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PEDIATRIA

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1 
 
 Doenças Exantemáticas na Infância ........................................................................ Pág 3 
 Sarampo 
 Rubéola 
 Eritema Infeccioso 
 Exantema súbito 
 Varicela 
 Síndrome mão-pé-boca 
 Escarlatina 
 Mononucleose 
 Doença de Kawasaki 
 
 Infecções Respiratórias na infância .......................................................................... Pág 8 
 Resfriado comum 
 Sinusite bacteriana aguda 
 Otite Média aguda – OMA 
 Faringite bacteriana 
 Epiglotite aguda 
 Laringotraqueíte viral 
 Pneumonia Típica / Atípica 
 Coqueluche 
 Bronquiolite viral aguda 
 
 Imunizações .............................................................................................................. Pág 17 
 BCG 
 Vacina oral de poliomielite (VOP) 
 Rotavírus (VORH) 
 Febre amarela 
 Tríplice viral 
 Tetra viral 
 Varicela 
 Hepatite B 
 Pentavalente 
 Pneumocócica 10-valente 
 Meningocócica C 
 VIP – salk 
 Hepatite A 
 Influenza 
 HPV 
 Calendário do adolescente 
 Calendário do idoso 
 Dengue 
 
 Infecção Urinária ...................................................................................................... Pág 21 
 
 Neonatologia ............................................................................................................ Pág 23 
 Sífilis 
 Toxoplasmose congênita 
 Citomegalovirose 
 Rubéola congênita 
 Varicela congênita 
 
 
PEDIATRIA 
2 
 
 Distúrbios Respiratórios ............................................................................................. Pág 27 
 Síndrome do Desconforto respiratório 
 Sepse Neonatal 
 Taquipneia Transitória do RN 
 Síndrome de aspiração meconial 
 Triagem neonatal 
 
 Icterícia Fisiológica .................................................................................................. Pág 31 
 Icterícia fisiológica 
 Icterícia precoce 
 Icterícia prolongada ou tardia 
 
 Crescimento e seus distúrbios ................................................................................ Pág 33 
 Crescimento 
 Desnutrição grave 
 Baixa Estatura 
 Obesidade 
 Desenvolvimento Infantil 
 Hipovitaminoses 
 
 Puberdade e seus distúrbios ................................................................................... Pág 38 
 
 Aleitamento Materno .............................................................................................. Pág 40 
 Alimentação saudável 
 Composição do leite 
 Modificações do leite 
 Profilaxia anemia ferropriva 
 Suprimento lácteo 
 Técnica de amamentação 
 Queixas comuns da amamentação 
 
 Diarreia Aguda ........................................................................................................ Pág 42 
 
 Tumores Abdominais .............................................................................................. Pág 43 
 Neuroblastoma 
 Nefroblastoma 
 
 Cardiopatias Congênitas ....................................................................................... Pág 44 
 Circulação Fetal 
 Circulação Pós-neonatal 
 Cardiopatia Congênita Acianóticas: Comunicação interventricular, 
Comunicação interatrial, Persistência do canal arterial, Defeito total do septo 
AV, Coarctação da aorta 
 Cardiopatia Congênita Cianóticas: Tetralogia de Fallot, Transposição dos 
grandes vasos, Drenagem anômala total das veias pulmonares, Tronco 
arterioso, Atresia tricúspide 
 
 Reanimação Neonatal e PBLS / PALS .................................................................... Pág 46 
 
 Maus Tratos .............................................................................................................. Pág 49 
 
 
3 
 
>> DEFINIÇÃO: 
Grupo de doenças caracterizadas pelo aparecimento 
de erupção cutânea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
>> CARACTERÍSTICAS DO EXANTEMA 
1. ASPECTO 
• Lesões MACULOPAPULARES (+ comum) 
- Mácula = alteração de cor 
- Pápula = lesão elevada 
 
→ TIPOS: 
- Morbiliforme: lesões maculopapulares com pele são 
de permeio que podem confluir. 
- Rubeoliforme: lesões semelhantes ao morbiliforme, 
porém mais clara e com pápulas menores. 
- Escarlatiforme: lesões papulares puntiformes com 
acometimento homogêneo. 
- Urticariforme: lesões maculopapulares maiores de 
limites imprecisos. 
 
• Lesões VESICULARES 
 
• Lesões MULTIFORMES 
- Alteração apenas da cor: purpúrico ou petequial 
- Lesão nodular: tipo moeda 
 
2. PROGRESSÃO 
- Craniocaudal 
- Centrífuga 
 
3. DESCAMAÇÃO 
- Furfurácea – “tipo farinha” 
- Laminar: “lascas” 
 
>> CRONOLOGIA 
→ Momento do contagio: indivíduo suscetível, que 
nunca teve a doença, nunca foi vacinada e foi exposta 
ao agente infeccioso. 
 
→ Período incubação: paciente já foi contaminado, mas 
não tem nenhuma manifestação clínica, o agente 
infeccioso está se replicando em órgãos internos. 
DICA: doenças virais → 1-3 semanas 
 
→ Início dos sintomas: 
- PRÓDROMOS: aquilo q antecede o período principal 
da doença 
• FEBRE (qual o padrão da febre?) 
• Sinais típicos 
• Enantemas 
• O paciente JÁ TRANSMITE O AGENTE 
INFECCIOSO!!! 
 
- FASE PRINCIPAL: 
• EXANTEMA 
o Tipo → Maculopapular OU Vesicular 
o Progressão → se começa na cabeça, no tronco 
o Descamação 
 
- FASE FINAL: 
• Convalescência 
 
EXANTEMA COM FEBRE 
 
 SARAMPO 
 PARAMPO36 
- Família Paramixovírus – trato respiratório 
TRANSMISSÃO: gotículas respiratórias, por aerossol 
(maiores distancias) 
OBS: tem que isolar, precaução de contato aéreo 
 
- PI: 8-12 dias / 1-3 sem 
A tosse é marcante, sendo um dos primeiros sintomas 
a surgir e um dos últimos a desaparecer. 
Quanto à febre, esta atinge o máximo quando surge o 
exantema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lesão brancacenta halo de hiperemia, 
caracteristicamente na mucosa jugal. 
 
 
 
 
 
 
 
 Exantema Morbiliforme
 
>> DIAGNÓSTICO 
CLÍNICO 
É feito através da dosagem de anticorpo IgM que 
podem ficar elevados até 30 dias. 
 
