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APG 28- SISTEMA RENAL ANDRESSA EMBRIOLOGIA A partir da terceira semana de desenvolvimento fetal, uma porção do mesoderma ao longo da face posterior do embrião, o mesoderma intermediário, diferencia-se nos rins. Essa porção intermediaria está localizada em elevações pareadas chamadas cristas urogenitais. Três pares de rins se formam no mesoderma: O pronefro → • é o mais superior dos três e possui um ducto pronéfrico associado, que funciona como uma saída comum para os sistemas urinário, digestório e genital. • Eles são representados por algumas coleções de células e estruturas tubulares na região do pescoço em desenvolvimento; • Os ductos pronéfricos percorrem caudalmente e se abrem dentro da cloaca. o mesonefro → • Substitui o pronefro. A parte retida do ducto pronéfrico, que se liga ao mesonefro, desenvolve- se no ducto mesonéfrico. • são órgãos excretores grandes, alongados, aparecem ao final da quarta semana, caudais aos pronefros. • Os mesonefros funcionam como rins temporários durante aproximadamente 4 semanas, até que os rins permanentes se desenvolvam e funcionem. • Os mesonefros degeneram em torno do final da 12a semana; entretanto, os túbulos metanéfricos se tornam os dúctulos eferentes dos testículos. o metanefro → • Rim definitivo • Os metanefros, ou os primórdios dos rins permanentes, começam a se desenvolver na quinta semana e se tornam funcionais aproximadamente 4 semanas mais tarde. • A formação de urina continua durante toda a vida fetal; a urina é excretada para dentro da cavidade amniótica e forma um dos componentes do líquido amniótico. Apenas o último par permanece como os rins funcionais do recém-nascido. Os rins se desenvolvem a partir de duas fontes: - O broto uretérico (divertículo metanéfrico). - O blastema metanefrogênico (massa metanéfrica de mesênquima). • O broto uretérico é um divertículo (evaginação) do ducto mesonéfrico próximo da sua entrada na cloaca. • O blastema metanefrogênico é derivado da parte caudal do cordão nefrogênico. • À medida que o broto uretérico se alonga, ele penetra no blastema, uma massa de mesênquima metanéfrica. • O pedículo do broto uretérico se torna o ureter. • A parte cranial do broto sofre ramificação repetitiva, resultando na diferenciação do broto nos túbulos coletores. • As quatro primeiras gerações de túbulos aumentam e se tornam confluentes para formar os cálices maiores. • As segundas quatro gerações coalescem para formar os cálices menores. • Por volta da quinta semana, uma evaginação mesodérmica, chamada broto ureteral, se desenvolve a partir da parte distal do ducto mesonéfrico perto da cloaca. • O metanefro, ou rim definitivo, se desenvolve a partir do broto ureteral e do mesoderma metanéfrico. O broto forma os ductos coletores, os cálices, a pelve renal e o ureter. • A cloaca divide-se no seio urogenital, para onde drenam os ductos urinário e genital, e um reto que se abre no canal anal. • A bexiga urinária se desenvolve a partir do seio urogenital. • Nas mulheres, a uretra se desenvolve como resultado do alongamento do curto ducto que se estende da bexiga urinária ao seio urogenital. • Nos homens, a uretra é consideravelmente mais longa e mais complicada, mas também é derivada do seio urogenital. • Embora os rins metanéfricos se formem na pelve, eles ascendem para o seu destino final no abdome. • Em uma condição chamada agenesia renal unilateral, apenas um rim se desenvolve (geralmente o direito), decorrente da ausência de um broto ureteral. ANATOMIA DOS RINS Os rins são um par de órgãos avermelhados em forma de feijão, retroperitoneais e localizados logo acima da cintura, entre o peritônio e a parede posterior do abdome. Além disso, o rim direito está levemente mais baixo que o esquerdo devido a ocupação de espeço pelo fígado. Eles estão entre os níveis das ultimas vértebras torácicas e a terceira vértebra lombar, sendo protegidos pelas costelas XI e XII, as quais, se fraturadas, podem perfura-los e causar danos fatais. Rim adulto normal possui de 10 a 12 cm de comprimento, 5 a 7 cm de largura e 3 cm de espessura. Perto do centro de sua margem côncava está o hilo renal, por meio do qual o ureter emerge do rim, junto de vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. Circundado