Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – RJ NOME ASPECTOS RELEVANTES DO PAPEL DO ENGENHEIRO AMBIENTAL NA QUALIDADE DO PREPARO DE UMA HORTA NITERÓI 2021 1 NOME ASPECTOS RELEVANTES DO PAPEL DO ENGENHEIRO AMBIENTAL NA QUALIDADE DO PREPARO DE UMA HORTA Trabalho de conclusão de curso submetido ao Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade Estácio de Sá (UNESA-RJ), como requisito à obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Ambiental e Sanitária. Orientador: Prof. Marcelo Wermelinger Lemes NITERÓI 2021 1 “Até aqui nos ajudou o Senhor” 1 Samuel 7: 12b 1 Dedico este trabalho de conclusão de curso a todas as pessoas que direta ou indiretamente estiveram presentes nesta caminhada. 1 AGRADECIMENTOS Agradeço em especial ao meu Deus, por ter me sustentado durante este percurso. A minha mãe, Dejanira, pela sustentação em oração, me dando forças para continuar. Aos meus familiares que torceram por esta vitória. Aos meus amigos, que estiveram comigo juntos na caminhada e também ao meu orientador, pela força, pela experiência e pela paciência. 1 RESUMO Esta pesquisa traz a temática envolvendo a importância da discussão do trato de uma horta em busca dos aspectos relevantes na atuação do engenheiro ambiental, seja no aspecto da constituição, abordando o solo e também na questão social, na relevância de disseminar conteúdos sustentáveis no ambiente escolar. Para tanto, a partir de um estudo bibliográfico finalizando com um estudo de caso trazendo a importância da efetividade do engenheiro ambiental na formação de um aluno consciente destaca que seu papel a partir da função delimitada da profissão é buscar meios que levem a atingir a preservação e recuperação do meio ambiente. Levar a educação ambiental ao contexto escolar com exemplos práticos respaldados por conhecimentos conceituais de profissionais qualificados e de um voluntariado comprometido é primordial para o fortalecimento da área, trazendo à tona toda a busca pela qualidade de vida e a conscientização dos atos humanos. Palavras-chave: Engenheiro ambiental. Escola. Horta. Solo. Sustentabilidade. 1 ABSTRACT This research brings the theme involving the importance of discussing the handling of a vegetable garden in search of relevant aspects in the performance of the environmental engineer, whether in the aspect of constitution, addressing the soil and also in the social issue, in the relevance of disseminating sustainable content in the school environment. Therefore, from a bibliographical study ending with a case study bringing the importance of the effectiveness of the environmental engineer in the formation of a conscious student, it highlights that its role, from the delimited function of the profession, is to seek ways to achieve preservation and recovery of the environment. Bringing environmental education to the school context with practical examples supported by conceptual knowledge of qualified professionals and committed volunteer work is essential for strengthening the area, bringing to light the entire search for quality of life and awareness of human acts. Key-words: Environmental engineer. School.Vegetable garden.Ground.Sustainability. 1 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1– A importância de um solo de qualidade para uma horta de qualidade 16 FIGURA 2 - Alunos em ação na horta escolar.......................................................... 22 FIGURA 3 – Símbolo Internacional de Sustentabilidade .......................................... 25 FIGURA 4- Os 17 objetivos sustentáveis .................................................................. 38 9 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................... 10 2. OBJETIVOS ....................................................................................... 14 2.1 OBJETIVO GERAL ......................................................................... 14 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................... 14 3. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................. 15 3.1 A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE SOLO PARA UMA HORTA DE QUALIDADE .......................................................................................... 15 3.1.1 O SOLO CONTAMINADO E SEUS IMPACTOS ...................... 17 3.2 A QUESTÃO DA SUSTENTABILIDADE COMO ATUAÇÃO CONSCIENTE NA MANUTENÇÃO DE UMA HORTA DE QUALIDADE: A ESCOLA CONTRIBUINDO NO PAPEL DO ENGENHEIRO AMBIENTAL .......................................................................................... 20 3.3 A SUSTENTABILIDADE E SEU CONCEITO ................................. 24 3.3.1 SUSTENTABILIDADE E A AGUA ............................................. 25 3.3.2 SUSTENTABILIDADE E AS LEIS AMBIENTALISTAS ............. 28 3.4 O PAPEL DO ENGENHEIRO AMBIENTAL EM ASPECTOS RELEVANTES DE UMA HORTA DE QUALIDADE .............................. 30 4. METODOLOGIA ................................................................................. 33 4.1 CLASSIFICAÇÃO DO TIPO DE PESQUISA .................................. 33 4.2 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS .................................... 33 4.3 ANÁLISE DOS DADOS................................................................... 34 4.4 ASPECTOS ÉTICOS ...................................................................... 34 5. ESTUDO DE CASO ........................................................................... 36 6. RESULTADOS E DISCUSSÕES ....................................................... 41 7. CONCLUSÃO ..................................................................................... 43 8. REFERÊNCIAS .................................................................................. 46 10 1. INTRODUÇÃO Este trabalho traz à tona a importância da construção de uma horta de qualidade, levando em consideração aspectos relevantes quanto ao desenvolvendo qualitativo no papel do engenheiro ambiental, buscando melhores formas alternativas para a sua construção e manutenção. Atuando conjuntamente com a legislação cabe ao engenheiro ambiental tratar de questões pertinentes como o manejo solo para que ele seja adequado para o plantio, buscando determinar quais são os componentes que são positivos e negativos para uma horta qualidade. O engenheiro ambiental deve fazer bom uso dos seus conceitos em prol de uma sociedade mais saudável e consciente na questão da busca pela melhor qualidade de vida. A confecção de uma horta traduz aspectos de relevância para melhor forma de consumo do alimento em prol da longevidade e da saúde. Mesmo que seja no apoio da construção de uma horta é importante que o engenheiro tenha consciência do seu papel em prol da formação de cidadãos conscientes de seu papel ecológico frente a problemática global da degradação acentuada dos recursos naturais em busca da manutenção do meio ambiente envolvendo assim diretamente a questão da Educação Ambiental. Neste sentido, a importância de atuar diretamente em nichos específicos com vistas à disseminação do conhecimento, sendo a escola um importante alvo para a aprendizagem a responsabilidade social tendo na pratica o contato com a horta, abrangendo várias possibilidades. Neste ponto, Capra (2008) é de grande relevância o ambiente escolar para a inserção de práticas ambientais sustentáveis, isto porquea partir do momentoque a criança tem contato com experiências sensoriais existe todo o reforço do processo de aprendizado, tendo maior possibilidade criar vínculos e assim estando mais receptíveis às influências ambientais. Em busca de potencializar a construção de uma horta a partir das partes que a compõe, é de suma importância a participação de um profissional que tenha conhecimento e experiência neste ramo em busca de melhorias na qualidade da 11 horta, extraindo da melhor forma possível todos os benefícios, orientando todas as possibilidades a partir de sua fiscalização em prol da contribuição de uma horta de qualidade. Em prol de entender que a Engenharia Ambiental trata de assuntos relativos ao meio ambiente em busca de proteção e melhor utilização deste face questões pertinentes, tais como a sua capacidade de suporte em termos de exploração dos seus recursos e de devolução de resíduos a ele. A reboque do tema também podemos destacar a questão da sustentabilidade em busca da manutenção do solo para a construção da horta bem como a questão dos agrotóxicos que se tornam prejudiciais em busca de manter a horta livre de quaisquer seres nocivos tais como insetos que podem trazer prejuízos ao longo do desenvolvimento da horta. Quanto à questão da relevância a introdução do engenheiro ambiental traz a tona o papel da educação ambiental, ato discutida e que de certa forma, deve estar presente também na horta. Neste sentido, o papel da consciência sobre a utilização de recursos que são necessários para a instalação de uma horta atrelada a fundamentos de suma importância quanto ao trato do engenheiro ambiental leva a consciência da