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O embrião desenvolve não só um par de rins, mas três pares, um após o outro, começando na direção 
craniana e seguindo na direção caudal. Os três pares são pronefro, mesonefro e metanefro. Esses rins 
diferentes desenvolvem-se a partir das cristas urogenitais, que são pares de elevações do mesoderma 
intermediário na parede dorsal do abdome. Dos três pares de rins que se formam, apenas o último par 
persiste e se transforma nos rins adultos. 
Inicialmente, durante a 4a semana, o primeiro rim, ou pronefro, forma-se como um conjunto de néfrons e 
depois se degenera rapidamente. Embora o pronefro nunca seja funcional e desapareça na 6a semana, ele 
emite um ducto pronéfrico (ducto excretor primário) até a cloaca e esse ducto é utilizado pelos rins que se 
desenvolvem mais tarde. 
À medida que o segundo sistema nefrônico, chamado mesonefro (“rim intermediário”), reivindica o ducto 
pronéfrico, esse ducto transforma-se em ducto mesonéfrico. Os néfrons do mesonefro, por sua vez, 
degeneram-se após o terceiro rim, o metanefro, se tornar funcional. 
O metanefro é o rim definitivo (metanefro significa “rim definitivo”), que se desenvolve na região pélvica. 
Começando na 5a semana, um botão ureteral oco cresce a partir do ducto mesonéfrico para a crista 
urogenital, induzindo o mesoderma a formar os néfrons. 
O botão ureteral, por sua vez, desenvolve-se na pelve renal, cálices e ductos coletores; sua parte proximal 
não expandida se transforma no ureter. 
O não desenvolvimento do metanefro resulta na agenesia renal, ou ausência de rins. Na agenesia unilateral, 
um único rim forma-se em um lado e, do mesmo modo que um adulto pode doar um rim e ainda assim 
manter a função renal adequada, o neonato pode sobreviver com um único rim funcional. A agenesia 
bilateral (ausência de ambos os rins) não é compatível com a vida. 
 
Apg-16: Haviam pedras no caminho 
Embriologia dos rins 
Inicialmente, os rins permanentes primordiais situam-se próximos um do outro na pelve, ventrais ao sacro. 
À medida que o abdome e a pelve crescem, os rins gradualmente se posicionam no abdome e se afastam. 
Os rins atingem sua posição adulta durante o começo do período fetal. Essa “ascenção” resulta 
principalmente do crescimento do corpo do embrião caudal aos rins. De fato, a parte caudal do embrião 
cresce afastando-se dos rins, de modo que eles, progressivamente, ocupam sua posição normal em cada 
lado da coluna vertebral. 
Inicialmente, o hilo de cada rim (depressão do bordo medial), onde os vasos sanguíneos, ureter e nervos 
entram e saem, situa-se ventralmente, contudo, à medida que os rins mudam de posição, o hilo rota 
medialmente quase 90°. Pela nona semana, os hilos estão direcionados anteromedialmente. Finalmente, os 
rins se tornam estruturas retroperitoneais (externas ao peritônio) na parede abdominal posterior. Nessa 
época os rins entram em contato com as glândulas suprarrenais. 
 
 
Os rins, que são castanhos-avermelhados e em forma de feijão, situam-se em uma posição retroperitoneal 
na região lombar superior da parede posterior do abdome. Eles estendem-se do nível da 11a ou 12a 
vértebra torácica superiormente até a 3a vértebra lombar inferiormente e, portanto, recebem alguma 
proteção das duas costelas inferiores. O rim direito disputa espaço com o fígado e situa-se ligeiramente 
inferior ao rim esquerdo. Um rim adulto de tamanho médio tem 12 cm de altura, 6 cm de largura e 3 cm de 
espessura. possui uma fenda vertical chamada hilo renal, onde vasos, ureteres e nervos entram e saem do 
rim. Na parte superior de cada rim há uma glândula suprarrenal (adrenal). 
Várias camadas de tecido de sustentação circundam cada rim. Uma camada fina e rígida de tecido conjuntivo 
denso, chamada cápsula fibrosa, adere diretamente à superfície do rim, mantendo sua forma e constituindo 
uma barreira que pode inibir a disseminação de infecção partindo das regiões circundantes. 
Imediatamente externa à cápsula fibrosa encontra-se a cápsula adiposa perirrenal e externo a ela há um 
envoltório de fáscia renal. A fáscia renal contém uma camada externa de gordura, o corpo adiposo. As 
camadas de gordura perirrenal (“em volta do rim”) e pararrenal (“perto do rim”) amortecem choques que 
os rins venham a sofrer e os ajudam a manter-se em seus lugares. 
 
