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Personalidade psicologia Analítica

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Jung: Psicologia Analítica
Panorama da Psicologia Analítica 
- A Psicologia Analítica, se baseia no 
pressuposto de que fenômenos ocultos podem 
influenciar e de fato realmente influenciam a 
vida de todos. 
- Jung acreditava que cada um de nós mente por 
experiências reprimidas, mas também por certas 
experiências de tom emocional herdadas de 
nossos ancestrais. 
- O inconsciente coletivo inclui aqueles 
elementos que nunca experimentamos, de modo 
individual, mas que chegam até nós 
provenientes de nossos ancestrais. É a mescla de 
ideias e tendências inatas, que são transmitidas 
desde os primórdios de nossa espécie. Quando 
nascemos essas pré-disposições que formam o 
conteúdo psíquico do inconsciente coletivo são 
potencialidades (como sementes à espera de 
condições propícias para germinar). 
- Os arquétipos emergem a partir de tendências 
inatas, tem base biológica, é ativado quando 
passamos por experiências relacionadas a ele. 
Biografia de Carl Jung 
- Carl Gustav Jung em 26/07/1975, em Kesswil, 
na Suíça. 
- Jung descrevia seu pai como um idealista 
sentimental com Fortes dúvidas com a sua fé 
religiosa. ele via sua mãe como tendo 2 
disposições separadas por um lado, ela era 
realista, prática e afetiva, mas por outro, era 
instável, mística, clarividente, arcaica e 
implacável. 
- Jung se identifica mais com o lado dê sua mãe, 
qual ele chamava de personalidade nº 2 ou 
personalidade noturna. 
- Quando criança Jung foi separado de sua mãe, 
que teve que ser hospitalizada por vários meses, 
essa separação abalou profundamente Jung. por 
muito tempo depois disso, ele se sentia 
desconfiado sempre que a palavra “amor” era 
mencionada. Anos depois, ele ainda associava 
“mulher” a inconfiabilidade, enquanto a palavra 
“pai” significava confiável. 
- Durante seus anos escolares, Jung, de forma 
gradual, tomou conhecimento de 2 aspectos 
separados de seu self, os quais ele denominou 
personalidades nº 1 e nº 2. 
- Entre os 16 e os 19 anos, a personalidade 
número 1 de Jung emergiu como mais 
dominante e, aos poucos, “reprimiu o mundo das 
premonições intuitivas”. 
- Na teoria de Jung sobre atitudes a sua 
personalidade nº 1 era extrovertida e em 
consonância com o mundo objetivo, enquanto 
personalidade nº 2 era introvertida e direcionado 
internamente para seu mundo subjetivo. 
- Jung em seus primeiros anos escolares era 
simplesmente introvertido, mas virgula quando 
chegou a época de se preparar para uma 
profissão e cumprir outras responsabilidades 
objetivas, ele se tornou mais extrovertido, uma 
atitude que prevaleceu até que ele passou por 
uma crise na metade da vida e entrou em um 
período de extrema introversão. 
- A primeira opção profissional de Jung era 
arqueologia; contudo ele também é interessado 
em filologia, história, filosofia e ciências 
naturais. 
- Jung se matriculou na Universidade de 
Basileia, onde não havia professor de 
arqueologia. tendo que escolher outro campo de 
estudo, ele optou pelas ciências naturais porque, 
por 2 vezes viu ele havia sonhado ter feito 
descobertas importantes no mundo natural. Sua 
escolha acabou se afunila para medicina. Tal 
escolha tornou-se ainda mais delimitada quando 
ele ficou sabendo que a psiquiatria lidava com 
fenômenos subjetivos. 
- Enquanto estava na escola médica, começou a 
participar de uma série de sessões com parentes 
da família Preiswerk, incluindo sua prima 
Helene, a qual alegava que podia se comunicar 
com pessoas mortas. 
- Jung participou dessas sessões principalmente 
como membro da família, mas depois, quando 
escreveu sua dissertação médica sobre 
fenômenos ocultos, relatou que tais sessões 
tinham sido experimentos controlados. 
- Após completar sua formação médica na 
Universidade de Basileia em 1900, Jung se 
tornou psiquiatra assistente de Eugene Bleuler 
no Hospital Psiquiátrico de Burgholtzli, em 
Zurique. 
- De 1902 – 1903 estudou em Paris com Pierre 
Jantet, sucessor de Charcot. 
-Jung leu a Interpretação dos sonhos de Freud 
assim que foi publicada, porém não mostrou 
interesse. Alguns anos depois quando releu o 
livro, Jung teve mais entendimento das ideias de 
Freud e começou a interpretar seus próprios 
sonhos. 
- Em 1906, Jung e Freud deram início a uma 
correspondência constante. 
- Em 1907 Freud convidou Jung e sua esposa 
para irem a Viena. O primeiro encontro dos dois 
levou a uma longa conversa de 13 horas 
seguidas. 
- Freud achava que Jung era a pessoa ideal para 
ser seu sucessor. 
- Os sentimentos de afeto de Freud por Jung e 
por o considerar um homem de grande 
inteligência, motivaram Freud a escolhê-lo 
como o primeiro presidente da Associação 
Psicanalítica Internacional. 
- Em 1909, durante uma viagem de 7 semanas e 
enquanto estavam em contato diário, uma tensão 
subjacente começou a surgir entre Jung e Freud. 
Essa tensão não diminuiu quando os dois, 
começaram a interpretar os sonhos um do outro, 
um passatempo que provavelmente criaria 
tensão em qualquer relacionamento. 
- Em Memórias, sonhos e reflexões, Jung contou 
que Freud não estava disposto a revelar detalhes 
de sua vida – detalhes que Jung precisava para 
interpretar um dos sonhos de Freud. 
- Jung também afirmou que Freud não conseguia 
interpretar seus sonhos, em especial um que 
parecia conter material rico do seu inconsciente 
coletivo. 
- Depois que Freud e Jung retornaram de sua 
viagem aos Estados Unidos, as diferenças 
pessoais e teóricas se tornaram mais intensas, ao 
mesmo tempo que a amizade esfriava. 
- Em 1913, eles interromperam a parceria e, no 
ano seguinte, Jung se demitiu da presidência e, 
logo depois, retirou sua filiação da Associação 
Psicanalítica Internacional. 
- O rompimento de Jung com Freud pode estar 
relacionado a eventos não discutidos em 
Memórias, sonhos e reflexões. 
 
