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COLÉGIO E CURSO MASTERS GOLD CURSO TÉC. EM ENFERMAGEM ENFERMAGEM EM MATERNO INFANTIL ENFERMEIRO ESP. SAÚDE DA FAMÍLIA SAÚDE COLETIVA, URGÊNCIA E EMERGÊNCIA, GESTÃO DO APOIO MATRICIAL, SAÚDE MENTAL. JOÃO MATIAS COREN-PB 251.233 CAJAZEIRAS-2021 Componente Curricular: ENFERMAGEM MATERNO INFANTIL Carga Horária 40 Créditos 2 Ementa: Introdução à assistência de enfermagem materno-infantil. Estrutura e dinâmica funcional do serviço materno-infantil. Assistência de enfermagem à gestante sadia. Assistência de enfermagem no parto. Assistência de enfermagem à criança sadia. Assistência de enfermagem no pós- parto. Assistência de enfermagem nas necessidades nutricionais da criança. Assistência de enfermagem à gestante de alto risco. Assistência de enfermagem à criança doente. Assistência de enfermagem em ginecologia. Bibliografia Básica: Enfermagem Materno- Infantil BRANDEN, P.S 2ª ed, Rio de Janeiro Reichmann Affonso Editores 2000 Obstetrícia Básica NEME, B. São Paulo Sarvier 2000Bibliografia Complementar: O cuidado em enfermagem materna LEOND, D.; BOBAK, I.; PERRY, S. E São Paulo Artmed 2002. PLANEJAMENTO FAMILIAR, ASSISTÊNCIA OBSTÉTRICA E AO RÉCEM NASCIDO Mulheres e homens têm o direito de decidir livre e conscientemente se desejam ter filhos, o seu número, o espaçamento entre eles, devendo-lhes ser asseguradas as informações e os meios necessários para concretizar esta decisão. Têm, ainda, o direito de viver com plenitude e saúde a sua sexualidade. Assim como durante a gestação e o abortamento legal ou inseguro, as mulheres têm o pleno direito de ser atendidas com segurança e qualidade pelos serviços de saúde. Estas prerrogativas denominadas direitos sexuais e direitos reprodutivos, já reconhecidos como direitos humanos, têm sido objeto de compromissos assumidos pelo Governo Brasileiro em Conferências Internacionais, estando garantidos na Constituição Brasileira. Entretanto, no Brasil, há um longo caminho a ser percorrido para assegurá-los LEI Nº 9.263, DE 12 DE JANEIRO DE 1996 Regula o § 7º do art. 226 da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras providências. IMPLEMENTAÇÃO DE AÇÕES DE CONCEPÇÃO E CONTRACEPÇÃO Estabelecer protocolos de atendimento e garantia de oferta de métodos anticoncepcionais, com atenção ao adolescente e a mulher no climatério. VIGILÂNCIA AO ÓBITO MATERNO E INFANTIL Fortalecer a implementação e atuação dos Comitês de Morte Materna Lançar a “Proposta Nacional de Vigilância do Óbito Infantil”. Instalar a Comissão Nacional de Vigilância do Óbito Infantil. Realizar de pesquisa para definir fatores de correção das razões de morte materna para o Brasil e regiões. Implementar serviços de verificação do óbito em âmbito estadual. REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV/AIDS E SÍFILIS CONGÊNITA - Adotar medidas de diagnóstico precoce e tratamento de gestantes e recém nascidos. (Projeto Nascer) - ORGANIZAÇÃO DO ACESSO Integrar os níveis de atenção, garantindo a continuidade do cuidado. Garantir a vinculação da gestante no pré-natal ao serviço que atenderá ao parto. Garantir leitos de UTI, e transferência em situação de risco. Centrais de leito e consultas/exames SAÚDE DA MULHER TRABALHADORA Assegurar que a trabalhadora gestante não se exponha a fatores de risco, químico, físico, biológico ou ergonômico que possam comprometer sua gestação, parto, puerpério , bem como às condições de vida e sobrevivência do recém nascido. Garantir o direito da trabalhadora de amamentar seus filhos. SAÚDE DAS MULHERES E RECÉM- NASCIDOS NEGROS E INDÍGENAS Oferecer atenção às mulheres e recém- nascidos negros e indígenas respeitando suas particularidades étnicas e culturais, atentando para especificidades no perfil de morbi- mortalidade destes segmentos. REDIRECIONAR RECURSOS PARA PROJETOS Redirecionar recursos com vistas à apoiar projetos para fortalecimento de ações voltadas para tal