Mudanças Posicionais dos Rins 
Anatomia macroscopia externa dos rins 
 
 
Um corte frontal através de um rim revela duas regiões distintas de tecido renal: córtex e medula. A região mais 
superficial, o córtex renal, tem cor clara e possui uma aparência granular. Abaixo do córtex encontra-se a medula 
renal, mais escura, e que consiste em massas cônicas chamadas pirâmides renais. A ampla base de cada pirâmide faz 
fronteira com o córtex, enquanto o ápice da pirâmide, ou papila renal, aponta para dentro. As pirâmides renais exibem 
estrias porque contêm feixes aproximadamente paralelos de delgados túbulos coletores de urina. As colunas renais, 
que são extensões do córtex renal para dentro, separam as pirâmides adjacentes. 
Admite-se que os rins humanos têm lobos, e cada lobo consiste em uma única pirâmide renal e um tecido cortical que 
circunda essa pirâmide. Existem de 5 a 11 lobos e pirâmides em cada rim. 
O seio renal é um grande espaço na parte medial do rim que se abre para o exterior através do hilo renal. Na realidade, 
esse seio é um “espaço preenchido”, já que contém vasos e nervos renais, alguma gordura e os tubos que transportam 
urina chamados pelve e cálices renais. 
A pelve renal (pelve = bacia) — tubo plano em forma de funil — é simplesmente a parte superior do ureter expandida. 
Extensões ramificadas da pelve renal formam dois ou três cálices renais maiores, cada um deles dividindo-se e 
formando vários cálices renais menores, tubos em forma de taça que confinam as papilas das pirâmides. Os cálices 
coletam a drenagem de urina das papilas e a desaguam na pelve renal; então, a urina escoa pela pelve renal e entra 
no ureter, que a transporta até a bexiga, onde será armazenada. 
Pielonefrite Quando uma infecção da pelve renal e dos cálices, chamada pielite (“inflamação da pelve renal”), espalha-
se e envolve o resto do rim, o resultado é a pielonefrite. 
 
 
 
 
 
 
 
Anatomia macroscópica interna 
Em condições normais de repouso, aproximadamente um quarto do débito cardíaco sistêmico chega aos 
rins através das artérias renais, que se ramificam em ângulos retos a partir da parte abdominal da aorta, 
entre a primeira e a segunda vértebra lombar. Uma vez que a aorta se situa ligeiramente à esquerda da linha 
média do corpo, a artéria renal direita é mais longa do que a esquerda. À medida que cada artéria renal se 
aproxima do rim, ela se divide em cinco artérias segmentares que entram no hilo. Dentro do seio renal, cada 
artéria segmentar divide-se em artérias interlobares, que se situam nas colunas renais entre as pirâmides 
renais. 
Na junção medula-córtex, as artérias interlobares ramificam-se nas artérias arqueadas, que formam arcos 
sobre as bases das pirâmides renais. Irradiando-se para fora das artérias arqueadas e abastecendo o tecido 
cortical encontram-se as pequenas artérias interlobulares (corticais radiadas). Mais de 90% do sangue que 
entra no rim perfunde o córtex. Essas artérias originam as arteríolas aferentes e eferentes que alimentam 
os capilares peritubulares que circundam os túbulos no rim. 
As veias renais seguem o caminho inverso das artérias: o sangue que sai do córtex renal drena 
sequencialmente nas veias interlobulares, arqueadas, interlobares e renais (não há veias segmentares). A 
veia renal sai do rim no hilo e drena para a veia cava inferior. Como a veia cava inferior situa-se no lado 
direito da coluna vertebral, a veia renal esquerda tem aproximadamente duas vezes o comprimento da veia 
renal direita. Cada veia renal situa-se em posição anterior à artéria renal correspondente e ambos os vasos 
sanguíneos situam-se em posição anterior à pelverenal no hilo renal. 
O suprimento nervoso do rim é fornecido pelo plexo renal, uma rede de fibras autônomas e gânglios 
autônomos nas artérias renais. Esse plexo é um desdobramento do plexo celíaco. O plexo renal é abastecido 
por fibras simpáticas do nervo esplâncnico torácico maior. Essas fibras simpáticas controlam os diâmetros 
das artérias renais e influenciam as funções de formação da urina dos túbulos uriníferos. 
 