- Em 1907, Jung escreveu a Freud sobre sua 
“admiração ilimitada” por ele e confessou que 
sua veneração “tem algo do caráter de uma 
inclinação ‘religiosa’” e que possuía um 
“inegável meio-tom erótico”. Jung continuou 
sua confissão, dizendo: “Esse sentimento 
abominável provém do fato de que, quando 
menino, fui vítima de agressão sexual por um 
homem que eu cultuava”. 
 
- Alan Elms (1994) discutiu que os sentimentos 
eróticos de Jung por Freud – associados a sua 
experiência de agressão sexual por um homem 
mais velho antes cultuado – pode ter sido uma 
das principais razões pelas quais Jung acabou 
rompendo com Freud. 
 
- Elms ainda sugeriu que a rejeição de Jung das 
teorias sexuais de Freud pode ter se originado de 
seus sentimentos ambivalentes em relação ao 
médico 
vienense. 
 
- Os anos imediatamente seguintes ao 
rompimento com Freud foram preenchidos com 
solidão e autoanálise para Jung. 
 
- De dezembro de 1913 – 1917, Jung passou pela 
experiência mais profunda e perigosa de sua 
vida: uma jornada pelos subterrâneos de sua 
psique inconsciente. 
 
- Mesmo que a jornada de Jung ao inconsciente 
se 
mostrasse perigosa e dolorosa, ela também foi 
necessária e fecunda. Usando a interpretação 
dos sonhos e a imaginação ativa para se obrigar 
a essa viagem aos subterrâneos, Jung, por fim, 
conseguiu criar sua teoria singular da 
personalidade. 
 
- Durante esse período, ele anotou seus sonhos, 
fez 
desenhos deles, contou histórias para si mesmo 
e, depois, seguiu essas histórias sempre que elas 
avançavam. 
 