utilização consciente dos recursos naturais. A elevação da consciência ambiental continuará sendo tarefa primordial da sociedade humana, devendo a educação ambiental ser praticada em todos os níveis, a fim de formar cidadãos conscientes de sua responsabilidade socioambiental. A introdução de cursos de Engenharia Ambiental permite difundir, na prática, os conceitos e as tecnologias na gestão de recursos ambientais, e os novos engenheiros que se formarem nessa modalidade acrescentarão ao movimento já existente pela constante discussão das questões ambientais no meio geral. Com a mentalidade sadia, deverão atuar em todas as instâncias: governamental, setor privado e instituições de pesquisa. É preciso aplicar abordagens multidisciplinares para despoluir o meio ambiente e desenvolver soluções sustentáveis para o futuro (CALIIJURI e CUNHA, 2013, p.06) Porém, a questão técnica de atuação do engenheiro ambiental deve estar 12 atreladas a conceitos e regras estabelecidas, podemos citar aquestão da Instrução Normativa 007/99 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento quanto ao conceito orgânico em prol da utilização de tecnologias que irão culminar com a excelência na otimização de recursos naturais e socioambientais, daí surge o problema da pesquisa: De que forma o engenheiro ambiental pode colaborar no contexto escolar no trato de uma horta em prol da qualidade da mesma prezando pela otimização dos recursos levando em consideração a sustentabilidade e a questão orgânica? Como hipóteses para tal questão levantada podemos apontar que o engenheiro ambiental deve levar em consideração aspectos tais como a essência do solo bem como dos recursos necessários para a construção de hortas, água, luz, agrotóxicos, dentre outros. Atuar em prol da responsabilidade de construir algo que irá impactar diretamente na vida das pessoas é de grande relevância e, para tanto, importante que o engenheiro ambiental tenha todas as informações pertinentes sobre a horta, todas as fases necessárias para o sucesso dos produtos que serão cultivados. Outra hipótese é a questão de que vivemos numa sociedade cada vez mais consciente do papel de uma alimentação saudável e que uma horta reflete a busca pela qualidade de vida, pela busca de alimentos livres de perigo à saúde, em prol de longevidade de vida. A sustentabilidade é o conceito da atualidade, várias frentes de representatividade e, na questão de atuação do engenheiro ambiental no poderia ser diferente. É preciso que tal discussão seja uma realidade da escola em prol de alunos conscientes. Ao trazer tal temática para a realidade da escola gera grande impacto pois a educação em si pode ser definida como um processo através do qual indivíduos adquirem domínio e compreensão de certos conteúdos considerados valiosos. E, a partir do entendimento e da prática desses conteúdos é que ele vai se moldando e se tornando um ser crítico e que estará modificando ambientes. Podemos trazer à tona com este pensamento a questão da cultura, onde o ser humano também é condicionado a mudanças geradas pela educação num somatório de esforços que faz com que ele ajuste-se ao ambiente e melhore assim sua forma de viver em sociedade. O trato com a horta possibilita ao engenheiro 13 ambiental trazer diversas questões de interesse social e ambiental para a escola e consequentemente colaborando parra o futuro da sociedade. A partir de então, este estudo traz em seu referencial teórico estudo referentes a questão dos aspectos relevantes do papel do engenheiro ambiental na qualidade do preparo de uma horta, desenvolvendo a partir dos objetivos da pesquisa tópicos que buscarão respostas à problemática encontrada. E a partir deste desenvolvimento traz um estudo a possibilidade de criação de um projeto Solo fértil com a participação efetiva através de parcerias de engenheiros ambientais com a rede municipal de ensino. 14 2. OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Realizar um levantamento dos aspectos relevantes do papel do engenheiro ambiental na qualidade do preparo de uma horta no contexto escolar. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS a) Realizar levantamento da produção científica mais recente sobre o tema. b) Compreender os impactos do solo contaminado com consequências para uma horta de qualidade. c) Analisar a questão da sustentabilidade a partir da colaboração de aspectos de consciência ambiental sobre a utilização dos recursos naturais. d) Apresentar a importância do profissional na construção de uma horta de qualidade. e) Traçar um estudo de caso a partir da implantação de um projeto de parceria entre engenheiro ambiental e a escola “Solo fértil”. 15 3. REFERENCIAL TEÓRICO A construção de uma horta requer responsabilidade social isto porque todo o processo inicial do preparo do solo até a questão da colheita deve ser voltada à saúde da população visando a promoção e manutenção da qualidade de vida. Dentro deste contexto, a importância da qualidade da horta traduz o papel do engenheiro ambiental, atuando consciente do seu dever. 3.1 A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE SOLO PARA UMA HORTA DE QUALIDADE A importância da utilização do solo para o preparo de uma horta deve respeitar fatores preponderantes visto que é por ele que a nutrição se dá para todos os componentes de uma horta. Para o crescimento e desenvolvimento das plantas existem, geralmente, cinco fatores indispensáveis: luz, temperatura, ar, água e nutrientes. Com exceção da luz, o solo tem capacidade de supri-los, quer no todo ou em parte (LUZ e colaboradores, 2002, p.01) Para tanto, a qualidade do solo deve atender vários requisitos que devem ser considerados pelo engenheiro ambiental em prol da fertilidade do solo. A Política Nacional do Meio Ambiente aponta para a racionalização do solo de foram consciente quando em seu artigo 2º diz que: A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidosos seguintes princípios: II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar (BRASIL, 1981, art.2). Logo, o engenheiro ambiental deve priorizar a orientação da construção e manutenção de uma horta de qualidade com o entendimento da questão da 16 racionalização do solo, em seus aspectos. E, para tanto, deve ser feito um trabalho minucioso. Não apenas adubar o solo sem o conhecimento técnico. A análise do solo é a medida mais prática, rápida, direta e barata de se fazer uma análise racional da fertilidade do solo e de transferir tecnologia desenvolvida na pesquisa para o agricultor. Portanto, para se saber se um solo tem os nutrientes necessários em qualidade e quantidade, deve-se fazer sua análise. Se por ela se constatar que falta, em parte ou totalmente, os nutrientes de que a cultura necessita, deve-se incorporá-los ao solo (LUZ e colaboradores, 2002, p.02) Daí a partir da deficiência do solo entra a variável da adubação, que não vem ao caso específico deste estudo, o fato é que a questão da infertilidade do solo deve ser estudada pelo engenheiro ambiental colaborando efetivamente na qualidade da horta. Figura 1 – A importância de um solo de qualidade para uma horta de qualidade. Fonte: https://blog.plantei.com.br/como-deve-ser-o-solo-para-o-cultivo-de-hortalicas/ 17 O papel de analisar o solo é diretamente ligado à questão de dar um suporte quanto ao fortalecimento da qualidade da terra. A maior utilização da análise do solo é no sentido de orientação no emprego de fertilizantes e calagem, porém suas informações podem ser usadas para acompanhar as modificações nos teores dos nutrientes com as diferentes práticas de manejo do solo, da água e da planta. Isso possibilita um uso eficiente dos adubos e evita possíveis contaminações do ambiente. (LUZ e colaboradores, 2002, p.02) Engano pensar que a horta ocupa um espaço relativamente pequeno pois a medida que várias hortas vão sendo cultivadas a forma como o solo é explorado pode trazer malefícios irreparáveis ao meio ambiente. Neste contexto podemos observar as palavras de: O uso e manejo do solo, sem uma avaliação prévia das suas potencialidades e limitações, tem sido um dos motivos da degradação dos recursos naturais fundamentais para a sobrevivência do homem. A degradação, os altos índices de salinidade ou manejo equivocado, por meio do excesso de água, adubações, tráfego de máquinas e falta de um planejamento incluindo sistemas de culturas e sistemas de preparo do solo estão ameaçando as oportunidades e flexibilidades de aumentar os serviços prestados pela natureza e, consequentemente, leva ao aumento de demanda em investimentos para a conservação de solos e recuperação de áreas degradadas (GIONGO e CUNHA, 2010, p.01) Importante salientar a questão do papel do engenheiro ambiental em toda a questão da antecipação da iniciação da horta em avaliar as questões referentes ao solo vide que o solo sem qualidade acarreta diversos problemas para os produtos cultivados e, em consequência, para a saúde humana, causando uma cadeia de transtornos. Neste sentido, apontamos