Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
IMUNIZAÇÃO NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA IMUNIZAÇÃO - IMUNIDADE NATURAL • Inespecífica - reage rapidamente (de minutos a horas) aos agentes infecciosos (exemplo - a fagocitose presentes no organismo antes da infecção. Essa é a resposta natural, inata ou inespecífica • Específica - desenvolve mais lentamente (ao longo de dias ou semanas) uma resposta imune específica (produção de anticorpos específicos). Essa é a resposta adquirida, adaptativa ou específica. → adquirida passivamente: intra-útero, colostro, LM → adquirida ativamente: após infecção (memória imunológica) • A imunidade adquirida específica corresponde à proteção contra cada agente infeccioso ou antígeno • A resposta específica inicia-se quando os agentes infecciosos são reconhecidos nos órgãos linfóides pelos linfócitos T e B • Os linfócitos B iniciam a produção de anticorpos específicos (imunidade humoral) contra o antígeno • Os linfócitos T viabilizam a produção de células de memória (imunidade celular). • Antígeno: porção ou produto de um agente biológico capaz de estimular a formação de anticorpos. • Anticorpos: proteínas especiais do organismo que protegem contra vírus e bactéria. IMUNIDADE ARTIFICIAL • Adquirida passivamente: Imunidade passiva naturalmente adquirida é de curta duração e pode ser obtida por transferência da mãe para o filho (placenta, amamentação). Imunidade passiva artificialmente adquirida: também de curta duração, é obtida pela administração de soros e imunoglobulina humana. • Adquirida ativamente: ➢ Imunidade ativa naturalmente adquirida - duradoura, obtida através de infecção ou doença. ➢ Imunidade ativa artificialmente adquirida - duradoura, obtida pela inoculação de vacinas. A vacina é o recurso pelo qual pode se desenvolver artificialmente a imunidade ativa. VACINAÇÃO • As vacinas são recursos indispensáveis para a saúde pública • Permitem a prevenção, o controle, a eliminação e a erradicação das doenças imunopreveníveis • Redução da morbimortalidade por certos agravos, sendo a sua utilização bastante custo-efetiva • Para garantir eficácia e segurança, as atividades de imunização devem ser cercadas de cuidados - procedimentos adequados antes, durante e após a administração dos imunobiológicos IMUNIDADE DE REBANHO • Imunidade de grupo ou imunidade de rebanho - Efeito obtido quando algumas pessoas são indiretamente protegidas pela vacinação de outras, o que acaba beneficiando a saúde de toda a comunidade. • A proporção de uma população que precisa ser vacinada para que seja mantida a imunidade de rebanho varia conforme a doença, mas, para sarampo, é de 95%. Para a poliomielite, que é menos contagiosa, é de 80%. Quando ela deixa de existir, surge um risco de contaminação à população como um todo. VACINA • Vacina é um produto que contém um ou mais agentes imunizantes (vacina monovalente ou combinada) em diversas formas biológicas: Bactérias ou vírus vivos atenuados Vírus inativados e bactérias mortas Componentes purificados e/ou modificados dos agentes causadores das doenças VACINA – TIPOS VACINAS “VIVAS” ATENUADAS • Microorganismos atenuados: seleção de Cepas naturais • (selvagens) e atenuação por passagens em meios de • cultura especiais BCG (bacteriana) VOP SCR Varicela Febre Amarela Rotavírus Tetra viral (SCR + Varicela) VACINAS INATIVADAS • Microorganismos inteiros inativados Poliomielite - VIP Vacina contra a Coqueluche de células inteiras