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1 Graduanda em Pedagogia pela Universidade Uniasselvi 2 Tutora da disciplina Prática Interdisciplinar na Universidade Uniasselvi, Feira de Santana, Bahia; Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Pedagogia (PED5056) – Prática Interdisciplinar– 08 /12 /2021 A IMPORTÂNCIA DA PARCERIA ENTRE A ESCOLA E A FAMÍLIA NA FORMAÇÃO DO ALUNO Rosana Nunes Sampaio de Oliveira¹ Neumara Maria dos Santos² RESUMO Esse trabalho de pesquisa focaliza na importância da parceria entre a escola e a família, em favor do processo de ensino e aprendizagem do aluno, visto que, a participação dos pais no cotidiano escolar dos filhos, é um elemento fundamental para o desempenho da criança na escola. Esse trabalho tem por objetivo juntamente com o apoio de uma revisão bibliográficas, reconhecer a importância das relações que a escola desenvolve com a família, em prol de uma educação de qualidade. Neste sentido, optou-se pelo método de revisão bibliográfica, por entender que este é o tipo mais adequado ao perfil e aos objetivos desta pesquisa, além de tratar de maneira mais específica e delimitada de aspectos da vida cotidiana de indivíduos, grupo ou comunidade. Através desta pesquisa observou-se que a relação entre a família e a escola é de fundamental importância no desenvolvimento integral do aluno. Para tanto, a fim de manter uma relação harmoniosa e alcançar resultados educacionais satisfatórios, é necessário que a parceria entre a instituição escolar e a instituição familiar sejam constantes. Palavras-chaves: Família, Escola, Educação. 1- INTRODUÇÃO A família é uma instituição muito importante para formação social de um indivíduo, pois é considerada como a base da sociedade, o ambiente inicial de convivência, relações sociais e aprendizado. A escola, apesar de ser uma instituição oficial e regulamentada para oferecer a formação básica de ensino, não pode ser compreendida como a única responsável pelo processo de ensino e aprendizagem dos alunos. 2 Dessa forma, a escola necessita do apoio familiar, visto que apesar de todas as mudanças pedagógicas e as inovações tecnológicas implementadas, por si só não garantem a eficácia do ensino. Na escola a família é importante no processo de educação e a sua presença ajuda a esclarecer, modificar e estudar, o processo de adaptação social e cultural. Esse trabalho de pesquisa focaliza na importância da parceria entre a escola e a família, em favor do processo de ensino e aprendizagem do aluno, visto que, a participação dos pais no cotidiano escolar dos filhos, é um elemento fundamental para o desempenho da criança na escola. Considerando que, na infância, o ambiente educativo e sua dinâmica de funcionamento são grandes novidades para os pequenos, abre-se um mundo novo, cheio de oportunidades, em interação com outras crianças e adultos de diferentes conhecimentos e estímulos. Apesar de empolgante, esse momento pode ser intimidador. Todavia, quando os pais participam ativamente da vida escolar de seus filhos, demonstram interesse no processo em que as crianças estão inseridas.Com isso, elas se sentem acolhidas e mais seguras para seguir no desenvolvimento educacional. Diante do exposto, esse trabalho tem por objetivo juntamente com o apoio de uma revisão bibliográficas, reconhecer a importância das relações que a escola desenvolve com a família, em prol de uma educação de qualidade. 2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 A FAMÍLIA Segundo Sutter (2007), “a família é um conjunto de pessoas que estão unidas pelo desejo de estarem juntas, construírem algo e se complementarem.” Através dessas relações as pessoas podem se tornarem mais humanas e aprenderem a viver e conviver em sociedade, de maneira afetiva. O modelo de família, como aponta Prado (2009), “varia de acordo com o tipo da sociedade a qual está inserida”. Como uma instituição social, ela apresenta pontos positivos, como por exemplo, desenvolve a sociabilidade, o afeto e a solidariedade. Contudo, também apresenta os pontos negativos, como as imposições de alguns costumes que geram conflitos no ambiente familiar. A família não é uma instituição social que sofre alterações ao longo da história, apresentando formas diferentes e finalidades diversas. 