>> COMPLICAÇÕES 
- Trato respiratório: pneumonia, OMA, 
bronquiolite, traqueite, crupe, sinusite, mastoidite, 
TBC 
PRÓDROMOS EXANTEMA CONVALE
SCÊNCIA 
TOSSE, Febre, Coriza, 
CONJUNTIVITE 
(fotofobia): 
ENANTEMA: *Manchas 
de Koplik: pequenas 
máculas brancas com 
halo de hiperemia ao 
redor na face interna das 
bochechas – aparece 12-
24 hs antes do exantema 
(PATOGNOMÔNICO) 
TIPO: MORBILIFORME (lesões 
máculo-papulares com tendência à 
confluência e permeio de pele sã) 
INÍCIO: pescoço, face e 
retroauricular (linha de implantação 
dos cabelos) – geralmente poupa 
palma das mãos e pés. 
PROGRESSÃO: crânio-caudal 
lenta 
DESCAMAÇÃO: furfurácea → 
aspecto acastanhado, fina 
descamação da pele, semelhante a 
farelo 
 
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS NA INFÂNCIA 
4 
 
- Gastrointestinal: diarreia e vômitos, apendicite 
- SNC: convulsões, encefalite, panencefalite 
esclerosante subaguda – PEES (vários anos após 
infecção, tem alta letalidade) 
- Outras complic: sarampo hemorrágico/ sarampo 
negro, miocardite, infecção na gravidez 
 
QUESTÃO DE PROVA 
Complicação + frequente: Otite Média Aguda (OMA) 
Principal causa de óbito: PNEUMONIA 
 
>> TRATAMENTO 
- Sintomático / Suporte 
- Vitamina A (fundamental p integridade da mucosa) 
Objetivo da vitamina A: diminui a mortalidade e 
redução da duração da doença. 
MS – VITAMINA A 
2 doses (no dia do dx e no dia seguinte) 
- < 6 meses: 50.000 UI em cada dose 
- 6 – 12 meses: 100.000 UI em cada dose 
- > 12 meses: 2000.000 UI em cada dose 
OBS1: o risco de contágio é ALTO, deve isolar por 7 
dias após o aparecimento do exantema. 
OBS2: quando internar = isolamento aéreo → 
precaução até 4 dias 
Utilizar máscara N95, quarto privativo, pressão 
negativa e filtro de ar. 
- NOTIFICAÇÃO IMEDIATA! 
 
PROFILAXIA 
* Profilaxia pré-contato: VACINA → aos 12 e 15 
meses de vida 
* Profilaxia PÓS-contato → PARAMPO36 
→ Vacina: até o3º dia após a exposição ao vírus 
 A vacina é capaz de fazer produzir anticorpos em 
menos tempo que o PI do vírus 
É uma vacina de vírus vivo 
*para fins de bloqueio a primeira dose pode ser feita 
a partir dos 6 meses → mas essa dose não deve ser 
considerada para a rotina; é a dose 0 (zero) 
 
→ IG padrão IM: até o 6º dia após a exposição → 
Imunodeprimidos, Grávidas não vacinada, < 6 
meses 
OBS1: A vacina é de vírus vivo, portanto, é 
contraindicado para Imunodeprimido, Grávidas e < 
6m → IG 
OBS2: Entre 6-12m: fazer vacina até 3d pós contato. 
Mas não vai contar para o calendário de vacinação. 
Precisará tomar as 2 doses da vacina. 
 
 RUBÉOLA / RUBOLA 
- Familia Togavírus / Rubivírus 
TRANSMISSÃO: 5 a 7 dias antes e 5 a 7 dias depois 
PRÓDROMOS EXANTEMA 
Linfadenopatia 
retroauricular, occipital e 
cervical. 
Sinal de Forschheimer 
(máculas ou petéquias 
localizadas na transição 
entre o palato duro e o 
mole). 
TIPO: Rubeoliforme (as 
lesões másculo-papulares 
são isoladas) 
Progressão: Craniocaudal 
rápida 
Descamação: AUSENTE 
 
 
 
 
 
 
 
Sinal de Forschheimer Exantema Rubeoliforme 
 
>> DIAGNÓSTICO 
CLÍNICO – epidemiológico 
Sorologia IgM e IgG 
 
>> COMPLICAÇÕES: 
 ARTROPATIA (auto-limitado / + comum em 
mulheres / pequenas articulações) 
 SÍNDROME DA RUBÉOLA CONGÊNITA (é o 
principal motivo de preocupação do MS com a 
vacinação da rubéola. Tanto em gestantes como 
contactantes) 
 Trombocitopenia 
 Encefalite Pós-Infecciosa 
 Panencefalite progressiva 
 
>> PREVENÇÃO 
Pré-exposição: VACINA → tríplice e tetraviral 
(aos 12 e 15 meses) 
Pós-exposição: pode utilizar as vacinas tríplice 
ou tetraviral → deve ser feito dentre de 72 hs 
após a exposição! 
 
>> TRATAMENTO 
- NÃO há tto especifico 
- Usado apenas analgésicos e antipiréticos para 
controle da artralgia e febre 
NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIO E IMEDIATA! 
 
EXANTEMA APÓS A FEBRE 
 
 ERITEMA INFECCIOSO 
Parvovírus B19 → DNA-hélice-única; tropismo por 
células de linhagem eritroide (eritrovírus) 
*o vírus é eliminado nas secreções 
* quando tem exantema não infecta 
TRANSMISSÃO: Contato direto com gotículas → 
secreção nasofaríngea do infectado. 
 
>> PRÓDROMOS: 
❖ Inespecíficos ou inexistentes 
 
>> EXANTEMA: 
❖ Trifásico 
1. Face esbofeteada – hiperemia / eritema em 
região malar → “Sinal de Filatov” 
 
 
 
 
 
 
 
2. Exantema reticulado – lesões + exuberantes nas 
superfícies extensoras dos membros 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Progressão Craniocaudal 
- Descamação ausente; discreta 
3. Recidiva – sol, calor, atividade física (1 a 3 
semanas) – exantema flutuante 
 
>> DIAGNÓSTICO 
É feito quando não tem mais doença 
Não transmite e não precisa de isolamento 
5 
 
>> PREVENÇÃO 
Pode continuar atividades normais pois já não 
elimina + o vírus, exceto crianças internadas 
com crise aplásica 
 
>> COMPLICAÇÕES 
• CRISE APLÁSICA: pacientes com doenças hemolíticas 
(ex: crianças com anemia falciforme) 
Na crise aplásica = reticulocitopenia 
O tratamento = hemotransfusão 
• HIDROPSIA FETAL: acúmulo de líquido de mais de 2 
compartimentos fetais (pele, pleura, pericárdio...) – a 
miocardite + anemia irão levar à IC → anasarca fetal 
Tratamento = transfusão intra-útero 
• ARTROPATIA = evento imuno-mediado 
• SD PAPULAR PURPÚRICA: “em luvas e meias” → 
febre, prurido, edema doloroso e eritema nas 
extremidades distais, seguido por petéquias nas 
extremidades e lesões orais. 
 
