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1 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) Aulas do Professor Thiago Cardozo 2021.1 1. Radiação Corpo Negro - Parte I. https://www.youtube.com/watch?v=BdJMY4ZGxF0&t=23s 2. Radiação do Corpo Negro - Parte II. https://www.youtube.com/watch?v=HgUbjIIByBA 3. Dualidade Onda-Partícula e Efeito Fotoelétrico. https://www.youtube.com/watch?v=SZKKl-n07TE&t=1629s 4. Experimento Dupla Fenda. https://www.youtube.com/watch?v=XREj0UKdL1w 5. Princípio da Incerteza de Heisenberg e Átomo de Bohr https://www.youtube.com/watch?v=RnJp_GxsUZs 6. Operadores Hermitianos e Postulados 1 e 2 -Parte I. https://www.youtube.com/watch?v=-8ipx0RENPk 7. Postulados - Parte II. https://www.youtube.com/watch?v=T7Why-tE8Co 8. Postulados - Parte III. https://www.youtube.com/watch?v=RJ0UO91Owng 9. Postulados - Parte IV. https://www.youtube.com/watch?v=pWlupcT7I7I 10. Postulados - Parte V. https://www.youtube.com/watch?v=lGxJNlfBYjE 11. Postulados - Parte VI + Partícula Numa Caixa - Parte I. https://www.youtube.com/watch?v=scNfmsGL8dQ 12. Partícula Numa Caixa - Parte II. https://www.youtube.com/watch?v=1VTLiJ8-TDM 13. Oscilador Harmônico - Parte I. https://www.youtube.com/watch?v=vZI_JyafELs&t=4s 14. Oscilador Harmônico - Parte II. https://www.youtube.com/watch?v=ZmCEf-Mrsho 15. Momento Angular. https://www.youtube.com/watch?v=NwR1Kjp88O4 16. Momento Angular – Parte II. https://www.youtube.com/watch?v=PTqY1ViPcjI 17. Rotor Rígido. https://www.youtube.com/watch?v=N91QcAQjVl4 18. Átomo Hidrogenoide - Parte I. https://www.youtube.com/watch?v=M4kBYRGA6ts 19. Átomo Hidrogenoide - Parte II. https://www.youtube.com/watch?v=jOVksF34bD8 20. Spin – Parte I. https://www.youtube.com/watch?v=SD13IH3QKl0 21. Spin – Parte II. https://www.youtube.com/watch?v=ajp0DlLiGDc 2 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) Postulado 1 Existe uma função de estado para cada sistema física de n partículas num instante de tempo t. Esta função chama-se Função de Onda e contem toda a informação física do sistema. Deve ser bem comportada, monótona, continua, obedecer à simetria do sistema e ser quadraticamente integrável. Obs.: se não depende explicitamente do tempo, diz-se que o sistema se encontra em um estado estacionário. O que quer que esteja querendo saber do sistema, você vai obter através de . Se não pode obter de , você não pode obter. Postulado Acessório 1 – Interpretação de Born ||2 é a probabilidade de encontrar a partícula numa dada região. Como a probabilidade deve ser no máximo 1 (100%), deve ser normalizada. Postulado 2 Cada propriedade mensurável e dinâmica (posição, força, velocidade, aceleração) A do sistema está associado ao seu operador linear e hermitiano (operador quântico) Â. O postulado apenas garante que esses operadores existem. Mundo Clássico → Mundo Quântico A →  Postulado 3 Os únicos valores possíveis resultantes da medição de uma propriedade A são os autovalores do operador  associado a esta propriedade. 3 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) Quando uma função é autofunção de um operador, aplicando-se o operador a esta função obtém-se a própria função multiplicada por uma constante. Postulado 4 Seja o sistema representado por , não necessariamente autofunção de Â, o valor médio da propriedade A associada ao operador  é dado por ou, caso esteja normalizada, que também pode ser descrita por (sabendo e operador) Ainda, se eu souber como se expressa em termos das funções do operador da propriedade e souber os autovalores, pode ser expresso como (sabendo autovalor do operador e tamanho da componente) Além disso, o Postulado 4 nos diz que um sistema descrito por não estabelece qual valor da propriedade, mas sim a probabilidade do sistema manifestar os diferentes valores possíveis. Aula 10: Postulados V Caso 1) A e B NÃO comutam Agora, interessado em determinar duas propriedades do mesmo sistema:  |fi> = ai|fi> B |gi> = bi|gi> Essas propriedades geram cada uma o seu próprio conjunto de autovetores que formam uma base para o mesmo espaço vetorial. Onde os valores possíveis de cada propriedade são: A = a1, a2 e a3 B = b1, b2 e b3 Cada valor com probabilidades associadas às componentes de na direção do autovetor correspondente. Mas o fato de eu medir alguma propriedade modifica . E no caso quando os operadores não comutam, ou seja, não possuem um conjunto completo de autofunções em comum. Sempre que eu meço uma propriedade, o vetor se transforma. Logo, se eu medir A e obter a1, por exemplo, as probabilidades de obter B se modificam. Se eu medir uma propriedade A e, em seguida, medir a propriedade B, eu não posso garantir que o valor de A continua o mesmo pois, ao medir B, o sistema não tem mais o valor de A medido anteriormente. Logo, se os dois operadores não comutam, em princípio, vai haver uma relação de incerteza não resolvível entre eles. 4 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) E se o sistema tiver uma dessas propriedades bem definida, ele certamente não terá a outra propriedade definida. Caso 2) A e B comutam e são não- degenerados Neste caso, é possível encontrar um conjunto completo de autofunções em comum. Isso significa que se eu obtiver as soluções do operador A e B, elas serão colineares, isto é, varrerão os mesmos subespaços unidimensionais. Logo eu posso escrever um conjunto comum de vetores que são autofunções de A e de B. Isto não