quais são as características de um solo contaminado 3.1.1 O SOLO CONTAMINADO E SEUS IMPACTOS 18 Já compreendemos o valor do solo para o sucesso de uma horta de qualidade, porém podemos listar alguns fatores que diretamente estão ligados à qualidade do solo, classificando-o em impróprio para a utilização em hortas face as nuances de contaminação. Este item traz toda a temática envolvendo o solo e sua qualidade, então vale entender em especial o que é um solo contaminado. A contaminação do solo ou poluição do solo é causada pela presença de produtos químicos xenobióticos (estranhos ao organismo humano) ou outras alterações no ambiente natural do solo. É tipicamente causada por atividade industrial, produtos químicos agrícolas ou descarte inadequado de resíduos. Os químicos mais comuns envolvidos são hidrocarbonetos de petróleo, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (como naftaleno e benzo(a)pireno), solventes, pesticidas, chumbo e outros metais pesados. A contaminação está correlacionada com o grau de industrialização e intensidade do uso de produtos químicos. (AMBSCIENCE, 2021, p.01) A contaminação é nociva ao solo e consequente ao ser humano e aos demais seres vivos que absorvem todas as substâncias a partir da alimentação de produtos produzidos neste solo deficitário. Em busca de atividade extrativa econômica, as empresas, especificamente indústrias, utilizam o solo de forma exploratória utilizando produtos nocivos corrosivos à natureza e à saúde humana, a partir de então podem causar danos irreparáveis. Quando o solo é contaminado traz limitações para utilização e faz com que se torne inválido para a boa utilização, atrapalhando outras funções possíveis. A contaminação do solo refere-se à destruição de terras que poderiam ser utilizadas de forma construtiva pelas atividades humanas, direta ou indiretamente. Apesar das inúmeras campanhas e lutas de organizações ambientais, o Brasil é um país que ainda tem muita dificuldade para solucionar esse problema. Isso é um motivo de grande preocupação, já que os efeitos podem ser devastadores para o meio ambiente (AMBSCIENCE, 2021, p.03). 19 Prevenir ações destrutivas que levam a contaminação do solo é muito mais positivo do que reparar o dano causado. A partir de então, listamos as principais causas da poluição do solo. Contaminação industrial - as indústrias são, de longe, as piores poluidoras do solo. A contaminação acontece através dos produtos químicos liberados no meio ambiente, seja na forma líquida ou sólida; desmatamento - O desmatamento das árvores deixa o solo exposto e pode resultar na erosão do solo. Isso deixa a terra estéril e incapaz de suportar nova vegetação; uso excessivo de fertilizantes e pesticidas - o aumento da demanda por alimentos forçou os agricultores a usar fertilizantes e pesticidas que não liberam nada além de toxinas no solo, matando microrganismos úteis que são importantes no crescimento das plantas e a poluição do lixo - o lixo que não pode ser reciclado é descartado de forma descuidada e isso não é apenas uma monstruosidade, mas polui a terra. Alguns desses resíduos podem levar milhares de anos para se decompor (AMBSCIENCE, 2021, p.02) Dada à poluição do solo, seus efeitos são consideráveis, trazendo em diversa vezes situações irreversíveis como a questão do aquecimento global fazendo com que mudanças radicais na temperatura se tornem uma constante bem como a consequência de agravantes como a morte humana. Alterações Climáticas - o desmatamento causa uma mudança no ciclo da chuva e isso é um fator que contribui para o aquecimento global e a perda de ecossistemas. Perda de fertilidade do solo - os produtos químicos usados nos solos reduzem sua fertilidade de modo que a produção de alimentos diminui. Impacto na saúde humana - inúmeras mortes foram causadas devido à ingestão de alimentos que são cultivados em solos tóxicos, bem como o consumo de água de aquíferos contaminados em função de contaminações do solo (AMBSCIENCE, 2021, p.02). Por experiências vivenciadas no dia a dia em relação a consumo podemos citar que a grande maioria dos produtos vendidos nos hortifrutigranjeiros, nos mercados e em outros locais específicos tem o sabor e o aspecto modificados. Existe a intervenção da aceleração do amadurecimento de tais produtos toda a linha O engenheiro ambiental deve atuar com ações que potencializam a melhoria da qualidade do solo prejudicado em busca da redução da periculosidade tais como: 20 Práticas agrícolas controladas- muito de qualquer coisa é perigoso. O mesmo conceito se aplica às práticas agrícolas, pois elas devem ser realizadas com moderação, já que podem aumentara erosão do solo e causar assoreamento e danos a rios, por exemplo; remediação - é a introdução de sistemas de engenharia, produtos químicos adequados e/ou microorganismos no solo que destroem e/ou decompõem os contaminantes. Esta abordagem visa retirar contaminantes de solos e aquíferos, de modo que os recursos naturais possam ser novamente utilizados, restaurando assim o equilíbrio; reduzir o uso de pesticidas e fertilizantes - os pesticidas e fertilizantes são grandes contribuintes para a contaminação do solo, portanto, reduzir seu uso e realiza-lo segundo as práticas corretas é fundamenta e busca por soluções - um solo saudável é um recurso precioso e não renovável, cada vez mais ameaçado pelo comportamento humano destrutivo. É necessário combater esse tipo de contaminação para a preservação do meio ambiente e para um futuro sustentável. De posse dessas informações, cabe ao engenheiro ambiental ampliar o conhecimento da população, atingindo uma de suas funções enquanto profissional que é atuar em prol da proteção dos recursos naturais. A escola se torna um excelente cenário para tal atividade. 3.2 A QUESTÃO DA SUSTENTABILIDADE COMO ATUAÇÃO CONSCIENTE NA MANUTENÇÃO DE UMA HORTA DE QUALIDADE: A ESCOLA CONTRIBUINDO NO PAPEL DO ENGENHEIRO AMBIENTAL O engenheiro ambiental não consegue agir sozinho em suas pretensões em prol da manutenção da qualidade de vida, da sustentabilidade. Aliado a seu papel protetor temos a escola. Este profissional deve estar aberto a todas as possibilidades em prol de estar disponível a sociedade, em qualquer camada. Mesmo a horta não tendo grandes proporções de impacto diante da ação exploratória de grandes empresas ao meio ambiente degradando o solo, a abordagem da horta é um excelente palco para demonstrar todo o processo de cuidado com a questão ambiental. Neste sentido, a função e papel de um engenheiro ambiental se torna relevante visto que: O papel do engenheiro ambiental é avaliar os efeitos causados por todos os tipos de atividades e elaborar um planejamento de ações https://ambscience.com/remediacao-de-solo/ 21 para mitigar o impacto no meio ambiente. O engenheiro ambiental é de extrema importância para estabelecer o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental. Oferece soluções que garantem o futuro saudável da humanidade e a preservação da natureza. Além da função de conservação do meio ambiente, o engenheiro ambiental atua na proteção da saúde da humanidade. • Planejamento e Gestão Ambiental – Realiza estudos aprofundados sobre o impacto das atividades econômicas no meio ambiente. Com base nos estudos, planeja ações de explorações de recursos naturais com o mínimo de impacto ambiental possível (MINERGEO, 2021, p.02) A importância do engenheiro ambiental promovendo assim o contato direto com a realidade na prática, ou seja, quando existe efetivamente várias ações que envolvem o trato com a horta apresentando todo o perigo de não agir corretamente evitando assim danos à natureza e saúde humana, este profissional traz todo os procedimentos que compõe a horta, tais como o plantio, o cuidado com a terra, a adubagem, a irrigação, a questão da consciência se torna mais próxima e presente estimulando maior comprometimento. À medida que os alunos se envolvem trocam experiências e levam o conhecimento para sala de aula, havendo grandes possibilidades de culminar na percepção da família quanto à melhoria dos hábitos alimentares e do trato em relação a importância da natureza para que haja retorno de produtos de qualidade a partir do plantio. 