considerável elevação dos custos no cuidado do 
paciente, além de aumentar o tempo de internação, a 
morbidade e a mortalidade nos serviços de saúde do 
país. 
 
- Infecção do Trato Respiratório - A pneumonia 
relacionada à assistência à saúde é geralmente de 
origem aspirativa, sendo a principal fonte, as secreções 
das vias áreas superiores, seguida pela inoculação 
exógena de material contaminado ou pelo refluxo do 
trato gastrintestinal. Como podem acontecer aspirações 
em momentos diferentes, um paciente pode ter mais de 
um foco de pneumonia e até com micro-organismos 
diferentes. 
- Medidas de Prevenção de infecção no trato 
respiratório: Manter os pacientes com a cabeceira 
elevada entre 30º e 45º; Aspirar a secreção; Higiene 
oral com antissépticos (clorexidina veículo oral 
0,12%); Em UTI - Avaliar diariamente a sedação e 
diminuir sempre que possível. A rotina de aspiração 
deve ser prescrita de acordo com a necessidade de cada 
paciente, pela maior ou menor produção de secreção e 
realizada com técnica estéril quando necessária. *Os 
produtos ou equipamentos dos pacientes devem ser 
esterilizados ou desinfetados. 
 
- Infecção do Trato Urinário: A infecção do trato 
urinário – ITU é uma das causas prevalentes de 
infecções relacionadas à assistência a saúde – IRAS de 
grande potencial preventivo, visto que a maioria está 
relacionada à cateterização vesical. Quando for 
necessária a coleta de urina em paciente com cateter de 
longa permanência (cateter vesical de demora – CVD), 
deve-se realizar a troca do dispositivo antes do 
procedimento de coleta. Se não for possível, a amostra 
deverá ser obtida do local de aspiração do cateter e 
nunca da bolsa de drenagem. 
A problemática continua quando muitos pacientes 
permanecem com o dispositivo além do necessário 
apesar das complicações infecciosas (locais e 
sistêmicas) e não infecciosas (desconforto para o 
paciente, restrição da mobilidade, traumas uretrais por 
tração), inclusive custos hospitalares e prejuízos ao 
sistema de saúde público e privado. Entende-se que o 
tempo de permanência da cateterização vesical é o fator 
crucial para colonização e infecção (bacteriana e 
fúngica). Os agentes etiológicos responsáveis por essas 
ITU costumam, inicialmente, pertencer à microbiota do 
paciente. E, posteriormente, devido ao uso de 
antimicrobianos, seleção bacteriana, colonização local, 
fungos e aos cuidados do cateter, pode ocorrer a 
modificação da microbiota. A bactéria gram-negativa 
Escherichia coli é o uropatógeno mais comum, sendo 
responsável por 85% das infecções urinárias adquiridas 
na comunidade, referem que mais de 95% das 
infecções urinárias são causadas por bacilos gram-
positivos, pelo Enterococcus faecalis e, no caso das 
mulheres sexualmente ativas, também pelo 
Staphylococcus saprophyticus. 
Eduarda Maia Rangel – Enfermagem - UFRJ 
Indicações de cateterização urinária: 
1. Inserir cateteres somente para indicações 
apropriadas, e mantê-los somente o tempo 
necessário. Se possível, escolher a intermitente 
(conhecida como sondagem de alívio). 
2. Avaliar a possibilidade de métodos 
alternativos para drenagem de urina. (a. 
estimular a micção espontânea através da 
emissão de som de água corrente; b. aplicar 
bolsa com água morna sobre a região 
suprapúbica; c. realizar pressão suprapúbica 
delicada; d. fornecer comadres e patinhos; e. 
utilizar fraldas, auxiliar e supervisionar idas ao 
toalete e f. utilizar sistemas não invasivos tipo 
“condon” em homens.) 
 
Manuseio correto do cateter: 
1. Após a inserção, fixar o cateter de modo seguro 
e que não permita tração ou movimentação 
2. Manter o sistema de drenagem fechado e estéril 
3. Não desconectar o cateter ou tubo de drenagem, 
exceto se a irrigação for necessária 
4. Trocar todo o sistema quando ocorrer 
desconexão, quebra da técnica asséptica ou 
vazamento 
5. Para exame de urina, coletar pequena amostra 
através de aspiração de urina com agulha estéril 
após desinfecção do dispositivo de coleta 
6. Para coleta de grandes volumes de urina para 
exames específicos (não urocultura), obtenha a 
amostra da bolsa coletora de forma asséptica. 
Manter o fluxo de urina desobstruído 
7. Esvaziar a bolsa coletora regularmente, 
utilizando recipiente coletor individual e evitar 
contato do tubo de drenagem com o recipiente 
coletor 
8. Manter sempre a bolsa coletora abaixo do nível 
da bexiga 
9. Limpar rotineiramente o meato uretral com 
soluções antissépticas é desnecessário, mas a 
higiene rotineira do meato é indicada. 
 
