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4. Injurias Fisicas e Quimicas aos tecidos moles

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Injúrias físicas e químicas 
aos tecidos moles
Prof. MSc. Gerson Paiva Neto
Universidade FAMETRO
Disciplina de Patologia Bucal
1. Linha alba
§É uma alteração comum da mucosa jugal;
§Associada à pressão, irritação por fricção, ou trauma
por sucção da mucosa entre as superfícies
vestibulares dos dentes.
Características clínicas
§A alteração consiste em uma linha branca que
geralmente é bilateral;
§Pode ser franzida e está localizada na mucosa jugal,
ao nível do plano oclusal dos dentes adjacentes;
§A linha é comumente restrita a áreas dentadas.
Tratamento e prognóstico
§Não é necessário nenhum tratamento para pacientes
com linha alba;
§Pode ocorrer regressão espontânea.
2. Morsicatio buccarum
§Mastigação crônica da bochecha;
§Mordiscadas crônicas produzem lesões localizadas mais
frequentemente na mucosa jugal, entretanto, a mucosa
labial e o bordo lateral da língua também podem estar
envolvidos;
§Prevalência elevada é encontrada em pessoas sob estresse
ou que exibem alterações psicológicas;
§A maioria dos pacientes é ciente do hábito, porém negam
a injúria ou realizam o ato inconscientemente;
§Mais predominante em mulheres.
Características clínicas
§As lesões são mais frequentemente encontradas bilateralmente;
§Áreas brancas espessadas e fragmentadas com zonas
intermediárias de eritema, erosão ou ulceração traumática focal;
§As áreas de mucosa branca mostram uma superfície dilacerada
e irregular;
§O paciente relata que pode remover fragmentos de material
branco da área envolvida.
Morsicatio buccarum. Mucosa oral exibindo camada de
paraceratina muito espessa com superfície dilacerada, colonizada
por bactérias.
Tratamento e prognóstico
§Não é necessário tratamento das lesões orais e nenhuma
complicação origina-se pela presença das alterações da
mucosa;
§Uma proteção acrílica que cubra as superfícies vestibulares dos
dentes para eliminar lesões pode ser confeccionada,
restringindo-se o acesso mastigatório à mucosa jugal e labial;
§Psicoterapia como tratamento complementar.
3. Ulcerações traumáticas
§Podem resultar de dano mecânico, como o contato com
alimentos cortantes ou mordidas acidentais durante a
mastigação, escovação excessiva, conversação, ou mesmo
dormindo;
§Algumas são auto-induzidas;
§Os danos também podem ser o resultado de queimaduras
térmicas, elétricas ou químicas;
§As ulcerações podem permanecer por longos períodos de
tempo,mas a maioria regenera em poucos dias;
Ulcerações traumáticas
§Na maioria dos casos de ulceração traumática, há uma
fonte adjacente de irritação;
§A própria manifestação clínica muitas vezes sugere a
causa.
Características clínicas
§As ulcerações traumáticas crônicas simples ocorrem
mais frequentemente na língua, lábios e mucosa
jugal;
§Podem ocorrer lesões da gengiva, palato e fundo de
sulco vestibular por outras fontes de irritação;
§Em muitos casos, a lesão desenvolve uma borda
branca e corrugada de hiperceratose, imediatamente
adjacente à área de ulceração;
Características clínicas
§Doença de Riga-Fede apresenta-se entre uma semana
e um ano de idade;
§A condição desenvolve-se associada a dentes natais
ou neonatais;
§Lesões na superfície ventral anterior da língua, ou a
superfície dorsal tocam os incisivos anteriores
inferiores adjacentes;
Tratamento e prognóstico
§Para ulcerações traumáticas que tenham uma óbvia fonte
de injúria, a causa da irritação deve ser removida;
§O cloridrato de diclonina ou películas de hidroxipropil
celulose podem ser aplicados para alívio da dor;
§Se a causa não é óbvia ou se o paciente não responde ao
tratamento, é indicada a biópsia;
§É típica a cicatrização rápida após a biópsia. Não é
esperada recorrência;
§O uso de corticosteróides é controverso;
Tratamento e prognóstico
§Na doença de Riga-Fede, a extração dos dentes
temporários anteriores resolve as ulcerações.