22 Figura 2 – Alunos em ação na horta escolar. Fonte: https://blogdasonia.com.br/cidades/expansao-projeto-de-horta-escolar-ja-atende-quase-350-alunos/ A sustentabilidade deve ser abordada como questão de educação, sendo discutida em diversos contextos, inclusive de sala de aula num processo de educação ambiental, devendo ser difundida para todos sem distinção, sendo iniciada na escola como forma preventiva. O engenheiro ambiental precisa compreender que a partir da escola os caminhos para que a sociedade seja consciente de seus deveres e seu papel na atuação sustentável são traçados formando cidadãos críticos, colaborando desta forma com uma alfabetização ecológica. Tal abordagem dá margem de atuação ao engenheiro ambiental transpondo fronteiras e inserindo seu conhecimento em contextos diferenciados, buscando assim alternativas importantes para cumprimento de suas funções, em especial, do tratamento com a prevenção de degradação de recursos naturais, a partir da atuação nas escolas. https://blogdasonia.com.br/cidades/expansao-projeto-de-horta-escolar-ja-atende-quase-350-alunos/ 23 A questão da abrangência de conhecimentos e leque de possibilidade de temas traz riqueza de conteúdo quando a horta é abordada no contexto escolar. Neste sentido, Logan (2004, p.28) diz que: O desenvolvimento de projetos de implantação de hortas nas escolas pode ser uma estratégia efetiva, já que por meio da difusão da prática do cultivo de hortaliças, consegue tratar o tema preservação ambiental de forma interdisciplinar e ainda promover a reeducação alimentar, ensinando o valor nutricional dos vegetais. No cuidado com a horta, a partir do momento que todas as variáveis relacionadas aos recursos naturais que estão diretamente ligados a natureza, denota-se a questão da consciência ambiental. Neste contexto, Sato (2004, p.26) aponta que: - a educação ambiental é um direito de todos; - deve ter como base o pensamento crítico e inovador em qualquer tempo ou lugar em seus modos formal, não formal e informal promovendo a transformação e a construção da sociedade; - a educação ambiental é individual e coletiva, tendo como propósito formar cidadãos com consciência local e planetária que respeitem a autodeterminação dos povos e a soberania das nações; - a educação ambiental não é neutra, mas ideológica; e - deve converter cada oportunidade em experiências educativas de sociedades sustentáveis. A questão crítica de lidar com a temática horta favorece a criança ser inserida nesta realidade, gera o comprometimento de atuar na luta pela recuperação da natureza e na busca por evitar maiores desastres ecológicos. A educação ambiental é um processo permanente de tomada de consciência e aquisição de valores, conhecimentos e habilidades, capaz de tornar um indivíduo apto a resolver, de forma individual e coletivamente, problemas ambientais presentes e futuros (LOGAN, 2004, p.64). A temática responsabilidade socioambiental e a sustentabilidade são pautas em todo o mundo. Ao iniciar uma horta, todos os procedimentos devem levar em 24 consideração fatores diretamente ligados à questão da consciência sustentável onde as pessoas sejam responsáveis socialmente por suas ações em prol da preservação do meio ambiente. Na realidade a abordagem da na escola pode estimular a intenção dos alunos em futuramente seguir a carreira na área de Engenharia Ambiental, sendo colaborados diretos da proteção ao meio ambiente a partir da iniciativa da construção de uma horta consciente, com o correto preparo do solo e trazendo consciência ambiental. 3.3 A SUSTENTABILIDADE E SEU CONCEITO O conceito sustentabilidade surgiu na década de 80, especificamente em 1987, sendo o mais divulgado pela a Comissão Brundtland, que conforme destaca Claro e outros colaboradores (2008, p.290): A qual considera que o desenvolvimento sustentável deve satisfazer às necessidades da geração presente sem comprometer as necessidades das gerações futuras. Essa definição deixa claro um dos princípios básicos de sustentabilidade, a visão de longo prazo, uma vez que os interesses das futuras gerações devem ser analisados. Neste estudoiremos aborda a questão da sustentabilidade em prol de ações que sejam ligadas a agua, que faz parte primordial da temática de uma horta, sendo assim, a consciência da utilização deste recurso natural é de grande relevância. Importante entender a questão da Engenharia da Sustentabilidade como um pilar social de grande importância, tendo sua contribuição de destaque, segundo Quelhas e colaboradores (2011, p.07): A Engenharia da Sustentabilidade, como um novo paradigma que se insere no contexto da Década da Educação para o Desenvolvimento sustentável, apresenta-se a partir de uma perspectiva sistêmica, holística, de integração e interdisciplinaridade, além de desafiante, capaz de formar profissionais que promoverão o bem-estar dos diversos públicos impactados pela sua atuação. Sendo que esses profissionais entenderão a suas responsabilidades e implicações dos impactos das atividades desempenhadas. 25 Neste estudo iremos abordar a questão da sustentabilidade em prol de ações que sejam ligadas a água, que faz parte primordial da temática de uma horta, sendo assim, a consciência da utilização deste recurso natural é de grande relevância. Figura 3 – Símbolo Internacional da Sustentabilidade. Fonte: https://sustentabilidadeverdadesemitos.wordpress.com/2012/04/03/o-simbolo-internacional-da- sustentabilidade/ 3.3.1 SUSTENTABILIDADE E A AGUA Ao abordar sobre a água, o que engenheiro ambiental deve apresentar em seus estudos a questão da limitação deste recurso natural. A sustentabilidade requer práticas corriqueiras de proteção à agua potável no mundo visto que a mesma vem reduzindo drasticamente, levando o aluno a uma nova visão na questão da água na suaescassez, o problema da poluição com o crescimento demográfico e o uso desordenado dos Recursos naturais, levando para dentro das escolas o conhecimento da situação atual no seu país e no mundo e a relação https://sustentabilidadeverdadesemitos.wordpress.com/2012/04/03/o-simbolo-internacional-da-sustentabilidade/ https://sustentabilidadeverdadesemitos.wordpress.com/2012/04/03/o-simbolo-internacional-da-sustentabilidade/ 26 referente ao bem econômico. Segundo Rossetti (1997, p.45), bens econômicos são bens que necessitam o emprego de recursos para sua utilização: Até mesmo o ar que respiramos, aos poucos, vai se transformando em um bem econômico. O emprego de recursos para a despoluição do ar ou para evitar que a poluição ocorra está transformando o ar num bem econômico como qualquer um outro: um bem cuja existência exige o emprego de recursos”. Villiers (2002) afirma que o serviço de abastecimento de água exige a aplicação de capital e trabalho permanente de pessoal, o consumo de energia, o gasto de materiais, a manutenção de equipamentos, etc., e como são benefícios prestados, eles devem ser retribuídos com o pagamento de importância suficiente para a amortização, operação, manutenção e desenvolvimento. Essa retribuição devida pelos beneficiários geralmente é feita pelo pagamento de taxa ou tarifa, estabelecidos com base nas características e extensão do próprio benefício. É importante ressaltar desde logo que o valor da própria água, via de regra, é nulo, não se cobrando pela água, e sim apenas pelos serviços de captação, bombeamento, adução, purificação, reservação, distribuição, dentre outros. Qualquer pessoa poderá ir ao rio, se for o caso, e retirar a água necessária ao seu consumo, sem nada pagar. Porém se essa pessoa desejar receber água à sua vontade, em seu domicílio, com melhor qualidade, deverá pagar as despesas feitas para esse conforto e segurança. A água é considerada um bem econômico porque é finita e essencial para a conservação da vida e do meio ambiente e, conseqüentemente,sua escassez impede o desenvolvimento de diversas regiões, na medida em que, além da necessidade humana a água é essencial no processo produtivo de muitas empresas. Por outro lado, é tida também como um recurso ambiental, pois sua alteração adversa desse recurso pode contribuir para a degradação da qualidade ambiental. Já a degradação ambiental afeta, direta ou indiretamente, a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as 27 atividades sociais e econômicas; a fauna e a flora; as condições estéticas e sanitárias do meio; e a qualidade dos recursos ambientais”.(BORSOI, 1997, p.144) A modernização do crescimento populacional e a racional exploração de reservas naturais, especialmente as não renováveis, são responsabilidades universais, no sentido de que abrangem todas as economias, independentemente de seu estágio de desenvolvimento. As já desenvolvidas, em vista do consumo destrutivo que contribui para a exaustão acelerada das reservas não renováveis; as emergentes, pela expansão populacional geométrica e pelo caráter predatório com que avançam sobre suas próprias reservas naturais. Os usos da água dentro de uma bacia hidrográfica ou aqüífero são interdependentes. As retiradas de água em uma parte da bacia reduzem a disponibilidade para outros usuários; o bombeamento da água subterrânea feito por um usuário pode rebaixar o lençol freático e aumentar os custos de bombeamento para todos os usuários; a poluição causada por um usuário afeta outros na bacia - na maioria das vezes, os que se encontram a jusante. Tais interdependências sugerem que algumas regras acordadas por todos os usuários - ou, na falta delas, regulamentações do governo e/ou tarifas - poderão aumentar o valor social dos recursos hídricos.” (RODRIGUES, 1998, p.28). De acordo com Rodrigues (1998), a importância da tarifação e de outros incentivos visando encorajar os consumidores a adotarem práticas eficientes de uso da água depende do valor relativo da água. Quando há abundância de água de boa qualidade - e barata - não compensa investir em planos de monitoramento e em sistemas de tarifação de alto custo. A demanda das populações por água depende dos padrões e costumes de uso, da renda, de sua localização urbana ou rural, da disponibilidade de água e outros fatores. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as populações rurais de países em desenvolvimento consomem entre 35 e 90 litros de água por habitante/dia. Entretanto, em alguns desses países verifica-se um consumo de até cinco litros d’água por habitante/dia, o mínimo necessário para manter a vida. (BORSOI, 1997, p.145). 28 Segundo Lopez (1999), além de ser considerado um país rico em recursos hídricos o Brasil apresenta baixos níveis de uso, de acordo com os critérios das Nações Unidas, a utilização de água em todos os estados brasileiros situa-se entre muito baixa (menos de 100m³/habitante/ano) e baixa (entre 100m³ e 500m³/habitante ano), mas nestes dados são inclusos apenas o montante fornecido pelas companhias de saneamento, sem incluir o auto abastecimento das indústrias e dos agricultores, por meio de poços e uso direto da água dos rios. “No Brasil, até nos estados mais populosos ou com menos recursos hídricos, não falta água, mas uma cultura que combata o desperdício e a degradação da qualidade”. (LOPES, 1999, p.56). De acordo com Bello (2000), mesmo nas regiões secas do Nordeste, onde está quase um terço da população e apenas 3,3% das disponibilidades hídricas do país, as águas seriam suficientes para atender a demanda, se não fossem os problemas da falta de gerenciamento adequado e a contaminação de corpos hídricos e mananciais. A escassez natural da água doce no mundo, agravada pela poluição, crescimento demográfico e uso desordenado dos recursos naturais, sinalizaa água como um bem econômico a cada dia mais raro. Foi realizada uma análise da escassez da água potável no contexto econômico para a demanda da população em relação ao consumo de água. Foram apresentadas fontes alternativas de abastecimento e suas viabilidades econômicas de implantação,além de analisar a questão da Educação Ambiental como fator de conscientização e necessidade de preservação dos recursos hídricos. Espera-se contribuir para o esclarecimento e conscientização da água para a continuação da vida de forma mais saudável, seja através da tarifação do uso dos recursos hídricos, ou pela adoção de fontes alternativas de abastecimento e pela conscientização através da Educação Ambiental, essa de suma importância. 3.3.2 SUSTENTABILIDADE E AS LEIS AMBIENTALISTAS A sociedade em si deve estar consciente da questão da sustentabilidade e da grande relevância do tema, bem como as escolas em geral, formando cidadãos com 29 pensamento crítico de atuação social O engenheiro ambiental deve sustentar posicionamento idealista sobre a questão da sustentabilidade levando sempre possibilidades que sejam remetidas ao tema. Requer então que haja conhecimento da legislação vigente visto que a mesma respalda sobre questões ambientais. A seguir listamos algumas das principais leis brasileiras no âmbito ambientalista, levando em consideração também as resoluções importantes do CONAMA- Conselho Nacional do Meio Ambiente, conforme apresenta Rosa (2017, p.01-03) Lei da Política Nacional do Meio Ambiente – Número 6.938 de 17/01/1981 - Instituí a PNMA e o Sisnama, estipulando e definindo, dentre outros preceitos, que o poluidor é obrigado a indenizar danos ambientais que causar, independentemente da culpa e que o Ministério Público pode propor ações de responsabilidade civil por danos ao meio ambiente, impondo ao poluidor a obrigação de recuperar e/ou indenizar prejuízos causados. Criou ainda obrigatoriedade dos estudos e respectivos relatórios de impacto ambiental. Lei dos Crimes Ambientais – Número 9.605 de 12/02/1998 - Responsável pela reordenação da legislação ambiental brasileira no que se refere às infrações e punições. Dentre várias inovações e determinações, destaca-se, por exemplo, a possibilidade de penalização das pessoas jurídicas no caso de ocorrência de crimes ambientais estipulados pela própria lei. Lei de Recursos Hídricos – Número 9.433 de 08/01/1997 - Instituí a Política Nacional de Recursos Hídricos e cria o Sistema Nacional de Recursos Hídricos. Define a água como recurso natural limitado, dotado de valor econômico, que pode ter usos múltiplos – consumo humano, produção de energia, transporte, lançamento de esgotos. A lei prevê também a criação do Sistema Nacional de Informação sobre Recursos Hídricos para a coleta, tratamento, armazenamento e recuperação de informações sobre recursos hídricos e fatores intervenientes em sua gestão. Novo Código Florestal Brasileiro – Número 12.651 de 25/05/2012 - Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa, tendo revogado o Código Florestal Brasileiro de 1965. Desde a década de 1990, a proposta de reforma do Código Florestal suscitou polêmica entre ruralistas e ambientalistas. 30 Lei do Parcelamento do Solo Urbano – Número 6.766 de 19/12/1979 - Estabelece as regras para loteamentos urbanos, proibidos em áreas de preservação ecológicas, naquelas onde a poluição representa perigo à saúde e em terrenos alagadiços Lei da Exploração Mineral – Número 7.805 de 18/07/1989 - Regulamenta as atividades garimpeiras. Lei da Ação Civil Pública – Número 7.347 de 24/07/1985 - Lei de interesses difusos, trata da ação civil publica de responsabilidades por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor e ao patrimônio artístico, turístico ou paisagístico, de responsabilidade do Ministério Público Brasileiro. Lei da Política Nacional dos Resíduos Sólidos – Número 12.305 de 02/08/2010 - Lei que estabelece a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, responsável pela implementação de programas e mecanismos que visam promover a boa gestão e descarte de resíduos sólidos provenientes da ação humana, principalmente decorrente de atividades econômicas. 3.4 O PAPEL DO ENGENHEIRO AMBIENTAL EM ASPECTOS RELEVANTES DE UMA HORTA DE QUALIDADE A atuação do engenheiro ambiental em linhas gerais se dá a partir da proteção do meio ambiente através de ações que irão promover a qualidade devida. Este profissional atua em prol de soluções efetivas para melhoria da qualidade dos recursos naturais bem como a proteção. De forma geral, o papel do engenheiro ambiental conforme aponta Seo (2015, p.02): O engenheiro ambiental atua na redução dos impactos ambientais gerados pela ação do homem: sejam eles na água que bebemos, no solo que plantamos ou no ar que respiramos. Lembrando que as soluções propostas por esse profissional não levam em conta apenas as questões ambientais, mas também os impactos econômico e social. Afinal, esse é o significado mais amplo do conceito de sustentabilidade. 31 Na realidade, o papel do engenheiro ambiental é intervir em culturas já existentes e lutar por modificar questões já arraigadas lutando em pro da melhoria de questões de vários aspectos que podem impactar diretamente na vida das pessoas e também da natureza. Neste sentido: Na prática, o desafio não é simples: o engenheiro ambiental tem o dever de propor formas eficazes de melhorar a qualidade de vida das pessoas, mas de maneira que elas também sejam economicamente viáveis e, principalmente, que respeitem a natureza (SEO, 2015, p.03). Modificar culturas existentes requer paciência e bastante preparo e conhecimento de fato, transformar hábitos já existentes requer tempo e a questão da revisão de atitudes antes tomadas e que terão outros rumos. Quando o indivíduo interfere no meio ambiente de forma positiva, preocupado com o legado que suas intervenções momentâneas podem deixar para as gerações futuras, ele passa a exercer seu papel social como responsável pelo meio ambiente ao qual está inserido (ROCHA e COLABORADORES, 2019, p.13) Podemos classificar a atuação do engenheiro ambiental como forma de intermediar situações onde existe uma forma desvirtuada de percepção sobre a importância dos recursos naturais. Há de se pontuar que os recursos naturais estão cada vez mais escassos, vide a questão da redução da água doce no mundo, a redução das florestas a partir da ação humana, diante da redução da camada de ozônio. Identificar os princípios da educação ambiental expondo sua importância na formação do indivíduo como ser integrante da natureza, fomentar nas crianças e adolescentes o interesse por práticas ambientais sustentáveis através da elaboração de uma horta ecológica, desenvolver o método da compostagem utilizando os resíduos orgânicos provindos da merenda escolar e conscientizar os envolvidos no projeto sobre sua atuação para promoção de uma sociedade mais sustentável (ROCHA e COLABORADORES, 2019, p.04) 32 Todas estas questões devem ser pertinentes na atuação do engenheiro ambiental, mesmo diante de uma abordagem da criação e trato de uma horta, há as possiblidades de conscientização, disseminado conhecimento e busca por um mundo mais saudável. Tendo o respaldo de legislações específicas que dão suporte ao seu trabalho, o engenheiro se calça da lei em prol de assumir suas verdades e assim poder justifica. Logo, quando se responsabiliza por levar o conhecimento se comprometa consigo mesmo, com a população em geral e com a natureza, sendo intermediário em todo esse processo. A promoção da Educação Ambiental passa a ser vista como uma oportunidade para os alunos sejam sensibilizados em prol da conservação e conservação do meio ambiente, compreendendo que suas atitudes locais podem ter reflexos globais. A Educação Ambiental aplicada nas escolas, reforça nesse ambiente os valores primordiais dessa prática, fazendo com que os alunos reconheçam a importância de cuidar do meio ambiente, em busca de uma sociedade mais sustentável (ROCHA e COLABORADORES, 2019, p.10) O papel do engenheiroambiental ultrapassa barreiras quando o mesmo se despe de suas vaidades e amplia seu leque de atuação. A escola se torna seu campo de atuação em prol da consolidação de um projeto responsável, em troca de gerar conhecimentos e buscar novas alternativas de proteção ao meio ambiente. 