Hepatite A • De Toxinas naturais inativadas Tétano e Difteria VACINAS INATIVADAS • De Subunidades ou de fragmentos de microorganismos • inativados Influenza Acelular contra Coqueluche Polissacarídicas da cápsula envolvente do agente infeccioso Pneumococo 23 Febre Tifóide • Conjugadas (polissacarídeos da cápsula envolvente do agente infeccioso com uma proteína transportadora ou “carreadora”) Meningocócica C Meningocócica ACWY Hib Pneumo 10V e 13V VACINAS COMBINADAS • Contém antígenos de mais de um agente infeccioso • Contém, no mesmo frasco, várias vacinas diferentes • Pentavalente • Tríplice Viral VACINAS CONJUGADAS • Polissacarídeo da cápsula envolvente do agente infeccioso + proteína = Complexo indutor de resposta imune T-dependente • Hib • Pneumococo Infantil (10 e 13) ADJUVANTE • Aumentam a resposta imune de vacinas que contêm microorganismos inativados ou seus componentes ( ex Toxóide Tetânico e Diftérico) • Não são utilizados em vacinas que contêm microorganismos vivos • Mais utilizados são os Sais de Alumínios: Hidróxido de Alumínio Fosfato de Alumínio Sulfato Potássico de Alumínio • Podem causar eventos adversos locais e sistêmicos CONTRAINDICAÇÕES DOS IMUNOBIOLÓGICOS • Ocorrência de hipersensibilidade (reação anafilática) confirmada após o recebimento de dose anterior; • História de hipersensibilidade a qualquer componente dos imunobiológicos. ALERGIA AO OVO SITUAÇÕES ESPECIAIS • Vacinas de Bactérias ou Vírus Atenuados, em princípio, não devem ser administradas em: • Gestantes (exceto em situações de alto risco de exposição: Febre Amarela) • Pessoas com imunodeficiência congênita ou adquirida: • Portadores de neoplasias malignas • Transplantados de Medula ou outros órgãos • Infectados pelo HIV • Em tratamento com corticosteroides em dose alta, por mais de duas semanas, equivalente a prednisona na dose de: O Crianças: 2mg/Kg/dia ou mais O Adultos: 20 mg/dia ou mais Outras Terapêuticas Imunossupressoras (Quimioterapia, Radioterapia) SITUAÇÕES DE ADIAMENTO • Durante a evolução de doenças agudas febris graves (para que seus sinais e sintomas não sejam atribuídos ou confundidos com possíveis efeitos adversos das vacinas) • Até três meses após o tratamento com imunossupressores ou com corticosteróides em dose alta (possível inadequação da resposta) • Duas semanas antes ou até três meses após o uso de imunoglobulina ou sangue e derivados (possibilidade de neutralização do vírus vacinal. FALSAS CONTRAINDICAÇÕES • Doenças infecciosas ou alérgicas do trato respiratório superior (tosse e/ou coriza) • Diarreia Leve ou moderada • Doenças da pele (lesões impetiginosas esparsas, escabiose) • História e/ou diagnóstico clínico pregressos da doença no que diz respeito a aplicação da respectiva vacina Desnutrição Uso de antimicrobianos Vacinação contra a Raiva • Doença neurológica estável (Ex: convulsão controlada) ou pregressa com sequela presente Antecedente familiar de convulsão • Tratamento com corticosteroides quando: ○ Curta duração ○ Doses baixas ou moderadas ○ Tratamento prolongado em dias alternados com corticosteroides de ação curta • Reação cutânea ao Timerosal • Prematuridade ou Baixo peso ao nascimento (Exceto BCG) • Internação Hospitalar CALENDÁRIO VACINAL BCG EVOLUÇÃO DA BCG • Nódulo (entre 3 a 4 semanas) • Pústula e Úlcera (entre 4 a 5 semanas) • Crosta (entre 6 a 12 semanas) • Pequena Cicatriz • Contraindicação específica: crianças, de qualquer idade, com comprovação de infecção pelo HIV COMPLICAÇÕES