significa que os valores de A e B são iguais. As funções que são iguais. Quando eu meço uma propriedade, eu automaticamente já sei o valor da outra. Logo, essas propriedades podem ser bem definidas e conhecidas ao mesmo tempo, fazendo-se apenas a medição de uma propriedade. Caso 3) A e B comutam e são degenerados Degenerados: dois ou mais autovalores iguais. Imaginando o conjunto de autovalores A = a1, a2 e a3 => f1, f2 e f3 B = b1, b e b => g1, g2 e g3 Se ao medir B, eu obter b, a minha será projetada no plano entre g2 e g3. Qualquer vetor neste plano é autofunção de B com autovalor b. Após esta medição, eu não sei qual é o valor de A (diferente do Caso 2). Neste caso, seria a2 ou a3. Então, se eu medir A em seguida e obter a3, por exemplo, eu conheceria A = a3 e conheceria B = b pois em todo este espaço B não deixa de ser b. Então, neste caso, eu posso saber as duas propriedades definidamente. Contudo é necessário realizar duas medições. Postulado 5 A evolução temporal da função de onda de um sistema é dada pela Equação de Schrondinger dependente do tempo: Esta é uma Equação Diferencial Parcial (EDP). No nosso curso, vamos nos restringir à problemas em que o tempo não aparece explicitamente no Hamiltoniano. Esta equação nos diz que a variação do tempo da é proporcional ao resultado de operar com o hamiltoniano na . Nesse caso, vamos supor que existe soluções para nossa EDP com a seguinte forma (produto de uma parte espacial Y e temporal θ): 5 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) O que se faz é substituir (r,t) na Equação de Schrondinger. Obtemos uma função que depende do tempo (f(t)) e uma que depende das coordenadas (g(r)) e elas são iguais. Isto é possível se ambas as funções forem iguais a uma constante, k. Obtemos uma equação autovalor e autovetor. Sendo que os autovalores do operador hamiltoniano são os valores de energia. Logo, k = E. Ela fornece a parte espacial da solução do problema. São várias soluções diferentes. Cada problema terá seu hamiltoniano.Ao resolver o problema de autovalor e autovetor/função para o Hamiltoniano, eu obtenho: - Autovalores: lista de valores de energia possíveis que meu sistema pode ter. - Autovetores/funções: lista de Y, mais precisamente a parte espacial de Y. A parte temporal, no entanto, pode ser tratada como: 6 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) Logo, a parte temporal é: A parte temporal é uma exponencial de número complexo que se pode usar a relação de Euler para separar em senos e cossenos = introduzir uma oscilação no sistema. Conforme o tempo varia, a função oscila e o seu período será a energia divida pela constante de Planck. Ao mesmo tempo que oscila, ela sempre volta ao mesmo lugar, tal como uma corda. Consequências da Função Temporal. Considere a do tipo: Sobre o EXEMPLO 1, podemos concluir que • Densidade de probabilidade de uma do tipo É dado por Ou seja, para funções de onda do tipo do EXEMPLO 1, calcular a densidade de probabilidade pode ser feita diretamente na parte espacial. A oscilação que sofre não impacta na densidade de probabilidade dela. • Valor médio de uma propriedade sem dependência explicita do tempo em um sistema com do tipo Pode ser calculado como Ou seja, para funções do tipo do EXEMPLO 1, o valor médio das propriedades não necessita da parte temporal para ser calculado. RESUMINDO: Soluções com esta forma representam coisas chamadas “estados estacionários” que são estados físicos que, embora a evolua no tempo, as propriedades físicas que esta gera NÃO variam no tempo. Logo, para saber a Densidade de Probabilidade ou Valor Médio, você pode ignorar a parte temporal. 7 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) Como chegamos a este tipo de ? Supomos soluções que tenham o formato A Equação de Sch dependente do tempo NÃO é uma equação tem autovalor e autovetor, mas a Equação de Sch independente do tempo é. Passo a passo. Como resolver ESDT. I = Equação de Sch original - ESDT Agora, imagine um da seguinte forma: Se eu faço combinação linear de soluções degeneradas, eu continuo obtendo autofunções do Hamiltoniano. Perguntas: 1) Essa função é solução de I? 2) Essa função é estado estacionário? Respostas: 1) Bata substituir a função no passo a passo. Ou seja, se eu fizer uma combinação linear de soluções degeneradas, eu tenho uma solução para I. Sim, é uma solução. 2)É estado estacionário? Ou seja: Resolvendo o da densidade: Então, sim. É estado estacionário. RESUMINDO: Os estados estacionários são representados pelas autofunções do Operador Hamiltoniano. Podem ser autofunções do Hamiltoniano as soluções normais de cada problema ou combinações lineares de soluções degeneradas. A característica desse estado é que, embora evolua no tempo, as propriedades físicas do sistema não variam. Obs.: Essas não são as únicas soluções de Sch independente do tempo. NÃO são as únicas Y possíveis, existem várias outras. Acontece que as montadas a partir das autofunções do Hamiltoniano, representarão estados estacionários pois suas propriedades são independentes do tempo. I 8 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) Aula 11: Postulados Parte VI e Partícula numa Caixa Parte I A Equação de Sch Dependente do Tempo (ESDT) é dada por E ao supor como um produto de uma parte temporal e de uma parte espacial, obtemos soluções do tipo E o Yn sai da resolução da Equação de Sch Independente do Tempo (ESIT)e pode tanto