>> TRATAMENTO 
Não há terapia especifica, não há indicação de tto, 
quadro é auto-limitado e a infecção leva a imunidade 
duradoura. 
 
EXANTEMA SÚBITO (roséola) 
Infecção persistente nas glândulas salivares. 
Herpes Vírus Humano do tipo 6 (HHV-6 e HHV-7) 
VÍRUS: O HHV-6 é um membro da família dos herpes 
vírus, os quais podem estabelecer uma infecção latente 
ou persistente. O HHV-6 pode estabelecer uma 
infecção latente nas glândulas salivares. 
TRANSMISSÃO: Comum a partir dos 6 meses, 
transmitido através de saliva de portadores crônicos. 
Depois de curado o vírus permanece no seu organismo 
por toda vida, de forma latente, esse vírus pode se 
reativar. 
 
PRÓDROMOS EXANTEMA 
Febre alta (39-40º C): 
até 5 dias de febre sem 
nenhum sinal clinico 
Some em crise: logo 
após surge o 
exantema 
Estado geral 
preservado 
 
Tipo: Maculopapular 
Início: Tronco, 
Centrífuga (vai p as 
extremidades) 
Tende a desaparecer 
rapidamente, 
Descamação ausente 
 
HISTÓRIA NATURAL: um RN sem foco infeccioso 
com febre muito alta e que, pelo fato de os médicos 
não acharem nenhum foco, é prescrito um ATB. 
Entre o 3º-4º dia a febre desaparece e surge o 
exantema. E não se sabe se o exantema é devido a 
doença ou ao ATB. 
OBS.: Até os 6m de vida do RN ele é “protegido” pelos 
anticorpos maternos (imunidade passiva) e, após esse 
período, ele fica suscetível a infecção. 
 
>> Qual a complicação + comum desta doença: 
CRISE FEBRIL → Convulsão 
OBS: diagnóstico diferencial não infeccioso = 
farmacodermia (prurido, eosinofilia) / até 95% de 
crianças até 3 anos se contaminam. 
 
>> TRATAMENTO 
Apenas o uso de antipiréticos 
- Casos + graves (encefalite ou PALE) → Ganciclovir, 
cidofovir e foscarnet 
 
 
 
 
EXANTEMAS COM VESÍCULAS 
 
VARICELA 54 – CATAPORA 
Vírus varicela zoster (VVZ) 
Permanece no organismo na forma latente, vários anos 
depois pode ter reativação do vírus e desenvolver 
HERPES ZOSTER. 
Catapora vem do tupi = fogo que queima, arde” 
 
>> TRANSMISSÃO: por aerossol 
Período Incubação: 1-3 semanas 
 
PRÓDROMOS EXANTEMA 
- Inespecíficos 
- Febre antes da 
erupção 
cutânea e 
costuma 
desaparecer 3 - 
4 dias após o 
início do rash 
 
Tipo: vesicular pleomórfico 
mácula – pápula – vesícula - pústula 
– crosta 
- Polimorfismo regional – “lesões em 
estágios diferentes” 
- extremamente pruriginoso 
- Polimorfismo 
- pode acometer qualquer superfície 
mucosa (oral, conjuntival...) 
- Progressão: Centrífuga, porém 
distribuição centrípeta 
Descamação = ausente 
(*) 48 hs antes da erupção cutânea → px é 
INFECTANTE 
(**) quando TODAS as lesões estão como crostas = 
não é infectante = paciente pode voltar às atividades 
habituais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
>> COMPLICAÇÕES 
INFECÇÃO BACTERIANA (5%) → perda da integridade 
da pele + prurido = infecção → cicatrizes 
VARICELA PROGRESSIVA (imunocomprometidos) 
Lesões prolongadas com conteúdo sanguinolento. 
Acometimento de órgãos internos como fígado, pulmão e 
SNC, GRAVE >> doença visceral, coagulopatia >> 
VARICELA CONGÊNITA (<20 sem) → lesões 
cicatriciais, hipoplasia dos membros 
ATAXIA CEREBELAR AGUDA / CEREBELITE → 
alteração na marcha + alteração da fala +nistagmo 
 
>> TRATAMENTO 
- Sintomáticos: analgésicos 
- Antitérmicos: NÃO usar AAS (sd. REYE) 
- Antihistamínicos – prurido 
- Permanganato de potássio – banho 
 
➔ Aciclovir oral – encurta a fase da viremia 
Indicado em: 
o > 12 anos: a partir dessa idade pode ser + grave 
o 2º caso no domicilio (contaminado dentro de casa, 
exposto a uma maior carga viral) 
o Doença cutânea grave ou pulmonar 
o Uso de CTC (em dose não imunossupressora) 
o Usuário crônico de AAS → síndrome de reye 
(degeneração hepática + encefalopatia) 
Em caso de resistência ao ACICLOVIR → indicar 
FOSCARNET 
 
 
6 
 
➔ AcicloviR IV 
o RN 
o Imunodeprimidos 
o Varicela progressiva 
 
INTERNAÇÃO: PRECAUÇÃO AÉREA!!! 
Quadros GRAVES → devem ser NOTIFICADOS 
 
>> PROFILAXIA 
QUESTÃO DE PROVA 
>> Pré contato: imunização 
- MS: 2 doses 15m e 4-6a. 
- SBP: 2 doses 12m e 15m 
 
>> Pós contato: 
- Vacina – Varicela 54 – até o 5º dia de exposição 
(preferencialmente até o 3º dia) 
Para fins de bloqueio a vacina pode ser feito em > 9 meses 
Vacina de vírus vivo atenuado 
- IGHAVZ – imunoglobulina especifica (anti varicela zoster) 
– até o 4º dia de expos 
- Imunodeprimidos e grávidas não vacinadas 
- RN pré termo < 28 sem – sempre receber Ig 
 ≥ 28 sem – só recebe se a mãeNUNCA teve varicela 
- RN de mãe com varicela (5d antes – 2d após parto) 
- Controle de surto hospitalar em < 9 meses 
*BLOQUEIO – evitar surto em hospital 
 
MÃO-PÉ-BOCA 
Coxsackie A16, enterovirus 71 
 
>> CLÍNICA 
▪ Vesículas mãos e pés 
▪ Pápulas região glútea 
▪ Vesícula em cavidade oral 
 
