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UNISA – UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO Curso de Administração – 2021 Solange Florentino de Jesus Projeto Integrador II: Doenças Ocupacionais Feira de Santana - BA 2021 Projeto Integrador II: Doenças Ocupacionais Solange Florentino de Jesus Projeto Integrador II do curso de Superior de Tecnologia em Segurança do Trabalho, UNIISA – Universidade de Santo Amaro. Doenças Ocupacionais. Como requisito parcial para obtenção do Diploma do curso de Superior de Tecnologia em Segurança do Trabalho. Feira de Santana - BA 2021 Resumo O trabalho é o local onde as pessoas passam grande parte do seu dia e, por essa razão, pode se tornar um dos grandes vilões da saúde dos colaboradores. Se por um lado a sociedade convive com altos níveis de estresse laboral, por outro, inadequadas condições físicas para a realização de determinadas atividades ou a falta de equipamentos de proteção individual, muitas vezes, causam distúrbios orgânicos, denominados doenças ocupacionais. Neste artigo iremos falar sobre algumas dessas doenças ocupacionais, sobre as doenças as dúvidas, a postura da empresa e dos médicos. Palavras chave: Doenças ocupacionais. Condições de trabalho. EPI. Sumário INTRODUÇÃO .................................................................................. 5 APRESENTAÇÃO ............................................................................ 6 Dermatites de contato ..................................................................... 6 Ações da empresa para que a doença ocupacional seja caracterizada ................................................................................ 7 Ações que cabem ao médico que realizou o exame periódico ao identificar a dermatite ............................................................. 7 Providências cabe à empresa para atuar na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, em linhas gerais e neste caso em especial .......................................................................... 8 INTRODUÇÃO Embora a legislação brasileira seja bastante exigente quanto à observância das normas de saúde e segurança do trabalho, a incidência de doenças ocupacionais na nossa sociedade ainda é bastante elevada. Isso alarma para a necessidade de serem adotadas práticas de prevenção e combate aos principais males atentatórios da integridade física e psíquica dos trabalhadores. As doenças relacionadas ao trabalho trazem consequências negativas tanto para o empregado quanto para a empresa, pois um empregado que se torna incapaz de realizar suas atividades compromete toda uma empresa desde a atividade em si que ele desempenha, até a necessidade de outra contratação no tempo em que ele estiver inapto, e com uma visão ampla de que investir em melhorias para o bem estar dos que trabalham na empresa é o caminho para a eficiência produtiva da mesma, a maioria passou a se importar com o bem estar e qualidade de vida dos seus empregados, que passaram a não serem vistos como um custo para empresa e sim como a parte mais importante dela. Esta pesquisa tem por objetivo geral apresentar as doenças ocupacionais e suas diversas formas de prevenção, como também alertar que não apenas as empresas devem se preocupar com a segurança dos empregados, mas também os próprios empregados devem ser conscientizar e pôr em prática os procedimentos de segurança, além de exigir um ambiente seguro quando a empresa não os disponibiliza. APRESENTAÇÃO Funcionário de uma gráfica há cinco anos, Antônio E.P. Jr. Apresentou-se para realização dos exames periódicos há dois meses, conforme exigência da empresa e na avaliação clínica o médico identificou dermatite de contato nas mãos e antebraços. Antônio atua na manutenção predial da gráfica, efetuando reparos em pisos, paredes, portas, janelas, cobertura, reparos na pintura, limpeza e desinfecção das caixas d’água, e eventuais reparos em itens de mobiliário. Para execução de suas atribuições, está exposto aos diferentes agentes de risco, dos riscos físicos a químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. Nos últimos seis meses, esteve efetuando reparos no piso da guarita e revestimento das paredes desta, substituindo piso, refazendo o revestimento das paredes e efetuando a pintura. Esteve exposto a alguns produtos como cimento, resina, tintas, vernizes e solventes, radiação solar, ruídos, entre outros. Respondendo aos questionamentos efetuados pelo médico, Antônio relatou que nem sempre usa luvas, porque alguns serviços são de rápida execução, embora a empresa sempre forneça equipamentos de proteção individual. Dermatites de contato A dermatite de contato (ou eczema de contato) é uma reação inflamatória na pele decorrente da exposição a um agente capaz de causar irritação ou alergia. Existem dois tipos de dermatite de contato a irritativa e a alérgica. Irritativa: causada por substâncias ácidas ou alcalinas, como sabonetes, detergentes, solventes ou outras substâncias químicas. Pode aparecer na primeira vez em que entramos em contato com o agente causador, o que ocorre com um grande número de pessoas. As lesões da pele geralmente são restritas ao local do contato. Alérgica: surge após repetidas exposições a um produto ou substância. Depende de ações do sistema de defesa do organismo, e por esse motivo pode demorar de meses a anos para ocorrer, após o contato inicial. Essa forma de dermatite de contato aparece, em geral, pelo contato com produtos de uso diário e frequente, como perfumes, cremes hidratantes, esmaltes de unha e medicamentos de uso tópico, entre outros. As lesões da pele acometem o local de contato com a pele, podendo se estender à distância. Alguns produtos causam reações somente