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Semiologia Exame Físico do Aparelho Locomotor

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EXAME FÍSICO DO APARELHO LOCOMOTOR 
CONCEITOS 
Contusão: trauma por objetos contusos, “pancadas”, gerando lesão muscular, edema e equimose. 
Entorse: movimento torcional que pode alterar estruturas anatômicas e gerar equimose. 
Luxação: perda de continuidade anatômica da articulação. Se ocorrer no meio do osso, é considerado 
fratura. É uma condição grave, por rasgar tendões e músculos, podendo também comprimir feixes 
vasculo-nervosos e formar trombos. Precisa ser reduzido imediatamente. 
Fratura: perda de continuidade anatômica de seguimento ósseo ou de cartilagem. 
 
ANAMNESE 
- Idade: displasias ósseas (RN), raquitismo (criança), osteoporose e neoplasias (idoso) 
- Gênero: osteocondrite (homens), osteoporose (mulheres) 
- Ocupação: ostealgia, deformidade 
Obs: é importante conhecer a normalidade dentro do espectro de variação (comparar bilateralmente). 
 
CARACTERIZAÇÃO DA DOR 
- Local: - Epífise: doenças inflamatórias e degenerativas, como AR 
 - Metáfise: neoplasias, artrites inflamatórias e traumáticas 
 - Diáfise: fraturas, problemas posturais 
 - Seguimentos múltiplos: nociplásticas 
- Caráter: choque, pontada, queimação, pulsátil, constritiva, gradativa, surda 
- Intensidade: 1 a 10 
- Irradiação: caracterizar irradiação em ascendente, descendente, lateral 
- Duração e frequência: intermitente, ininterrupta, reincidente 
- Cronologia e evolução: se tem piorado, melhorado ou se mantém 
- Fatores agravantes e atenuantes: movimento, estase, medicação 
- Manifestações associadas: outros sintomas em concomitância 
 
EXAME FÍSICO 
Observar, na inspeção, a presença de deformidades: 
- Caroços, tumefações 
- Varismo (dentro) ou valgismo (fora) 
- Cifose, escoliose, cifoescoliose 
 
 
 
EXAME FÍSICO DO OMBRO 
 
1. Inspeção 
1.1 Inspeção Estática 
Deve ser feita em posição anatômica. 
- Vestígios de lesão traumática (edema, equimose, cicatrizes, sinal de Dragona = luxação anterior) 
- Deformidades da coluna cervical e torácica com repercussão no formato (retrações, abaulamentos), 
posição e simetria. Observar proeminências ósseas, clavículas, coluna dorsal. 
- Alterações no relevo muscular, observando hiper ou hipotrofias, contrações e retrações. 
 
1.2 Inspeção Dinâmica 
- Amplitude dos movimentos respiratórios. 
- Arcos de elevação normal 170º, abdução 110º, adução 45º, extensão 60º, rotação interna e externa. 
Obs: pacientes com hiperabdução podem ter frouxidão ligamentar ou exacerbação de colágeno tipo II. 
 
2. Palpação 
- Manipulação do ombro. 
- Temperatura e textura. 
 
TESTES PROVOCATIVOS DO OMBRO 
Teste de Impacto de Neer: elevação passiva do membro acometido com extensão do cotovelo e 
pronação do antebraço. Indica danos ao tendão do músculo supra-espinhal. 
Teste de Impacto de Hawkins Kennedy: o examinador deve mover o braço testado a 90º de flexão 
para frente e cotovelo a 90º, em seguida apoiar o ombro e realizar rotação interna até fim ou dor. 
Positivo se for relatada dor lateral do ombro. Indica danos ao tendão do supra-espinhal. 
Teste de Impacto de Yokum: o paciente deve colocar a mão sobre o ombro oposto e flexione o braço, 
erguendo o cotovelo (o braço forma v). Positivo se dor no ápice do ombro. 
 