3 Como construções sociais relativamente recentes, estas complexas reformulações familiares encontram-se sem modelo preestabelecido. Sendo assim, cada família necessita lidar com seus padrões e conceitos preestabelecidos para deles fazer emergir uma maneira original de constituir um grupo familiar com funções, direitos e deveres que atendam aos que dele participam. Nesta reformulação, as questões de gênero são inevitavelmente questionadas e pressionadas a transformarem-se. (BATTAGLIA, 2002). A Constituição Brasileira de 1988, trata da questão familiar no artigo 226, apresentando um rol explicativo sobre modelos de entidade familiar. Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 1º O casamento é civil e gratuita a celebração. § 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. § 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. § 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes. § 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher. § 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 66, de 2010) § 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas. § 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações. (BRASIL, 2014). A família deve ser entendida como o núcleo no qual o ser humano é capaz de desenvolver todas as suas potencialidades individuais, tendo em vista o princípio da dignidade da pessoa humana, além dos princípios do Direito das Famílias. 2.2 A ESCOLA De acordo com Lima (1989 apud ELALI, 2003), “a escola exerce uma função primordial, pois se constitui como uma importante ferramenta de socialização para a criança, um espaço onde ela irá interagir com outras crianças adquirindo conhecimentos e experiências”. Pol e Morales (1991), afirmam que “a infraestrutura e a estética do espaço físico escolar devem refletir na construção do indivíduo”. O processo de ensino e aprendizagem está intimamente relacionado com a infraestrutura do ambiente escolar, uma vez que é um espaço de vivência do aluno, sendo, portanto, essencial existir uma harmonia entre infraestrutura e pedagógico. 4 O espaço escolar exerce uma forte influência no desenvolvimento da aprendizagem, uma vez que é nele que as relações dentre pessoas e ambiente são estabelecidas (ELALI, 2003). Segundo Moura (2006), destaca que, infelizmente, algumas escolas só oferecem apenas o espaço físico, e não observam se o espaço se adequa ao tipo de atividade que será desenvolvida, isso limita a função social da escola. 2.2.1 A relação Família e Escola Ao ingressar na escola, a criança se encontra inserida em um ambiente incomum e diferenciado, com pessoas, espaços e rotinas que pouco, ou em nada se assemelha ao círculo família. Contudo, é essencial que os pais sejam presentes para que essa experiência não se torne angustiante. É desafiante para a comunidade escolar propiciar uma relação satisfatória com a família, levando em consideração que essa uniãono novo sistema escolar está longe de ser aquilo que se espera. Por este motivo, a escola tem buscado soluções para desenvolver uma parceria efetiva e permanente com a família. Atualmente não existe um único modelo de estrutura familiar, mas vários modelos, além de ainda existir o modelo antigo de família, onde o pai era provedor de sustento do lar e a mãe cuidadora do lar e dos filhos. Existem também modelos como: pai e mãe separados com guarda partilhada: mães que sozinhas sustentam o lar; pais jovens e até pré-adolescentes. Apesar de existir essa diversificação de modelos de família a mesma contínua com a sua responsabilidade de proteger, educar, cuidar e transmitir valores. Assim como toda relação humana, a relação entre família e escola também apresenta a presença de conflitos, desde pais que desaprovam professores e suas metodologias, até professores que criticam a forma como os pais criam seus filhos. Para que a relação da família e escola seja satisfatória é necessário que a escola crie um ambiente aberto de coletividade, com a presença de confiança e segurança que devem ser transferidas aos pais e familiares (Figura 1). 