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CURSO DE ZOOTECNIA DISCIPLINA DE FORRAGICULTURA IMPLANTAÇÃO EM SISTEMA ROTACIONADO PARA PRODUÇÃO INTENSIVA DE GADO DE CORTE Á PASTO JOSÉ COELHO WEVERTHON MATHEUS YURI MARCONI Trabalho apresentado como requisito parcial da nota na disciplina de Forragicultura no curso de graduação de Zootecnia do Centro Universitário Católica do Tocantins, sob orientação do Prof. Jonahtan Chaves. PALMAS 2021 SUMÁRIO 1 DESCRIÇÃO DA EMPRESA 2 1.1 Setores de Atividade 2 1.2 Descrição dos Negócios 2 2 PROPIETARIO 2 3 CARACTERIZAÇÃO DA AREA 2 3.1 Localização 2 3.2 Dimensão da área 2 3.3 Clima da região 2 3.4 Solo 2 4 PRODUTO 2 5 ANÁLISE DE MERCADO 2 5.1 Urgência 2 6 CARACTERISTICAS DA VARIEDADE Panicum maximum cv. BRS Zuri 2 6.1 Capacidade de Produção 2 7 IMPLANTAÇÃO DA LAVOURA 2 7.1 Época de Plantio 2 7.2 Preparo do Solo 2 7.4 Pragas e Controle 2 7.5 Doenças e Controle 2 8 MANEJO Erro! Indicador não definido. 9 ADUBAÇÃO E CORREÇÃO DO SOLO 2 9.1 Adubação 2 9.2 Calagem 2 9.4 Recomendação de Adubação 2 11 VIABILIDADE ECONOMICA (Projeção de 3 anos) 2 11.1 Investimentos Iniciais 2 11.2 Outros Investimentos 2 11.3 Indicador de Retorno Erro! Indicador não definido. 1 DESCRIÇÃO DA EMPRESA Nome da Empresa: Fazenda Santa Terezinha Razão Social: DENIS M. SOUSA Endereço: TO - 040; Fazenda Santa Terezinha, Miracema do Tocantins - TO. CEP: 77395-000 Fone / Fax: (63) 3524-1356 1.1 Setores de Atividade · Pecuária Forma jurídica: · Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) Por ocasião da II Jornada de Direito Comercial (2015), editou-se o Enunciado 62, que assim dispôs: O produtor rural, nas condições mencionadas do art. 971 do CCB, pode constituir EIRELI. A premissa estabelecida pelo legislador pátrio para o empresário que exerce atividade rural foi a da inscrição facultativa. Optando, contudo, pela inscrição, passa a ser equiparado ao empresário sujeito ao registro, ou seja, é para todos os fins empresário propriamente dito. Sendo a EIRELI uma terceira forma de organização da atividade econômica, entre a figura do empresário individual e a das sociedades, é lógico sustentar que pode ser utilizada pelo empresário rural que passará a ser equiparado a empresário, aplicando-se, no que couber, as regras das sociedades limitadas. Enquadramento tributário: Decreto nº 9.580/2018 Art. 477. A pessoa jurídica que tenha por objeto a exploração da atividade rural pagará o imposto sobre a renda e o adicional de acordo com as normas aplicáveis às demais pessoas jurídicas. · IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica · ICMS · Confins · PIS 1.2 Descrição dos Negócios A propriedade está instalada na região de Miracema do Tocantins. A propriedade possui 38,0739há de área consolidada, onde será destinada para a adoção do sistema rotacionado, sendo aquisição de cria e recria de novilhas e garrotes(a) ano todo, acompanhada por Zootecnista como técnico responsável onde o descarte de novilhas excedente será encaminhado ao frigorifico local e os garrotes(a) aos leilões da região. 2 PROPIETARIO Nome: Denis Moraes de Sousa Endereço: TO - 040; Fazenda Santa Terezinha Cidade: Miracema do Tocantins Estado: Tocantins Perfil: Produtor Rural 3 CARACTERIZAÇÃO DA AREA 3.1 Localização Fazenda Santa Terezinha, Município de Miracema do Tocantins – TO, Latitude: 10°1'32,11" S Longitude: 48°37'11,99" O. 3.2 Dimensão da área A área destinada a pecuária é de 582,75 x 1.200 totalizando 699.300m²/69,30ha-¹ com pretensão de abertura de novas áreas após certo tempo. Imagem 1: Dados da área do imóvel rural e localização – via Google Earth. 3.3 Clima da região A propriedade está a 197m acima do nível do mar apresenta um clima tropical com estação seca considerada região sazonal (seis meses de chuva e seis meses de seca). A classificação do clima é Aw/As segundo a Köppen e Geiger. 24 °C é a temperatura média. 