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Synthya Bomtempo Sumário • O que é o teste do pezinho? ...................................................................................... 2 • Doenças detectáveis................................................................................................... 2 • Etapas da triagem neonatal ....................................................................................... 2 • Data ideal para coleta: ............................................................................................... 2 • Atividades no ponto de coleta ................................................................................... 3 • Procedimento de coleta ............................................................................................. 3 • Procedimentos pós-coleta .......................................................................................... 3 • Doenças ........................................................................................................................ 4 → Fenilcetonúria .......................................................................................................................... 4 → Hipotireoidismo Congênito .................................................................................................... 4 → Doença falciforme e outras hemoglobinopatias ............................................................... 5 → Fibrose cística ........................................................................................................................... 5 → Hiperplasia adrenal congênita ............................................................................................. 6 → Deficiência de biotinidase ..................................................................................................... 7 → Toxoplasmose congênita ....................................................................................................... 7 Synthya Bomtempo O que é o teste do pezinho? O Teste de Triagem Neonatal, mais conhecido como teste do pezinho, é um conjunto de ações preventivas, responsável por identificar precocemente indivíduos com doenças metabólicas, genéticas, enzimáticas e endocrinológicas, para que estes possam ser tratados em tempo oportuno, evitando as sequelas e até mesmo a morte. Além disso, propõe o gerenciamento dos casos positivos por meio de monitoramento e acompanhamento da criança durante o processo de tratamento. Doenças detectáveis • Fenilcetonúria • Hipotireoidismo congênito • Hemoglobinopatias o Anemia falciforme o Traço falciforme • Fibrose cística • Deficiência de biotinidase • Hiperplasia adrenal congênita • Toxoplasmose Etapas da triagem neonatal • DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO – interpretação clínico- laboratoriais indicando suspeitas obtidas unicamente por testes de triagem. • DIAGNÓSTICO DEFINITIVO – realização de testes confirmatórios e avaliações clínicas • TRATAMENTO E ACOMPANHAMENTO DE CASOS DIAGNOSTICADOS – busca de melhoria da efetividade do acesso ao tratamento e acompanhamento dos casos diagnosticados, com: recoleta, reteste, reavaliação, agendamento de consultas e acompanhamento de comparecimento. Data ideal para coleta: • Entre 3° e 5° dia • Pode ser realizado no período neonatal (28 dias). • Crianças que não tenham realizado o “teste do pezinho” no período neonatal, devem ser avaliadas pelo serviço médico, para orientação e investigação diagnóstica específica, se necessário. • Caso o RN tenha mais de 30 dias, não realizar punção, e solicitar o médico da unidade dosagem de TSH, T4, fenilalanina e eletroforese de hemoglobina; Obs: em maio de 2021 foi sancionada a Lei 14.154, ampliando para + de 50 doenças. Planejamento: • 1° etapa: excesso de fenilalanina; patologias relacionadas à hemoglobina; e toxoplasmose congênita. • 2° etapa: nível elevado de galactose no sangue; aminoacidopatias; distúrbio do ciclo de ureia; e distúrbios de betaoxidação de ácidos