ser uma solução normal ou uma ocnbinação linear de soluções degeneradas. Obs.: O valor de energia influencia em quão rápida oscila. Além disso, funções desta classe podem ter sua densidade de probabilidade e seu valor médio calculados apenas com a parte espacial. E com essas características, elas representam estados estacionários. Agora, perceba que ESIT tem uma limitação que ESDT não tem. Uma equação de autovalor e autovetor, tal como ESIT, não se pode fazer combinações lineares dela para obter soluções – a não ser que essas soluções sejam degeneradas. A ESDT, no entanto, é apenas uma equação diferencial, logo ela obedece ao princípio tradicional da combinação linear de soluções de equação diferencial. Quando você tem duas ou mais soluções distintas numa equação diferencial, qualquer combinação linear delas será solução também. Forma geral para soluções de ESDT: Se você substituir esta solução em ESDT, você vai ver que de fato ela é uma solução. Este tipo de solução tem dependência temporal. Então um sistema que é descrito por uma que é uma combinação linear de soluções com energias diferentes, eu terei uma válida que faz parte das soluções da Equação de Sch, porém a densidade de probabilidade e o valor médio dela varia no tempo e não vai representar um estado estacionário. Exemplo: Veja o porquê este tipo de não pode ser um estado estacionário: Perceba que a densidade de probabilidade possui componentes temporais. RESUMINDO: Teremos duas classes de solução. Soluções Estacionárias: combinam no máximo funções com o mesmo valor de energia cuja partes espaciais são autofunções do hamiltoniano. Isso corresponde a um estado com uma única 9 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) energia definida (em vez de uma superposição quântica de energias diferentes). Soluções Não Estacionárias: combinam soluções com energias diferentes e que, portanto, não correspondem a autofunções do hamiltoniano. ATENÇÃO: Não confundir a dependência temporal que a função de onda apresenta com a dependência temporal que as propriedades apresentam. Funções de onda com dependência temporal ainda assim podem representar estados estacionários. Não confundir estado estacionário com um instante no tempo. Estado estacionário é uma autofunção do hamiltoniano. Em síntese, se eu tenho uma combinação linear do tipo Para saber se é um estado estacionário, basta fazer a pergunta: Isto é uma autofunção do Hamiltoniano? Se Y1 e Y2 forem degenerados, vai ser estacionário. Se Y1 e Y2 forem não degenerados, não vai ser estacionário. Propriedades Conservadas Se um operador Hamiltoniano comuta com um operador A, eles têm um conjunto completo de autofunções em comum. Logo, eu seria capaz de encontrar estados com energia bem definida e com a propriedade A bem definida. Mas não se trata de uma estacionária pois se trata de uma combinação linear de autofunções do Hamiltaniano que não têm a mesma energia. Logo, esta está “rodopiando” no espaço. Ao medir a energia de , posso obter E1, E2 ou E3. Se eu medir e der E1, ela se projeta em 1 mas não deixa de oscilar no tempo, mas oscila presa aquela linha. E não importa quanto tempo passe, se o sistema não for perturbado, ’ continua ali. Se eu medir A, obterei A1 e ela também se conservará. Partícula Numa Caixa 1-D (barreira de potencial infinito) Eu quero saber os valores de energia e os estados estacionários permitidos para uma partícula numa caixa. https://en.wikipedia.org/wiki/Quantum_superposition 10 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) No terceiro passo, fica E |> pois o Postulado 3 diz que os autovalores do Hamiltoniano são os valores de energia possíveis (E) e o Postulado 5 diz que as autofunções do Hamiltoniano são funções estacionárias (|>). Logo, as soluções da Partícula Numa Caixa ficam da seguinte forma Analisando essa solução, desenhando essas funções: Quando a partícula se encontra num estado estacionário n= 1, é mais fácil encontrá-la no meio do que nas bordas. No estado n=2, a probabilidade de se encontrar a partícula no meio é bem pequena devido ao nó. Em n=3, a partícula já volta a ter uma probabilidade razoável no meio. Contudo, isto gera questionamentos pertinentes. Em n=3, por exemplo, como a partícula tem probabilidade igual de estar em cada um dos três picos e probabilidade zero de estar entre eles? Como ela pode andar de um pico para outro? Resposta: o elétron não está andando ali como uma bolinha que anda de um lado para o outro. Não é isto. Enquanto ele está em um determinado estado de energia, o hamiltoniano e o operador posição ^x não comutam, logo eles não possuem um conjunto completo de autofunções em comum. Logo, eu não posso ter energia e posição bem definidas ao mesmo tempo. O que significa que enquanto eu não faço uma medição de energia, o sistema num estado energético estacionário e ele não tem uma posição bem definida. Ao medir a posição, esta passa a ser definida, contudo muda. Com n = infinito, a densidade de probabilidade fica homogênea/ constante, que é o esperado para sistemas clássicos. Então, a previsão da mecânica quântica é o comportamento clássico para estados de energia muito alto. Agora, podemos invocar o Postulado 4 para calcular propriedades. Momento linear = Px 11 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) O valor médio do momento linear é zero. A partícula, classicamente, se move em direções diferentes. As chances de se obter -2 e 2 são iguais, logo a média é zero pois a distribuição é igual. Isso torna o valor médio para calcular o momento linear inútil pois todos os estados estacionários vão dar zero. Para se estimar o valor da velocidade da partícula, pode-se calcular Px2 Partícula Numa Caixa 2-D A equação acima me diz que quando eu combino uma função de x e uma função de y, eu obtenho uma constante. Isto só é possível se ambas as funções forem também uma constante. A soma dessas constantes dá E, onde E = Ex + Ey. Logo, eu vou gerar duas equações diferentes: Resolvendo essas equações, eu obtenho uma lista de autovalores possíveis de Ex e Ey, e as energias possíveis serão as combinações possíveis das energias x e y. Aula 12: Partícula numa Caixa Parte II Partícula Numa Caixa 2-D O Hamiltoniano é dividido em duas partes. Uma depende somente da coordenada x e a outra depende somente da coordenada y. O movimento na direção x é indiferente do movimento na direção y. Supomos uma solução que seria um produto de duas soluções. 12 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) A energia seria a soma de duas energias. Terminando com duas equações diferenciais iguais às equações da partícula 1-D. As soluções serão da seguinte forma: Cada solução será independete uma da outra. Então elas terão seu próprio número quântico (indice que gera as soluções). Então a partícula numa caixa 2-D terá dois números quânticos, um para a coordenada x e outro para y. Solução geral: Representam os estados estacionários das partículas numa caixa 2-D. Não são as únicas Y que podem aparecer na caixa 2-D, mas são as soluções estacionárias. Qualquer solução, estacionária ou não, pode ser escrito como uma combinação linear dessas autofunções porque uma das propriedades do operador hermitiano é que as autofunções dele formam um conjunto completo. Caso especial: Caixa Quadrada A degenerescência está associada com alguma simetria do sistema. Isto significa que eu posso remover a simetria quebrando a degenerescência do sistema. Por exemplo, ao distorcer a caixa, eu posso ter energia maiores ou menores do que anteriormente. Fenômeno químico: compostos de coordenação. Podem ter a estrutura determinada por raio-x pois o rx difrata pela estrutura e o padrão de interferência que sai nos permite inferir a posição dos átomos. Moléculas que tiverem estados eletrônicos degenerados pode apresenta o Efeito Jahn Teller que é justamente a quebra de simetria e consequente perda de degenerescência. Partícula Numa Caixa 3-D 13 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) E as soluções seguirão o mesmo padrão: O número de estados degenerados aumenta. Duas partículas não interagentes numa Caixa 1-D A expressão de energia será a soma da energia cinética da p1 e de p2. Não há energia potencial pois não interação. O Hamiltaniano fica da seguinte forma. Obs.: se atentar às massas das partículas que podem ser diferentes. A solução fica: Muitas partículas numa Caixa 3-D A energia total dentro da caixa depende dos três números quânticos de cada uma das partículas. Cada partícula vai poder ter vários números quânticos. Mas eu posso analisar o conjunto de partículas que podem ter o mesmo número quântico. Então, eu contabilizo o número de estados possíveis e vejo quantas partículas existem em cada estado. Cada estado é representado por um n. Logo, eu teria vários conjuntos de partículas em um mesmo estado n = 1 n = 2... Neste sentindo, a expressão de energia fica Um conjunto de partículas grande o suficiente para ser trado como um conjunto macroscópico tem sua energia 14 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) descrita como energia interna (U) que é dado pelo somatório do número de partículas naquele estado vezes a energia daquele estado. Para mudar a energia do sistema pode-se realizar duas ações: mudar o número de partículas em determinado estado (Nn) ou mudar a energia de cada espaço (En) – que é feita distorcendo a caixa. Olhando para processos em que dNn é zero, ou seja, todas as partículas se mantêm no mesmo estado com os mesmos números quânticos, mas esses estados irão se modificar. A variação de energia interno com o volume numa caixa cheia de partículas quânticas é proporcional à relação entre U e V. Temperatura – a variação da energia interna com a entropia é a temperatura. É um marcador do quanto a sua energia varia quando a entropia varia. Potencial químico – te diz quanto a energia interna varia quando o número de partículas do sistema varia. Quanto maior o potencial, mais U varia quando se add partículas de um determinado tipo. Pressão interna – variação da energia interna com o volume. Tem que ser negativa por que quando o volume diminui, a energia aumenta. 