1200 mm é o valor da pluviosidade média de outubro a maio. · Clima para a cultura no cerrado: Para produção máxima, o Panicum maximum cv. BRS Zuri deve ser cultivado sob as seguintes condições: · Saturação por base entre 45% a 50%. · Precipitação anual acima de 800 mm. · Altitude inferior a 2.000. 3.4 Solo Grupo II. Classes: Latossolo textura média, RQ Descrição: solos com menor teor de argila e menor retenção de água, boa drenagem, relevo plano a suave ondulado. Características em relação ao manejo: Suscetíveis a erosão tanto laminar quanto em sulcos; elevado risco de assoreamento. 4 PRODUTO · Boi O produto sendo destinado a frigoríficos ou matadouros. 5 ANÁLISE DE MERCADO 5.1 Urgência Alta – De acordo com o sistema do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) - SIDRA (Sistema IBGE de Recuperação Automática), a atividade pecuária atualmente apresenta margens econômicas que geram ampla segurança ao pecuarista, a logística da região é satisfatória quanto ao escoamento da produção (estradas) e indústrias frigorificas. 6 CARACTERISTICAS DA VARIEDADE Panicum maximum cv. BRS Zuri A BRS Zuri é uma gramínea cespitosa, que deve ser manejada preferencialmente sob pastejo rotacionado. Recomenda-se que o pasto seja manejado com altura de entrada de 70-75 cm e altura de saída de 30-35 cm, considerando a fisiologia da planta. · Principais Características da Planta Elevada produção, alto valor nutritivo, resistência às cigarrinha-das-pastagens e alto grau de resistência à mancha das folhas, causada pelo fungo Bipolaris maydis, substituto do P. maximum cv Tanzânia para regiões com esta doença. · Principais Características Agronômicas Apresenta tolerância moderada ao encharcamento do solo, porém, se desenvolve melhor em solos bem drenados, sendo uma opção para diversificação de pastagens nos biomas Amazônia e Cerrado. · 6.1 Capacidade de Produção A área ofertada para a produção tem o tamanho de 360,000m², 36 hectares. O solo com baixo teor de argila e de menor retenção de água, mas com boa drenagem, relevo plano, com o manejo adequado pode-se chegar a produção elevada. Área de abertura, virgem, recém desmatada, primeiro ano de formação. A área será dividida em 16 piquetes de 2,25 hectares cada. Foi determinado a taxa de lotação de 25,25 UA/ha. Entrada de garrotes no piquete denominado (1). E terá um período de ocupação de 2 dias, com período de descanso de 30 dias. Com bom manejo estipula-se produtividade forrageira de 35t/há de matéria verde, sendo proteína bruta de 7 a 12%. E uma produção média de 53,6 @ / há / ano. (Valores estimativo da capacidade de produção, podendo ser variado). 7 IMPLANTAÇÃO DA PASTAGEM 7.1 Época de Plantio e Semeadura Para cultivar de forragem em sistema irrigado, recomenda-se que a semeadura seja entre 60 a 90 dias após calcarizado e feita correção de adubação do solo. O plantio foi adotado no período de início das águas, contendo boa elevação de temperatura para elevado germinação. Plantio: outubro Entrada: dezembro A entrada do animal foi realizada dois meses após o plantio, com auxílio da régua para definir a entrada do animal A semeadura foi realizada mecanicamente, com semeadora mecanizada. A profundidade de semeadura deverá fixar-se entre 3 cm e 5 cm, conforme a textura e a capacidade de armazenamento de água do solo. Já que o solo trabalhado é de textura arenosa, recomenda-se semeadura de 5cm. Antes de iniciar a semeadura é fundamental tratar as sementes com fungicidas e inseticidas, além de serem grafitadas para facilitar a operacionalização. A calibração da máquina semeadora deverá ser feita levando-se em consideração, também, a percentagem de germinação e vigor da semente, fixando a população de 110 mil plantas por hectare. 