33 4. METODOLOGIA 4.1 CLASSIFICAÇÃO DO TIPO DE PESQUISA A pesquisa será básica com uma abordagem qualitativa com objetivos explicativos voltados para um método bibliográfico. O estudo tem uma base descritiva e exploratória porque dispôs de fundamentação teórica e de dados, para obtenção de conceitos relevantes ao tema e sustentação dos argumentos empregados na questão da importância do engenheiro ambiental na qualidade da horta, que possibilite uma maior compreensão deste assunto. 4.2 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS Para a construção do estudo a coleta de dados será instrumentalizada a partir de sites especializados, autores conceitos com artigos e publicações acadêmicas bem como livros voltados para a temática em prol de alcançar informações pertinentes para o trato da pesquisa em tela. Inicialmente para compreensão dos aspectos relevantes da importância do engenheiro ambiental na qualidade da horta é realizada um pesquisa bibliográfica com teóricos que abordam a partir de estudos realizados em sites tais como Google Acadêmico, Scielo e Bireme. Registramos a dificuldade em encontrar bibliografia especializada no assunto. A coleta de dados se deu através de obras impressas, artigos, livros, periódicos, livros digitais, e acesso à web site, artigos científicos, teses e dissertações. A busca na rede foi feita por meio do uso das seguintes palavras- chave: Engenheiro Ambiental. Escola. Horta. Qualidade de vida. Sustentabilidade. A partir de então, para a construção deste estudo foram utilizados todos os materiais encontrados, tendo como destaque alguns autores que colaboraram com seus estudos tais como: Capra (2008), Galli e Attadia (2012) e Logan (2004) 34 A construção do estudo de caso se deu a partir da sugestão da criação de um projeto voltado “Solo Fértil” para escola da rede pública de ensino e não efetivamente o seu funcionamento com dados conclusivos, do tipo população, características, conclusões e sim a intenção de um projeto intermediador. 4.3 ANÁLISE DOS DADOS Após serem coletados, os dados foram separados, digitalizados e organizados em pastas dentro de um diretório no computador. Neste diretório, os mesmos foram dispostos em subpastas de acordo com os objetivos da pesquisa que atendiam. Assim sendo, foram utilizados métodos e técnicas de pesquisa com o objetivo de explicar de forma sistemática, os dados quantitativos e numéricos encontrados no estudo, relativas a fatores provenientes da importância do engenheiro ambiental na qualidade da horta, que possibilite uma maior compreensão deste assunto. A partir da análise dos dados frente as informações geradas a partir dos estudos de autores conceitos e temas relevantes importante salientar o papel da conscientização da horta em prol da qualidade de vida, especialmente no paralelo de atuação do engenheiro ambiental na promoção de conhecimento no ambiente escolar, tendo disseminador do conhecimento para a vivência de um mundo melhor. Dessa forma, a análise dos dados deve ser direcionada ao conhecimento e acima de tudo a busca por melhoria de cenários. O foco do estudo deve colaborar para uma sociedade melhor, neste caso, o engenheiro ambiental com seus conhecimentos técnicos colaborando diretamente com a educação em prol de promover melhor qualidade de vida e conscientização de futuros cidadãos, os alunos. 4.4 ASPECTOS ÉTICOS Toda metodologia utilizada, em especial, de consulta a livros e artigos 35 científicos manteve a base da citação em sua integridade, de forma ética aos estudos realizados, contextualizando a temática desta pesquisa. Todo o trabalho foi realizado de forma idônea e sem plagio, a partir de interesse pelo tema bem como experiências vivenciada ao longo do curso em questão. 36 5. ESTUDO DE CASO Dentro deste contexto de tudo discutido e apresentado ao longo deste estudo reforça a importância da atuação do engenheiro ambiental frente ao conhecimento adquirido e suas habilidades colaborativas em prol de uma horta de qualidade. Logo, podemos vislumbrar a situação da possibilidade da criação de um projeto “Solo fértil” a partir da parceria com escolas, em especial públicas, desenvolvendo a ideia de hortas sustentáveis, sem adição de produtos tóxicos, em busca da propagação de uma alimentação saudável e, acima de tudo, de proteção ao meio ambiente. A necessidade urgente de gerar consciência ecológica aos cidadãos é latente diante dos riscos que a natureza vem sofrendo em sua magnitude. São problemas ambientais cada vez maiores, a escassez de solo fértil, a diminuição de água potável, o avanço do desmatamento e o uso cada vez maior de fertilizantes e agrotóxicos, todo essas situações colaboram para que a sociedade se torne crítica em relação a tais problemas e, na escola, a importância como foco de discussão e possibilidade disseminar informação se torna grande polo de atuação para que a sociedade se envolva. Toda a questão da problemática envolvendo o solo em relação a sua importância quando o mesmo não está ideal e quando também o mesmo sofre consequências que o transforma infértil para o plantio e/ou utilização em locais como a horta. A realidade é que se torna urgente a busca pela consciência da grande massa em prol da saúde do meio ambiente e do universo em sim, e a escola, como grande propagadora da educação é uma grande possibilidade de acesso a informações criando uma rede de conhecimento, visto que a partir do que é aprendido nas salas de aulas, as crianças se tornam fonte de divulgação em suas casas, atingindo assim a sociedade em geral. O engenheiro desenvolveria o projeto, apresentando a Secretaria Municipal de Educação de cada município, com a ideia central e a partir de entãoatuaria com palestras conscientizadoras, destacando acima de tudo as problemáticas envolvendo a má utilização do solo, o solo ideal, dentre outras características, 37 abordando a importância de um terreno livre de agrotóxicos que culminaria com a produção de hortifrutigranjeiros de qualidade, estendendo todo esse processo para uma saúde de qualidade. Paralelamente a ministração das palestras haveria a prática com trato da horta, construindo um espaço específico em cada escola e orientando os professores, especialmente de disciplinas ligadas a temática, tais como Ciências, Geografia e Biologia a associar a teoria dada em sala de aula à prática numa lógica de interdisciplinaridade. Isto porque como Capra (2008) em seus estudos apresentou de que a criança é propícia a absorver o conhecimento frente a sua essência biológica de forma sensorial e isto se torna muito positivo a partir do momento em que a mesma transmite esse conhecimento levando para dentro de casa, no contato com seus pais, irmãos e em geral, para toda a família. Todo esse procedimento de influenciar a família a partir do contato direto com a construção da horta com a participação efetivas palestras é relevante para a função do engenheiro ambiental como expresso no referencial teórico que é criar a consciência da importância do pensamento crítico em relação a utilização dos recursos naturais e a prática da alimentação saudável. A partir de todo esse contexto, a atuação do engenheiro ambiental pode estar atrelada a questão da Agenda 2030, instituída pela ONU noano de 2015 que inclui o cumprimento de 17 objetivos de Desenvolvimento Sustentável para os próximos 15 anos. O engenheiro ambiental atuando a partir de metas para cumprir os relativos a área ambiental. Tal agenda é um esforçoconjunto, de países, empresas, instituições e sociedade civil. Os ODS buscam assegurar os direitos humanos, acabar com a pobreza, lutar contra a desigualdade e a injustiça, alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento de mulheres e meninas, agir contra as mudanças climáticas, bem como enfrentar outros dos maiores desafios de nossos tempos. 