15 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) Ao invés de usar energia interna, é melhor usar temperatura. Dá para relacionar ambos os parâmetros através do Princípio da Equipartição. Cada partícula terá, em média, Se você tem a distribuição de Boltz, que te dá numa dada Temperatura, as ocupações dos estados do seu sistema, ou seja, quantas partículas estarão em cada estado energético. Ao tomar a média, numa dada temperatura, obtenho um valor. Quando se tem termos quadráticos na expressão de energia, ou seja, E = ½ mvx 2, e eu tomo a média dessas coisas a uma dada temperatura, a quantidade de energia associada a cada termo quadrático de energia seria igual pois não há direção preferencial, a energia se particiona de maneira igual entre termos quadráticos de energia e este valor é proporcional à KbT – pega a temperatura e convertia para a escala de energia microscópica. Quando se tem um conjunto de partículas no sistema, como a energia se distribui entre as partículas quando o sistema está em equilíbrio a T conte? Equilíbrio = a distribuição estatística das partículas nos diferentes estados energéticos segue a Equação de Boltzman, que diz que a probabilidade de se encontrar a partícula no estado J éQuanto maior a energia, mais difícil de achar a partícula naquele determinado estado. Mas aumentando a temperatura, a probabilidade aumenta. Com isso, eu poderia calcular exatamente, eu substituiria na energia a expressão de energia da partícula numa caixa e calcularia a probabilidade de encontrar cada partícula em cada um daqueles estados que chamamos de n =1, n=2... E aí depois somar todas as energias para todos esses caras. Daí eu saberia o Nn e a energia para cada estado. Princípio da Equipartição é um atalho que visa substituir na expressão de energia a expressão de energia e tomasse a média. E ao invés de eu saber o número de partículas em cada um dos estados, eu sei a média da energia das partículas. Uma vez que eu tenho a média, ao invés de calcular Nn * En para cada um dos estados, eu posso simplesmente pegar o total de partículas e multiplicar pela média e isso me dá o total de energia da mesma maneira. Logo, é possível medir a energia interna de um gás ideal simplesmente medindo a temperatura dele. 16 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) O que nos fornece a Equação dos Gases Ideais. Ou seja, o mundo quântico não está em contradição com o mundo macroscópio. É possível prever as coisas. Voltando à equação, chegamos ao dW. Quando eu expando ou comprimo minha caixa, os níveis energéticos mudam e, por isso, a energia do sistema muda. E é isso que o trabalho faz do ponto de visto da mecânica quântica. Trabalho segundo mecânica quântica: modificar o nível energético das partículas. Como a energia interna varia? De acordo com a física clássica, a pressão aumenta porque o número de choques nas paredes aumenta. Mas na mecânica quântica, a explicação é mais elegante. A energia interna não depende só das interações das espécies; depende da energia cinética, e esta energia cinética para uma partícula quântica muda dependendo do espaço em que ela está confinada. Elas apresentam uma dependência energética do tamanho do confinamento onde elas se apresentam. O dQ, calor, muda a ocupação dos estados. Então, se transfere calor ao sistema, acontece uma redistribuição das partículas nos diversos estados energéticos. Entropia é uma medida do quão provável uma determinada distribuição estatística de estados é. Quando se aumenta o número de estados energéticos acessíveis, o número de maneira que eu posso distribuir nos estados e terminar com a mesma energia aumenta muito. Se eu transferir calor para o sistema ou o sistema perder calor, o sistema continua com os mesmos estados energéticos, mas com as partículas rearranjadas de formas diferentes. Calor segundo mecânica quântica: redistribuição das partículas nos diferentes estados energéticos. 17 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) Degenerescência Aula 13: Oscilador Harmônico – Parte I Problema: vibração molecular (diatômica). Modelo: dois átomos sem estrutura interna ligados por um potencial harmônico. Entre dois átomos: Vamos fingir que a interação entre os átomos é dada por um potencial harmônico que é o potencial seguido por molas perfeitas. O que governa o equilíbrio não é a posição especifica entre os átomos, e sim a diferença entre eles. Equilibro: x2-x1 = l0 x1 e x2 não é útil para definir o sistema. Então vamos propor a coordenada x = x2-x1-l0 quando x = 0 - posição de equilíbrio. quando x > 0 – diferença entre x2 e x1 aumentou, eles se afastaram, esticou quando x < 0 - comprimiu Expressões das forças em cada partícula quando nós as deslocamos: 18 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) O resultado das forças associadas a este potencial harmônico que atuam nas duas partículas não geram uma força resultante no centro de massa, ou seja, movimentos que se originam dessa interação que mantem os átomos presos não pode deslocar o centro de massa do espaço. A molécula não sai do centro de massa só porque ela está oscilando. Subtraindo as expressões: lo é constante (posição de equilíbrio). a derivada no tempo de uma constante é zero. logo... Fazendo o mmc disso: Resolver o problema de duas partículas de massas diferentes ligadas por um potencial harmônico e achar a equação que governa o deslocamento da posição de equilíbrio, ou seja, como ele se comporta quando esta se movimento. Descobrir isso para este problema é equivalente matematicamente a montar um outro problema: uma única partícula sujeita a um potencial com a mesma cnte de força, k, com uma massa diferente. Resolver o problema 2 resolve o problema 1 (problema inicial). A massa reduzida é a massa da partícula fictícia que gera um problema idêntico ao problema de achar as equações de movimento para a posição de equilíbrio de duas partículas ligadas por um potencial constante de força k. 19 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) Que é: Existe funções que quando eu derivo duas vezes dá a própria função multiplicado por algo. Energias do Oscilador quântico Observe o comportamento de para os diferentes valores de V e, ao lado, suas respectivas densidades de probabilidade. 