7.2 Preparo do Solo Feito a escolha do sistema de semeadora mecanizada, por ser mais viável na propriedade. Na implantação será feito o preparo com subsolagem, aração e/ou gradagem. Já fazendo a correção química, e a correção física sendo a eliminação de possíveis camadas compactadas. De acordo com a indicação de plantio será semeado 10kg sementes por hectare. Será preciso um total de 360kg de sementes para áreatotal, sendo gasto médio de 10 kg por hectare. Deve-se realizar a semeadura, de preferência em fileiras retas, proporcionando densidade uniforme. velocidade da semeadura deve ocorrer em torno de 8 a 12km/h. O preparo mecânico do solo, vendo a necessidade, vai ser feito de acordo com a informação dada pelo técnico profissional que avaliou o nível de compactação do solo. 7.3 Plantas Daninhas O acompanhamento do histórico da área e o levantamento da flora de plantas daninhas do talhão a ser cultivado é de suma importância para a determinação do manejo das plantas daninhas e dos herbicidas a serem utilizados. 7.4 Pragas e Controle As pragas que atacam as pastagens são classificadas como ocasionais, tais como, a cochonilha-da- pastagem, a lagarta-dos-capinzais e o percevejo-das-gramíneas; como gerais, são os cupins, as formigas, os gafanhotos, o percevejo-castanho-das-raízes e a larva de besouro escarabeídeo, mas a praga especifica da pastagem são as cigarrinhas que atacam pastagens. Controle: · Realizar monitoramento de pragas a cada 3 a 4 dias; · Quantificar a presença de postura; · Identificar e quantificar as lagartas; · Implementar o Programa de Manejo Integrado de Pragas (MIP); · Identificar e quantificar as mariposas; · Preservação de inimigos naturais. 7.5 Doenças e Controle Deve se tomar medidas de formas preventiva, medidas profiláticas ou práticas culturais, dentre elas, o uso de sementes sadias, rotação de culturas, destruição de restos culturais, espaçamentos apropriados e adubações equilibradas. 8 ADUBAÇÃO E CORREÇÃO DO SOLO 8.1 Adubação Em geral, a cultivar Panicum maximum cv. BRS Zuri, é uma cultivar bastante exigente, requer um solo com alta fertilidade pra garantir alta produtividade de lamina foliar. Para determinar a recomendação de adubação e calagem deve-se realizar uma alise de solo. Em cada talhão, toda a área deve ser percorrida em zigue-zague, retirando-se 15 a 20 subamostras simples, de mesmo volume, com profundidade de 20 a 40 centímetros. As subamostras simples deverão ser misturadas em um recipiente limpo para formar uma única amostra composta, da qual são retirados cerca de 500 g a 600 g de solo, identificados e enviados ao laboratório. 8.2 Calagem Aplicar calcário para elevar a saturação por bases a 70%, sendo pelo menos 1 T/ha do tipo dolomítico, se o teor de magnésio trocável for inferior a 5 mmolc dm-³. A quantidade de calcário recomendada é para aplicação do produto em uma superfície de um hectare (10.000 m2), a uma profundidade de incorporação de 20 cm. A calagem deve ser feita pelo menos dois meses antes do plantio e em área total com posterior incorporação com aração e gradagem. Após a instalação da área, já no Plantio Direto, deve ser aplicada na superfície ½ da dosagem recomendada até o limite de 2,0 t/ha em solos arenosos. 8.3 Recomendação de Adubação N – Aplicar 333,33 kg ha de N no plantio e parcela em três aplicações de 111,11 kg ha de 30 a 30 dias após o plantio de acordo com a produtividade esperada; P – Aplicar no plantio, no fundo do sulco, de 388,88 kg ha de P2O5, de acordo com a análise do solo; K – Bom índice de potássio no solo não a necessidade de adubação para correção do solo; Super simples – Aplicar 1,64 t/ ha de acordo com a análise do solo. 9 MANEJO O manejo rotacionado é uma estratégia para intensificação da produção a pasto que traz benefícios no desempenho animal e lotação da fazenda. No sistema rotacionado consiste em dividir um pasto em vários piquetes, trabalhando com um lote pastejando cada piquete com uma alta lotação. Após consumir a forragem disponível, o lote é transferido para o piquete seguinte, como na figura abaixo: Imagem 2: Simulação da realização do pastejo rotacionado. Quando utilizamos manejo rotacionado, temos um pastejo muito mais uniforme do piquete devido à alta lotação que ocorre em cada piquete durante o pastejo, isso facilita a aferição de altura do pasto pela equipe de campo. Dessa