5 Figura 1- Relação entre Família, Escola, Aluno e Sociedade. Fonte: Autora. Shinyashiki (2012) fala sobre não dever exigir que os filhos sempre sejam os melhores, mas sim, ajudá-los nessa caminhada. O primeiro cuidado a observar na vida de seu filho é para que a escola não se torne fonte de eternas angústias porque ele tem de ser o primeiro aluno da classe. É necessário tratar as relações com a família de forma reflexiva, com propostas que não sejam intuitivas nem pessoais, mas profissionais, sem negar os sentimentos que se criam, mas sem permitir que eles invadam ou deteriorem a relação, porque na relação com a família não se pode partir da, espontaneidade absoluta (PANIAGUA,2007, p.220). Oliveira (2010) aborda sobre atualmente não existir um único modelo de estrutura familiar, e por isso, os professores de creches e pré- escolas devem levar esse fator em consideração no momento de estabelecer uma aproximação com as famílias, a fim de trabalhar de modo produtivo. ESCOLA ALUNO SOCIEDADE FAMÍLA 6 3- RESULTADOS E DISCURSÕES Entendendo as muitas dificuldades existentes em um ambiente familiar, a escola deve proporcionar diferentes alternativas de participação no mais diversos meios de comunicação, para aqueles pais que por conta de seus trabalhos e responsabilidades, não participam ativamente da vida escolar dos filhos, utilizem dessas alternativas que serão compatíveis com seus horários. Uma coisa importante é o grau de participação e envolvimento que podemos esperar das diversas famílias. Dadas as suas características e circunstâncias particulares (horários, trabalhos, motivações, diferentes), não se poderia pretender que todos tivessem uma participação igual (PANIAGUA, 2007). O mínimo que se exige é um grau de colaboração imprescindível para a convivência (certas normas, um mínimo de encontros). A partir daí, quanto mais amplo o leque de alternativas de participação que a escola oferecer, mais possibilidades se abrirão para umas famílias e outras. A escola também pode trabalhar com reuniões de pais, conselhos de classe, passeios, festas, eventos e projetos motivacionais para sempre está em contato com a família, e como grande vantagem para tornar mais fácil essa relação, deve considerar que tanto a família quanto instituição escolar têm um grande interesse em comum que é o bem-estar das crianças. A participação dos pais e outros familiares em conselhos de classe e na organização de festas nas creches e pré- escolas serve para agregar experiências e saberes e para aproximar os contextos de desenvolvimento das crianças, articulando suas experiências. (OLIVEIRA, 2010). 5- CONCLUSÃO . A família é uma instituição social que interfere diretamente no desenvolvimento das crianças na escola, pois é a família que constitui a base de toda a educação e transformação das relações que envolvem o homem no contexto social. Através desta pesquisa observou-se que a relação entre a família e a escola é de fundamental importância no desenvolvimento integral do aluno. Para tanto, a fim de manter uma relação 7 harmoniosa e alcançar resultados educacionais satisfatórios, é necessário que a parceria entre a instituição escolar e a instituição familiar sejam constantes. A família e a escola devem caminhar de mãos dadas com o objetivo de melhorar a educação oferecida pela instituição, buscando novas estratégias que venham suprir as necessidades existentes. Ambas devem permanecer unidas com um só objetivo, uma educação de qualidade que possibilite a transformação social. 8 REFERÊNCIAS BATTAGLIA, M. L. Terapia de família centrada no sistema. Rio de Janeiro, 2002. Disponível em: www.rogeriana.com/battaglia, acessado em 07 de dez 2021. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 34ª ed. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2014 ELALI, G. V. M. A. O ambiente da escola: uma discussão sobre a relação escola natureza em educação infantil. 2003. OLIVEIRA ,Z. M. R Educação infantil: fundamentos e métodos- 5.Ed-Sao Paulo: Cortez,2010- (Coleção Docência em Formação). PANIAGUA, G. Educação infantil: resposta educativa a diversidade/; tradução Fátima Murad- Porto Alegre: Artmed,2007. PARO V. H. Gestão da escola pública: a participação da comunidade. Revista de estudos pedagógicos, 1992. POL, E., MORALES, M. (1991). El entorno escolar desde la Psicología Ambiental. In F. Jiménez Burillo & J. I. Aragonés. Introducción a la Psicología Ambiental (pp. 283-303). Madri: Alianza Editorial. SHINYASHIKI, R. Pais e filhos companheiros de viagem. Uma educação para a felicidade -editora Gente 2012 edição 1. SUTTER, G. Refletindo sobre a relação Família Escola. 2007. Disponível em: www.webartigos.com; acessado em 07 de dez 2021.
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