>> DIAGNÓSTICO 
- Cultura do vírus 
- PCR 
 
>> TRATAMENTO 
Suporte 
 
EXANTEMAS + ALTERAÇÕES ORAIS 
 
ESCARLATINA 
Streptococo do grupo A (SGA) - ÚNICA BACTERIANA 
Exotoxina pirogênica 
Doença auto-limitada, + comum em > 5 anos 
Pode ter + de 1 vez, pq tem + de 1 toxina (A, B, C) 
TRANSMISSÃO: gotículas / transmite enquanto durar 
a febre 
INCUBAÇÃO = máximo 5 dias 
PRÓDROMOS EXANTEMA CONVALE
SCENCIA 
Dç estreptocócica: 
faringite 
Enantema peculiar 
→ língua em 
morango (papilas 
linguais 
hiperemiadas e 
hipertrofiadas) 
1º língua morango 
branco/ 2º língua 
em morango 
vermelho 
TIPO: micropapulares 
eritematosas → pele em 
LIXA (áspera) 
Sinais clássicos: 
- Pastia piora previa (PPP) 
acentuação do exantema 
nas áreas de dobras 
(principalmente fossa 
antecubital) 
- Filatov (palidez perioral) 
Centrifuga 
Descamação lamelar 
 
 
 
 
>> TRATAMENTO 
- PENICILINA BENZATINA IM, DU 
- 600.000 UI (<27 kg) ou 1.200.000 (> 27 kg) em DU 
por IM 
- AMOXICILINA, VO, 50 mg/kg/dia, 2-3 x ao dia x 10 
dias 
Alternativa p px alérgico a penicilina → Cefalexina, 
clindamicina, eritromicina ou azitromicina x 5 dias 
 
Principal dx diferencial: DÇ DE KAWASAKI 
 
 MONONUCLEOSE 
Virus Epstein barr (EBV) em 90% dos casos 
10% → mononucleose-like (vírus hepatite, CMV...) 
TRANSMISSÃO: Contato íntimo com o paciente → 
“Doença do beijo” 
PI: 40 dias – TUDO é mais arrastado 
o Faringite 
o Linfadenopatia GENERALIZADA 
o Esplenomegalia 
o Fadiga ou astenia 
o EXANTEMA – após amoxicilina 
o Sinal de Hoagland: edema palpebral (aparece em 
30% dos casos) 
 
 
 
 
 
 
 
>> LABORATÓRIO 
- Hemograma com atipia linfocitária 
- Trombocitopenia – sugestivo de infecção viral 
- Presença de Ac heterofilos em > 4 anos – 
inespecíficos, feito com animais. 
 
>> ANTICORPOS ESPECÍFICOS 
- Anti-VCA (ptns não estruturais). Elevado do início ao 
fim da doença. 
- Anti-EA (ptns estruturais). Elevado no início da 
doença. 
- Anti-EBNA (ptns nucleares). Elevado ao fim da 
doença e 4-6 semanas após a infecção 
 
>> COMPLICAÇÕES 
Ruptura esplênica → < 0,5% dos casos 
Obst de VA superior → < 5% 
Síntomas neurológicos: cefaleia, convulsoes, ataxia 
cerebelar, sd de guillain-barré, sd de reye, sd de alice 
no país das maravilhas 
Anemia hemolítica c Coombs direto + 
Trombocitopenia 
Outros: miocardite, pneumonia intersticial, pancreatite, 
parótide e orquite. 
 
>> TRATAMENTO 
Não há tto especifico 
REPOUSO → excluir atividades físicas por 1 mês 
ACICLOVIR em altas doses reduz a replicação viral 
Em caso de complicações → CORTICOTERAPIA: 
PREDNISONA: 1 mg/kg/dia x 7 dias 
 Max: 60 mg/dia 
OBS: não usar AAS 
 
 DOENÇA DE KAWASAKI 
A causa da doença ainda não é bem estabelecida, mas 
diversos fatores parecem apontar para uma causa de 
provável origem infecciosa. Parece haver ainda alguma 
predisposição genética, o que explicaria a maior 
7 
 
incidência da doença em crianças de origem asiática, 
independentemente do local de moradia. 
- FATOR GENÉTICO (origem asiática) 
- PROVÁVEL ORIGEM INFECCIOSA (agente 
indefinido) 
 
>> FISIOPATOLOGIA 
Vasculite de artérias de pequeno e médio calibre → 
tendência a acometimento das coronárias 
Não acomete: < 6 meses / Adultos 
Mais comum em < 5 anos 
 
>> DIAGNÓSTICO 
CLÍNICO: 
Febre alta de pelo ou menos 5 dias 
+ (4): 
- Conjuntivite não purulenta, não exsudativa 
- Alterações nos lábios e cavidade oral 
- Adenomegalia > 1,5 cm (manifestação menos 
encontrada) 
- Exantema – pode ser do tipo escarlatiniforme (vai ser 
pior na região inguinal) 
- Alterações nas extremidades – descamação nas 
pontas dos dedos 
 
 
 
 
 
 
 
>> DÇ ATÍPICA temos: 
- Febre há pelo menos 5 dias + 
 * 2 ou 3 dos demais critérios clínicos + 
 * PCR ≥ 3 mg/dl e/ou VHS ≥ 40 mm/hr 
- E mais a presença de alguma das duas condições 
laboratoriais abaixo: 
 
- ≥ 3 dos seguintes 
1. Albumina ≤ 3 g/dl 
2. Anemia 
3. Elevação das transaminases 
4. Plaquetas ≥ 450.000/mm3 depois do 7º dia 
5. Leucócitos ≥ 15.000/ mm3 
6. Leucocituria ≥ 10 leuc/campo 
 
- < 3 dos exames laboratoriais acima descritos, 
porém com ECO compatível 
 
>> COMPLICAÇÃO + TEMIDA 
- Aneurisma coronariano → realizar ECODOPPLER 
cardiograma e repetir em algumas semanas → 
QUESTÃO DE PROVA 
 
>> TRATAMENTO 
Altas doses de IVIG e de aspirina em doses anti-
inflamatórias 
 
FASE AGUDA 
- IVIG: 2 g/kg, IV em 10-12 hs 
- AAS: 80-100 mg/kg/dia, 6/6 hs, VO, até que o px 
esteja afebril por 48 hs 
 
FASE CONVALESCENCIA 
- AAS: 3-5 mg/kg/dia até 6 ou 8 semanas 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 PRODROMOS EXANTEMA COMPLICAÇÕES 
SARAMPO 
(Paramixovírus) 
Tosse 
Fotofobia Koplik 
Linha do cabelo 
Descamação 
furfurácea 
Otite média 
aguda Pneumonia 
RUBÉOLA 
(Togavírus) 
Linfadenopatia - Artropatia 
Rubéola congênita 
ERITEMA 
INFECCIOSO 
(Parvovírus 
B19) 
- Face 
esbofeteada 
Exantema 
rendilhado 
Recidiva 
Crise aplásica 
Artropatia 
EXANTEMA 
SÚBITO 
(Herpes vírus 
humano tipo 6) 
Febre alta – 
some em crise 
Início no tronco Crise febril 
ESCARLATINA 
(S. pyogenes) 
Exotoxina 
pirogênica 
Faringite Língua 
em morango 
Micropapular 
Filatov 
(peribucal) 
Pastia (pregas) 
Supurativas Febre 
reumática GNPE 
VARICELA 
(Vírus varicela-
zoster) 
- Vesículas 
Pleomorfismo 
Infecção 2ária 
Varicela 
progressiva SNC: 
ataxia 
cerebelar 
 