Teste do Supra-espinhal: com os membros do paciente em elevação de 90º e em rotação interna, o 
examinador aplica força no cotovelo para baixo, pedindo para que o paciente eleve ativamente o braço, 
contra a resistência. Positivo se dor no ombro ipsilateral com abdução resistida. 
Teste de Jobe: igual o teste do supra-espinhal, mas o paciente posiciona o polegar para baixo. 
Teste do Bíceps (Palm Up ou Speed): com o braço estendido para baixo e em rotação externa, o 
paciente deve exercer força ascendente, contrária à resistência, em direção ao plano escapular. Positivo 
se dor no tendão ou sulco bicipital. 
 
Sinal do Popeye: indica rotura da cabeça longa do bíceps, gerando deformidade visível com a flexão 
do cotovelo. 
Teste do Infraespinhal: o paciente deve colocar o membro ao lado do tórax com o cotovelo a 90º de 
flexão e fazer a rotação externa do braço contra a resistência oposta pelo examinador. 
Teste do Infraespinhal de Patte: o paciente deve posicionar o membro em 90º de abdução com 
cotovelo fletido a 90º e forçar a rotação externa contra a resistência oposta pelo examinador. 
 
Teste de Garber (Litt of test): o paciente deve colocar o dorso da mão ao nível de L5 e afastá-la das 
costas, além de colocar o polegar da mesma mão na altura da escápula. Indica lesão subescapular. 
Teste da Apreensão: o examinador deve posicionar o ombro do paciente em posição de arremesso, 
exercendo uma leve pressão na parte posterior do ombro. Se o paciente tiver a sensação de que o ombro 
irá “escapar”, é indicativo de instabilidade anterior do ombro. 
 
Teste da Gaveta: também avalia estabilidade do ombro, anterior e posterior. 
Teste do Sulco: com o ombro em posição neutra e o cotovelo flexionado a 90º, o examinador deve 
puxar o ombro no sentido caudal. A aparição de um sulco maior ou igual a 1 cm entre o acrômio e a 
cabeça do úmero adverte para frouxidão capsuloligamentar. 
 
EXAME FÍSICO DO COTOVELO 
1. Inspeção 
1.1 Inspeção estática 
Ventral: 
 - Fossa cubital (observar ângulo) 
 - Simetria 
 - Deformidades: abaulamentos (nodulações), retrações, flogia, pústulas, lesões 
Lateral: 
 - Proeminência do olecrano 
 - Bíceps 
 - Epicôndilo lateral 
Dorsal: 
 - Tríceps 
 - Proeminência da ulna 
 - Fossa lateral e medial do olécrano 
 
1.2 Inspeção dinâmica (articulação trimodal: pronação, extensão e supinação) 
 - Extensão total: 0º (hiperfrouxidão: até -10º) 
 - Flexão: 150º (modificada se imobilização ultrapassar 1 mês, devido artrofibrose) 
 - Avaliar pronosupinação 
 
2. Palpação (estática e dinâmica) 
Avaliar dor, crepitação (estalo/rangido), força, tônus, flogia (temperatura com dorso palmar). 
 
TESTES DE AVALIAÇÃO DO COTOVELO 
Teste de instabilidade do varo e valgo: com o cotovelo com extensão de 90º ou 0º e o punho 
estabilizado passivamente, o examinador deve forçar o cotovelo para dentro, para avaliar verismo, ou 
para fora, para avaliar valgismo. Significado: lesão do ligamento colateral lateral ulnar. 
 
Teste de Cozen: com o cotovelo em 90º de flexão e antebraço em pronação, pede-se para paciente 
fazer extensão ativa do punho contra a resistência imposta pelo examinados. Positivo se o paciente 
referir dor no epicôndilo lateral (epicondilite lateral), origem da musculatura extensora do punho e dos 
dedos, que se insere no epicôndilo lateral. 
Teste de Mill: similar ao anterior, porém paciente fica com a mão fechada, punho em dorsiflexão e o 
cotovelo em extensão. O examinador forçará o punho em flexão e o paciente deve resistir. 
 
