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Leucograma em Patologia Clínica Veterinária

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PATOLOGIA CLÍNICA VETERINÁRIA 
LEUCOGRAMA, PARTES 1 E 2 
Quando se fala de leucograma, precisamos lembrar de certos conceitos como: 
LEUCON = todas as células que estarão produzindo leucócitos dentro da medula 
óssea! Todas as células imaturas (blásticas), inclusive as células blásticas dos 
linfócitos! 
LEUCOPOIESE = produção das células em si. 
 
Enfocar na parte dos mieloblastos e seus produtos (células brancas). 
 
**Monócitos: ao migrarem pelo sangue. 
 
Quando saem por diapedese para o tecido, chama-se macrófago. 
INFORMAÇÕES GERAIS 
Na punção venosa, retiramos o sangue que estava transitando na corrente circulatória. Junto dele, estão as células de defesa 
(brancas), pegando carona para chegar aos tecidos de forma mais rápida. Tais células dividem-se em: 
 
GRANULÓCITOS 
Eosinófilos: grânulos eosinofílico/rosa, com características básicas. 
Basófilos: grânulos basofílicos/roxinhos, com características ácidas. 
Neutrófilos: grânulos neutros. Não possuem características ácidas nem básicas. 
AGRANULÓCITOS 
Linfócitos: núcleo maior, tomando quase toda a célula. 
Monócitos: possuem vesículas esbranquiçadas. NÃO SÃO GRÂNULOS. 
CÉLULAS ENVOLVIDAS 
NEUTRÓFILOS 
São mais comuns e apresentam maiores quantidades. Apresenta diversas conformações de núcleo, mas a característica principal 
é: TEM SEGMENTAÇÃO! 
 
Para que sua célula blástica UFCG (Unidade Formadora de Colônia Granulocítica) seja estimulada, são necessárias interleucinas 
IL-1, IL-3 e IL-6. Após o estímulo, ocorre a produção, proliferação e maturação das células no compartimento mitótico da medula 
(CProN). 
 
 
Normalmente a medula não libera células além do neutrófilo (fagocitose). Porém, em casos de infecção substancial são 
liberados bastonetes e metamielócitos e em infecções graves as demais células. 
Caminho das células: CProN (proliferação, com mieloblastos, promielócitos e mielócitos) → CMatN (maturação, com 
metamielócitos, bastonetes e neutrófilos) → CAN (armazenamento, com neutrófilos) → vaso sanguíneo, com compartimento 
circulante (onde passa o sangue que se pega com a seringa) e o compartimento marginal (onde as células ficam aderidas até 
receberem estímulos de migração tecidual e função). 
Normalmente a concentração de neutrófilos no sangue é igualmente dividida no compartimento circulante e marginal, portanto, 
CC:CM = 1:1. Nos felinos, o compartimento marginal é 3x mais abastecido, portanto, CC:CM = 1:3. 
LINFÓCITOS 
Através de estímulos específicos, diferenciam-se em linfócitos B e T. Sua célula blástica tem origem na medula, saindo e indo 
para órgãos linfáticos. É conhecido por ter uma alta relação núcleo-citoplasma (o núcleo é grandão). 
 
São as únicas células capazes de fazer recirculação (saem pro tecido, exercem função e voltam pro sangue). Isso ocorre por força 
osmótica! Lembrando: 
Uma parte sai, faz função, e ao tentar retornar para o vaso uma alíquota não consegue e permanece nos vasos sanguíneos. Após 
isto, ela é captada por vasos linfáticos aferentes e levada ao linfonodo, onde, por vaso linfático eferente, retorna a circulação 
sanguínea. Observar o esquema abaixo: 
 
MONÓCITOS 
Tem origem na UFCG, assim como os neutrófilos. São conhecidos por seu pleomorfismo nuclear (não tem forma específica), e são 
reconhecidos por seus vacúolos. Também se dividem em CC:CM, e ao migrarem para os tecidos, passam a se chamar 
macrófagos/histiócitos. 
 
EOSINÓFILOS 
São células mais raras de se ver. Normalmente assumem forma de headphone, mas o que determina sua ocorrência são os 
grânulos. Tem ação fagocitária e bactericida na maioria das vezes. Também se dividem em CC:CM. 
 
BASÓFILOS 
Podem fazer a estimulação na liberação de eosinófilos através da liberação de histamina! Após saírem para fazer função em 
tecidos, são chamados de mastócitos. Dura no máximo 2 semanas nos tecidos, e sua ida para este sítio é determinada por IL-1, 
TNF alpha e endotoxinas. É o grande responsável pela reação de hipersensibilidade. 
 