Dica: Pessoa "pedra 90" já ouviu falar? Então decore 
36 do sarampo com 54 da varicela = 90. (Vacina/IG) 
- 5+4 = 9 então você decora que crianças <9m recebem 
IG 
Isolamento aéreo para: Varicela, Sarampo e BK. 
Alóctone = Importado de outra localidade onde ocorreu 
a doença. Descamação = Sarampo e Escarlatina. 
Algumas questões vão colocar linfadenopatia para 
tentar confundir com rubéola. Mas temos que ver o 
quadro como um TODO. Ex: Exantema Súbito pode ter 
linfadenopatia, mas ocorre um quadro clássico de 
FEBRÃO → Febre desaparece → Exantema aparece! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
INFECÇÃO RESPIRATÓRIA AGUDA 
- DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO → Dificuldade para 
respirar, dor de ouvido, coriza, dor de garganta 
1º passo → Definir o diagnóstico anatômico: IRA 
Pode acometer qualquer ponto da via respiratória, 
desde a fossa nasal até o alvéolo pulmonar. 
- Qual IRA? (Sítio Anatômico?) → BUSCAR 2 SINAIS-
CHAVES !!! 
→ ESTRIDOR: Obstrução das vias de condução 
extrapleurais. Ruído de predomínio INSpiratório. 
Costuma indicar alguma doença que acomete 
geralmente a LARINGE. 
→ TAQUIPNEIA: Doenças nas vias aéreas inferiores 
Até 2 meses ≥ 60 irpm 
2-12 meses ≥ 50 irpm 
1-5 anos ≥ 40 irpm 
5-8 anos ≥ 30 irpm 
> 8 anos ≥ 20 irpm 
OBS.: Até os 5 anos de idade, a presença de taquipneia 
é a grande marca de doença das vias aéreas inferiores 
(parênquima pulmonar). 
 
SEM TAQUIPNEIA, SEM ESTRIDOR → Infecção das 
Vias Aéreas Superiores 
 
COM ESTRIDOR (FR VARIÁVEL) → Doenças 
periglóticas 
 
COM TAQUIPNEIA, SEM ESTRIDOR → Pneumonia 
 
Parâmetro 
avaliado 
COM 
taquipneia 
SEM 
taquipneia 
COM estridor Doenças 
periglóticas 
Doenças 
periglóticas 
SEM estridor Pneumonia IVAS 
 
 INFECÇÃO DAS VAS 
• Resfriado comum 
• Complicação do resfriado sintomas catarrais 
- OMA 
- Sinusite 
• Faringite aguda (dor de garganta) 
 
RESFRIADO COMUM 
Infecção viral dos seios paranasais 
Inflamação da mucosa nasal, mucosa dos seios 
paranasais e mucosa faríngea 
 
▪ ETIOLOGIA 
- Rinovírus (50% dos casos) 
Uma criança de até 5 anos de idade (saudável) ficara 
resfriada de 6-8x ao ano. Se a criança frequenta a 
creche, ela ficararesfriada 12x/ano 
- Coronavírus 
- Parainfluenza 
- Influenza 
- VRS 
Transmitido principalmente pelo contato direto 
OBS: os vírus que causam doença no trato respiratório 
podem acometer qualquer ponto da árvore respiratória. 
O rinovírus e o coronavírus acometem principalmente 
as vias aéreas superiores. O parainfluenza causa 
principalmente laringite; o influenza, a gripe; e o VSR, 
a bronquiolite. 
 
▪ QUADRO CLÍNICO 
- Coriza → no início é clara, hialina → depois torna-se 
mucopurulenta 
- Obstrução nasal → presença de roncos na ausculta 
pulmonar (indica secreção nas grandes vias aéreas) 
- Tosse → nem sempre está presente, quando tem é 
de predomínio noturno 
- Febre 
• Obstrução nasal e Coriza → RONCOS 
• Tosse 
• Hiperemia de mucosas 
• Febre 
 
▪ TRATAMENTO 
- A doença é autolimitada. Deve-se acalmar a família, 
para que a criança não receba medicações 
desnecessárias. 
Podem ser usados: antipiréticos, analgésicos 
(paracetamol, dipirona, ibuprofeno em doses baixas). 
- Lavagem nasal com soro fisiológico – as narinas das 
crianças devem ser lavadas várias vezes ao dia. O SF 
faz uma desobstrução mecânica e também faz a 
criança espirrar. 
- Aumentar a ingestão de líquidos – quanto mais 
hidratada a criança estiver, mais fluida ficarão suas 
secreções. 
CI: AAS → aumenta o risco de desenvolve síndrome 
de reye 
Degeneração hepática + encefalopatia → letalidade 
altíssima 
 
>> O QUE NÃO USAR? 
- antitussígenos 
- descongestionantes 
- mucolíticos 
 
Pode recomendar a ingestão de 1 colher de mel para 
aliviar a tosse em > 1 ano... 
< 1 ano → não indicar mel pelo risco de botulismo → 
ESPERA QUE PASSA 
 
>> COMPLICAÇÕES: 
- OMA (+ frequente) 
- Sinusite bacteriana aguda 
 
SINUSITE BACTERIANA AGUDA 
Seios paranasais (que são estéreis) >> drenagem 
ocluída pela obstrução das VAS >> acúmulo de líquido 
>> proliferação bacteriana >> os seios são preenchidos 
por pus e acometidos por um processo inflamatório 
exuberante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao nascimento as crianças não têm todos os seios 
paranasais. Ao nascer: Seio Etmoidal e rudimento do 
seio maxilar (o seio maxilar estará totalmente 
pneumatizado quando a criança tiver 4 anos). O seio 
frontal começa a se formar na idade escolar (7 anos) e 
INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS NA INFÂNCIA 
9 
 
só estará completamente pneumatizado no início da 
adolescência. 
 
• QUADRO CLÍNICO 
- Quadro arrastado 
Sintomas ≥ 10 dias – tosse diurna 
Sintomas do resfriado: tosse diurna e mais intensa, 
coriza mucopurulenta (lembrando que a coriza 
mucopurulenta está presente no resfriado comum 
também – a partir do terceiro dia). 
 
