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Unidade 1 Ava anatomofisiologia

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- -1
ANATOMOFISIOLOGIA GERAL
ANATOMOFISIOLOGIA APLICADA À 
ODONTOLOGIA
Naiara de Miranda Damiani Bruggemann
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Olá!
Você está na unidade Conheça aqui os conceitos importantes deAnatomofisiologia aplicada à odontologia. 
anatomia, aprenda quais são as posições e termos anatômicos utilizados para identificar as estruturas, divisões
do corpo e termos de relação e comparação.
Teremos, também, um estudo aprofundado da face e anatomia aplicada à região da cabeça e pescoço. Por fim,
entenda ainda sobre osteologia e aspectos fisiológicos que abrangem a ossificação do corpo humano, bem como
processos de cicatrização que nele acontecem em casos de fraturas.
Bons estudos!
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1 Introdução ao estudo da anatomia humana
Nesta unidade, , apresentaremos conceitos e métodos que visamAnatomofisiologia aplicada à odontologia
mostrar ao estudante como ele vai estudar e identificar as estruturas nesta disciplina. Daremos ênfase na região
da cabeça e pescoço, para que ele possa conhecer e se familiarizar com as estruturas que serão abordadas
durante toda vida acadêmica do estudante de odontologia. Além disso, é importante que ele consiga entender os
processos básicos que acontecem na formação dos ossos, bem como seus processos de cicatrização e reparação.
Figura 1 - Estudo da anatomia
Fonte: Photobank Gallery, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: Na imagem, temos uma mulher observando, através de uma lupa, um crânio. Sugere-se, assim,
uma das formas de estudo da anatomia humana que é feita através de ossos de cadáveres.
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1.1 Conceito
A anatomia é a ciência descritiva que estuda as estruturas do corpo. A palavra vem do grego, e significa “cortar
em partes”. Em relação ao tamanho, pode-se dividir em anatomia macroscópica (visível a olho nu) e anatomia
microscópica ou histologia.
O estudo da anatomia pode ser feito sistematicamente de maneira regional (de acordo com as subdivisões
principais do corpo humano – cabeça e pescoço, membros superiores, membros inferiores), de maneira
seccional ou de maneira clínica.
Para descrever a posição anatômica, precisamos das seguintes referências para que estas sejam feitas de
maneira adequada:
• Cabeça, olhos e dedos dos pés direcionados anteriormente.
• Membros superiores do lado do corpo e palmas para frente.
• Membros inferiores voltados para frente.
Portando, na posição anatômica, o indivíduo deve estar ereto, palmas para frente e olhando para o horizonte.
Nessa posição anatômica de descrição, o corpo humano pode ser delimitado por planos e atravessado por eixos
imaginários. As principais linhas e planos anatômicos descritos são:
Plano sagital
Plano que passa anteroposterior (de trás para frente) e divide em parte direita e esquerda.
Antímero direito e antímero esquerdo. Quando passa exatamente no centro é chamado de
plano mediano.
P l a n o
coronal ou
frontal
Passa no sentido latero-lateral, dividindo o corpo em parte (paquímero) anterior e parte
(paquímero) posterior.
P l a n o
horizontal
o u
transversal
Divide o corpo em parte superior e parte inferior (metâmero superior e metâmero
inferior).
De acordo com a terminologia anatômica, alguns termos são comumente utilizados, seguem os principais com
seus significados:
Superficial: intermediário, profundo.
Medial: mais próximo ao plano mediano.
•
•
•
- -5
Lateral: mais distante do plano mediano.
Posterior: mais próximo do dorso (dorsal).
Anterior: ventral (mais na frente).
Inferior: mais próximo dos pés (caudal, podário). 
Superior: mais próximo do vértice (cranial ou cefálico).
Proximal: medial.
Distal: lateral.
Termos de lateralidade:
Ipsiateral: mesmo lado.
Contra-lateral: lado oposto.
Termos de movimentação:
Flexão: diminuição entre ângulos. 
Extensão: aumenta o ângulo.
Abdução: afasta do plano mediano no plano coronal.
Adução: aproxima. 
Rotação: gira em torno do próprio eixo. 
Circundação: movimento circular flexão, extensão abdução e adução. 
Oposição:
Protrusão: movimento dianteiro.
Retrusão: movimento de retração. 