- Por meio desses procedimentos, ele tomou 
conhecimento de seu inconsciente pessoal. 
 
- Prolongando o método e se aprofundando 
mais, ele deparou com os conteúdos do 
inconsciente coletivo: 
os arquétipos. Ouviu sua anima falar com ele 
como uma clara voz feminina; descobriu sua 
sombra, o lado mau da sua personalidade; falou 
com os arquétipos do sábio e da grande mãe; e 
por fim, quase no término da sua jornada, atingiu 
um tipo de renascimento psicológico chamado 
de individuação. 
 
- Em1944, tornou-se professor de Psicologia 
Médica na Universidade de Basileia, mas a 
saúde debilitada o forçou a renunciar o cargo no 
ano seguinte. 
 
- Jung morreu em 6 de junho de 1961, em 
Zurique. 
 
Níveis da Psique 
 
- Jung assim como Freud, baseou sua teoria da 
personalidade no pressuposto de que a mente, ou 
psique, possui um nível consciente e um 
inconsciente. 
- Diferente de Freud, Jung afirmava de modo 
veemente que a porção mais importante do 
inconsciente se origina não das experiências 
pessoais do indivíduo, mas do passado distante 
da existência humana – Um conceito que Jung 
denominava inconsciente coletivo. 
- De menor importância para a teoria junguiana 
são o consciente e o inconsciente pessoal. 
Consciente 
- Jung afirmava que as imagens conscientes são 
aquelas percebidas pelo ego, enquanto os 
elementos inconscientes não possuem relação 
com o ego. 
- Jung entendia o ego como o centro da 
consciência, mas não o centro da personalidade. 
Inconsciente Pessoal 
- O inconsciente pessoal abrange todas as 
experiências reprimidas, esquecidas ou 
subliminarmente percebidas de um indivíduo. 
- Contém memórias e impulsos infantis 
reprimidos, eventos esquecidos, e experiências 
originalmente percebidas abaixo do limiar da 
consciência 
- O inconsciente pessoal é formado por 
experiências individuais e, portanto, é único 
para cada um. 
- O conceito de Jung sobre o inconsciente 
pessoal difere um pouco da visão de Freud do 
inconsciente e pré-consciente combinados. 
- Os conteúdos do inconsciente pessoal são 
complexos. 
- Um complexo é um conglomerado de ideias 
associadas carregadas de emoção. Ex: as 
experiências de uma pessoa com a mãe podem 
ser agrupadas em torno de um centro emocional 
de forma que a mãe da pessoa, ou mesmo a 
palavra “mãe”, desencadeie uma resposta 
emocional que bloqueia o fluxo tranquilo do 
pensamento. 
 
- No exemplo, o complexo materno não provém 
somente da relação pessoal com a mãe, mas 
também das experiências da espécie inteira com 
a mãe. 
 
- O complexo materno é formado, em parte, por 
uma imagem consciente que a pessoa tem da 
mãe. 
 
Inconsciente coletivo 
- Em contraste com o inconsciente pessoal, que 
resulta das experiências individuais, o 
inconsciente coletivo possui raízes no passado 
ancestral de toda a espécie. 
 
- Os conteúdos físicos do inconsciente coletivo 
são herdados e transmitidos de uma geração para 
a seguinte como potencial psíquico. 
 
- Os conteúdos do inconsciente coletivo são 
mais ou menos os mesmos para as pessoas em 
todas as culturas. 
 
- Os conteúdos do inconsciente coletivo não 
estão adormecidos, mas são ativos e influenciam 
os pensamentos, as emoções e as ações de uma 
pessoa. 
 
- O inconsciente coletivo não se refere as ideias 
herdadas, mas á tendência inata dos humanos a 
reagir de uma maneira particular sempre que 
suas experiências estimulam uma tendência de 
resposta herdada biologicamente. 
 
- Os humanos, assim como outros animais, 
ingressam no mundo com predisposições 
herdadas a agir e reagir de determinadas 
maneiras se suas experiências presentes tiverem 
contato com essas predisposições 
biologicamente determinadas. 
 