- Quadro grave 
≥ 3 dias de febre ≥ 39º - secreção purulenta, 
acompanhada de tosse 
OBS: no resfriado não temos essa manifestação por + 
de 3 dias 
 
- Quadro “que piora” 
 
• ETIOLOGIA 
- S. pneumoniae 
- H. influenzae não tipável 
- M. catarrhalis 
 
• DIAGNÓSTICO 
O DIAGNÓSTICO É CLÍNICO!!! 
(não há recomendação de exames de imagem – 
principalmente em crianças < 6 anos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• TRATAMENTO 
- Amoxicilina 40-45 mg/kg/dia 
INDIVIDUALIZAR A DURAÇÃO → Continuar por + 7 
dias após a melhora 
OBS: se alergia usar CLARITROMICINA 
 
• COMPLICAÇÕES 
→ CELULITE ORBITARIA (SBA SEIO ETMOIDAL) 
Sinusite do seio etmoidal - por contiguidade podemos 
ter o acometimento da órbita (a separação deles é feita 
por uma lâmina muito fina – lâmina papirácea) >> 
celulite orbitária >> infecção e inflamação da órbita e 
dos tecidos adjacentes 
 
 
 
>> CLÍNICA 
Inflamação da pálpebra 
Proptose 
Dor à movimentação ocular 
Edema na conjuntiva 
Não confundir com Celulite Periorbitária 
 
>> CELULITE PERIORBITÁRIA (pré-septal): a 
infecção e inflamação ocorrem nos tecidos da face (o 
globo ocular/órbita e tecidos adjacentes não são 
acometidos) – apenas a pálpebra estará acometida. 
Pode ser uma complicação de uma sinusite etmoidal, 
mas também pode ser consequente a qualquer trauma 
de face. Criança q tem q ser hospitalizada, admitida em 
cx para fazer drenagem. 
DX: TC de órbita para diferenciar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
Rinite 
Alérgica 
Prurido e espirros/ 
Palidez de mucosa 
Eosinófilos 
Sífilis 
 
1os 3 meses 
Obstrução intensa/ 
Secreção sanguinolenta 
Corpo 
Estranho 
Rinorreia fétida/ 
Sanguinolenta 
Obstrução UNILATERAL 
 
OTITE MÉDIA AGUDA 
>> FISIOPATOLOGIA 
Infecção bacteriana da orelha média, que desencadeia 
uma reação inflamatória muito intensa... muito comum, 
principalmente nos 1os 2 anos de vida. 
A orelha média comunica-se com a nasofaringe através 
da tuba auditiva. A mucosa da tuba auditiva é contínua 
com a mucosa da nasofaringe. 
Se a mucosa da tuba auditiva estiver inflamada >> 
acúmulo de líquido no interior da orelha média (líquido 
que promove a sensação de ‘hipoacusia’) >> bactéria 
patogênica que coloniza a nasofaringe ascende e 
atinge orelha média >> o líquido estéril torna-se 
purulento >> intenso processo inflamatório na orelha 
média (formação de abscesso na orelha média) >> 
eventualmente essa secreção purulenta pode drenar 
>> causa perfuração da membrana timpânica, 
exteriorizando-se na forma de otorreia 
PICO: entre 6-12 meses 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
>> QUADRO CLÍNICO 
- Dor: Queixa específica, Irritabilidade 
- Otorreia → secreção purulenta do conduto auditivo 
externo, quando há perfuração 
 
>> FATOR DE RISCO 
Mamadeira, uso de chupeta, creche, tabagismo 
passivo 
 
>> ETIOLOGIA 
S. pneumoniae 
H. influenzae (não tipavel) 
M. catharralis 
 
>> DIAGNÓSTICO → CLÍNICO 
- OTOSCOPIA 
NORMAL: 
- membrana timpânica com estrutura transparente 
- membrana fina 
- brilhante (reflete a luz do otoscópio) 
- estrutura côncava 
- estrutura móvel (Otoscopia pneumática) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OMA: 
- Hiperemiada 
- Opaca 
- ABAULADA (dado de maior especificidade p o dx 
- Otorreia (quando evolui p perfuração) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS.: podemos ter hiperemia e opacidade em crianças 
sem OMA – somente o fato de a criança chorando, 
pode fazer com que a MT apareça hiperemiada. 
 
>> TRATAMENTO 
Analgésicos/ Antipiréticos 
ANTIBIÓTICOS ou OBSERVAÇÃO 
 < 6 meses 
Qualquer idade Com otorreia 
Graves: 
Dor moderada a grave 
Febre > 39º C 
Dor > 48 hs 
6 m – 2 anos: BILATERAL 
Nos demais casos é possível OBSERVAR 
→ 1ª escolha: AMOXICILINA 45 mg/kg/dia (10 dias) 
ou 80-90 mg/kg/dia 
Quando usar a dose + alta? → crianças < 2 anos, 
crianças que frequentam creches, uso recente de ATB 
 
* Existem 3 bactérias que são responsáveis pela 
maioria dos casos: 
S. pneumoniae: a maioria é sensível (as cepas 
resistentes possuem a chamada “resistência 
intermediária” >> alteração da afinidade das PBP 
(PBP de baixa afinidade pela amoxacilina). 
>> essas cepas podem ser tratadas com amoxicilina, 
desde que a dose seja aumentada 80-90 mg/kg/dia – 
mesmo com menor afinidade, ao aumentar a dose, é 
possível saturar os receptores e com isso erradicar a 
bactéria) 
H. influenzae: beta-lactamase >> para o tratamento 
desses agentes precisamos prescrever amoxic + 
clavulanato (como 50% das cepas são sensíveis, não é 
necessário iniciar com amoxic + clavulanato; além 
disso, como a maioria dos casos é causado pelo 
estreptococo, inicia-se o tratamento somente com 
amoxacilina) 
M. catarrhalis: beta-lactamase 
Mycoplasma pneumoniae: Miringite bolhosa → 
inflamação da membrana timpânica que acompanha 
quadros de OMA e se caracteriza pela presença de 
bolhas na superfície desta membrana. 
 
→ Falha terapêutica: AMOXACILINA + 
CLAVULANATO (cálculo com base no componente 
amoxicilina- se a criança estava recebendo amoxicilina 
na dose de 45mg/kg/dia, diante de falha, iremos 
aumentar a dose de amoxicilina e, com base nisso, 
calcular a dose de clavulanato) 
 
(hemófilo e moraxela – beta-lactamase)>> Situação especial: 
- OTITE + CONJUNTIVITE: Hemófilo! → AMOXIC + 
CLAVULANATO 
Duração do tratamento: Não tem consenso, em geral 
por 10 dias. 
 