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2 Cabeça óssea, principais acidentes anatômicos presentes 
no crânio
Para uma boa formação odontológica, é fundamental que o estudante tenha uma atenção especial com o estudo
da cabeça e pescoço. Sendo assim, vamos dar início com ênfase ao estudo do crânio.
Crânio é o termo utilizado para definir a estrutura rígida, cartilaginosa ou óssea, localizada em posição anterior
em relação à coluna vertebral. Constitui o esqueleto da cabeça. 
2.1 Função
O crânio possui função de armazenar e proteger o encéfalo e também proporciona fixação aos músculos do rosto
e da boca. Além disso, abriga e protege órgãos, responsáveis pela visão, audição, olfato e gustação; e também
vasos e nervos. Através do crânio, é possível a passagem do ar e alimento através de suas aberturas. Participa da
mastigação através da maxila, mandíbula e dentes.
2.2 Composição
Nos seres humanos, o crânio inicia seu processo de calcificação no começo da vida após o nascimento, até ficar
rígido. É composto por 22 ossos.
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2.3 Subdivisão
Podemos subdividir o crânio em: neurocrânio e viscerocrânio. O neurocrânio (calvária e base do crânio) é o
arcabouço arredondado que envolve o encéfalo. Localiza-se na parte superior e póstero-inferior do crânio. Já o
viscerocrânio é a parte do crânio que está relacionada aos sistemas respiratório, digestório e sensorial. Localiza-
se na parte anterior e inferior do crânio, na região da face.
Temos também os ossículos do ouvido médio (meato acústico) que são: martelo (2), bigorna (2) e estribo (2).
O neurocrânio é composto por oito ossos:
Osso frontal (1)
Forma a fronte do crânio, também chamada de testa.
Osso occiptal (1)
Localiza-se na parte posterior do crânio.
Ossos parietais (2)
Ocupam a parte lateral e superior da calota craniana.
Ossos temporais (2)
Localizam-se na parte lateral do crânio, na região das têmporas.
Osso esfenoide (1)
Compõe a região do fundo da órbita.
Osso etmoide (1)
Forma uma parte do septo nasal.
O neurocrânio tem um teto em forma de cúpula (calvária ou calota do crânio) e um assoalho - base do crânio.
Vamos conhecer agora algumas características importantes de cada um desses ossos.
O osso temporal é um osso par, que apresenta uma face endocraniana e uma face exocraniana. Abriga a
articulação temporomandibular (ATM), que se localiza na região chamada de fossa mandibular, onde vai se
encaixar a mandíbula. Apresenta-se dividido em: parte petrosa (endocraniana), parte escamosa ou escama
(exocraniana), parte mastoidea e parte timpânica (relacionada ao meato acústico externo).
O osso parietal é um osso par que se separa entre si pela sutura sagital.
O osso frontal é um osso pneumático (possui cavidade em seu interior), normalmente ímpar (quando apresenta
fechamento completo da sutura metópica). Apresenta um seio que é chamado de seio frontal.
O osso occiptal é um osso ímpar, que se articula com os ossos parietais através da sutura lambdoide.
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O osso esfenoide é um osso pneumático e o seio em seu interior chama-se seio esfenoidal. Nesse osso se
encontra a sela túrcica, que abriga a hipófise, glândula responsável pela produção de hormônios que regulam o
funcionamento de glândulas endócrinas. Pode ser dividido em quatro partes: asa maior do esfenoide, asa menor
do esfenoide, corpo no esfenoide, processo pterigoide do esfenoide.
O osso etmoide é um osso ímpar e pneumático. Apresenta uma lâmina perpendicular do etmoide, uma lâmina
horizontal e lâminas laterais. A parte interna da lâmina perpendicular, que está dentro do crânio, é chamada de
crista Galli. A lâmina horizontal é chamada de lâmina crivosa do osso etmoide. A lâmina lateral forma a parede
medial da órbita. A lâmina perpendicular forma o septo nasal (juntamente ao osso vômer, que veremos mais
adiante).
A região do viscerocrânio é o esqueleto facial composto por 14 ossos. São eles: conchas nasais inferiores, ossos
lacrimais, vômer, maxilas, ossos nasais, palatinos, ossos zigomáticose mandíbula. Vamos falar detalhadamente
de cada um deles.