- Jung afirmou que as pessoas possuem tantas 
tendências herdadas quantas são as situações 
típicas que elas têm na vida. Repetições 
incontáveis dessas situações típicas fizeram com 
que se tornassem parte da constituição biológica 
do ser humano. 
 
- Com mais repetição, essas formas começam a 
desenvolver um conteúdo e emergem como 
arquétipos relativamente autônomos. 
 
Arquétipos 
- Os arquétipos são imagens antigas ou arcaicas 
que derivam do inconsciente coletivo. 
- Os arquétipos também devem ser distinguidos 
dos instintos. 
- Jung definiu instintos como um impulso físico 
inconsciente direcionado para a ação e considera 
os arquétipos como contrapartida psíquica de 
um instinto. 
- Jung afirma ao comparar os arquétipos com os 
instintos que, tanto os arquétipos quanto os 
instintos são determinados de modo 
inconsciente, e ambos podem ajudar a moldar a 
personalidade. 
- Os arquétipos têm base biológica, mas se 
originam por meio das experiências repetidas 
dos primeiros ancestrais humanos. 
- O arquétipo se expressa de vários modos, em 
especial por meio dos sonhos, fantasias e 
ilusões. 
- Os sonhos são a principal fonte de material 
arquétipo, e certos sonhos oferecem o que Jung 
considerava a prova da existência do arquétipo. 
- Tais sonhos produzem temas que poderiam não 
ser conhecidos do sonhador pela experiência 
pessoal. Os temas muitas vezes, coincidem com 
aqueles conhecidos dos povos antigos ou dos 
nativos de tribos aborígenes contemporâneas. 
- Jung acreditava que as alucinações dos 
pacientes psicóticos também ofereciam 
evidências de arquétipos universais. 
- Ainda que exista um grande número de 
arquétipos como imagens vagas, apenas alguns 
se desenvolveram ao ponto em que puderam ser 
conceitualizados. 
- Os mais notáveis deles incluem a persona, a 
sombra, a anima, o animus, a grande mãe, o 
sábio, o herói e o self. 
Persona 
- Persona é o lado da personalidade que as 
pessoas apresentam ao mundo. 
- O conceito de Jung de persona pode ter se 
originado de experiências com sua 
personalidade nº 1, a qual teve que fazer 
acomodações ao mundo externo. 
Sombra 
- A sombra é o arquétipo da escuridão e da 
repressão, representa aquelas qualidades que 
não desejamos reconhecer e tentamos esconder 
de nós mesmos e dos outros. 
- A sombra consiste em tendências moralmente 
censuráveis, além de inúmeras qualidades 
construtivas e criativas que, no entanto, somos 
relutantes a enfrentar. 
- Lidar com a escuridão dentro de nós mesmos é 
alcançar a “conscientização da sombra”. 
Anima 
- Assim como Freud, Jung acreditava que todos 
os seres humanos são psicologicamente 
bissexuais e possuem um lado masculino e um 
lado feminino. 
- A anima é o lado feminino dos homens e é 
responsável por muitos de seus humores e 
sentimentos irracionais. 
- Aparece em sonhos, visões e fantasias sob uma 
forma personificada. 
Animus 
- O animus é o arquétipo masculino nas 
mulheres. 
- Enquanto a anima representa os humores e 
sentimentos irracionais, o animus é simbólico de 
pensamento e de raciocínio. 
- É capaz de influenciar o pensamento de uma 
mulher, embora, na verdade, não pertença a ela. 
- Ele pertence ao inconsciente coletivo e se 
origina dos encontros das mulheres pré-
históricas com os homens. 
- O animus também é a explicação para o 
pensamento irracional e as opiniões ilógicas 
com frequências atribuídas às mulheres. 
- Muitas opiniões mantidas pelas mulheres são 
objetivamente válidas, porém, de acordo com 
Jung, a análise detalhada revela que essas 
opiniões não foram pensadas, mas já existiam 
prontas. 
- Assim como a anima, o animus aparece em 
sonhos, visões e fantasias sob uma forma 
personificada. 
Grande Mãe 
- Dois outros arquétipos, a grande mãe e o velho 
sábio, são derivados da anima e do animus. 