finalidade, pactuando nas instâncias gestoras EXPANSÃO DA ATENÇÃO BÁSICA A ampliação da Estratégia Saúde da Família permite a reorganização do sistema a partir da atenção básica, promovendo a ampliação de cobertura do planejamento familiar, pré-natal, da vigilância a saúde da mulher e da criança e do acompanhamento pós-parto e puericultura. Qualificar a assistência ao parto domiciliar e articulá-la à atenção básica de saúde. PRIMEIRA SEMANA: SAÚDE INTEGRAL Lançamento da “Primeira Semana: Saúde Integral” intensificará o cuidado com o recém- nascido e a puérpera na primeira semana após o parto, período em que se concentram os óbitos. Serão desenvolvidas as seguintes ações, melhorando a cobertura e reforçando vinculação da mulher e do recém-nascido à unidade básica de saúde: Avaliação da mulher e do recém-nascido, atenta à saúde mental da puérpera. Orientação e apoio ao aleitamento materno Vacinas da puérpera e do recém-nascido Teste do pezinho Orientação para contracepção Agendamento da consulta de puericultura e de puerpério EXPANSÃO DA OFERTA DE EXAMES LABORATORIAIS NO PRÉ-NATAL A ampliação de acesso ao pré-natal deve ser acompanhada da expansão da oferta de exames laboratoriais. Devem ser desenvolvidas estratégias de regionalização que assegurem esta oferta através de laboratórios regionais e/ou incorporação de tecnologias que permitam o acesso descentralizado e imediato à avaliação especialmente o que diz respeito à sorologia. O que é Assistência Materno-infantil? A assistência inclui a prevenção de doenças e agravos, a promoção da saúde e o tratamento dos problemas ocorridos durante o período pré-gestacional até o pós- parto, tanto na mulher quanto no bebê. Prevenção das intercorrências gestacionais e complicações do parto e puerperio, a partir do diagnóstico de necessidades e detectação de situações de Riscos que atingem a mulher e o concepto. - Supervisão e orientação adequada da puérpera, visando pós-natal prevenção de doenças ginecológicas e prevenção do câncer. Qual a importância epidemiológica da caracterização da população materno infantil? Os estudos realizados para determinar os indicadores de saúde da população materno- infantil, são importantes, pois expressam a desigualdade social no país e a possibilidade de modificá-la através das estratégias realizadas pelas equipes de atenção básica. Quem faz parte do Grupo Materno Infantil? O público-alvo são as mulheres em idade fértil e crianças menores de dois anos de idade. Como está a Saúde Materno Infantil no Brasil? Nas últimas décadas, com o auxílio do governo e da sociedade, houve uma progressão no atendimento da saúde da mulher e da criança. No entanto, conclui-se que, apesar da evolução observada, o grande desafio ainda se encontra na redução da morbimortalidade materna, neonatal e infantil Qual a importância do Materno Infantil? O vínculo mãe-bebê é fortalecido no momento da amamentação, pois a primeira relação social do bebê seria com a figura da mãe, representada pelo seio materno. O leite, o calor e o contato com o corpo da mãe, seu cheiro (que ele reconhece) e o som dos batimentos cardíacos o instigam. Quais são as áreas de atuacao de Enfermeira de Saúde Materno-infantil? Agora, vamos ver quais são as principais possibilidades para trabalhar na área de Enfermagem. Enfermagem geral. ... • Enfermagem Home Care. ... • Enfermagem Pediátrica. ... • Enfermagem Médico-Cirúrgica. ... • Enfermagem Obstétrica. ... • Enfermagem de resgate. PNAISM (BRASIL, 2011) OBJETIVOS GERAIS Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras, mediante a garantia de direitos legalmente constituídos e a ampliação do acesso aos meios e aos serviços de PROMOÇÃO, PREVENÇÃO, ASSISTÊNCIA E RECUPERAÇÃO da saúde em todo o território brasileiro; Contribuir para reduzir a morbidade e mortalidade feminina no Brasil, especialmente por causas evitáveis, em todos os ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais, sem