20 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) Aula 14: Oscilador Harmônico – Parte II Expressão de energia do Oscilador Harmônico onde v = número quântico do oscilador harmônico = frequência de oscilação do oscilador harmônico, que é dada por onde k = constante de força que vamos associar conceitualmente com a força de ligação da molécula. Um k alto significa que o oscilador tem dificuldade de sair da posição de equilíbrio e, analogamente, indica o quão fraca ou forte é uma ligação. = massa reduzida, as massas que compõe nossa molécula diatômica. Essa expressão sai das condições de contorno. Olhando os valores de energia dos estados estacionários são A diferença de energia desses estados é sempre igual a constante de plank * frequência de oscilação e são sempre igualmente espaçadas. Como testar a teoria? Átomo de Bohr Vamos pegar uma molécula diatômica LiH e jogo luz nela. Vamos ver se ela absorve alguma coisa. A teoria consegue prever? 1º O preço. Estabelecer quais vão ser os fótons que vão promover transições neste sistema. É o preço energético que se paga para sair de um estado v1 para v2. A energia é um múltiplo inteiro de h * frequência de oscilação 2º O dinheiro. Como pagar o preço. No nosso curso, pagamos com fótons (expressão da energia do fóton) Não confundir foton com oscilação; fóton = frequência do fóton/onda eletromagnética oscilação = frequência de oscilação da molécula 3º A transferência (segue o pix). Agora que eu tenho o preço e o valor do meu dinheiro. Qual é a frequência do fóton que eu preciso transferir para a molécula? Se eu vou de um estado para um estado adjacente, a frequência do fóton necessária para fazer a transição é exatamente igual à frequência de oscilação. A luz que promove a transição entre estados adjacente no oscilador harmônico tem a onde eletromagnética oscilando na mesma frequência que a molécula oscila. Para transições 21 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) maiores, precisa do dobro/triplo da frequência. Calcular o E e igualar a energia do fóton para achar a frequência da luz que vai ser absorvida. Central para toda interação luz-matéria. (É questão de prova!) A molécula não tem escolha, ou seja, ao chegar o fóton com a energia necessária para transição, ela sempre absorve? Não é assim que funciona. Quando o fóton chega na molécula, ele faz uma pergunta: Você vai ou nãovai me absorver, querida? Isso está associado a uma probabilidade de absorção. Nosso curso não foca muito nessa parte, mas vamos apresentar a equação e suas consequências. Existem algumas combinações de e operadores que tornam a integral zero e, consequentemente, a probabilidade de transição zero também. Quando resolvemos as equações de transição por dipolo para o OH somente algumas transições tem probabilidade diferente de zero. Essas são as transições permitidas por dipolo: Regra de Seleção. Regra de Seleção para Transição Via Dipolo no Oscilador Harmônico As únicas transições possíveis de acontecer por dipolo são aquelas onde v = +- 1 +1 = absorção de fóton -1 = emissão de fóton Embora tenha um fóton que pague uma transição de v1 para v3, a probabilidade é zero. A luz não sabe que eu quero usar a transição por dipolo. Quando ela encontra a molécula, ela encontra toda a densidade eletrônica dela. Pode rolar quadrupolo, octapolo... Mas via dipolo é mais comum. As mais intensas são permitidas por dipolo. Moléculas apolares só vão contar com os termos de quadrupolo/oct pois não há dipolo. v = +-1 O estado fundamental, E0, é ½ h * frequência de oscilação. Ou seja: não existe um estado em que a molécula esteja parada. Nem mesmo no Zero absoluto 0 K. A mola quântica não tem energia nula em sua temperatura mínima. Há uma energia residual. O oscilador quântico nunca está parado. O princípio da incerteza já afirmava isso: se um átomo pudesse estar parado, saberíamos com precisão a posição e a velocidade do átomo, o que não é possível. Voltando à transferência... Cuidado com esta expressão. O que ela está dizendo é que a frequência do fóton necessária para fazer uma transição permitida por dipolo tem valor idêntico a frequência de oscilador da molécula. Essa expressão não depende do v = número quântico. A previsão diz que não importa 22 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) o estado em que a molécula está. O resultado é um pouco diferente (explicado mais a frente). No caso de uma molécula que é aproximada por OH, quando ela faz transição entre estados adjacentes (acessados via regra de seleção por dipolo) o valor da frequência do fóton tem que ser igual ao valor frequência de oscilação para promover esta transição. Espectro de Absorção Geralmente, é dado por número de onda, 1/, e em Trasmitância (quanto de luz chegou ao outro lado). Quando o número de onda corresponde à frequência do fóton que é igual à frequência da oscilação, a transmitância cai. Isto ocorre pois é absorvido e não chega nada ao outro lado. Descobri qual o número de onda o LiH absorve. E a partir disso, o que eu posso inferir? A força de ligação do LiH, que estamos associando à constante de força k. Uma vez que obtemos o número de onda do fóton, por tabela temos o comprimento de onda e a frequência do fóton. A frequência do fóton é igualada à frequência da oscilação molecular, que é igual a Normalmente, esses espectros caem no infravermelho. Exemplo de absorção LiH Exemplo de absorção HCl Existem dois fótons de energia diferente sendo absorvido. Por quê? Os halogêneos possuem isótopos. A massa reduzida deles é diferente. Logo, a frequência de oscilação deles é diferente. Portanto, cada isótopo aparece em um pico diferente. A constante de força é igual. As interações químicas não dependem das massas nucleares. A altura relativa dos picos nos fornece as proporções isotrópicas. 