após exposição solar concomitante, como o sumo de frutas cítricas e perfumes. Outros itens podem entrar em contato com a pele quando carregados pelo ar, como inseticidas em spray e perfumes para ambientes. As dermatites de contato podem ocorrer tanto no ambiente doméstico como nas atividades de lazer e no trabalho. Neste último, é chamada de dermatite de contato ocupacional. Ações da empresa para que a doença ocupacional seja caracterizada Para a comprovação diagnóstica e estabelecimento da relação da doença com o trabalho, podem ser necessárias informações complementares sobre os fatores de risco, identificados a partir da entrevista com o paciente. No caso do S.r. Antônio, essas informações poderão ser solicitadas ao proprietário da gráfica no caso o empregador, como os registros de estudos e levantamentos ambientais, qualitativos ou quantitativos, contidos no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), feito por exigência da NR 9, da Portaria/MTb n.º 3.214/1978. Também podem ser úteis os resultados de avaliações clínicas e laboratoriais realizadas para o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), e registros de fiscalizações realizadas pelo poder público. Ações que cabem ao médico que realizou o exame periódico ao identificar a dermatite O Primeiro e mais importante passo para o diagnóstico é a avaliação clínica, no caso do S.r. Antônio o médico já avaliou. Deve-se analisar o histórico de exposição a possíveis agentes no trabalho, observando se os locais da lesão coincidem com onde houve contato. O tempo de surgimento da lesão e do contato com a substância também devem coincidir, assim como uma melhora do quadro com o afastamento do trabalho. Posteriormente, podem ser feitos testes diferenciais, como o teste de contato para determinar se a dermatite é de irritação ou alérgica. O médicodevera afastar o senhor Antônio do seu trabalho para tratamento, com laudo médico e atestado. Em caso de afastamento por mais de 15 dias o senhor Antônio passara por outra pericia medica. Providências cabe à empresa para atuar na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, em linhas gerais e neste caso em especial No caso do senhor Antônio a dermatite foi causada por exposição a agentes como cimento, resina, tintas, vernizes e solventes, radiação solar, ruídos, entre outros. Neste caso a empresa sempre disponibilizou as luvas e o EPis, que não estavam sendo usados por opção do funcionário. Neste caso a empresa deve exigir o uso dos EPIs e deve ter um sistema de fiscalização mais rigoroso quanto aos funcionários para que não haja novos casos como o do senhor Antônio. Não basta a empresa apenas fornecer equipamentos de proteção individual, educar e treinar seus funcionários, é necessário que eles estejam atentos aos cumprimentos do que foi proposto e se está sendo eficaz. Existe uma estrutura no poder público que, em concordância com os representantes dos empregadores e empregados, elabora normas aplicáveis a área de segurança e saúde do trabalhador, e fiscaliza as empresas para o cumprimento dessas normas. Cabe ao empregador cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho e instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto as precauções a tomar no sentido de evitar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais, constituindo contravenção penal por parte da empresa que deixar de cumprir as normas de segurança. Conclusão As doenças ocupacionais e ocupacionais não são desejadas, nem pelos empregadores e muito menos pelos colaboradores. E elas são causadas pela execução do trabalho ou pelas condições em que o colaborador é exposto, porém isso na grande maioria dos casos pode ser evitado através de medidas preventivas de proteção ao colaborador. A identificação dos fatores de risco para a dermatite de contato irritativa ocupacional nos permite entender melhor a doença e ajuda na criação de estratégias preventivas. Fontes de Pesquisa Empresa segura e saudável. https://blog.sst.com.br/quais-as-5-doencas- ocupacionais-mais-comuns-e-como-evita-las/ Acessado em 01/11/2021 Reporter brasil. O que são doenças ocupacionais?. https://reporterbrasil.org.br/2007/08/o-que-sao-doencas-ocupacionais/ Conheça as principais doenças ocupacionais e suas causas. https://www.grupomedbrasil.com.br/2020/01/24/conheca-as-principais-doencas- ocupacionais-e-suas-causas/ Acessado em 01/11/2021. KADDOURAH, Samar Mohamed El Harati. et. al. Relação entre a ocorrência de dermatite de contato irritativa e o uso dos equipamentos de proteção individual. https://www.rbmt.org.br/details/13/pt-BR/relacao-entre-a-ocorrencia-de- dermatite-de-contato-irritativa-e-o-uso-dos-equipamentos-de-protecao-individual Acessado em 02/11/2021 SILVA, Marzia Macedo. et. al. Dermatoses Ocupacionais. https://www.scielo.br/j/abd/a/gN77wDQPZd7PQksFX4LBsYK/?lang=pt acessado em 02/11/2021. https://blog.sst.com.br/quais-as-5-doencas-ocupacionais-mais-comuns-e-como-evita-las/ https://blog.sst.com.br/quais-as-5-doencas-ocupacionais-mais-comuns-e-como-evita-las/ https://reporterbrasil.org.br/2007/08/o-que-sao-doencas-ocupacionais/ https://www.grupomedbrasil.com.br/2020/01/24/conheca-as-principais-doencas-ocupacionais-e-suas-causas/ https://www.grupomedbrasil.com.br/2020/01/24/conheca-as-principais-doencas-ocupacionais-e-suas-causas/ https://www.rbmt.org.br/details/13/pt-BR/relacao-entre-a-ocorrencia-de-dermatite-de-contato-irritativa-e-o-uso-dos-equipamentos-de-protecao-individual https://www.rbmt.org.br/details/13/pt-BR/relacao-entre-a-ocorrencia-de-dermatite-de-contato-irritativa-e-o-uso-dos-equipamentos-de-protecao-individual https://www.scielo.br/j/abd/a/gN77wDQPZd7PQksFX4LBsYK/?lang=pt
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