DA BCG • Quelóide • Linfadenite simples ou supurada (axilar, supra ou infraclavicular)- 10%(MS) • Abscesso subcutâneo frio • Ulceração local grande (> 1 cm) e persistente • Tratamento das complicações: Tratar: adenomegalia regional supurada, úIceras > 1 cm, abscessos subcutâneos frios Isoniazida (até regressão completa da lesão) Investigar e afastar imunodeficiência VACINA HEPATITE B • Composição: partículas de HBsAG purificadas, inativadas • Vacinação básica -Crianças menores de 1 ano - Uma dose da vacina monovalente ao nascer e três doses da vacina pentavalente -Maiores de 1 ano nunca vacinados Três doses: 1a ⇒ Primeira Visita 2a ⇒ 2 meses após 3a ⇒ 4 - 6 meses após PREVENÇÃO DA TRANSMISSÃOVERTICAL • Recém-nascido de mãe AgHBs+ Administrar a vacina Hepatite B e a Imunoglobulina Humana Específica (IGHB – 0,5 ml), preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento, em sítios musculares distintos. A vacina deve ser utilizada mesmo que a Imunoglobulina não esteja disponível PENTAVALENTE -DPT (INAT) + HEPATITE B (REC) + HIB (CONJ) DPT • DTP: Vacina trivalente (difteria, tétano, pertussis) – vacina inativada • Componente: toxóides tetânico e diftérico, componente celular da pertussis inativada. • Via IM • Esquema: 2, 4, 6 meses (Penta), intervalo de 2 meses entre doses (mínimo de 30 dias, terceira dose não pode ser feita em menores de 6 meses). Reforço aos 15 meses e aos 4 anos (aqui, somente a tríplice). • Se esquema incompleto (3 doses) em menores de anos (completar com penta) • Fazer mesmo se doença anterior porque as doenças da tríplice e Hib não conferem imunidade duradoura • Não se utiliza a vacina DTP (celular ou acelular) a partir dos sete anos de idade, apenas a dT ou dTp adulto. • Eficácia: alta • Níveis de anticorpos declinam com o tempo – reforço com dupla adulto(dT) ou tríplice adulto (dTpa) a cada 10 anos. • EFEITOS ADVERSOS: -Vermelhidão local (1:3 doses); edema local (1:2,5 doses); dor (1:2 doses); -Febre (1:2 doses); sonolência (1:3 doses); irritabilidade (1:2 doses); -Choro persistente (1:100 doses); -Febre alta (1:330 doses); episódio hipotônico hiporresponsivo (1:1.750 doses); convulsão, associada ou não à febre (1:1.750doses). • COM PRECAUÇÕES (ANTITÉRMICO PROFILÁTICO APENAS NESSES CASOS – NO MOMENTO DA VACINAÇÃO ATÉ 24 A 48 HS APÓS) -Choro persistente com duração de três ou mais horas nas primeiras 48 horas após dose anterior; - Temperatura axilar ≥ 39,5oC nas primeiras 48 horas após dose anterior, sem outra causa identificável. - Histórico pessoal e familiar de convulsão • CONTRAINDICAÇÕES DPT: Gerais Doença neurológica em evolução Quadro anterior dos seguintes (em uso da vacina): DPTA (COMPONENTE DA CÁPSULA DA PERTUSSIS) • INDICAÇÕES DPTa: • Convulsões nas primeiras 72 horas após a vacinação DTP Episódio hipotônico-hiporresponsivo nas primeiras 48 horas após a vacinação DTP • Doença pulmonar ou cardíaca crônica com risco de descompensação em vigência de febre • Doenças neurológicas crônicas incapacitantes • Doença convulsiva crônica • Quadro neurológico em atividade – até que a condição se estabilize • Prematuro extremo (<1000 g ou < 31 sem) ou que estejam internados na UTI na ocasião da vacinação. • Imunossupressão severa (quimio, radio, corticoterapia altas doses e prolongada, TMO) HIB (INCLUÍDA NA PENTAVALENTE) • Polissacarídeo capsular - Haemophilus influenzae b + carreadores protéicos (conjugada) • 3 doses – 2, 4 e 6 m de idade • Reforço: 15m – PNI - apenas em prematuros < 33 