- Infecção da Corrente Sanguínea: As infecções 
primárias de corrente sanguínea – IPCS estão entre as 
mais comumente relacionadas à assistência à saúde. 
Dentre os mais freqüentes fatores de risco conhecidos 
para IPCS, podemos destacar o uso de cateteres 
vasculares centrais, principalmente os de curta 
permanência. Estudos apontam que os cateteres de 
poliuretano foram associados a complicações 
infecciosas menores do que cateteres confeccionados 
com cloreto de polivinil ou polietileno. Ainda 
contribuiu significativamente para a redução de flebites 
em punções venosas periféricas. 
Estratégias de melhoria contínua: 
1)- Higiene das mãos. 
2)- Precauções de barreira máxima: higiene das mãos, 
uso gorro, máscara, avental e luvas estéreis e campos 
estéreis grandes que cubram o paciente. 
3)- Preparo da pele com gluconato de clorexidina. 
4)- Seleção do sítio de inserção de CVC: utilização da 
veia subclávia como sítio preferencial para CVC não 
tunelizado. 
5)- Revisão diária da necessidade de permanência do 
CVC, com pronta remoção quando não houver 
indicação. 
** Cateter Venoso Central Não Tunelizado: inserido 
percutaneamente em veias centrais (jugulares internas, 
femorais ou subclávias); é o tipo e CVC mais utilizado. 
Cateter Venoso Central Tunelizado: é implantado 
cirurgicamente (cateter de Hickman, Broviac, 
Groshong ou Quinton) com um túnel subcutâneo 
próximo ao sítio de exteriorização, que inibe a 
migração de microorganismos e estimula a aderência 
ao tecido subjacente selando o túnel; indicado para 
pacientes que necessitam de acesso vascular 
prolongado (quimioterapia, infusão domiciliar ou 
hemodiálise). 
 
IMPORTANTE!!! Troca do equipo: 
• Infusão contínua – proceder a troca a cada 72-
96h. 
• Infusões intermitentes – proceder a troca a cada 
24h. 
• Nutrição parenteral – proceder a troca a cada 24 
h. 
• Emulsões lipídicas – proceder a troca a cada 
24h. 
• Administração de sangue e hemocomponentes 
– proceder a troca a cada bolsa. 
• O sistema de infusão deve ser trocado na 
suspeita ou confirmação de IPCS 
 
O que é um equipo: são utilizados para administrar as 
medicações endovenosas, ou seja, são os remédios 
injetados diretamentena veia e geralmente essa via é 
Eduarda Maia Rangel – Enfermagem - UFRJ 
utilizada nos momentos em que as soluções precisam 
ser absorvidas rapidamente. 
É importante colocar a data e hora no equipo de 
instalação para saber quando é necessário trocar. 
Existem diversos dispositivos que contêm produtos 
com ação antimicrobiana entre os quais se destacam 
aqueles recobertos com antissépticos (por exemplo, 
sulfadiazina de prata e clorexidina) e aqueles 
impregnados por antimicrobianos, como minociclina e 
rifampicina). No primeiro grupo, encontram-se 
dispositivos recobertos apenas na face extraluminal 
(primeira geração) e os que apresentam os antissépticos 
na superfície extraluminal e intraluminal (segunda 
geração). 
É contra indicada a perfuração da bolsa, frasco 
semirrígido ou rígido, com objetivo de permitir a 
entrada de ar. Devemos usar sempre o suspiro que 
estará no equipo. 
 
- Infecção Cirúrgica: O Staphylococcus aureus (S. 
aureus) é um dos principais agentes causadores de 
infecção de sítio cirúrgico (ISC), com taxas que variam 
de 20 a 30%, sendo que em aproximadamente metade 
dos casos a fonte é a microbiota endógena. 
Recomendação: Realizar descontaminação nasal com 
mupirocina intra nasal associado à descolonização 
extra-nasal com clorexidina degermante em pacientes 
diagnosticados como portadores nasais de S. aureus; 
Aplicar profundamente, nas narinas, mupirocina nasal 
a cada 12 horas, durante 5 dias seguidos; Utilizar 
clorexidina degermante em todo o corpo, durante o 
banho, por 5 dias seguidos. 
Profilaxia antimicrobiana: Tem como objetivo reduzir 
a incidência de infecção de sítio cirúrgico (ISC). 
Quando for administrar um antibiótico nesse caso no 
paciente, devemos calcular o horário de preparação, 
administração e reação até antes da cirurgia. O uso dos 
antimicrobianos no período peri-operatório já está 
consagrado como fator adjuvante na prevenção das 
infecções, mas deve-se: Determinar a provável 
microbiota numa infecção pós-operatória, com o 
objetivo de escolher o antimicrobiano eficaz na 
profilaxia; Usar a dose correta no momento certo (30 a 
60 minutos antes da incisão cirúrgica); Em cirurgias 
longas, repetir o antibiótico a cada duas horas, se a 
meia vida for < 1h (cefalotina ou cefoxitina) e a cada 
quatro horas se a meia vida for > 1h (cefazolina, 
cefuroxima); 
 Tempo de troca de dispositivo: 
Nas situações em que o acesso periférico é limitado, a 
decisão de manter o cateter além das 72-96 horas 
depende da avaliação do cateter, da integridade da pele, 
da duração e do tipo da terapia prescrita e deve ser 
documentado nos registros do paciente. 
 
!!! POLIVINILPIRROLIDONA-IODO (PVP-I): PVP-
I aquoso é um composto orgânico de iodo, atualmente 
não indicado para tratamento de feridas, considerando 
que não reduz a incidência de infecção nas feridas, não 
age na presença de materiais orgânicos e eleva o nível 
sérico de iodo; É uma experiência sensorial e 
emocional desagradável associada a dano tecidual ou 
potencial, ou descrita em termos de tal dano. 
 
 
 
Eduarda Maia Rangel – Enfermagem - UFRJ

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