MASTÓCITOS 
São difíceis de se ver no sangue, e ao migrarem e se acumularem, podem ser chamados de mastocitoma. Causam a reação de 
hipersensibilidade, gerando uma resposta inflamatória tecidual 
 
LEUCOGRAMA 
Parte do hemograma que avalia os leucócitos, contando-os e diferenciando-os (nos diferentes tipos celulares citados 
anteriormente). Existem duas formas para se contar a concentração total, sendo elas: 
Forma automatizada (através de “impedância”, onde a máquina faz a lise celular e destrói células sem núcleo, contando 
aquelas com núcleo). 
Forma manual (através do hemocitômetro/câmara de neubauer. Nela, dissolvemos o sangue em ácido acético + corante 
e preenchemos a câmaras, observando-as no microscópio). 
Após descobrir a quantidade total, devemos fazer o diferencial direto no esfregaço, para saber sobre as populações celulares 
(quantas células de cada tipo). Contamos então 100 células e anotamos as proporções. Caso nos deparemos com a presença de 
eritrócitos nucleados devemos anotá-los também, e 
se este número ultrapassar 10, devemos fazer a 
conta de correção: 
 
CONCENTRAÇÕES ANORMAIS DE LEUCÓCITOS NO SANGUE 
Sabe-se que existe um limite de concentração de leucócitos no sangue. Se meu valor estiver acima do limite superior estipulado, 
temos leucocitose. Se o valor estiver abaixo do limite estipulado, temos leucopenia. 
Desvio é forma de classificar a presença de células imaturas ou células velhas demais no sangue. 
Desvio a esquerda representa a existência de neutrófilos imaturos demais (menos de 3 segmentos no núcleo). 
Causas: infecção aguda, endotoxinas, presença de hormônios, glicocorticoides (cortisol). 
Classifica-se de acordo com: 
Gravidade: desvio discreto (presença de bastões e neutrófilos), desvio moderado (presença de bastonetes e metamielócitos) ou 
desvio intenso (bastonetes, metamielócitos e mielócitos). 
Regeneração: desvio regenerativo (↑ [neutrófilos], ↓ [céls blás cas]), ocorre a leucocitose. 
 desvio degenerativo (↑ [céls blás cas], ↓[neutrófilos]), ocorre pouca leucocitose. 
Desvio a direita representa a existência de neutrófilos hiper segmentados (5 segmentos no núcleo) ou muito maduros/velhos. 
Causas: glicocorticoide (impede a saída dos neutrófilos para os tecidos, fazendo com que elas envelheçam e não saiam da 
corrente sanguínea), estresse, problemas na adrenal 
ANORMALIDADES NAS POPULAÇÕES CELULARES 
Diferenças entre a população observada e os limites pré estabelecidos. 
NEUTRÓFILOS 
Migração normal dos neutrófilos, passando pelas câmaras de proliferação, maturação, armazenamento e por fim, sua liberação 
na corrente sanguínea em porções marginais e circulantes. 
É importante ressaltar que na cinética normal, saem apenas as células maduras o suficiente para fazer função, em uma 
proporção fisiológica 
 
NEUTROFILIA 
População ultrapassa o limite superior estipulado. 
Inflamação aguda em tecidos, onde há uma maior necessidade de neutrófilos. Neste caso, o compartimento de armazenamento 
nem entra em cena, pois a necessidade é imediatista. Neste caso, temos um desvio a esquerda regenerativo. 
 
Inflamação crônica em tecidos, onde a resposta é mais lenta pois o organismo se adapta. O compartimento de armazenamento 
é restaurado, mas a produção e o consumo ainda são aumentados. Neste caso temos desvio a esquerda discreto regenerativo. 
 
Estresse de coleta, transporte e etc. Nesse caso, os neutrófilos marginais são estimulados a migrar para a posição circulante, o 
que os impede de migrar aos tecidos. Com isso, por não conseguirem sair da circulação, tornam-se hiper segmentados. Temos 
então um desvio a direita. 
 
Fisiológica (em felinos!). Lembrar que em felinos, é CC:CM = 1:3, então, esta alteração é normal no organismo desta espécie! 
 
NEUTROPENIA 
População ultrapassa o limite inferior estipulado. São mais perigosas pois podem incluir problemas medulares. 
Inflamatória, onde a inflamação tecidual é enorme e todos os neutrófilos já migrarampara o tecido e a produção não estar 
dando conta. 
 
Endotoxemia, onde ocorre um aumento da população de neutrófilos no compartimento marginal. Não ocorre maturação nem 
armazenamento de forma adequada. 
 
 
Hipoplasia Granulocítica, onde ocorre diminuição da produção, maturação e armazenamento destas células. 
 
Produção ineficiente, onde prováveis problemas medulares interferem na produção destas células. 
 
LINFÓCITOS 
Migração normal dos linfócitos: 
 
LINFOCITOSE 
 
População ultrapassa o limite superior estipulado. 
Inflamação crônica, que pode ser discreta a moderada. Ocorre 
hiperplasia em linfonodos (íngua), para que ocorra uma elevação na 
linfopoiese. 
Fisiológica, permite a duplicação na população de linfócitos, pois ocorre 
o desprendimento do compartimento marginal e vai para o circulante. É 
comum em felinos e equinos! 
Distúrbios linfoproliferativos, onde proliferações neoplásicas (leucemia 
bovina, FeLV, linfomas) atribuem um aumento na produção. 
LINFOPENIA 
População ultrapassa o limite inferior estipulado. 
Inflamatória aguda, onde mediadores inflamatórios farão com que as células saiam do compartimento circulante e vão para 
margem ou tecidos fazer função. 
 