graxos. • 3° etapa: doenças que afetam o funcionamento celular. • 4° etapa: problemas no funcionamento imunológico. • 5° etapa: atrofia muscular espinhal. Obs: deve ser realizado após 3 dias pois o bebê já consumiu proteínas, podendo assim observar o metabolismo da fenilalanina (relacionada com a fibrose cística). Além disso os níveis de TSH após o nascimento podem são ser ideias, gerando um falso positivo de hipotireoidismo congênito. Synthya Bomtempo Atividades no ponto de coleta CARTÃO DE COLETA • Área do papel-filtro → Absorção e transporte de sangue • Área de registro de informações → Registro de dados → Letra legível ARMAZENAMENTO • Recipiente fechado, em local fresco e bem ventilado, longe de umidade e líquidos AMBIENTE DE COLETA • Não é recomendável ar refrigerado. Procedimento de coleta 1. Lavagem de mão e luva de procedimento. 2. Pés da criança posicionados abaixo do coração. 3. Assepsia do local com álcool 70% sem cor (esperar secar para puncionar). 4. Massagem do local para ativar circulação. 5. Imobilizar calcanhar 6. Punção com lancetas adequadas. 7. Retirar primeira gota de sangue. 8. Encostar a próxima gota nas regiões demarcadas para coleta e fazer movimentos circulares. Procedimentos pós-coleta • Observar se o sangue está espalhado de forma homogênea. • Sangue deve ter atravessado o papel • Realizar o curativo. • Secagem em temperatura ambiente em dispositivo próprio ou superfície plana e isolada, por 3 horas. • Verificação posterior – sangue deve estar com coloração marrom avermelhada. Obs: • Evitar que o sangue coagule. • Não retornar em áreas mal preenchidas pra não sobrepor camadas. • Se interromper o sangramento passar uma gaze a massagear o local. Se não adiantar, puncionar o mesmo local. Se não adiantar, puncionar o outro pé. • Fazer a coleta só de um lado. Synthya Bomtempo • Após secagem pode ser armazenado por até 2 dias. Doenças Fenilcetonúria • Doença autossômica recessiva • Defeito na Fenilalanina Hidroxilase, acumulando Fenilalanina no sangue e da excreção urinária de Ácido Fenilpirúvico. • Sem tratamento antes dos 3 meses de vida acarreta: → Atraso global do desenvolvimento neuropsicolmotor (dnpm) → Deficiência mental → Comportamento agitado ou padrão autista → Convulsões → Alterações eletroencefalográficas → Odor característico na urina • Classificação: → Fenilcetonúria clássica – atv enzimática menor que 1% e níveis de fenilalanina plasmática superiores a 20 mg/dL → Fanilcetonúria leve – atv da enzima 1% - 3% e níveis plasmáticos de fenilalanina 10 – 20 mg/dL. → Heperfelilalaninemia transitória ou permanente – atv enzimática superior a 3% e fenilalanina plasmática entre 4 – 10 mg/dL. Não exige terapia. • A Triagem Neonatal é realizada a partir da dosagem quantitativa da Fenilalanina (FAL) sanguínea em amostras colhidas em papel-filtro. • O tratamento consiste basicamente em uma dieta com baixo teor de FAL. Hipotireoidismo Congênito • Deficiência na produção de hormônios tireoidianos, causando deficiência nos processos metabólicos. • Classificação o Primária – glândula tireoide falha. o Secundária – deficiência no TSH da hipófise. Synthya Bomtempo o Terciária – deficiência TRH do hipotálamo. • Manifestações clínicas: → Hipotonia muscular; → Dificuldades respiratórias; → Cianose; → Bradicardia; → Anemia; → Sonolência excessiva → Alargamento de fontanelas; → Sopro cardíaco; → Retardo na maturação óssea; → Pele seca e sem elasticidade; → Atraso de desenvolvimento neuropsicomotore retardo mental. • Período ideal para diagnóstico é no período neonatal. • O tratamento da doença consiste na reposição dos hormônios tireóideos deficitários. Doença falciforme e outras hemoglobinopatias • Doença genética autossômica recessiva. • Defeito na estrutura da cadeia beta da hemoglobina que em situações de febre alta, baixa tensão de O2 e infecção, as hemácias viram drepanócitos. • As talassemias também são identificadas. • Alterações clínicas: → anemia hemolítica, → crises vaso-oclusivas, → crises de dor, → insuficiência