O osso maxilar é um osso par, formado pela maxila direita e pela maxila esquerda. É um osso pneumático
(apresenta o seio maxilar em seu interior) e apresenta os seguintes acidentes ósseos: processo alveolar (onde se
encontram os dentes), processo frontal da maxila (projeção do maxilar que vai até o osso frontal), processo
zigomático da maxila, forame infraorbital, túber da maxila, processo palatino da maxila (forma o palato), forame
incisivo (entre os dentes incisivos), sutura palatina craniana, sutura palatina transversa.
Os ossos palatinos apresentam as seguintes partes importantes: lâmina horizontal do osso palatino (onde temos
o forame palatino maior e o forame palatino menor), lâmina vertical do osso palatino, processo piramidal do
osso palatino.
O osso zigomático é um osso par, extremamente compacto, forma as “maçãs” do rosto. Apresenta os seguintes
acidentes anatômicos: processo maxilar do zigomático, processo frontal do zigomático, processo temporal do
zigomático, sutura maxilar zigomática e forame zigomático orbital.
O osso nasal é formado por um par de ossos que são pequenos e finos. Os ossos lacrimais também se apresentam
como pares e ficam na região onde caem as lágrimas.
Fique de olho
A região conhecida como palato duro é formada anteriormente por uma parte da maxila
(direita e esquerda) e posteriormente pelos ossos palatinos.
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A concha nasal inferior localiza-se ao longo da parede lateral da cavidade nasal. A mandíbula é o único osso
móvel do crânio. Apresenta um corpo, um ângulo, um ramo, um processo coronoide, um processo condilar, uma
região de sínfise e uma base. Podemos encontrar os seguintes acidentes anatômicos neste osso: forame
mentoniano (se localiza entre os pré-molares), processo alveolar, lígula da mandíbula, forame mandibular,
incisura mandibular, linha milohioídea, processo geni (ou espinha mental) superior e inferior, tuberosidade
pterigoide, tuberosidade massetérica e protuberância mentual.
O osso vômer forma a linha que separa as narinas.
Fique de olho
O osso vômer (que faz parte do viscerocrânio), juntamente com a lâmina perpendicular do
osso etmoide (que faz parte do neurocrânio), formam o septo nasal.
- -10
2.4 Fontanelas ou fontículos
Fontanela ou fontículo é o situado entre os ossos do crânio dos recém-nascidos, popularmenteespaço 
conhecidas como “moleiras”. No momento do nascimento, o bebê ainda não atingiu o desenvolvimento completo
do crânio e as fontanelas permitem que os ossos continuem o seu crescimento até chegar no seu tamanho adulto.
Entre esses espaços, futuramente existirão as suturas, que são articulações fibrosas que promovem a união dos
ossos do crânio.
A calvária, ou “teto” do crânio, contém vários forames (nome dado a qualquer abertura para passagem de
estruturas) por onde passam veias que comunicam o sistema venoso intracraniano com o sistema venoso
extracraniano.
Ao nascer, o osso frontal é dividido em duas metades, e a sua união se inicia a partir de dois anos de idade e
segue até se fechar normalmente, por volta dos oito anos de vida.
No total, temos a presença de seis fontículos:
• O fontículo anterior ou bregmático é o maior de todos, possui formato de uma estrela, seus limites 
anteriores são as metades do osso frontal e os posteriores são os pares de ossos parietais. Até os dezoito 
meses de vida, os ossos adjacentes já se fundiram e este não é mais palpável a exame clínico.
• O fontículo posterior ou lambdoide tem formato de triângulos e seus limites são: anteriormente os ossos 
parietais e posteriormente o osso occiptal. O seu fechamento se inicia logo nos primeiros meses após o 
nascimento.
• O fontículo esfenoide fica na região antero-lateral e na região póstero-lateral temos o fontículo 
mastoideo.
Quando esses fontículos se fecham, passarão a ser chamados por outro nome, veremos mais adiante nos
chamados pontos antropométricos.
Fique de olho
Estudos demonstraram que em 8% da população não ocorre o fechamento da sutura,
apresentando a chamada sutura metópica.
•
•
•
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2.5 Suturas
Os ossos do crânio são fixados uns aos outros por meio de suturas, que como já vimos, são articulações fibrosas,
compostas por tecido conjuntivo denso. Vamos separar por região para que fique mais fácil o entendimento.
Em uma vista superior do crânio:
Sutura coronal: separa o osso frontal e os parietais. 
Em uma vista posterior do crânio:
Sutura sagital: separa os parietais. 
Sutura lambdoidea: separa os parietais e temporais do occipital.