forma, torna-se mais fácil a tomada de decisão de quando mudar os animais de piquete, seguindo as alturas recomendadas para manejo. Alguns dados mostram que o manejo rotacionado permite um aumento de lotação em torno 20%. Isso ocorre principalmente por 3 motivos: · O pasto trabalha em seu intervalo ótimo de produção pois é mais fácil manejar os animais respeitando as alturas recomendadas: · Ao respeitar a altura de saída do pasto, garantimos que a touceira possua reservas e folhas suficientes para realizar fotossíntese e assim permitimos uma rápida brotação após a saída dos animais. · Ao atingir a altura de entrada (95% de Interceptação Luminosa), a produção líquida de folhas é drasticamente reduzida, pois se inicia a morte das folhas antigas além do alongamento de colmos (material que dificilmente será consumido), fazendo com que o pasto não reduza sua produção. Imagem 3: Relação da interceptação de luz e altura do dossel em Capim Mombaça (Carnevalli, 2003). A alta lotação por piquete e o seu tamanho reduzido permite uma colheita uniforme da forrageira em toda sua extensão, diferente do que ocorre no pastejo contínuo, onde é comum ocorrer áreas super-pastejadas e áreas sub-pastejadas (ocorrendo sobra de capim). Esse sistema permite também a utilização de adubos. Como temos uma eficiência muito maior de colheita, podemos usar essa tecnologia para aumento da lotação. A utilização de adubos não é exclusiva de rotacionado, podendo ser utilizado em pastejo contínuo ou alternado, porém com manejo rotacionado conseguimos um maior aproveitamento do investimento com fertilizantes. O desempenho dos animais possui uma correlação positiva com o consumo de matéria seca e teoricamente o desempenho será o mesmo utilizando pastejo contínuo, alternado ou rotacionado, desde que seja ofertado um pasto de qualidade. Isso porque o rebanho procura sempre consumir as partes mais nutritivas do pasto, as folhas mais jovens, fazendo com que uma boa oferta de material de qualidade esteja diretamente relacionada ao desempenho. Porém, manter uma forragem de qualidade não é uma tarefa fácil, e na prática temos visto que o pastejo rotacionado gera um aumento no desempenho, pois facilita para a equipe de campo manter o pasto bem manejado e assim oferecer aos animais uma alta oferta de material verde, evitando o aparecimento de material morto ou hastes, e consequentemente melhorando seu desempenho. Colocando em prática – no município de Miracema do Tocantins, foi realizada área de formação de pastagem, primeiro ano de formação. A área foi dividida em 16 piquetes de 2,25 hectares cada. Foi determinada a taxa de lotação de 25,25 UA/ha. Entrada de garrotes no piquete denominado (1). E terá um período de ocupação de dois dias, com período de descanso de 30 dias. Com bom manejo estipula-se produtividade forrageira de 35 t/há de matéria verde, sendo proteína bruta de 7 a 12%. E uma produção média de 53,6 @/ha/ano. Imagem 4: Esquema real da divisão dos piquetes – via Google Earth Legenda: Reserva legal Piquetes (Zuri) Corredor Bebedouros 10 Viabilidade econômica 10.1 Investimentos Iniciais Itens Valor (R$) Implantação de pastagem (36 ha) 11.998,88 Cercas (km) 12.655,30 Cocho sal mineral 1.200,00 Trator 80 hp 77.000,00 Roçadeira de arrasto 3.300,00 Grade intermediaria 14.400,00 Sala de ferramentas - garagem (barracão simples) 3.600,00 Suplementação mineral 1.580,25 Vacinas 1.015,30 IATF 3.000,00 Matrizes - Nelore (350 kg) 180.000,00 Curral 30.000,00 Bebedouros 8.000,00 Total 347.749,73 10.2 Custos anuais variáveis Itens Valor (R$) Limpeza de pastagem (36 ha) 3.864,00 Manutenção de máquinas e equipamentos 1.506,20 Combustíveis e lubrificantes 3.594,08 Salários + encargos 6.540,00 Assistência técnica 3.500,00 Impostos e taxas 1.929,17 Energia elétrica 2.207,50 Total 23.140,95 10.3 Receita Total investido R$ 370.890,68 Receita (total bruto) R$ 598.919,40 LucroR$ 228.028,72 Lucratividade (mês) R$ 17.540,70
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