38 Figura 4- Os 17 objetivos sustentáveis. Fonte: https://www2.ufjf.br/noticias/2019/04/01/workshop- propoe-acoes-para-desenvolvimento-sustentavel/ Especificamente o engenheiro ambiental atuaria no desenvolvimento do projeto, sem fins lucrativos, e assim delegando a execução por voluntários organizados em alguns núcleos, onde há a escuta das necessidades da comunidade local estabelecendo assim uma conexão, tendo como quatro pilares principais: Engenharia, Educação, Sustentabilidade e Voluntariado. Dentro do contexto apresentando nesta pesquisa o engenheiro ambiental pode criar oficinas abordando a estrutura completa para a construção de uma horta e dentro desta abordagem relacionar os problemas, em especial, a questão do solo e sua influência na qualidade da horta, destacando a questão da infertilidade e dos riscos à saúde a partir da utilização de agrotóxicos e fertilizantes químicos. A importância da lida das crianças com o solo, aprendendo tudo o que compõe uma horta é de grande relevância para a conscientização em relação a sustentabilidade, ponto abordado por Galli e Attadia (2012) em seus estudos, que a https://www2.ufjf.br/noticias/2019/04/01/workshop-propoe-acoes-para-desenvolvimento-sustentavel/ https://www2.ufjf.br/noticias/2019/04/01/workshop-propoe-acoes-para-desenvolvimento-sustentavel/ 39 partir da prática ambiental estimula a criança a pensar criticamente e se envolver em contextos ambientais. Outro ponto relevante na situação do projeto é estimular a criança a desenvolver habilidades tais como espírito de liderança, pensamento criativo e crítico, respeito à opinião diferenciada e acima de tudo, aprender a lidar com questões negativas, como frustração, insegurança e medo. Cabe a este profissional replicar o conhecimento da tecnologia social a partir de capacitação e orientação de peças chaves de liderança, em especial na atuação nas escolas, em prol de gerar impactos transformadores. No escopo inicial do projeto a escuta aos professores para entender a realidade onde será implementado é grande relevância isto porque o engenheiro ambiental poderá aplicar seus conhecimentos consciente do campo onde irá atuar. Ter todo o feedback em busca de uma atuação segura gera melhoria na qualidade do projeto potencializando as ações. O engenheiro ambiental deve criar um cronograma estipulando cada etapa do projeto “Solo fértil”, e a medida que cada fase vai avançando, estimular novas turmas, indo além da escola, mas atendendo também a crianças da comunidade em prol da disseminar a cultura da sustentabilidade para todos do entorno escolar. Atrair a família para dentro da escola, apresentando soluções práticas na melhoria do consumo de alimentos saudáveis estimulando as famílias a manutenção de uma horta caseira é um dos pontos relevantes. Outra questão quanto ao cardápio das escolas, em especial as públicas que, a partir da colheita do que foi produzido na horta pode ser inserido na merenda escolar, levando a criança a perceber que faz parte de todo esse contexto. O projeto é muito abrangente indo além da escola, visando mudar culturas e abrir novos pensamentos em prol de uma sociedade melhor. A sustentabilidade é um assunto de grande relevância que deve ser discutido, a horta é uma das ferramentas que tornam possível essa pauta e o engenheiro ambiental o responsável por trazer à tona toda essa explosão de ideias e de novos conhecimentos. Isto porque a educação transforma o mundo, porém podemos inicialmente 40 denominar mundo o próprio ser humano, pois é através de suas ações que o mundo é constituído e este, ao longo de sua existência é moldado por regras e normas sociais, que podemos denominar educação. O homem vai se construindo de crenças e valores aprendidos em sociedade, ou seja, através da cultura de onde ele é inserido, a educação vai moldando o seu comportamento. Este se comportará de acordo com a sociedade em que vive, respondendo diferenciadamente aos estímulos e às necessidades de seu meio ambiente e de seu tempo. A educação não teria então sentido se não estivesse voltada para a promoção do homem. A educação e seus métodos se fazem essencial pois através destes o homem se conscientiza de seus limites, sob a atuação de regras, há uma melhor possibilidade de vida em sociedade. Mesmo sob regras e limites, o homem vive de forma desordenada, sem aplicação da educação em sua vivência diária, e assim, como discutido nesta abordagem sofre consequências drásticas, ameaçando o próprio planeta, como a questão do risco ambiental proporcionado pelo aquecimento global, por exemplo, dentre outros riscos ambientais. 41 6. RESULTADOS E DISCUSSÕES O clamor da natureza em prol de mudanças comportamentais do ser humano se reflete no contexto que vivenciamos com as bruscas mudanças climáticas gerando grandes incidentes naturais, tais como enchentes, furacões, vulcões desativado em erupção, desmatamento gerando problemas na camada de ozônio, diminuição da agua potável, grande acumulo de lixo e também derretimento de grandes geleiras. A partir deste estudo, a importância da influência de um profissional do gabarito de um engenheiro ambiental seja com qualquer atitude de modificar ações contrárias ao que a natureza constantemente vem sofrendo é de grande valia. A ideia da horta e suas vertentes em prol da qualidade é apresentar que o conhecimento não deve ser restritivo, mas abrangente para as grandes massas e a escola como grande propulsora do conhecimento é uma parceria de grande colaboração neste contexto. A prática do projeto nas escolas públicas traz a realidade na discussão sustentável a partir da construção de uma horta, que trata diretamente de aspectos fundamentais para a recuperação e/ou manutenção do que ainda resta da natureza. A discussão relevante em relação a presença do engenheiro ambiental no ambiente escolar a partir do projeto em questão destaca que existe a abrangência de atuação deste profissional em prol de cumprir seu papel, permeando ambientes diferenciados. O projeto se torna porta aberta para que crianças sejam conscientes de seu papel na sociedade tratando da temática sustentabilidade de forma clara a partir do contato com a horta. Ao entender as limitações de uma horta de qualidade, tanto em relação ao solo e seus problemas quanto à fertilidade quanto a agua, vide a escassez deste recurso no planeta se torna imprescindível a atuação do engenheiro ambiental com conhecimento de grande relevância na contribuição de uma sociedade sustentável que acima de tudo preze pelo bem estar das pessoas em busca de qualidade de vida. Os resultados que são esperados são referentes a mudanças 42 comportamentais a partir da semente fincada no conhecimento, na essência de entender que o solo, a água, a boa alimentação, a preservação, são temáticas que devem se estender para toda a vida. O universo precisa de atitudes sustentáveis e a partir da ideia da horta e toda a sua repercussão em busca de consciência sustentável, onde o aluno absorve o conhecimento e, naturalmente irá disseminar para a família que vive. A técnica do engenheiro ambiental a partir do conhecimento apurado do solo e dos outros componentes imprescritíveis para uma hora de qualidade faz com que a disseminação do seu conhecimento gere atitudes responsáveis a partir das crianças e também de todo entorno onde estas vivem. Aliar a escola com a engenharia neste sentido é de grande relevância em prolde um futuro sustentável. Salvar o meio ambiente requer pensar em ações que façam a diferença. Ao lidar com o solo, por exemplo, existem diversas possibilidades de se abordar assuntos tais como a questão da decomposição dos materiais, destacando que um copo descartável, por exemplo, se for despejado no solo, durante muitos e muitos anos para ser absorvido, o que traz consequências maléficas tanto para a natureza quanto para a saúde humana visto que nossa alimentação provém da terra e do plantio. Ao abordar a questão a discussão que é gerada de um resultado ideal acima de tudo é de que pessoas se tornem conscientes do seu papel sustentável em busca de uma sociedade melhor, onde a natureza não sofra tanto com ações realizadas pelo próprio ser humano. O exemplo de uma horta é um grande impulso para que a partir da simplicidade possa ser compreendo que muito se pode chegar basta que exista um respeito pela natureza e acima de tudo pelo próprio ser humano, pois quando se há desmatamento, poluição, o ser humano deixa de utilizar e também promove tal licitação aos outros. 