 
Teste para epicondilite medial: sentado, com o antebraço repousando sobre uma mesa e a mão 
supinada, o paciente tenta levantar o punho flexionando-o enquanto o examinador o segura para baixo. 
O diagnóstico consiste em dor no epicôndilo medial e nos tendões flexores pronados. 
 
EXAME FÍSICO DA MÃO 
Zonas de Verdan (extensoras e flexoras dos dedos) 
 
 
Teste para tendões flexores dos dedos: punho fechado, estende dedo. Se o dedo for estabilizado 
(exceto zona I), analisa-se flexor profundo. Sem estabilização, analisa-se profundo e superficial. 
Teste para tendão extensor dos dedos: apenas estender o dedo analisado. 
EXAME FÍSICO DO PUNHO 
AMPLITUDE DOS MOVIMENTOS 
- Prono-supinação: deve ser testada com o cotovelo fletido a 90º. Ambas rotações são em média 90º. 
- Flexão (flexão palmar): 70º a 80º. / Extensão (flexão dorsal): 60º a 70º. 
- Desvio ulnar (adução): 45º. / Desvio radial (abdução): 15º. 
 
TESTES DE AVALIAÇÃO DO PUNHO 
Teste de Finkelstein: utilizado para diagnosticar tenossinovite do abdutor longo e extensor curto do 
polegar. O paciente deve, com o polegar aduzido e fletido na palma, fazer um desvio ulnar do punho. 
Gestantes sentem muita dor na estiloide do rádio.Teste de Phalen: utilizado para diagnosticar síndrome do túnel do carpo. Consiste em manter os 
punhos na flexão máxima por 1 minuto. Ele é positivo quando sintomas de formigamento ou dormência 
na região do nervo mediano. Obs: o teste também pode ser feito com as mãos em reza (Phalen inverso). 
 
Teste de Tinel: percussão suave no trajeto de um tronco nervoso. Deve-se percutir o nervo de distal 
para proximal. Paciente com lesão no nervo pode sentir dor ou não sentir nada. HANSENÍASE: Sinal 
de Tinel = o paciente queixa hiperestímulo no nervo ulnar (Bacilo tem tropismo por ramo sensitivo de 
nervos periféricos) 
Teste de Allen: utilizado para determinar a patênca das artérias do arco palmar. Deve-se comprimir 
as artérias ulnar e radial no punho, elevar o membro e pedir para o paciente abrir e fechar os dedos, até 
alcançar a palidez. Em seguida, o examinador deve liberar uma por vez (repetir tudo), para avaliar 
circulação colateral para cada sistema. Se enchimento for lento, o teste é positivo para a artéria. 
 
 
TESTES NEUROLÓGICOS DO PUNHO 
Extensão do polegar: avalia nervo radial 
Cruzar os dedos: avalia nervo ulnar 
Pinça: avalia nervo intraósseo anterior mediano 
 
EXAME FÍSICO DO JOELHO 
1. Inspeção 
1.1 Inspeção estática 
- Extensão: 0º (hiperextensão até 10º) = predisposição a lesão por instabilidade 
- Alinhamento no mesmo plano: geno varo (>homens), valgo (>mulheres) ou neutro 
- Alinhamento em dois planos: desvios torcionais 
- Alinhamento patelar (sentado: deve estar na frente dos côndilos femorais = observar sulco) 
- Ângulo Q: eixo mecânico = linha do centro da cabeça do fêmur até centro do tornozelo. Se a linha 
está para dentro do joelho, o joelho é varo, gerando sobrecarga interna. Geno valgo: mulheres e AR; 
Varo: doí mais. 
- Presença de edema, derrame, atrofia muscular (contornos), deformidades 
 
1.2 Inspeção dinâmica 
- Extensão: 0º (hiperextensão até 10º: predisposição a lesão por instabilidade 
- Flexão: 90º a 110º 
- Alterações dinâmicas em casa uma das fases da marcha 
- Recurvatura ou limitações na extensão do joelho 
- Crepitações, estalidos 
- Claudicação (Sinal de Trendelenburg) 
 
 
 