sem ou se risco aumentado de infecção (falcêmicos, fibrocisticos) • SBP recomenda reforço entre 12-18 meses (15 meses) • HIV +: fazer 4a dose de pentavalente • Efeitos adversos: locais (dor, eritema, induração) ou sistêmicos (febre, sonolência, irritabilidade) • Proteção: doenças invasivas (meningites, pneumonias e epiglotites) – pouco contra OMAS e sinusites. POLIOMIELITE POLIOMIELITE - VACINA ORAL CONTRA A POLIOMIELITE (VOP - SABIN) • PNI: Reforço dos 15 meses, 4 anos e campanhas • Maiores de 5 anos sem comprovação: só vacinar se viajantes para áreas de vacinação obrigatória. Fazer VOP • Vacina oral de poliovirus atenuado – vacina atenuada • Imunidade local e humoral • Excreção nas fezes – imunização coletiva • Proteção aproximada de 80% contra os poliovírus 1 e 3 • No passado (até 2019) se repetia a vacina se vômito. A partir de 2020: NÃO REPETIR MAIS!!! • Efeitos adversos principais: • Paralisia – nos vacinados ou familiares (1:1,6 milhões de doses)- 4-40 dias após vacina • Meningite e/ou encefalite • CI: imunossuprimidos, contactantes de HIV+ ou imunossuprimidos • SE HISTÓRICO DE PÓLIO VACINAL, FAZER VIP NA OUTRA APLICAÇÃO POLIOMIELITE - VACINA INATIVADA CONTRA A POLIOMIELITE (VIP - SALK) • Vacina inativada contra a poliomielite • NÃO CONFERE imunização coletiva • IM • 2-4-6 meses (intervalo mínimo de 30 dias) • Contra-indicação: ○ Apenas para os que apresentaram reação intensa à dose anterior ou hipersensibilidade à neomicina, estreptomicina ou polimixina B • Até < 5anos: sem comprovação vacinal: 3 doses da VIP! ROTAVÍRUS • Vírus vivo atenuado (no PNI: vacina monovalente (Rotarix)) • Via: Oral • Precauções: -NÃO REPETIR a dose se a criança vomitar ou regurgitar -Nenhuma dose aplicada fora dos prazos recomendados poderá ser repetida. -Não está contraindicada para lactentes que convivam com pacientes imunodeprimidos ou gestantes. -Não há restrições quanto ao consumo de líquidos ou alimentos, inclusive leite materno, antes ou depois da vacinação -Filhos de mães HIV+ poderão ser vacinados, desde que não apresentem manifestações clínicas graves ou imunossupressão • Adiamento da vacinação: CRIANÇAS COM DIARRÉIA, VÔMITO E FEBRE • Contraindicações: -História de doença gastrointestinal crônica - Malformação congênita do trato digestivo - História prévia de invaginação intestinal - PRESTAR ATENÇÃO: se criança imunossuprimida - prescrição pelo médico de acompanhamento • Eventos adversos: - Presença de sangue nas fezes até 42 dias após a vacinação - Internação por abdome agudo obstrutivo até 42 dias após a aplicação SCR (SARAMPO, CAXUMBA E RUBÉOLA) • Tríplice viral – vírus vivo atenuado do sarampo, rubéola e caxumba. • NÃO TEM TIORESAL! Contém ovo. • Via: SC • Eficácia: > 95% - proteção por toda a vida • PNI: 2 doses até 29 anos de idade (1 dose até 59 anos) • Esquema: ➢ Aos 12 meses: SCR; aos 15 meses: tetra viral (SCR-V) ➢ Se não vacinados antes 15 meses, fazer 2 doses de SCR, intervalo de mínimo 30 dias • Eventos adversos: • Reações locais (<0,1%): ardor, hiperemia, dor e nódulo • Febre alta (>39,5C) 5-12 dias após vacina (5-15%) • Crise febril • Dor de cabeça, irritabilidade, febre baixa, lacrimejamento, hiperemia ocular, coriza: 5-12 dias • Rash: 7-14 dias, durando 2 dias (5%) • Meningite/ encefalite: 11-32 dias • Autismo? NÃO!!! • PTI (rara, é reversível, entre 12-25 dias, mas Contra Indica NOVAS DOSES) • Parotidite: 0,7-2% • CONTRA INDICAÇÕES/PRECAUÇÕES: -Imunossupressão: avaliar conforme indicações do CRIE - Mulheres em idade fértil: evitar gestação até 30 dias da aplicação - Gestantes • BLOQUEIO VACINAL- sarampo e rubéola (contatos a partir dos 6 meses de vida) • Dose zero entre 6-11 meses • 12 meses em diante: calendário. • CAXUMBA: seguir calendário nacional VARICELA (COMPONENTE DA TETRA VIRAL) • Vírus vivo atenuado • Via SC • Eficácia: 70% contra a doença, 95% contra doença grave, forma duradoura • Aplicada aos 15 meses na tetravalente e reforço (só varicela) aos 4 anos (até 7 anos). • SURTOS: -Aplicada a partir de 9 meses de idade - até 5 anos 11 m 29 d (mas revacinar após 1 ano de idade – dose “não válida” - zero) - Se 12-14 meses e fez a vacina tríplice: antecipar a tetra e considerar dose válida - Se 12-14 meses e não fez a tríplice: fazer tríplice + varicela. Manter dose de tetra dos -15 meses (respeitando 30 dias de intervalo). - Se 15 meses até 7 anos: calendário - Acima de 10 anos, 2 doses com intervalo de 4 a 8 semanas (SBP). Na PNI, para trabalhadores da saúde. • Eventos adversos: ● Dor, calor, rubor, edema no local de aplicação são as mais frequentes. ● Erupções semelhantes à varicela no local de aplicação, dentro de duas semanas pós-vacinação, ou generalizadas, na terceira semana pós vacinação, ocorrem em menos de 5% dos vacinados. -Poucas lesões com predomínio das maculopapulares sobre as vesiculares. ● Outras manifestaçõessistêmicas: ataxia, encefalopatia, trombocitopenia, eritema multiforme, têm sido raramente relatadas ● O Herpes Zoster após a vacinação é relatado com menor frequência do que após a doença, geralmente em pessoas que apresentaram erupção após a aplicação da vacina FEBRE AMARELA • Vírus vivo atenuado • Eficácia > 95% • Aplicação SC, dose única, nunca em < 6 meses de idade • Dose aos 9 meses e reforço aos 4 anos • 5 anos ou maiores: dose única • Vacinação simultânea: em menores de 2 anos, não pode ser associada à tríplice ou tetravirais nem aos seus componentes (exceto se risco epidemiológico das doenças envolvidas). Intervalo de 30 dias (mínimo de 15 dias). • Em maiores de 2 anos: vacinação simultânea ou com intervalo de 30 dias. • PRECAUÇÕES: • Se doenças febris: pode-se adiar a vacinação • Doenças autoimunes: avaliar o risco • Doenças desmielinizantes: avaliar caso a caso • Casos graves em familiares após vacinação: avaliar caso a caso • Reação anafilática a ovo: avaliar caso a caso • HIV: avaliar grau de imunossupressão • Outros tipos de imunossupressão: avaliação pelo CRIE • CONTRAINDICAÇÃO: menores de 6 meses; em uso de imunomoduladores; transplante de órgãos sólidos, imunodeficiência primária grave; doenças do timo (ex: miastenia); situações específicas com doença falciforme; corticóides em dose imunossupressora PNEUMOCOCO 10V • Pneumococo 10-valente - vacina inativada e conjugada • Vacina polissacarídea: 23 valente (maiores de 2 anos)- disponível no CRIE apenas para casos especiais e população indígena • Protege principalmente contra doenças graves (meningites e pneumonias), e também otites e sinusites • Efeitos adversos: febre, eritema, dor local • APLICAÇÃO: 2 - 4 - 12 meses (Reforço - até 5 anos incompletos) Se 1 a 5 anos incompletos sem reforço: aplicar Se 1 a 5 anos incompletos sem esquema completo: dose única PNEUMOCOCO 13V • Não disponível no PNI • Efeito imunogênico superior à vacina 10 valente, e com proteção a mais 3 sorogrupos • Recomendada até os 5 anos de idade • Em pacientes com risco de doença invasiva, é recomendada até os 18 anos de idade • Esquema vacinal: 