23 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) Exemplo de absorção de Moléculas Poliatômicas Vibra de diversas maneiras diferentes, mas pode-se separar essas maneiras em modos de vibração chamados modos normais de vibração. Existem 3N - 6 modos de oscilação. Cada modo tem seu próprio k. Cada uma vai gerar associadas aquele movimento. Cada um pode ser tratado como um OH. Logo, temos posições e absorções diferentes no espectro. A posição tem a ver com a frequência de oscilação e a absorção tem a ver com a . Isso significa que em moléculas poliatômicas, o número de picos começa a aumentar muito. Adsorção Gás que se adsorve a uma superfície. Adsorção física – interação intermoleculares. Se esquentar o gás vai embora. Adsorção química – ligação química. Não necessariamente se desprende da superfície com o calor. É possível mostrar se houve adsorção química a partir de um espectro IV. Mecanismos de Reação Usar água deuterada (diferente massa reduzida), modifica os modos de vibração que envolvem os átomos da água. Energia de Ponto Zero Qual molécula é mais fácil quebrar? Quer precisa de mais energia de ativação? As velocidades de reação se modificam. Aula 17: Rotor Rígido Introdução O problema do rotor rígido não é sujeito a nenhum potencial. Então, o Hamiltoniano só envolve a energia cinética. Considerando o problema clássico: duas partículas pontuais de massas m1 e m2 que descrevem trajetórias circulares ao redor do centro de massa do sistema m1-m2. A distância da partícula m1 até o centro de massa é r1; enquanto a distância da partícula m2 até o centro de massa é r2. Como o rotor é rígido, a distância entre as partículas m1 e m2 é constante, r = r1 + r2. O centro de massa nos impõe uma condição conhecida como regra da alavanca/gangorra, que diz que m1r1 = m2r2 O rotor rígido é um bom modelo para analisarmos as rotações moleculares (moléculas diatômicas). Sendo rígido, pensando em uma molécula, significa que a ligação não varia de tamanho. Mas já vimos que as moléculas vibram e variam a amplitude de ligação no modelo do OHQ. Contudo, em comparação ao tamanho da ligação, a amplitude da ligação é muito pequena. Portanto, podemos desconsiderar a amplitude da ligação via vibração e passar a analisar as ligações moleculares como se fossem estáticas. É uma boa aproximação. Energia Cinética As velocidades das partículas podem ser descritas como 24 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) A frequência é a mesma para ambas as partículas pois se trata de um rotor rígido. A energia cinética é a soma da energia cinética individual de cada partícula Para um sistema de duas partículas que estão fixas uma à outra, o momento de inércia para o problema é o que está em parênteses. O algebrismo no momento de inércia tem como intuito fazer aparecer a massa reduzida, fazendo com que um problema de duas partículas se transforme em um problema de uma partícula só. Como o centro de massa implica que m1r1 = m2r2, temos que: O momento de inercia é produto entre massa reduzida e distância entre as partículas ao quadrado. Agora posso imaginar o rotor rígido como sendo um sistema de uma única massa de falar Com isto, a energia cinética será descrita como: Objetivo: calcular os estados energéticos de rotação do meu sistema, ou seja, obter os autovalores de energia e as autofunções associadas ao movimento de rotação; para isso, vou 1) escrever a expressão de energia, 2) montar o hamiltoniano, 3) montar a equação de autovalor e autovetor, 4) resolver a equação de autovalor e autovetor e 5) analisar os resultados. 1) Expressão de Energia 25 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) Energia cinética: O momento de inércia faz o papel da massa para o estudo de propriedades angulares. Normalmente, a energia cinética é escrita em termo de momento linear. Então, podemos reescrever a energia cinética em termos de momento angular. 2) Hamiltoniano Utilizando o segundo postulado, podemos escrever o Hamiltoniano. E já temos o operador quanto-mecânico do momento angular.Logo, o Hamiltoniano será o quadrado do operador momento angular dividido por uma constante. J, mJ => lembra quando resolvemos o problema do momento angular? Apareceram dois números quânticos L (quadrado do módulo do momento anfular) e mL (componente momento angular direção z). Aqui são os mesmos números quânticos, mas eu vou usar RR = J, mJ e átomo = L, mL. 3) Energia A energia do motor rígido vai depender de J e será: A energia só depende de J, mas mJ tem um papel. Você tem funções de onda diferentes dependendo do mJ que você se encontra. Esses estados diferentes(mJ)com a mesma energia significam que, por exemplo, em J =1, vc pode ter módulo de momento angular e componente de momento angular na direção z (que te indica alguma orientação do movimento) quantizada de três formas diferentes. 