Em uma vista anterior do crânio:
Sutura frontonasal: entre o osso frontal e os ossos nasais.
Sutura frontozigomática: entre o osso frontal e o osso zigomático.
 Sutura zigomático-axilar: entre o osso zigomático e a maxila.
Sutura intermaxilar: entre as duas maxilas.
Em uma vista lateral do crânio:
Sutura esmaosa: entre o osso parietal e osso temporal.
 Sutura esfeno-frontal: entre o osso frontal e osso esfenoide.
Sutura esfeno-parietal: entre o osso esfenoide e parietal.
Sutura occiptomastoide: entre o osso occiptal e parte mastoidea do temporal.
Sutura temporozigomática: entre o osso temporal e osso zigomático.
Em uma vista inferior do crânio:
Sutura palatina mediana: entre os ossos palatinos.
Sutura palatina transversal: entre a maxila e osso palatino.
Sutura petro-occiptal: entre o osso occiptal e temporal.
Sutura esfeno-occiptal: entre o osso esfenoide e occiptal.
Sututura petroescamosa: entre partes do osso temporal. 
Sutura petrotimpânica: entre a articulação temporomandibular e a cavidade timpânica. 
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2.6 Pontos antropométrico do crânio
Os principais pontos antropométricos do crânio nada mais são do que pontos anatômicos que são utilizados
como referência para craniometria. São eles:
Bregma: ponto de união das suturas sagital e coronal (Local do antigo fontículo bregmático).
Lâmbda: ponto de união das suturas sagital e lambdoide (local do antigo fontículo lambdoide).
Vértex: parte mais alta do crânio. 
Gônio: ângulo da mandíbula.
Plério: ponto de união dos ossos parietal, frontal, esfenoide e temporal. 
Glabela: ponto mais saliente na região da fronte.
Násio: fica exatamente na sutura fronto-nasal no plano sagital mediano.
 Nasoespinhal: na base da espinha nasal anterior.
Pogônio: ponto no contorno do mento localizado mais anteriormente.
Gnátio: ponto mais inferior do mento.
Orbitário: contorno inferior da órbita (ponto mais baixo).
Zígio: ponto mais projetado lateralmente no arco zigomático. 
Êurio: ponto mais projetado lateralmente nos parietais.
Gônio: ponto mais projetado lateral e inferiormente no ângulo da mandíbula. 
Ponto A: contorno mais deprimido da maxila (ponto radiográfico).
Ponto B: contorno mais deprimido da mandíbula (ponto radiográfico). 
Ponto S: ponto situado no centro geométrico da sela túrcica. 
- -13
3. Coluna vertebral
É o nosso eixo central de sustentação do esqueleto axial. Ela é composta por 33 vértebras. Podemos dividir
conforme a região que se localizam em: vértebras cervicais, torácicas, lombares, sacrais e cóccix. Entre as
vértebras, existe o disco intervertebral, que nada mais é do que uma articulação.
Figura 2 - Vértebras presentes na coluna vertebral
Fonte: Raycat, iStock, 2020.
 #PraCegoVer: Na imagem, temos uma ilustração digital de quatro vistas radiográficas da coluna vertebral.
Algumas características são comuns a todas as vértebras. Todas as vértebras apresentam três regiões básicas:
• Um corpo, que pode ser de formato oval ou esférico e tem como função principal suportar forças.
• Um arco, o qual possui duas partes: dois pedículos (que são a parte mais grossa) e duas lâminas (que 
são a parte mais fina).
• Sete processos que são compostos por: um processo espinhoso transverso (fixação de músculos e 
ligamentos), dois processos transversos (une o pedículo com a lâmina), quatro processos articulares 
(articulam o arco de uma vértebra com o arco de outra).
O espaço formado com o corpoe o arco é chamado de forame vertebral, que é comum a todas as vértebras
formando um canal por onde passa a medula espinhal.
•
•
•
Fique de olho
Não confunda medula espinhal com medula óssea. A medula espinhal faz parte do sistema
nervoso central, já a medula óssea é presente dentro dos ossos. São completamente diferentes
e têm diferentes funções. A medula óssea apresenta função hematopoiética, ou seja, produção
de células sanguíneas, já a medula espinhal conduz impulsos nervosos até o encéfalo, produz
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As principais funções das vértebras são: passagem e proteção da medula espinhal, possibilitar a mobilidade da
cabeça e pescoço, permitir a passagem de nervos e sustentação do corpo.