43 7. CONCLUSÃO O estudo traz em seu bojo uma temática que se desdobra numa questão de extrema importância nos dias atuais: sustentabilidade e melhoria da qualidade de vida. A partir do entendimento da importância de uma horta, com suas abrangências, e possível utilizar este contexto e ir mais além, trazendo toda a discussão para o ambiente escolar sob o respaldo deum profissional gabaritado coo competência para lidar com o assunto e por em práticas as funções pertinentes a sua escolha profissional. Ao longo do desenvolvimento deste trabalho podemos concluir que prevenir ações destrutivas que levam a contaminação do solo é muito mais positivo do que reparar o dano causado. O trabalho de atuação em prol da conscientização, trazendo um exemplo fácil de ser trabalho e acessível dentro da temática horta, utilizando o solo como facilitador da compreensão das problemáticas enfrentadas e assim traçando metas para que haja a conscientização em prol da proteção da natureza. Cabe ao engenheiro ambiental ampliar o conhecimento da população, atingindo uma de suas funções enquanto profissional que é atuar em prol da proteção dos recursos naturais. A escola se torna um excelente cenário para tal atividade. A inserção da cultura de sustentabilidade na prática é uma grande possibilidade em prol do futuro do meio ambiente. A partir de opções sustentáveis de forma voluntária torna saudável toda uma sociedade em relação à consciência ecológica. Na realidade, seja a partir da abordagem de uma horta ou de qualquer outra ação relacionada ao meio ambiente, é dever de cada cidadão zelar pela natureza e pela racionalização dos recursos naturais. O que o engenheiro ambiental propõe fazer em sua ação é seu comprometimento profissional como uma de suas funções, porém também como cidadão, consciente do papel social, estimular o bom uso de recursos e promoção da saúde humana. Problemas ambientais de um passado cruel não podem continuar refletindo na sociedade futura, é preciso que os cidadãos futuros, em especial, as crianças na 44 escola tenham a consciência e a responsabilidade social de proteção à natureza, sendo parte integrante deste processo. A discussão a partir da horta na escola, numa forma mais próxima da assimilação do conhecimento com abordagem prática para estímulo do conhecimento faz com que o engenheiro aplique seus conceitos e abranja sua atuação de forma responsável. Atendendo aos objetivos iniciais, destacamos os impactos do solo contaminado gerando consequências drásticas tanto para a horta quanto para o consumo, gerando assim causas irreversíveis como a própria morte. A sustentabilidade é a temática do futuro, especialmente na sala de aula, sendo o engenheiro ambiental o mentor na atuação a partir da colaboração de aspectos de consciência ambiental sobre a utilização dos recursos naturais, onde além de ser decisiva sua atuação enquanto profissional especializado na construção de uma horta de qualidade bem como na questão de gerar consciência crítica em prol de conhecimento sustentável. Na escola, a criança absorve grande parte de sua bagagem cultural. Daí a importância de uma educação voltada para o desenvolvimento de um cidadão crítico e que tenha visão para modificar o mundo que o cerca importante inserir a discussão no dia a dia tendo como pilar um profissional garantido como o engenheiro ambiental visto que o homem vem sofrendo as consequências de atos contra a natureza e a mesma vem reagindo de forma violenta. Tudo isto porque não houve um respeito, através das práticas educativas, como a preservação de rios e quanto à questão do tratamento do lixo. Assim, o homem como resultado de sua inconsequência, colhe os frutos de sua ignorância, que nada mais é do que falta de conhecimento (educação). Vivemos hoje num mundo que passa por uma crise de valores éticos, o que apresenta a falta que faz a educação em relação à construção de uma consciência crítica, que gera um desenvolvimento pleno/total ao ser humano. Com o desenvolvimento desta pesquisa ficou clara a importância da atuação do engenheiro ambiental colaborando diretamente no contexto escolar no trato de uma horta em prol da qualidade da mesma prezando pela otimização dos recursos considerando a sustentabilidade e a questão orgânica. 45 Concluímos que educar de forma a pensar no meio ambiente se configura numa grande arma em prol da sociedade equilibrada em prol da sustentabilidade com grandes possibilidades de transformação do meio em que o ser humano está inserido, especial no contexto escolar. Toda a busca metodológica pelo material utilizado supriu as expectativas para o alcance o atendimento central do papel. A atuação no projeto pode proporcionar maior experiência no lado humano, na sensibilização de buscar soluções práticas para um futuro sustentável. 46 8. REFERÊNCIAS AMBSCIENCE. Principais causas de solos contaminados. 2021. Disponível em: https://ambscience.com/solos-contaminados/ Acesso realizado em: 18/11/2021. BORSOI, Z. M. TORRES, S. D. A. Revista do BNDES. Rio de Janeiro: v. 4, n. 8, dez. 1997. BRASIL.Política Nacional de Meio Ambiente. Lei 6938/1981. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm. Acesso realizado em: 15/11/2021 BRASIL. Lei n. 9.795, de 27 de abril de 1999. Política Nacional de Educação Ambiental. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 27 de abril 1999. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9795. htm>;. CALIIJURI, Maria do Carmo; CUNHA, Davi Gasparini Fernandes. Engenharia ambiental:conceitos, tecnologia e gestão. Rio de Janeiro:Elsevier, 2013. CAPRA, F. Alfabetização Ecológica: O desafio para a educação do século 21. In: TRIGUEIRO, A. et al. Meio ambiente no século 21: 21 especialistas falam da questão ambiental nas suas áreas de conhecimento. 5. ed. Campinas: Armazém do Ipê (autores Associados), 2008. CLARO, Priscila Borin de Oliveira;CLARO, Danny Pimentel Claro; AMANCIO, Robson. Entendendo o conceito de sustentabilidade nas organizaçoes. R.Adm., São Paulo, v.43, n.4, p.289-300, out./nov./dez. 2008 GALLI, Rafael Altafin;ATTADIA, Lesley Carina do Lago. O processo Educação Ambiental por meio hortas escolares: um es tudo de caso em uma instituição de ensino municipal de Educação Infantil do município de Ribeirao Preto – SP. 2012. Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2012_TN_STO_167_970_20454.pdf. Acesso realizado em: 15/11/2021. GIONGO, Vanderlise;CUNHA, Tony Jarbas F. Manejo do solo. EMBRAPA SEMIÁRIDO. Agosto: 2010. LOGAN, Lucia. A escola sustentável: eco alfabetização pelo ambiente. São Paulo - imprensa oficial do estado de São Paulo. Pirenópolis Polis, GO: IPEC, 2004. https://ambscience.com/solos-contaminados/http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9795 http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2012_TN_STO_167_970_20454.pdf 47 LOPEZ, Immaculada. Água. SãoPaulo: n. 333, , mai./jun. 1999. LUZ, Maria José da Silva; FERREIRA, Gilvan Barbosa; BEZERRA, José Renato Cortez. Adubação e correção do solo: procedimentos a serem adotados em função dos resultados da análise do solo. Circular Técnica. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Capina Grande (PB), 2002. MINERGEO. Entenda a função e a importância de um engenheiro ambiental. 2021. Disponível em: https://minergeo.com.br/2021/01/29/entenda-a-funcao-e-a- importancia-de-um-engenheiro-ambiental/ Acesso realizado em: 18/11/2021. QUELHAS, Osvaldo Luiz Gonçalves;FRANÇA, Sergio Luiz Braga; TRAVINCAS, Rafael. O ensino da sustentabilidade na formação do engenheiro: proposta de diretrizes. 2011. Disponível em: https://www.inovarse.org/sites/default/files/T11_0414_1948.pdf. Acesso realizado em: 23/11/2021. ROCHA, Eloy;M.R. Santos, Ana Cláudia; LEITE, Caetano, Gerusa; PERGIGÃO, Mireile; MEDEIROS, Gontijo Hebert. Horta ecológica e compostagem como educação ambiental desenvolvida na Fundação Crê - Ser em João Monlevade/MG. Research, Society and Development, vol. 8, núm. 2, 2019 RODRIGUES, Fernando Antônio. Gerenciamento de Recursos Hídricos. Brasília: Secretaria dos Recursos Hídricos, 1998. ROSA, Eliel Matias da.Principais leis ambientalistas brasileiras. 2017. Disponível em: https://www.inbs.com.br/principais-leis-ambientais-brasileiras/Acesso realizado em: 23/11/2021. ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia. 17 ed. São Paulo: Atlas, 1997. SATO, M. EducaçãoAmbiental. São Carlos: Rima, 2004 SEO, Emília Satoshi Miyamaru. Como é o trabalho de um engenheiro ambiental. 2015. Disponível em: https://www.blogsenacsp.com.br/carreira-engenheiro- ambiental/ Acesso realizado em: 12/11/2021. VILLIERS, Marque de. Água. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002. https://minergeo.com.br/2021/01/29/entenda-a-funcao-e-a-importancia-de-um-engenheiro-ambiental/ https://minergeo.com.br/2021/01/29/entenda-a-funcao-e-a-importancia-de-um-engenheiro-ambiental/ https://www.inovarse.org/sites/default/files/T11_0414_1948.pdf https://www.inbs.com.br/principais-leis-ambientais-brasileiras/ https://www.blogsenacsp.com.br/carreira-engenheiro-ambiental/ https://www.blogsenacsp.com.br/carreira-engenheiro-ambiental/ UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – RJ ASPECTOS RELEVANTES DO PAPEL DO ENGENHEIRO AMBIENTAL NA QUALIDADE DO PREPARO DE UMA HORTA NOME NITERÓI 2021 AGRADECIMENTOS RESUMO ABSTRACT LISTA DE FIGURAS SUMÁRIO 2. OBJETIVOS 14 3. REFERENCIAL TEÓRICO 15 4. METODOLOGIA 33 5. ESTUDO DE CASO 36 7. CONCLUSÃO 43 1. INTRODUÇÃO 2. OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 3. REFERENCIAL TEÓRICO 4. METODOLOGIA 5. ESTUDO DE CASO 6. RESULTADOS E DISCUSSÕES 7. CONCLUSÃO 8. REFERÊNCIAS
Compartilhar