 
Suprimentos sanguíneo e nervoso dos rins 
Estrutura do néfron 
Cada néfron é composto de corpúsculo renal e túbulo renal; este último é dividido em porções: túbulo contorcido 
proximal, alça do néfron (de Henle), túbulo contorcido distal e túbulo coletor. Em todo o seu comprimento, o néfron 
é revestido por um epitélio simples que é adaptado a vários aspectos da produção de urina. 
Corpúsculo renal 
A primeira parte do néfron, onde ocorre a filtração, é o corpúsculo renal esférico. Os corpúsculos renais ocorrem 
estritamente no córtex. Eles consistem em um novelo de capilares chamado glomérulo (“novelo de lã”) circundado 
por uma cápsula do glomérulo oca em forma de cálice (cápsula de Bowman). 
Os glomérulos situam-se em sua cápsula como um punho empurrado profundamente em um balão pouco inflado. 
Esse novelo de capilares é abastecido por uma arteríola aferente e drenado por uma arteríola eferente. O endotélio 
do glomérulo é fenestrado (possui poros) e, portanto, esses capilares são altamente permeáveis, permitindo que 
grandes quantidades de fluido e de pequenas moléculas passem do sangue do capilar para o interior oco da cápsula, 
o espaço capsular. Esse fluido é o filtrado que, no fim das contas, é processado para se transformar em urina. 
A camada parietal (externa) da cápsula é um epitélio escamoso simples e contribui para a estrutura da cápsula, mas 
não faz parte da formação do filtrado. Por outro lado, a camada visceral (interna) da cápsula agarra-se ao glomérulo 
e consiste em células epiteliais ramificadas e incomuns, chamadas podócitos. Os ramos dos podócitos, que se 
assemelham a polvos terminam em pedicelos (“pequenos pés”) que penetram uns nos outros enquanto circundam os 
capilares do glomérulo. O filtrado passa para o espaço capsular através de fendas finas entre os pedicelos, chamadas 
fendas de filtração 
A membrana de filtração (fendilhada), o verdadeiro filtro situa do entre o sangue no glomérulo e o espaço capsular, 
consiste em três camadas 
1. Endotélio fenestrado do capilar. Os poros capilares (fenestrações) restringem a passagem dos elementos 
maiores, como as células sanguíneas 
2. Fendas de filtração entre os pedicelos dos podócitos, cada uma delas coberta por um fino diafragma 
3. Membrana basal interveniente que consiste na lâmina basal fundida do endotélio e no epitélio do podócito. 
A membrana basal e o diafragma da fenda retêm todas as proteínas, exceto as menores. 
 
 
Anatomia microscópica dos rins 
 
Túbulo renal 
 Depois de se formar no corpúsculo renal, o filtrado avança para a seção tubular longa do néfron, que começa com o 
túbulo contorcido proximal espiralado de modo elaborado, cria uma alça chamada alça do néfron (de Henle), curva-
se várias vezes num trajeto sinuoso como túbulo contorcido distal e termina como túbulo coletor se juntando ao 
ducto coletor. Essa natureza sinuosa do néfron aumenta o seu tamanho e melhora sua capacidade para processar o 
filtrado que escoa por ele. Cada parte da seção tubular do néfron tem uma anatomia celular única que reflete sua 
função de processamento do filtrado. 
1. O túbulo contorcido proximal, confinado inteiramente no córtex renal, é mais ativo na reabsorção e na 
secreção. Suas paredes são formadas por células epiteliais cuboides, cujas superfícies apicais (expostas) 
possuem longas microvilosidades que parecem encher a luz do túbulo com uma “penugem” nas 
fotomicrografias. Essas microvilosidades aumentam tremendamente a área de superfície dessas células, 
maximizando sua capacidade de reabsorver água, íons e solutos do filtrado. As células do túbulo proximal 
contêm muitas mitocôndrias que fornecem energia para a reabsorção. 
2. A alça do néfron em forma de U consiste em um ramo descendente e um ramo ascendente . A primeira parte 
do ramo descendente é contínua com o túbulo proximal e possui estrutura similar; o resto do ramo 
descendente é o segmento delgado (SD), a parte mais estreita do néfron, com paredes que consistem em um 
epitélio escamoso simples permeável. A alça do néfron continua no ramo ascendente, que se une ao 
segmento espesso, que se continua no túbulo contorcido distal no córtex. A estrutura celular do segmento 
espesso lembra a do túbulo contorcido distal. 
3. O túbulo contorcido distal, assim como o proximal, está confinado no córtex renal. Possui paredes de epitélio 
cuboide simples e é especializado na secreção seletiva e na reabsorção de íons. O túbulo contorcido distal é 
menos ativo na reabsorção do que o túbulo proximal, e suas células não têm uma grande quantidade de 
microvilosidades absorventes. As células do túbulo distal têm muitas mitocôndrias e envolvimentos da 
membrana basolateral, características que são típicas de células de bombeamento de íons no corpo. 
4. Túbulos coletores- A urina passa dos túbulos distais dos néfrons para os túbulos coletores, cada um deles 
recebendo urina de vários néfrons e seguindo direto para a medula profunda, passando pelo córtex. Os 
túbulos coletores adjacentes unem-se e formam ductos coletores maiores que abrem-se na papila e 
desaguam nos cálices menores. Em termos histológicos, as paredes dos túbulos coletores consistem em um 
epitélio cuboide simples, que se espessa e se transforma em epitélio colunar simples nos ductos coletores. A 
maioria dessas células possui poucas organelas, mas algumas, chamadas células intercaladas, são ricas em 
mitocôndrias e participam na reabsorção e na secreção iônica. 
 
 
Os néfrons corticais, que representam 85% de todos os néfrons, estão localizados quase inteiramente dentro 
do córtex, com suas alças do néfron pouco penetrando na medula. Os 15% restantes são chamados néfrons 
justamedulares (“próximos à medula”), pois seus corpúsculos renais estão próximos à junção córtex- -medula.

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