renal progressiva, → acidente vascular cerebral, → maior susceptibilidade a infecções e sequestro esplênico • O resultado esperado para um recém-nascido é Hb FA (proporção) • O diagnóstico será representado por FAS, FAC, FAD, FAE ou FAVar (heterozigotos), dependente da Hb variante encontrada. Fibrose cística • Autossômico recessivo. • Grave, com o índice de mortalidade muito elevado. • Aumento da viscosidade de muco. • Pulmões – bloqueio de vias e proliferação bacteriana. • Pâncreas – perda de liberação de enzimas. • Pode não apresentar nenhum sinal ou sintoma após o nascimento. • Poucos afetados podem nascer com obstrução intestinal por mecônio, impossibilitando evacuação e v^pmitos. • Sintomas: → Esteatorreia, → dificuldade de ganho de peso, → problemas respiratórios, → perda de sal pelo suor, Synthya Bomtempo → dor abdominal recorrente, → icterícia prolongada, → edema hipoproteinêmico, → pancreatite recorrente, → cirrose biliar, → acrodermatite enteropática → retardo no desenvolvimento somático • Complicações → a desnutrição, o diabetes, a insuficiência hepática e a osteoporose → puberdade tardia, azoospermia em até 95% dos homens, e infertilidade em 20% das mulheres • Após 30 dias de nascimento os testes de triagem não são mais confiáveis. • Exame confirmatório – teste do suor. • O tratamento do paciente com Fibrose Cística consiste em acompanhamento médico regular, suporte dietético, utilização de enzimas pancreáticas, suplementação vitamínica (vitaminas A, D, E, K) e fisioterapia respiratória. • As crianças devem receber imunização antipneumocócica e anti-hemófilos. Hiperplasia adrenal congênita • Síndromes autossômicas recessivas que possuem deficiência enzimática na síntese dos esteroides adrenais. • Na forma clássica perdedora de sal: → Deficiência da 21- hidroxilase → Excesso de andrógenos. → RN sexo feminino – virilização da genitália externa. → RN sexo masculino – diferenciação normal, macrogenitossomia. → Deficiência de mineralocorticoide, manifesta na 2° semana de vida. • Forma clássica não perdedora de sal: → Virilização em ambos os sexos. → Sem diagnóstico e tratamento: virilização pós-natal, caracterizada por clitoromegalia, aumento peniano, pubarca precoce, velocidade de crescimento aumentada e maturação óssea acelerada, resultando em baixa estatura final. → Não há deficiência de mineralocorticoide com repercussão clínica. • Forma não clássica: → Manifestação pode ser tardia. → Sexo feminino: aumento discreto do clitóris, pubarca precoce, ciclos menstruais irregulares, hirsutismo e infertilidade. → Sexo masculino – oligossintomático. Synthya Bomtempo Deficiência de biotinidase • Autossômica recessiva • Defeito no metabolismo da biotina. • Redução da reciclagem da biotina e de utilizar a biotina ligada à proteína fornecida pela dieta, ocorrendo a depleção da biotina endógena. • Manifestação na 7° semana de vida com distúrbios neurológicos e cutâneos. • Diagnóstico tardio: → Distúrbios visuais e auditivos. → Atraso motor e da linguagem. • Tratamento consiste na utilização de biotina em doses diárias. Toxoplasmose congênita • A toxoplasmose congênita (TC) é uma doença infecciosa que resulta da transferência transplacentária do Toxoplasma gondii para o concepto, decorrente de infecção primária da mãe durante a gestação. • Os recém-nascidos que apresentam manifestações clínicas podem ter sinais no período neonatal ou nos primeiros meses de vida. Esses casos costumam ter, com mais frequência, sequelas graves, como acometimento visual em graus variados, sequelas neurológicas, anormalidades motoras e surdez. • As manifestações clínicas na criança incluem encefalite, trombocitopenia, convulsões, perímetro cefálico anormal (microcefalia, macrocefalia e hidrocefalia), nistagmo, hipotonia, paralisia, calcificações intracranianas ou hepáticas, deficiência psicomotora ou intelectual, hepatoesplenomegalia, perda auditiva ou retardo de crescimento intrauterino.
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