§Os dentes devem ser mantidos se estiverem firmes;
§O desgaste incisal, a cobertura dos dentes com
compósito resinoso, a confecção de uma placa
protetora têm sido formas de tratamento tentadas
com sucesso variável;
4. Queimaduras elétricas e térmicas
§Na maioria das queimaduras elétricas que afetam a
cavidade oral, a saliva age como um meio de condução e
um arco elétrico flui entre a fonte elétrica e a boca;
§O calor extremo, até 3.000° C, é possível, tendo como
resultante uma destruição tecidual significativa;
§As queimaduras térmicas ocorrem pela ingestão de
alimentos ou bebidas muito quentes;
§O forno de microondas tem sido associado a um aumento
na frequência de queimaduras térmicas.
Características clínicas
§Nas queimaduras elétricas, a lesão mostra-se como
uma área indolor, carbonizada e amarelada, que
exibe pouco ou nenhum sangramento;
§Um edema significativo desenvolve-se em poucas
horas e pode persistir por 12 dias;
§No quarto dia, a área afetada torna-se necrótica e
começa a formar escaras. Pode desenvolver-se
sangramento durante esse período, pela exposição da
vascularização vital subjacente;
Queimadura elétrica. Área amarela carbonizada de necrose ao longo da comissura 
labial esquerda. 
Características clínicas
§As injúrias relacionadas às queimaduras térmicas por
alimentos apresentam-se geralmente no palato ou na
mucosa jugal posterior;
§As lesões aparecem como zonas de eritema e
ulceração que frequentemente exibem
remanescentes necróticos do epitélio na periferia.
Tratamento e prognóstico
§Para os pacientes com queimadura elétricas da cavidade
oral, a imunização contra o tétano, caso não tenha sido
feita, é exigida;
§Um antibiótico profilático (penicilina) é prescrito para
prevenir uma infecção secundária nos casos graves;
§Cicatrizes extensas e desfiguração são típicas nos
pacientes sem tratamento;
§A maioria das injúrias térmicas não traz grandes
consequências e melhora sem necessidade de tratamento.
5. Injúrias químicas da mucosa oral
§Um grande número de substâncias químicas e drogas
entra em contato com os tecidos orais;
§Uma porcentagem destes agentes é cáustica e pode causar
danos clinicamente significativos;
§Medicamentos mantidos na boca, ao invés de engolidos,
são a principal causa de injúrias químicas;
§O uso impróprio de alguns materiais utilizados pelos
profissionais de saúde também constitui causa importante
de injúrias químicas.
Aspirina
§A necrose da mucosa pela aspirina mantida na boca
não é rara;
§Área extensa de necrose epitelial esbranquiçada
mais frequente na mucosa jugal.
Injúrias químicas da mucosa oral
Outros agentes quimicamente irritantes:
§Peróxido de Hidrogênio;
§Nitrato de prata;
§Fenol;
§Materiais endodônticos (Hipoclorito de Sódio)
Queimadura por formocresol. Necrose tecidual secundária ao escoamento de 
material endodôntico entre o grampo que prende o dique de borracha e o dente.
Características clínicas
§Com a exposição leve, a mucosa afetada exibe uma
aparência superficial pregueada e branca;
§À medida que a duração da exposição aumenta, a necrose
prossegue e o epitélio afetado separa-se do tecido
subjacente e pode ser facilmente descamado;
§A remoção do epitélio necrosado revela um tecido
conjuntivo vermelho e sangrante, que será
subsequentemente coberto por uma membrana
fibrinopurulenta amarelada;
Tratamento e prognóstico
§Prevenção à exposição da mucosa oral aos materiais
cáusticos;
§Quando medicamentos cáusticos forem utilizados, o
clínico deve instruir o paciente a engolir o remédio e
não mantê-lo na cavidade oral por um tempo
significativo;
§As áreas superficiais de necrose melhoram
completamente, sem deixar cicatrizes entre 10 e 14
dias após a interrupção do agente irritante;
§Cobertura com pasta emoliente protetora ou uma
película de hidroxipropil celulose.
6. Necrose anestésica
§A administração de um anestésico local pode, em
raras ocasiões, ser seguida de ulceração e necrose no
sítio da injeção;
§Tal necrose resulta de isquemia localizada;
§Imperfeição da técnica e administração de excesso
de solução é condenada;
§Epinefrina pode representaruma possível causa de
isquemia e necrose secundária.
Características clínicas
§A necrose anestésica geralmente se desenvolve
vários dias após o procedimento e mais comumente
apresenta-se no palato duro;
§Uma área de ulceração bem circunscrita desenvolve-
se no sítio da injeção;
§A ulceração é frequentemente profunda e a
cicatrização pode ser demorada.