por 3 camadas de tecido: • Capsula fibrosa, mais profunda, consiste em uma lâmina lisa e transparente de tec. conjuntivo denso não modelado e é contínuo com o revestimento interno do ureter. Serve como barreira contra traumatismos e ajuda a manter a forma do rim. • Cápsula adiposa, camada intermediária, composta por uma massa de tecido adiposo que circunda a fibrosa e também protege o rim de traumas e o ancora na cavidade abdominal. • Fáscia renal, camada superficial, uma fina camada de tecido conjuntivo denso não modelado, a qual ancora o rim as estruturas vizinhas e à parede abdominal. ANATOMIA INTERNA O Córtex renal, uma região vermelha clara superficial, é a área de textura fina que se estende da cápsula fibrosa às bases das pirâmides renais e nos espaços entre elas. Divide-se em uma zona cortical externa e uma zona justamedular interna. As partes do córtex renal que se estendem entre as pirâmides renais são chamadas colunas renais. Medula renal, região interna mais escura castanha- avermelhada, a qual consiste em várias pirâmides renais em forma de cone e seu ápice (extremidade mais estreita), chamado papila renal, está voltado para o hilo renal. Córtex + medula- parênquima, no qual estão as unidades funcionais dos rins, os néfrons. O filtrado formado pelos néfrons é drenado para grandes ductos coletores, que se estendem através da papila renal das pirâmides. Os ductos drenam para estruturas em forma de taça chamadas cálices renais maiores e cálices renais menores. Observação: Uma vez que o filtrado entra nos cálices, torna-se urina, porque não pode mais ocorrer reabsorção. O motivo é que o epitélio simples dos néfrons e túbulos se tornam epitélio de transição nos cálices. • Dos cálices renais maiores, a urina flui para uma grande cavidade única chamada pelve renal e, em seguida, para fora pelo ureter até a bexiga urinária. IRRIGAÇÃO SANGUÍNEA Os removem as escórias metabólicas do sangue e regulam o volume e a composição iônica do sangue, por isso eles são abundantemente irrigados por vasos sanguíneos • Em adultos, o fluxo sanguíneo renal, é de aproximadamente 1.200 mℓ por minuto. • As divisões das artérias arqueadas produzem várias artérias interlobulares. Estas artérias irradiam para fora e entram no córtex renal. Neste local, emitem ramos chamados arteríolas glomerulares aferentes. Cada néfron recebe uma arteríola glomerular aferente, que se divide em um enovelado capilar chamado glomérulo. Os glomérulos capilares então se reúnem para formar uma arteríola glomerular eferente, que leva o sangue para fora do glomérulo. NÉFRON Cada néfron consiste em duas partes: um corpúsculo renal, onde o plasma sanguíneo é filtrado, e um túbulo renal, pelo qual passa o líquido filtrado (filtrado glomerular). • Os dois componentes de um corpúsculo renal são o glomérulo e a cápsula glomerular (cápsula de Bowman), uma estrutura epitelial de parede dupla que circunda os capilares glomerulares. • O plasma sanguíneo é filtrado na cápsula glomerular, e então o líquido filtrado passa para o túbulo renal, que tem três partes principais. • túbulo contorcido proximal (TCP) • alça de Henle • túbulo contorcido distal (TCD) • Os túbulos contorcidos distais de vários néfrons drenam para um único ducto coletor. • Os ductos coletores então se unem e convergem em várias centenas de grandes ductos papilares, que drenam para os cálices renais menores. • Os ductos coletores e papilares se estendem desde o córtex renal ao longo da medula renal até a pelve renal.• Em um néfron, a alça de Henle comunica os túbulos contorcidos proximais e distais. • A primeira parte da alça de Henle começa no ponto em que o túbulo contorcido proximal faz a sua última curva descendente. • Aproximadamente 80 a 85% dos néfrons são néfrons corticais. • Os outros 15 a 20% dos néfrons são néfrons justamedulares. • Além disso, o ramo ascendente da alça de Henle dos néfrons justamedulares consiste em duas partes: uma parte ascendente delgada seguida por uma parte ascendente espessa. • O lúmen da parte ascendente fina é o mesmo que em outras áreas do túbulo renal; apenas o epitélio é mais fino. • Observação: Os néfrons com alça de Henle longa possibilitam que os rins excretem urina muito diluída ou muito concentrada.
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