>> ATENÇÃO!!! 
Otite Média com Efusão (OM Serosa) 
Efusão SEM infecção aguda 
Evolução favorável → Em até 3 meses 
 
>> COMPLICAÇÕES 
→ PERFURAÇÃO TIMPÂNICA: na maioria das vezes 
evolui com cicatrização espontânea. 
 
→ OTITE MÉDIA SEROSA/ EFUSÃO PERSISTENTE: 
quando há apenas o líquido sem a inflamação 
exuberante (que causa abaulamento/ dor), dizemos 
que o paciente tem OM serosa – isso pode ocorrer sem 
episódio prévio de OMA ou após OMA >> presença de 
nível hidroaéreo à otoscopia >> acompanhamento por 
3 meses – na maioria dos casos há resolução 
espontânea >> pode ser necessário colocação de ‘tubo 
de ventilação para escoar a secreção e permitir a 
ventilação da orelha média. 
 
→ MASTOIDITE AGUDA: a apófise mastoide é toda 
revestida por espaços aéreos (células aéreas da 
mastoide) – essas células são revestidas por uma 
mucosa que é contínua com a mucosa da orelha média 
>> sempre que temos OMA, temos algum grau de 
inflamação na mucosa da mastoide >> a complicação 
ocorre quando a inflamação que está na mucosa torna-
se mais profunda e passa a acometer o periósteo 
(periostite). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
→ PERIOSTITE: 
Sinais: dor, calor, rubor e edema retroauricular 
(desaparecimento do sulco retroauricular e 
deslocamento do pavilhão da criança) 
Tratamento: internar a criança + exame de imagem 
(para avaliar a extensão do processo) – TC + ATB 
parenteral (ceftriaxone ou amoxicilina + clavulanato) – 
em alguns casos faz-se a miringotomia. 
 
FARINGITE BACTERIANA 
A faringite aguda pode ocorrer em qualquer fase da 
vida. Na maioria das vezes, a etiologia é viral – benigna 
e autolimitada. 
A faringite que nos preocupa é a bacteriana, e até prova 
em contrário, o agente etiológico é o Streptococcus 
beta-hemolítico do grupo A (S. pyogenes) >> risco 
de evolução com febre reumática → QUESTÃO DE 
PROVA 
 
▪ ETIOLOGIA 
Streptococcus β hemolítico do grupo A (S. pyogenes) 
 
▪ QUADRO CLÍNICO 
5 -15 anos 
PS: < 5 anos não é tão comum, < 3 anos é 
praticamente inexistente 
Febre alta e dor de garganta 
Exsudato amigdaliano 
Petéquias no palato 
Adenomegalia cervical 
NÃO TEM CORIZA OU TOSSE!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
✓ HERPANGINA 
Úlceras na cavidade oral – Coxsackie A 
 
✓ ADENOVIROSE 
Faringite exsudativa 
Conjuntivite 
Faringite + Conjuntivite = Febre faringoconjuntival 
 
✓ MONONUCLEOSE 
Linfadenopatia 
Esplenomegalia 
Linfocitose com atipia 
OBS: não fazer atividade física pelo risco de ruptura 
esplênica 
 
✓ PFAPA 
Episódios recorrentes e autolimitados desde os 2 anos 
de idade 
Acontece de 8-12 x por ano, com duração de 1 
semana 
Periódica Febre, Aftosa estomatite, Faringite, Adenite 
TTO: corticoide → resposta DRAMÁTICA 
NA PROVA: quadros recorrentes + aftas + culturas 
negativas 
 
✓ DIFTERIA 
Membrana da amigdala acinzentada, difícil remoção 
Acompanha toxemia 
 
✓ ANGINA DE VINCENT 
Gengivite ulcerativa necrosante aguda 
 
TTO: são quadros virais → tratar com sintomáticos, 
anti-térmico, analgesico, hidratação 
 
▪ DIAGNÓSTICO COMPLEMENTAR 
Teste rápido → coleta secreção das amigdalas, coloca 
em um tubo com um liquido reagente ... coloca uma 
fita reagente → + quando tem as 2 linhas 
Se + → Tratamento 
Se - → Realizar Cultura 
Se cultura + → Tto 
Se cultura - → Acompanhamento 
OBS: para evitar febre reumática, se cultura + iniciar 
ATB até 9 dias 
 
▪ TRATAMENTO 
- Penicilina Benzatina, IM 
< 20 ou 27 kg: 600.000 UI 
> 20 ou 27 kg: 1.200.000 UI 
- Amoxicilina, VO x 10 dias 
50 mg//kg/dia, dose máx 1 gr 
 
 
▪ COMPLICAÇÕES NÃO SUPURATIVAS 
 Síndrome nefrótica 
 Síndrome nefrítica 
 Febre reumática 
 
▪ COMPLICAÇÕES SUPURATIVAS 
São complicações decorrentes do próprio agente 
infeccioso causando destruição tecidual. 
As duas principais complicações supurativas são: 
 
 Abscesso peritonsilar 
+ comum em adolescentes e adultos jovens 
 
>> QUADRO CLÍNICO 
- amigdalite 
- disfagia/ sialorreia (marcador de disfagia grave) 
- TRISMO (não consegue abrir a boca, tem espasmo 
do pterigoide) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No Exame Físico → desvio da úvula, em sentido 
contralateral 
 
>> TRATAMENTO 
- Internação hospitalar 
- Antibiótico terapia → SGA + anaeróbios + S. aureus 
Amoxicilina + Clavulanato 
Clindamicina 
- Aspiração por agulha OU Incisão e drenagem 
 
QUESTÃO DE 
PROVA 
12 
 
 Abscesso retrofaríngeo 
Resultado da infecção dos linfonodos que ocupam o 
espaço retrofaríngeo >> esses linfonodos podem 
evoluir com formação de abscesso. 
< 5 anos → espaço é preenchido por linfonodos 
 
>> QUADRO CLÍNICO 
IVAS recente → qualquer 
Febre alta e dor de garganta 
Disfagia e sialorreia 
Dor à mobilização do pescoço 
Estridor (RARO) 
 
>> DIAGNÓSTICO 
Radiografia lateral do pescoço: aumento do espaço 
retrofaríngeo (diâmetro do espaço retrofaríngeo maior 
que o diâmetro de um corpo vertebral adjacente) 
 
TC de pescoço 
 
>> TRATAMENTO 
ATB parenteral + drenagem (avaliar indicação de 
drenagem) = inicialmente a drenagem será 
recomendada se o abscesso for muito grande ou se 
houver alguma complicação por conta do abscesso – 
caso contrário, inicia-se ATB e indica-se drenagem 
somente se não houver melhora clínica. 
 