Estresse, onde esteroides (endógenos ou exógenos) promovem uma redução de linfócitos transitando pelo compartimento 
circulante. 
 
Linfoma, onde ocorre lesão de linfonodos, culminando numa diminuição da produção de células e circulação interrompida das 
mesmas. 
 
MONÓCITOS 
MONOCITOSE 
População ultrapassa o limite superior estipulado. Pode ocorrer por causas inflamatórias, estresse ou neoplasias. 
MONOCITOPENIA 
População ultrapassa o limite inferior estipulado. Quase não se tem documentado, pois normalmente não se observam monócitos 
na circulação. 
EOSINÓFILOS 
EOSINOFILIA 
População ultrapassa o limite superior estipulado. Pode ocorrer mediante síndrome paraneoplásica (neoplasia na população de 
basófilos, com uma proliferação desordenada e posterior atração de eosinófilos) ou leucemia (menos comum). 
Ação anti-inflamatória, pois a histamina liberada por basófilos e mastócitos nessas situações “convocam” os eosinófilos a 
comparecerem aos tecidos. 
EOSINOPENIA 
População ultrapassa o limite inferior estipulado. Pode ocorrer mediante processos inflamatórios, estresse e hipoplasias. Quase 
não se tem documentado, pois normalmente não se observam eosinófilos na circulação. 
BASÓFILOS 
BASOFILIA 
População ultrapassa o limite superior estipulado. Pode ocorrer mediante neoplasias, infestação por parasitos ou até mesmo 
alergias. 
BASOPENIA 
População ultrapassa o limite inferior estipulado. Quase não se tem documentado, pois normalmente não se observam basófilos 
na circulação. 
MATÓCITOS 
MASTOCITEMIA 
População ultrapassa a contagem de 1. Pode ocorrer mediante neoplasias, processos inflamatórios, hemorragias, torção gástrica, 
tumor de pele. É comum em Boxer. 
Não existe uma diminuição do número de mastócitos, pois eles NÃO DEVEM aparecer no sangue. 
PADRÕES DE LEUCOGRAMA 
Sabe-se que todas as populações devem estar – num estado fisiológico – dentro do intervalo de referência para cada espécie. 
Porém, existem algumas particularidades a serem lembradas na hora da interpretação. 
Em cães: 
Leucocitose (↑ concentração total de leucócitos): 
inflamações agudas 
Leucograma de estresse é comum 
Em gatos: 
Relação CC:CM = 1:3, fazendo uma leucocitose fisiológica 
mediante estresse! 
Em equinos: 
Pouca ou nenhuma neutrofilia. A medula é extremamente 
seletiva! Não libera céls! 
 
Em bovinos: 
O compartimento de armazenam. (CAM) é pequeno e em 
caso de inflamação, ocorre neutropenia e não neutrofilia! 
LEUCOGRAMA DE ESTRESSE 
Ocorrem em cães e gatos. Nem sempre aparecem todas as alterações. Glicocorticoides fazem neutrofilia, eosinopenia, linfopenia 
e monocitose. 
ASPECTOS MORFOLÓGICOS ANORMAIS 
DOENÇAS INFLAMATÓRIAS 
Neutrófilos 
Critérios de imaturidade: aumento de tamanho, presença de corpúsculos de Döhle (agregados basofílicos no citoplasma), 
basofilia citoplasmática, citoplasma espumoso (parecem vesículas). Tais características nem sempre são observadas numa só 
célula. 
Pode se observar hiper segmentação (estresse, adm de glicocorticoides). 
 
Linfócitos 
Linfócitos reativos: núcleo aumentado, clivado ou contorcido, basofilia citoplasmática, halo perinuclear. 
 
Monócitos 
Monócitos ativados: núcleo redondo, vacúolo (1 ou 2 no citoplasma inteiro), basofilia citoplasmática. Cuidado para não 
confundir com linfócitos! Os monócitos tem menos cromatina condensada no núcleo, tá frouxa! 
 
INCLUSÕES DIVERSAS (SEMPRE OLHAR O FINAL DA LÂMINA!) 
Eritrófago: monócito/macrófago faz fagocitose da própria hemácia. É observada em anemias hemolíticas imunomediadas, 
anemia infecciosa equina e isoeritrólise neonatal. 
 
Sideroleucócitos: deposições de hemossiderina em 
neutrófilos. É observada em anemias hemolíticas. 
 
Células de lúpus eritematoso (LE): neutrófilo fagocitando 
uma hemácia. 
 
Bactérias: bacteremia ou contaminação da amostra. 
Anaplasma sp não está incluída. 
 
Bactérias Anaplasma sp: contaminação de leucócitos, 
multiplicando-se neles. 
 
 
Corpúsculo de Lentz: corpúsculo da cinomose. 
 
Hepatozoom sp: infecção por protozoário. 
 
Histoplasma capsulatum: principalmente monócitos, 
neutrófilos e eosinófilos. 
 
Leishmania sp.: formas amastigotas dentro de macrófagos. 
 
 
Tripanossoma cruzi.: formas amastigotas livres. 
 
Toxoplasma gondii: taquizoítos em neutrófilos e 
monócitos.

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