discriminação de qualquer espécie; Ampliar, qualificare humanizar a Atenção Integral à Saúde da Mulher no SUS (Sistema Único de Saúde). CÓDIDO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM O Programa de Assistência Integral à Saúde da Criança (PAISC) formulou um conjunto de ações básicas de saúde que visam à integralidade da assistência à saúde, com enfoque sobre ações de prevenção. Dentre essas ações, encontra-se o acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento infantil (BRASIL, 2005). CLASSIFICAÇÃO PUERPERAL CLASSIFICAÇÃO DO MS (BRASIL, 2001) IMEDIATO: DO 1º AO 10º DIA PÓS PARTO; TARDIO: DO 11º AO 42º DIA PÓS PARTO; REMOTO: DEPOIS DO 43º DIA COM TÉRMINO IMPREVISTO. CLASSIFICAÇÃO DE MONTENEGRO E REZENDE FILHO (2019) IMEDIATO: DO 1º AO 10º DIA PÓS PARTO; TARDIO: DO 11º AO 45º DIA PÓS PARTO; REMOTO: DEPOIS DO 45º DIA COM TÉRMINO IMPREVISTO. Existem variações fisiológicas na quantidade e nas características dos lóquios, principalmente na cor, de acordo com o período puerperal. LÓQUIOS VERMELHOS OU SANGUINOLENTOS : Presente entre o 3º e o 4º dia do puerpério (coloração vermelha por conter sangue e células epiteliais); LÓQUIOS SEROSSANGUINOLENTOS: Presente entre o 4º e o 10º dia do puerpério (coloração rósea / acastanhada devido o: aumento dos leucócitos; diminuição das hemácias e alterações de hemoglobina; LÓQUIOS SEROSOS: Presente após o 10º dia de puerpério (assumem a coloração amarelada ou branca). COMPLICAÇÕES: Os lóquios tem odor característico e são semelhantes ao sangue menstrual. No entanto, qualquer patologia no endométrio, no colo uterino ou na vagina modifica suas características, na quantidade, cor e odor. A LAQUIOMETRIA (LÓQUIOS RETIDOS) é uma situação clínica indesejável, predispõe a INFECÇÃO PUERPERAL. Apresentando calafrios, mal estar geral, dor no baixo ventre, útero dolorido e subinvolução uterina, lóquios purulentos e fétidos. FISSURA/ RACHADURA /MASTITE Na sua anatomia normal, o cordão umbilical possui três vasos: uma veia e duas artérias. As artérias conduzem o sangue não oxigenado do feto para a placenta e a veia transporta o sangue oxigenado na placenta para a circulação fetal. O objetivo do acompanhamento pré-natal é assegurar o desenvolvimento da gestação, permitindo o parto de um recém-nascido saudável, sem impacto para a saúde materna, inclusive abordando aspectos psicossociais e as atividades educativas e preventivas. Talvez o principal indicador do prognóstico ao nascimento seja o acesso à assistência pré-natal (grau de recomendação B). Os cuidados assistenciais no primeiro trimestre são utilizados como um indicador maior da qualidade dos cuidados maternos (grau de recomendação B). Se o início precoce do pré-natal é essencial para a adequada assistência, o número ideal de consultas permanece controverso. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número adequado seria igual ou superior a 6 (seis). Pode ser que, mesmo com um número mais reduzido de consultas (porém, com maior ênfase para o conteúdo de cada uma delas) em casos de pacientes de baixo risco, não haja aumento de resultados perinatais adversos (grau de recomendação A). Atenção especial deverá ser dispensada às grávidas com maiores riscos (grau de recomendação A). As consultas deverão ser mensais até a 28ª semana, quinzenais entre 28 e 36 semanas e semanais no termo (grau de recomendação D). Não existe alta do pré-natal. Quando o parto não ocorre até a 41º semana, é necessário encaminhar a gestante para a avaliação do bem-estar fetal, incluindo avaliação do índice do líquido amniótico e monitoramento cardíaco fetal. Estudos clínicos randomizados demonstram que a conduta de induzir o trabalho de parto em todas as gestantes com 41 semanas de gravidez é preferível à avaliação seriada do bem-estar fetal, pois se observou menor risco de morte neonatal e perinatal e menor chance de cesariana no grupo submetido à indução do parto com 41 semanas. Área física