Agora, vamos falar das características conforme a região em que se localizam as vértebras.
As vértebras cervicais são sete vértebras que formam o esqueleto de sustentação do pescoço. São as menores
vértebras e apresentam uma maior mobilidade, pois precisam permitir a movimentação da cabeça. A C1
apresenta o nome de atlas e a vértebra C2 apresenta o nome de áxis.
Já as vértebras torácicas são doze, apresentam articulação com as costelas e o corpo vertebral em formato de
“coração”.
A parte lombar apresenta cinco vértebras e são capazes de sustentar um grande peso, por isso apresentam um
tamanho maior.
O sacro é composto por cinco vértebras fundidas, e o cóccix também, porém em um número que pode variar de
três a cinco.
Bom, agora que aprendemos sobre anatomia da cabeça e pescoço, é importante que tenhamos um conhecimento
básico sobre alguns processos que acontecem no corpo humano.
de células sanguíneas, já a medula espinhal conduz impulsos nervosos até o encéfalo, produz
impulsos e comanda atividades musculares e seus reflexos.
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4 Fisiologia óssea e processo de reparo de fraturas
A osteologia é a ciência que estuda os ossos. Temos como conceito de osso um tecido conjuntivo que tem como
principais funções: sustentação, locomoção, hematopoiética (formação de células sanguíneas), homeostase
(equilíbrio) mineral, proteção e reserva de gordura (energia).
Como forma de classificação do esqueleto, temos:
Esqueleto axial: fazem parte o crânio, coluna vertebral, caixa torácica e ossos coxais.
Esqueleto apendicular: fazem parte os ossos dos membros superiores e inferiores.
Pode-se classificar também os ossos, de acordo com três parâmetros: largura, espessura e comprimento.
Classificação de acordo com a forma:
Ossos longos: alguns exemplos são o fêmur, tíbia, úmero, fíbula, clavícula.
Ossos curtos: a patela, por exemplo.
Ossos planos: são ossos finos compostos por duas lâminas de tecido ósseo compacto e uma lâmina de tecido 
esponjoso entre elas. Alguns exemplos são os ossos que formam o neurocrânio.
Irregulares: as vértebras, por exemplo.
Sesamoides (ossos no interior de uma articulação): alguns exemplos são os ossos do carpo e tarso.
Pneumáticos: são ossos ocos, com cavidades cheia de ar, revestidas por mucosa. Alguns exemplos são o osso 
frontal e maxilas.
A nutrição do tecido ósseo é feita através de artérias perfurantes, pelos canais de Havers e canais de Wolkman.
O tecido ósseo é recoberto por uma membrana de tecido conjuntivo altamente vascularizada, responsável pela
nutrição do tecido, esta é chamada de periósteo. Tem como principais funções: proteção, revestimento, nutrição
e conferir sensibilidade ao osso. 
O processo de ossificação (formação do osso) pode se dar de duas formas:
Endocondral: cartilagem pré-existente, por exemplo, a mandíbula. 
Intramembranosa: membrana que aos poucos vai sendo substituída por tecido ósseo. Por exemplo, a calota 
craniana.
- -16
4.1 Composição química do osso
O osso é constituído basicamente por (matriz óssea mineral). A porção componentes orgânicos e inorgânicos 
orgânica é formada por várias células (osteoblastos, osteócitos e osteoclastos), que são responsáveis pelo
metabolismo ósseo, ou seja, formam osso e reabsorvem osso, além disso também temos as fibras colágenas e
substância base (proteoglicanos e glicoproteínas). A parte orgânica da matriz óssea é secretada principalmente
pelos osteoblastos.
O principal componente inorgânico é o fosfato de cálcio, responsável por dois terços do peso ósseo. O fosfato de
cálcio interage com o hidróxido de cálcio, cristalizando e transformando-se em hidroxiapatita. Isso que dá dureza
ao tecido ósseo, porém essa dureza o torna quebradiço. Por isso, unido a matriz mineral (inorgânica) temos a
matriz orgânica composta por uma proteína chamada de . O colágeno, unido aos cristais decolágeno
hidroxiapatita, proporcionará uma maior resistência aos ossos para que eles não sejam tão quebradiços e sejam
flexíveis.