2-4-6 meses + reforço • Se esquema completo com a PVC 10, fazer dose extra com a PVC 13 para ampliar a proteção vacinal MENINGOCOCO C • Vacina conjugada • 2 doses para crianças com < 1 ano (3 – 5 meses, intervalo mínimo de 1 mês) e dose única para > 1 ano de idade • Reforço entre 1 e 2 anos de vida (SBP tem mais reforços após 5 anos da 1ª dose • Eficácia alta para o sorotipo C • Efeitos adversos: febre, eritema, dor local • Contraindicações: alergia a componentes da vacina • Em pacientes com imunodeficiência por complemento, importante aplicar! • CONTRAINDICAÇÃO: gestantes e lactantes MENINGOCOCO ACYW135 • Vacina meningocócica quadrivalente conjugada • PNI: uma dose entre 11-12 anos • SBP: - MenACWY-CRM: três doses aos 3, 5 e 7 meses de idade e reforço entre 12-15 meses. Em outras idades, o número de doses diminui. - MenACWY- TT: dose única a partir dos 12 meses de idade - Dose de reforço é indicada (após 5 anos e na adolescência) MENINGOCOCO B • Vacina recombinante (não é conjugada) • Cobertura de 80% dos meningococos B que ocorrem no Brasil • Indicada a partir de 2 meses de idade (até 50 anos de idade) • Não está disponível no PNI • Contra-indicações: anafilaxia a algum componente ou à dose anterior • Pode ser administrada com as outras vacinas (em sítios separados) INFLUENZA • Vírus inativado, alterada anualmente • Aplicação SC (IM se o fabricante permitir), nunca em < 6 meses de idade • Crianças não indígenas (6 meses a 6 anos incompletos); indígenas: até 8 anos incompletos • Acima de 9 anos: 1 dose • Constituída por 3 cepas virais (A H1N1, A H3N2 e B) • PNI: entre 6 e 9 anos: CRIE HEPATITE A • Vírus inativado • IM • PNI: dose única: 15 meses; SBP: 2 doses. • > 1 ano de idade (PNI - até os 4 anos de idade). • Acima de 4 anos: avaliação do CRIE • Eficácia> 90% • Efeitos adversos raros, geralmente locais • Contra-indicação: reação severa à dose anterior • Pode-se realizar profilaxia pós-exposição em contatos domiciliares HPV (RECOMBINANTE- 6,11,16,18) • Vacina inativada • Única forma eficaz de prevenção da infecção • Duas doses • Idade: ➢ Meninos 11 anos – 15 anos incompletos ➢ Esquema de 0 - 6 meses ➢ Se primeira dose aos 14 anos, completar com a segunda dose após os 15 anos em até 12 meses. ➢ Menina 9 anos – 15 anos incompletos - Esquema de 0 - 6 meses - Se primeira dose aos 14 anos, completar com a segunda dose após os • 15 anos em até 12 meses. • Em HIV, transplantados e oncológicos: 3 doses 0-2-6. • CONTRAINDICAÇÕES: gestação (pode administrar em lactantes) DENGUE (SBP) • Dengvaxia®da Sanofi-Pasteur • Modificação genética do vírus da febre amarela (proteínas dos 4 sorotipos da dengue) • Contraindicada para: -Imunodeprimidos, gestantes e lactantes (e fenilcetonúricos) -Reações alérgicas a componentes da fórmula • Idade de aplicação: 9 a 45 anos • Maior incidência de hospitalização em < 9 anos • Não houve maior incidência de dengue hemorrágica, houve menor incidência • 3 doses: intervalo de 0, 6, 12 meses EVENTOS ADVERSOS PÓS VACINAÇÃO (EAPV) • Qualquer ocorrência clínica indesejável em indivíduo que tenha recebido algum imunobiológico. • EAPV temporalmente associado ao uso de uma vacina nem sempre têm relação causal com a vacina administrada. • Podem ser relacionados à composição da vacina, aos indivíduos vacinados, à técnica usada em sua administração ou a coincidências com outros agravos. • Podem ser locais ou sistêmicos e, de acordo com sua intensidade, podem ser leves, moderados ou graves
Compartilhar