adequada para o atendimento da gestante e dos familiares nos serviços de saúde com condições adequadas de higiene e ventilação. A privacidade é um fator essencial nas consultas e nos exames clínicos e/ou ginecológicos; o Equipamento e instrumental mínimo, devendo ser garantida a existência de: (a) mesa e cadeiras para acolhimento e escuta qualificada; (b) mesa de exame ginecológico; (c) escada de dois degraus; (d) foco de luz; (e) balança para adultos (peso/altura) com capacidade para até 300kg; (f) esfigmomanômetro; (g) estetoscópio clínico; (h) estetoscópio de Pinard; (i) fita métrica flexível e inelástica; (j) espéculos; (k) pinças de Cheron; (l) material para realização do exame colpocitológico; (m) sonar doppler (se possível); e (n) gestograma ou disco obstétrico; o Medicamentos básicos e vacinas (contra tétano e hepatite B); Realização de testes rápidos na unidade básica de saúde, assim como apoio laboratorial, garantindo a realização dos seguintes exames de rotina: i) teste rápido de gravidez; ii) teste rápido de triagem para sífilis e sorologia para sífilis (VDRL/RPR); iii) teste rápido diagnóstico para HIV e sorologia para HIV I e II; iv) proteinúria (teste rápido). Palpação obstétrica e medida da altura uterina (AU) Objetivos: - Identificar o crescimento fetal; - Diagnosticar os desvios da normalidade a partir da relação entre a altura uterina e a idade gestacional; - Identificar a situação e a apresentação fetal. (Grau de recomendação B) A palpação obstétrica deve ser realizada antes da medida da altura uterina. Ela deve iniciarse pela delimitação do fundo uterino, bem como de todo o contorno da superfície uterina (este procedimento reduz o risco de erro da medida da altura uterina). A identificação da situação e da apresentação fetal é feita por meio da palpação obstétrica, procurando-se identificar os polos cefálico e pélvico e o dorso fetal, facilmente identificados a partir do terceiro trimestre. Pode-se, ainda, estimar a quantidade de líquido amniótico. A percepção materna e a constatação objetiva de movimentos fetais, além do crescimento uterino, são sinais de boa vitalidade fetal. Técnica para palpação abdominal (Manobras de Leopold): Consiste em um método palpatório do abdome materno em 4 passos (grau de recomendação B): - Delimite o fundo do útero com a borda cubital de ambas as mãos e reconheça a parte fetal que o ocupa; - Deslize as mãos do fundo uterino até o polo inferior do útero, procurando sentir o dorso e as pequenas partes do feto; - Explore a mobilidade do polo, que se apresenta no estreito superior pélvico; - Determine a situação fetal, colocando as mãos sobre as fossas ilíacas, deslizando-as em direção à escava pélvica e abarcando o polo fetal, que se apresenta. As situações que podem ser encontradas são: longitudinal (apresentação cefálica e pélvica), transversa (apresentação córmica) e oblíquas. MANOBRAS DE LEOPOLD ELA DEVE SER INICIADA PELA DELIMITAÇÃO DO FUNDO UTERINO E DE TODO O CONTORNO DA SUPERFÍCIE UTERINA EM SEGUIDA A SITUAÇÃO E A APRESENTAÇÃO FETAL, PROCURANDO IDENTIFICAR OS POLOS CEFÁLICO E PÉLVICO E O DORSO FETAL A PARTIR DO 3º TRIMESTRE. A técnica da palpação obstétrica por meio das manobras de Leopold é feita em 4 tempos: 1º TEMPO: Delimite o fundo uterino com a borda cubital de ambas as mãos e reconheça a parte fetal que o ocupa; 2º TEMPO: Deslize as mãos do fundo uterino até o polo inferior do útero, procurando sentir o dorso as pequenas partes do feto; 3º TEMPO: Explore a mobilidade do polo, que se apresenta no estreito superior pélvico; 4º TEMPO: Determine a situação fetal, colocando as mãos sobre as fossas ilíacas, deslizando-as em direção à escava pélvica e abarcando o polo fetal, que se apresenta. As situações que podem ser encontradas são: LONGITUDINAL ( Apresentação cefálica e pélvica), TRANSVERSA (apresentação córmica) e oblíquas.OBRIGADO! REFERÊNCIAS
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