4.2 Anatomia óssea
Para entender a , vamos ver como é a estrutura interna do desenvolvimento dos ossos longos.estrutura óssea
Chamamos o corpo do osso de diáfise e a extremidade do osso de epífise. A diferença básica entre elas é o tipo de
osso que as compõem. O osso das epífises é um osso tipo poroso, chamado de esponjoso, deixando ele mais
“flexível”, já as diáfises possuem um osso mais rígido chamado de osso compacto, deixando ele mais “duro”. Nas
epífises, existe uma estrutura envolvente chamada de cartilagem articular, onde existe movimento do esqueleto,
para evitar que exista o atrito entre dois ossos.
Entre a e a , existe a , que é uma placa cartilaginosa que é por onde ocorreepífise diáfise epífise de crescimento
o crescimento dos ossos longos. Quando o indivíduo atinge a maturidade, ele termina esse crescimento,
substituindo essa cartilagem que estava nas pontas por tecido ósseo.
Dentro das diáfises encontra-se a medula óssea, muito importante no metabolismo (produção de hemácias) e
sistema imunológico (células de proteção do organismo).
- -17
4.3 Histologia óssea
Encontramos no osso quatro principais tipos celulares: os , , e as célulasosteoblastos osteócitos osteoclastos
.osteoprogenitoras
Os osteoblastos são responsáveis pela mineralização do osso, ou seja, formam novo tecido ósseo. Já os
osteoclastos são responsáveis por absorver osso. Dessa forma, é possível haver a renovação das células ósseas.
Quando o osteoblasto forma o osso e este atinge a maturidade, essa célula passa a se chamar osteócito, que nada
mais é que a célula óssea madura.
5 Processo de cicatrização óssea da fratura
O processo de depende de um suporte sanguíneo adequado, além de uma corretacicatrização óssea
estabilização das partes fraturadas. Logo após a estabilização, no primeiro estágio, temos o estágio de
hematoma, que ocorre um sangramento intenso, o qual gera uma necrose de substâncias ósseas. O corpo vai
reagir e, para “limpar” essa necrose, gera um estágio de processo inflamatório. Esses dois estágios duram cerca
de duas semanas. Em seguida, dá-se início ao estágio de calo mole, composto de tecido fibrocartilaginoso, que
serve como uma “cola” biológica para estabilização do osso fraturado. A consolidação óssea acontece quando
esse tecido fibrocartilaginoso é substituído por osso, que é a fase de calo ósseo. Esse tecido ósseo não é ainda um
tecido maduro, a maturação do tecido ósseo ocorre no processo chamado de remodelação óssea.
O processo de remodelação óssea varia conforme a região e o tipo de fratura, podendo ser mais rápido em alguns
ossos ou levar anos em outros.
é isso Aí!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• conhecer as noções e conceitos que envolvem o estudo da anatomia humana;
• compreender como se divide o crânio e como identificar os ossos nele presentes;
• estudar os principais acidentes (detalhes) anatômicos presentes em cada osso da região da cabeça;
• analisar quais são as vértebras que compõem a coluna vertebral;
• aprender sobre osteologia e formação do tecido ósseo;
• saber como acontece o processo de cicatrização de fraturas dos ossos.
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Referências
ANDIA, D. C.; CERRI, P. S.; SPOLIDORIO, L. C. Tecido ósseo: aspectos morfológicos e histofisiológicos. Revista de
, Araraquara, v.35, n.2,p.191-198, 2006.Odontologia da UNESP
GHIZONI, E. : umaet al. Diagnóstico das deformidades cranianas sinostóticas e não sinostóticas em bebês
revisão para pediatras. Scielo, 2016. Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/rpp/v34n4/pt_0103-0582-rpp-
 34-04-0495.pdf >. Acesso em: 30 mar. 2020.
MADEIRA, C. M. . 5. ed. São Paulo: Sarvier, 2004.Anatomia da face
MADEIRA, C. M.; RIZZOLO, E. C. 2. ed. SãoAnatomia facial com fundamentos de anatomia sistêmica geral.
Paulo, 2004. Disponível em: < https://books.google.com.br/books?id=8FiFHf7gBo0C&lpg=PA21&dq=ossos%
 20neurocranio%20e%20viscerocranio%20pdf%20madero&pg=PA1#v=onepage&q&f=false >. Acesso em: 30
mar. 2020.
NETTER, F. H. . 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.Atlas de anatomia humana
SOBOTTA, J. . 21. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.Atlas de anatomia humana
TORTORA, G. J. : fundamentos de anatomia e fisiologia. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.Corpo humano

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