- Todos, homens ou mulheres, possuem um 
arquétipo da grande mãe. 
- Esse conceito preexistente de mãe está sempre 
associado a pensamentos positivos ou negativos. 
- A grande mãe apresenta duas forças opostas – 
fertilidade e nutrição, por um lado, e força e 
destruição, por outro. 
- Ela é capaz de produzir e manter a vida, mas 
também pode devorar ou negligenciar sua prole. 
Velho Sábio 
- O velho sábio é o arquétipo da sabedoria e do 
significado, simboliza conhecimento 
preexistente dos humanos em relação aos 
mistérios da vida. 
Herói 
- O arquétipo de herói é representado na 
mitologia e nas lendas como uma pessoa 
poderosa, às vezes semideus, que luta contra 
grandes adversidades para conquistar ou 
derrotar o mal na forma de dragões, monstros, 
serpentes ou demônios. 
- A imagem do herói toca em um arquétipo 
dentro de nós. Quandoum herói derrota o vilão, 
ele nos liberta de sentimentos de impotência e 
miséria, ao mesmo tempo servindo como 
modelo para a personalidade ideal. 
- A origem do tema herói remota ao início da 
história humana: alvorecer da consciência. Ao 
derrotar o vilão, o herói está simbolicamente 
dominando as trevas da inconsciência pré-
humana. 
Self 
- Jung acreditava que cada pessoa possui uma 
tendência herdada para avançar em direção ao 
crescimento, à perfeição e à completude. 
- É o mais abrangente dos arquétipos. 
- O self é o arquétipo dos arquétipos, porque 
reúne os outros arquétipos e os une no processo 
de autorrealização. 
- Assim como os demais arquétipos, ele possui 
componentes conscientes e inconscientes 
pessoais, porém é formado com mais frequência 
por imagens inconscientes coletivas. 
- O self é simbolizado pelas ideias de perfeição, 
completude e plenitude de uma pessoa. Seu 
símbolo é a mandala. 
- A mandala representa os esforços do 
inconsciente coletivo pela unidade, pelo 
equilíbrio e pela plenitude. 
- O self inclui imagens do inconsciente pessoal 
e coletivo e, portanto, não deve ser confundido 
com o ego, que representa apenas a consciência. 
Causalidade e Teleologia 
- Jung dizia que a motivação se origina de causas 
passadas e de objetivos teleológicos. 
- Causalidade significa que os eventos presentes 
têm origem em experiências prévias. 
- Teleologia significa que os eventos atuais são 
motivados por objetivos e aspirações para o 
futuro que direcionam o destino de uma pessoa. 
- Jung defendia que o comportamento humano é 
moldado tanto por forças causais quanto 
teleológicas, e que as explicações causais devem 
ser equilibradas com as teleológicas. 
Progressão e Regressão 
- Progressão é a adaptação ao mundo externo 
envolvendo o avanço do fluxo da energia 
psíquica. 
- A progressão inclina uma pessoa a reagir de 
modo coerente a determinado conjunto de 
condições ambientais. 
- Regressão é a adaptação ao mundo interno em 
um fluxo retroativo da energia psíquica. 
- A regressão é um retrocesso necessário para o 
sucesso da obtenção de um objetivo. 
- Tanto a progressão quanto a regressão são 
essenciais se as pessoas querem atingir o 
crescimento individual ou autorrealização. 
Tipos Psicológicos 
- Os tipos psicológicos se desenvolvem a partir 
de uma união de duas atitudes básicas – 
introversão e extroversão – e quatro funções 
separadas – pensamento, sentimento, sensação e 
intuição. 
Atitude 
- Jung definiu a atitude como uma predisposição 
a agir ou reagir em determinada direção. 
- Jung insistia que cada pessoa possuía uma 
atitude introvertida e outra extrovertida, embora 
uma possa ser consciente e outra inconsciente. 
Introversão 
- É quando a energia psíquica se volta para o 
interior com uma orientação em direção ao 
subjetivo. 
- Os introvertidos estão afinados com seu mundo 
interno, com todas as suas inclinações, fantasias, 