26 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) A orientação dessa rotação em princípio não influencia na energia. Como tenho acesso experimental a isso? Jogo um fóton para promover minha molécula de um estado rotacional para outro. Vamos analisar através da energia. - Diferença de energia entre dois estados - Nem todo fóton será absorvida. Regras de seleção. As transições mais prováveis são aquelas em que a diferença entre os Js é mais ou menos 1. Isso circulado é constante e única para cada molécula. É tabelada e chama B-til = constante rotacional. ^ número de onda do fóton necessário para realizar a transição do estado J para J+1. J0>J1: 2B J1>J2: 4B J2>J3: 6B - Oscilador Harmônico vs Rotor Rígido No OHQ os estados energéticos são igualmente espaçados, logo o delta entre eles era sempre igual. Logo a frequência/comprimento de onda do fóton para fazer a transição era sempre a mesma. Um fóton de “mesma cor” é capaz de fazer todas as transições. No RR, perceba que a energia em cada nível vai aumentando em diferentes unidades de h-traçado/I. Isso significa que os espaçamentos não são iguais. - Espectro Logo, eu espero que meu espectro se pareça com o seguinte 27 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) A luz que precisamos para mudar o estado vibracional da molécula acontece na faixa do micro-ondas. A distância entre os picos é igual e vale 2B. A diferença de energia entre duas transições diferentes é sempre 2B, se a molécula se aproximar de um rotor rígido. Sendo que Esse r é a distância entre os dois átomos. h, c, é um dado e eu acabei de medir a frequência do fóton. Logo, eu acabei de medir a distância entre átomos usando a mecânica quântica, simplesmente jogando luz na amostra, que gera absorções de luz cujo espaçamento faz com que seja possível medir a distância entre átomos em moléculas – valores na posição de equilíbrio. Medição via micro-ondas: estimativa baseada nisso. Se a molécula tiver força de ligação forte o suficiente para uma medida desse tipo, significa que ela oscila em torno daquele valor de maneira harmônica. O valor médio coincide com a posição de equilíbrio. Os valores de raio x concordam com micro-ondas. RR modelo do mundo real. No mundo real, as moléculas não são RR pois elas vibram e as distancias de ligação variam a todo tempo. Então, o RR vai ser melhor aplicado quando essa variação for muito pequena pois isto me confere estados vibracionais de menor energia pois quanto maior energia vibracional, maior será a amplitude do movimento vibracional. Logo, eu quero estar em estados de baixa energia. Isto acontece quando a) Baixas temperaturas b) Ligações duplas e triplas c) Ligações fortes Maior dificuldade da molécula sair da condição de equilíbrio. Exemplo: Li2 molécula fraca demais. então RR NÃO serve. Altura do Pico Tem a ver com: o fóton encontrou alguém no estado J que corresponde aquele pico? Primeiro pico – J0>J1 Segundo pico – J1>J2 Em uma mesma temperatura, eu ocupo muito mais estados rotacionais do que vibracionais. Então, a tendência é que a temperatura ambiente eu possa ter moléculas com até 15 Jotas (vários estados rotacionais distintos). Mas, quanto maior o J, maior a energia e, pela distribuição de Boltzamann, eu tenho menor chance de eu encontrar moléculas ocupando estados com Jotas muito grandes. Então, a expectativa é que eles caiam conforme J cresce. 28 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) Mas perceba que o segundo pico é maior. Isso é exemplificar que, no início, o aumento da degenerescência aumenta o número de moléculas nesses estados, aumentando a absorção. Mas, conforme passa o tempo, mesmo que aumente a degenerescência, a probabilidade vai caindo. A curva preta tem temperatura maior pois atinge estados energéticos mais altos. Oscilador Harmônico vs Rotor Rígido Espectro Rovibracional HCl35 – Se eu fizer IV, ele vai absorver luz que é capaz de promover uma transição vibracional. Um aparelho melhor, no entanto, que tenha mais resolução, ou seja, consegue diferenciar melhor número de ondas com diferenças pequenas, nos dará um espectro com o seguinte aspecto O primeiro gráfico, na verdade, é como se fosse a soma de todos os picos do segundo gráfico. O valor de número de onda original, ou seja, o valor do número de onda do fóton que faz a transição vibracional (Vib) está indicado no segundo gráfico. As distâncias dos picos são 2B-til. Logo, os picos à direita têm como número de onda ViB + 2B-til; Vib + 4B-til e assim por diante. Já os picos à esquerda têm como número de onda Vib – 2B-til; Vib – 4B-til e por aí vai... Os fótons à direita possuem energia suficiente para fazer a transição vibracional e rotacional simultaneamente. Ou seja, um mesmo fóton é capaz de excitar dois modos diferentes. V0 > V1 e J1>J2, J2>J3, J3>J4 No lado esquerdo, há menos energia do que seria necessário para realizar a transição vibracional. Faltaria, por exemplo, apenas 2B-til para mudar o estado vibracional da molécula, mas ele foi absorvido. O que aconteceu? Ele utilizou a energia para vibração, mas pega emprestado da rotação. Você passa a rodar mais lentamente e vibrar mais lentamente (transferência de energia rotacional, diminuição no estado de energia rotacional). 29 © Bianca Carvalho dos Santos (2021) Por que têm vários picos? Precisa de cada vez menos energia do fóton pois a energia de rotação liberada libera mais energia. 30 © Bianca Carvalho dos Santos (2021)
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