2. Palpação 
- Avaliar crepitações em flexo-extensão com paciente sentado (femoropatelar) 
- Palpação dos tendões da pata de ganso (região lateral) 
- Presença de cistos (Baker – posterior) 
- Interlinhas articulares (espaço entre superficies ósseas) 
- Contornos musculares da bolsa subquadriciptal 
- Retrações musculares 
- Palpação da placa sinovial medial 
 
 
 
TESTES DE AVALIAÇÃO DO JOELHO 
Teste da compressão patelar: compressão sobre o sulco femoral, com o joelho em extensão e uma 
flexão de 25 a 30º. Observar dor ou crepitação. 
Teste da apreensão patelar: em extensão e flexão de 30º, o examinador deve fazer movimento lateral 
da patela (tipo gaveta). Sensação de patela saindo do lugar: positivo, indicando luxação recidivante da 
patela. (Comum em mulheres, que apresentam geno valgo + Q aumentado). 
 
TESTES MENISCAIS 
Teste de McMurray: Com o paciente deitado em posição supina, quadris em 90º e joelhos em flexão 
máxima, o examinador do lado do joelho a ser examinado palpa as interlinhas articulares com uma 
mão e segura o pé do paciente com a outra, provocando rotações internas e externas. Dor pode indicar 
lesão nos cornos posteriores dos meniscos (medial ou lateral). 
Teste de Appley: Modificação de McMurray. Com o paciente deitado em posição pronada, quadris 
em extensão e joelho em flexão de 90º, aplica-se compressão axial no pé e rotação externa da perna 
até angulação que paciente refira dor. A manobra é repetida com a rotação da perna oposta e realizada 
novamente força de distração ao invés de compressão. Se for, indica lesões meniscais. 
 
Teste de Steinmann: com o paciente sentado sobre a mesa, com os joelhos fletidos a 90º e pendentes, 
faz-se rotação externa e interna da perna, segurando pelo pé. A presença de dor ou estalido junto à 
interlinha articular é sinal de lesão do menisco correspondente. 
Teste Duck Walk (marcha de pato): com o paciente agachado, pedimos para que ele dê alguns 
passos. Dor na execução indica lesão no corno posterior do menisco medial. 
 
Teste de Smillie: palpação das interlinhas articulares, para avaliação de lesões meniscais. Dor junto à 
interlinha medial indica lesão no corno posterior do menisco medial, e dor na região anterior e medial 
costumam indicar afecções patelares. O sinal de smillie é positivo para lesão meniscal se dor à palpação 
de interlinha correspondente. 
 
 
TESTES DE FUNÇÃO LIGAMENTAR 
Teste de Lachman: com o paciente em decúbito dorsal horizontal e com o joelho fletido a 30º (maioria 
dos ligamentos do joelho frouxos), o examinador segura com uma das mãos a região supracondilar do 
fêmur e, com a outra, a região posterior da tíbia e provoca movimento antagônico (uma mão para frente 
e outra para trás), a fim de realizar deslizamento de uma superfície articular sobre a outra. Quando a 
tíbia se desloca frouxamente para frente, o sinal é positivo para lesão do ligamento cruzado anterior 
(LCA), e quando se desloca para trás, indica lesão do ligamento cruzado posterior (LCP). 
Teste da gaveta anterior: com o paciente deitado e com joelho fletido a 80º, o examinador senta no 
pé do paciente e, com ambas as mãos colocadas sobre a tíbia do paciente, traciona-a para frente, 
provocando um deslizamento anterior da perna sobre a coxa. Usado para detectar lesões do LCA. 
 
 
Teste da gaveta posterior: verifica integridade do LCP. Na mesma posição do teste da gaveta anterior, 
porém o examinador empurra para trás a perna. 
Teste do pivo-shift: verifica integridade do LCA. Com joelho estendido e rotação interna, realiza-se 
flexão. Positivo se, em torno de 30 a 50º, for observada repentina redução da subluxação anterior. 
Teste de pivo-shift reverso (Jakob): tíbia em rotação externa.

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