sonhos e percepções individualizadas 
Extroversão 
- É a atitude na qual a energia psíquica se volta 
para o exterior, de modo que a pessoa é 
orientada em direção ao objetivo e se afasta do 
subjetivo. 
- Os extrovertidos são mais influenciados pelo 
entorno do que seu mundo interno. Eles tendem 
a focar a atitude objetiva, enquanto suprimem a 
subjetividade. 
Funções 
- Tanto a introversão quanto a extroversão 
podem se combinar com uma ou mais das quatro 
funções, formando oito orientações possíveis, 
ou tipos. 
- As quatro funções – sensação, pensamento, 
sentimento e intuição – podem ser brevemente 
resumidas das seguintes formas: a sensação diz 
às pessoas que algo existe; o pensamento lhes 
possibilita reconhecer seu significado; o 
sentimento lhes diz seu valor; e a intuição lhes 
permite saberem a seu respeito sem saber como. 
Pensamento 
- A atividade intelectual lógica que produz uma 
cadeia de ideias. 
- O tipo de pensamento pode ser introvertido ou 
extrovertido, dependendo da atitude básica de 
uma pessoa. 
- Pessoas com pensamentos extrovertidos, 
contam com pensamentos concretos, mas elas 
também podem usar ideias abstratas se estas 
foram transmitidas de fora. 
- Pessoas com pensamentos introvertidos, 
reagem aos estímulos externos, porém sua 
interpretação de um evento é mais colorida pelo 
significado interno que trazem consigo do que 
pelos fatos objetivos em si. 
Sentimento 
- Processo de avaliação de uma ideia ou de um 
evento. 
- Sentimento é a avaliação de cada atividade 
consciente, mesmo aquelas avaliadas como 
indiferentes. 
- Pessoas com sentimentos extrovertidos usam 
dados objetivos para fazer avaliações. Elas não 
são tão guiadas por sua opinião subjetiva, mas 
pelos valores externos e por padrões de 
julgamento amplamente aceitos. 
- Pessoas com sentimentos introvertidos 
baseiam seus julgamentos de valor 
principalmente em percepções subjetivas, em 
vez de em fatos objetivos. 
Sensação 
- Recebe estímulos físicos e os transmitem para 
a consciência perceptiva. 
- A sensação não é idêntica ao estímulo físico, 
mas é simplesmente a percepção do indivíduo 
acerca dos impulsos sensoriais. 
- Essas percepções não dependem do 
pensamento lógico ou do sentimento, mas 
existem como fatos elementares absolutos 
dentro de cada pessoa. 
- Pessoas com sensação extrovertida percebem 
os estímulos externos de modo objetivo, de uma 
forma muito parecida com esses estímulos 
existem na realidade. Suas sensações não são tão 
influenciadas por suas atitudes subjetivas. 
- Pessoas com sensação introvertida são, em 
grande parte, influenciadas por suas sensações 
subjetivas de visão, audição, olfato, tato. Elas 
são guiadas por sua interpretação dos estímulos 
sensoriais, não pelos estímulos em si. 
Intuição 
- Envolve a percepção além do trabalho da 
consciência. 
- Assim como a sensação, baseia-se na 
percepção de fatos elementares absolutos, que 
fornecem o material bruto para o pensamento e 
o sentimento. 
- Pessoas intuitivas extrovertidas são orientadas 
para os fatos do mundo externo. No entanto, em 
vez de senti-los integralmente, elas apenas os 
percebem de modo subliminar. 
- Pessoas intuitivas introvertidas são guiadas 
pela percepção inconsciente dos fatos que são 
basicamente subjetivos e têm pouca ou nenhuma 
semelhança coma realidade externa. Suas 
percepções intuitivas subjetivas são, com 
frequência, extraordinariamente fortes e capazes 
de motivar decisões de magnitude monumental. 
Desenvolvimento da Personalidade 
- Jung acreditava que a personalidade se 
desenvolve por meio de uma série de estágios, 
que culminam na individuação, ou 
autorrealização. 
- A saúde psicológica de pessoas de meia idade 
está relacionada a sua capacidade de atingir o 