Tratamento e prognóstico
§O tratamento geralmente não é necessário, a menos
que a ulceração não regrida;
§Recomenda-se o uso de um anestésico local sem
epinefrina.
7. Hemorragia submucosa
§Ocorre quando um evento traumático resulta em
hemorragia e retenção de sangue no interior dos tecidos;
§Hemorragias pequenas na pele, mucosa ou serosa são
denominadas petéquias;
§Se uma área ligeiramente maior está afetada, a hemorragia
é denominada púrpura;
§Qualquer acúmulo acima de 2 cm é denominado
equimose;
§Se o acúmulo de sangue no interior dos tecidos produz um
volume, é denominado hematoma.
Características clínicas
§A hemorragia submucosa aparece como uma zona
não-pálida elevada ou plana, com uma cor que varia
do vermelho ou púrpura ao azul ou negro-azulado;
§Uma leve dor pode estar presente;
Petéquias. Hemorragia submucosa do palato 
mole causada por tosse violenta.
Púrpura. Hemorragia submucosa da mucosa labial inferior, no lado esquerdo, 
secundária a um trauma grosseiro
Tratamento e prognóstico
§Não é necessário qualquer tratamento se a hemorragia
não estiver relacionada a doença sistêmica e as áreas
devem regredir espontaneamente;
§Grandes hematomas podem precisar de várias semanas
para regredir;
§Se a hemorragia ocorrer secundariamente a uma
desordem subjacente, o tratamento deve ser dirigido ao
controle da doença associada.
8. Tatuagem por amálgama
§O amálgama pode ser implantado no interior da mucosa oral,
resultando em pigmentações clinicamente evidentes;
§Áreas com abrasão prévia da mucosa podem ser contaminadas
por pó de amálgama no interior dos fluidos orais;
§Pedaços de amálgama fraturado podem cair em áreas de
extração;
§ Fio dental contaminado com partículas de amálgama de uma
restauração colocada recentemente pode produzir áreas de
pigmentação nos tecidos gengivais;
Tatuagem por amálgama
§O amálgama dos procedimentos de retrobturação
endodôntica se deixado no interior dos tecidos moles
no sítio cirúrgico causará pigmentação;
§Partículas metálicas finas podem ser conduzidas
através da mucosa oral por pressão das turbinas de ar
das brocas de alta rotação.
Características clínicas
§As tatuagens por amálgama aparecem como máculas ou,
raramente, como lesões ligeiramente elevadas;
§Podem ser pretas, azuis ou cinza;
§As bordas podem ser bem-definidas, irregulares ou
difusas;
§Na maioria dos casos, somente um local encontra-se
afetado, embora tatuagens múltiplas possam estar
presentes;
§Os sítios mais comuns são a gengiva, a mucosa alveolar e a
mucosa jugal.
Implantação de amálgama relacionada à 
endodontia
Implantação de amálgama por fio dental. 
Tatuagem intraoral intencional. Tatuagem cultural na
gengiva vestibular superior em um paciente do Senegal
Tratamento e prognóstico
§Nenhum tratamento é necessário se realmente tratar-
se de pigmentação por amálgama;
§Se a lesão não puder ser diagnosticada, a biópsia
pode ser necessária para excluir a possibilidade de
neoplasia melanocítica.
9. Lesões orais por substâncias de preenchimento 
estético
§Cada vez mais comuns na rotina de consultórios e
laboratórios de patologia
§Gama de substâncias e procedimentos que as
utilizam
§Podem mimetizar um aumento neoplásico – Pacientes
não lembram ou não se sentem confortáveis em falar
sobre os procedimentos realizados
§Mulheres de meia idade costumam ser mais afetadas
Características clínicas
§Mais comuns estão ligados a reações adversas 
agudas – equimose; eritema; prurido; dor e infecção 
local.
§Reações graves são raras mas importantes –
anafilaxia, trombose da artéria retiniana, paralisia 
facial e falência renal
§Hidroxiapatita – Radiopacos em RX e TC
Características 
histológicas
§ Varia de acordo com a substância utilizada
§ Varia de acordo com a imunogenicidade do 
material
§ Atlas criado pela AAOMP em 2019 (Miami) para 
ajudar o patologista na identificação do material 
Tratamento e prognóstico
§Biópsia excisional quase sempre é realizada –
Diagnóstico e tratamento;
§Injeção intralesional e uso de corticoesteroides
sistêmicos – bons resultados
Referências

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