equilíbrio entre os polos dos vários processos 
opostos. 
Autorrealização 
- O renascimento psicológico, chamado de 
autorrealização ou individuação, é o processo de 
se tornar um indivíduo ou pessoa completa. 
- A autorrealização é o processo de integração 
dos polos opostos em um único indivíduo 
homogêneo. 
- Esse processo de “chegar à individualidade” 
significa que uma pessoa possui todos os 
componentes psicológicos funcionando em 
unidade, sem qualquer processo psicótico 
atrofiando. 
Teste de Associação de Palavras 
- Jung não foi o primeiro a usar o teste de 
associação de palavras, mas pode receber os 
créditos por ajudar a desenvolvê-lo e redefini-lo. 
- Sua finalidade principal ao usar o teste de 
associação das palavras era demonstrar a 
validade da hipótese de Freud de que no 
inconsciente opera um processo autônomo. 
- A finalidade básica do teste na psicologia 
junguiana de hoje é trazer à tona complexos com 
matrizes de sentimentos. 
- Ao administrar o teste, Jung, em geral, usava 
uma lista de cem palavras-estímulo, escolhidas 
e organizadas para despertar uma reação 
emocional. 
Análise dos Sonhos 
- Jung concordava com Freud em relaçãoao fato 
de que os sonhos tinham significados e deviam 
ser levados a sério. 
- Jung também concordava com Freud no 
sentido de que os sonhos se originam de 
profundezas do inconsciente e seu significado 
latente é expresso na forma simbólica. 
- Jung contestava a noção de Freud de que quase 
todos os sonhos são realização de desejos e que 
a maioria dos símbolos dos sonhos representa 
impulsos sexuais. 
- O propósito da interpretação dos sonhos 
junguiana é trazer à tona elementos do 
inconsciente pessoal e coletivo e integrá-los à 
consciência para facilitar o processo de 
autorrealização. 
- Jung defendia que certos sonhos davam provas 
da existência do inconsciente coletivo. Estes 
incluíam grandes sonhos, que têm significado 
especial para todas as pessoas; sonhos típicos, os 
quais são comuns à maioria das pessoas; e os 
sonhos mais precoces lembrados. 
Psicoterapia 
- Jung identificou quatro abordagens básicas de 
terapia, representando quatro estágios do 
desenvolvimento na história da psicoterapia. 
1. O primeiro é a confissão de um segredo 
patogênico. Esse método é catártico 
praticado por Breuer e sua paciente Anna 
O. Para os pacientes que apenas têm 
vontade de compartilhar seus segredos, a 
catarse é efetiva. 
2. O segundo estágio envolve 
interpretação, explicação e elucidação. 
Tal abordagem, usada por Freud, dá aos 
pacientes a compreensão das causas de 
suas neuroses, mas ainda pode deixá-los 
incapazes de resolver problemas sociais. 
3. O terceiro estágio, é a abordagem 
adotada por Adler e inclui a educação 
dos pacientes como seres sociais. 
Infelizmente, diz Jung, essa abordagem 
com frequência deixa os pacientes 
apenas bem-adaptados no âmbito social. 
4. O quarto estágio é a transformação. 
Sugerida por Jung, por transformação, 
ele queria dizer que o terapeuta primeiro 
precisava ser transformado em um ser 
humano saudável, de preferência se 
submetendo a psicoterapia. Somente 
depois da transformação e de uma 
filosofia de vida estabelecida é que o 
terapeuta seria capaz de ajudar os 
pacientes a avançarem na direção da 
individuação, da 
totalidade ou autorrealização. 
- O quarto estágio é especialmente empregado 
em pacientes na segunda metade da vida e que 
se encontram preocupados com a percepção do 
self interno, com problemas morais e religiosos 
e encontrar uma filosofia de vida unificadora. 
- O objetivo final da terapia junguiana é ajudar 
os pacientes neuróticos a se tornarem saudáveis 
e encorajar pessoas saudáveis a trabalharem de 
forma independente em direção à 
autorrealização.

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