ESTRIDOR 
ESTRIDOR: obstrução das vias de condução 
extrapleurais (principalmente ao nível da laringe) 
Ruído predominantemente inspiratório que iremos 
escutar quando há obstrução nas vias de condução 
extrapleurais (oscilação que o ar sofre ao passar por 
uma via obstruída >> ruído) Inspiração >> tendência ao 
colabamento da laringe Expiração >> o calibre das 
grandes vias tende a aumentar. 
O paciente com estridor é um paciente que apresenta 
uma obstrução (ex.: edema na mucosa da laringe) >> o 
calibre do lúmen da laringe diminui >> ao inspirar o 
calibre naturalmente se reduz, caso haja edema, 
haverá uma redução ainda maior do calibre de 
passagem do ar >> essa oscilação do ar leva ao 
surgimento do estridor. Na expiração o calibre da via 
aérea volta a aumentar e assim o ar consegue passar. 
O estridor também pode estar presente na expiração, 
mas nesse caso teremos uma obstrução muito mais 
importante! 
 
Com estridor + FR variável → Dç periglótica 
- Abscessos profundos de pescoço 
- Epiglotite aguda 
- Laringotraqueobronquite aguda 
 
EPIGLOTITE AGUDA 
>> DEFINIÇÃO 
Infecção bacteriana da mucosa que reveste a epiglote 
e os tecidos adjacentes. 
Epiglote: é uma lâmina cartilaginosa fina que oclui o 
orifício glótico (sempre que deglutimos, a epiglote se 
fecha e impede que o alimento chegue à arvore 
respiratória). 
Na epiglotite a mucosa que reveste a epiglote está 
infectada e inflamada >> estrutura espessa e pesada 
>> não consegue mais abrir e fechar com facilidade >> 
caminha para uma obstrução completa da via 
respiratória. 
 
>> ETIOLOGIA 
Haemophilus influenzae B 
S. pneumoniae 
S. pyogenes 
S. aureus 
 
>> QUADRO CLÍNICO 
Quadro Agudo e fulminante 
Febre alta e toxemia 
Dor de garganta, disfagia e sialorreia / Estridor 
Posição em tripé 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
>> DIAGNÓSTICO 
CLÍNICO 
 
→ IMAGEM 
Radiografia lateral: Sinal do polegar 
Solicitado apensa em caso de duvidas 
 
>> CONDUTA IMEDIATA 
Garantir a via aérea da criança 
Intubação → a epiglotite aguda é uma das intubações 
+ difíceis na pediatria 
Traqueostomia 
 
 Enquanto isso: 
- Deixe a criança em paz 
- Em posição confortável 
- Não visualize a orofaringe 
- Não solicite exames 
- Oxigênio 
 
>> TRATAMENTO 
Antibioticoterapia (Cefuroxima, Ceftriaxona ou 
meropenem x 10d) 
Bom prognóstico 
 
>> PREVENÇÃO 
- Imunização de TODAS crianças 
- PPE: Rifampicina 20 mg/kg/dia → (máx 60 mg/dia) 
1x/dia, VO, 4 dias 
- Recomendado p TODOScontactantes (<4 anos c 
vacinação incompleta) 
 
LARINGOTRAQUEÍTE VIRAL 
Inflamação + edema da mucosa laríngea 
 
>> ETIOLOGIA 
Virus parainfluenza (75%) 
 
>> QUADRO CLÍNICO 
Pródromos catarrais 
Febre baixa 
13 
 
Tosse metálica (CRUPE) → aponta para o 
acometimento da laringe (mãe refere: “tosse de 
cachorro” – tosse ladrante). 
Estridor predominantemente INSpiratório 
Rouquidão → doença que acomete as cordas vocais 
 
>> EXAMES COMPLEMENTARES 
Radiografia simples → estreitamento da via aérea na 
região epiglótica → Sinal da Torre ou Sinal da Ponta do 
Lápis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
‘ 
 
 
 
 
>> TRATAMENTO 
→ COM Estridor em Repouso (Tem edema importante) 
- Adrenalina (NBZ) → 0,5 ml/kg (máx 5 ml) 
- Corticoide → Dexametasona (0,6 ml/kg, DU, IM ou 
VO) 
- Observar por 2 horas 
 
→ SEM Estridor em Repouso 
- Corticoide 
- NBZ com adrenalina 
 
>> DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
➔ Laringite Estridulosa 
Despertar súbito sem Pródromos de infecção viral 
Melhora espontaneamente, não tem tto especifico 
 
➔ Traqueíte Bacteriana 
S. aureus 
S. pneumoniae, S. pyogenes, M. catharralis, H. 
influenzae não tipavel 
 
>> QUADRO CLÍNICO 
Febre alta/ piora clínica, toxemia, secreção purulenta 
espessa 
Resposta parcial ou ausente à adrenalina 
 
>> TTO 
Internação hospitalar, ATB venoso (cobertura 
antiestafilocócica – Ceftriaxona/ Oxacilina) e cuidados 
intensivos 
 
TRATAMENTO 
LEVE: corticoide 
MODERADO: corticoide + adrenalina 
GRAVE: corticoide + adrenalina + 
considerar IOT 
 
Principal anomalia congênita que leva ao estridor crônico 
é a LARINGOMALÁCIA. 
Início nas 1as semanas de vida. 
Quadro se agrava com choro, agitação e alimentação 
O estridor se agrava pela posição supina (decúbito 
dorsal) e aliviado pela posição prona (decúbito ventral). 
 
 
 
Com taquipneia, sem estridor → Doença das vias 
aéreas inferiores 
 
PNEUMONIA 
Bacteriana → Quadro Agudo e Grave 
Atípica → Curso insidioso, forma arrastada 
Viral (Bronquiolite) → presença de SIBILOS 
 
PNEUMONIA POR S. aureus 
É uma pneumonia rara. A maior parte desses eventos 
se concentram no primeiro ano de vida (lactentes). 
Criança pequena, com evolução grave e cheia de 
complicações, e além disso, há uma porta de entrada 
cutânea (alguma doença que sugira etiologia 
estafilocócica – ex.: impetigo, abscesso >> 
disseminação hematogênica) 
 
>> QUANDO PENSAR? 
- Quadro grave 
- Complicações (Derrame pleural, Pneumatocele) 
- Porta de entrada cutânea 
 
PNEUMONIA BACTERIANA 
>> QUADRO CLÍNICO 
Início: Pródromos catarrais (durante 2-3 dias = tosse 
discreta) 
Evolui com: Febre alta e tosse intensa 
TAQUIPNEIA 
Pode apresentar sinais clássicos: estertores 
inspiratórios (no começo da dç), broncofonia, alteração 
do frêmito vocal, pectorilóquia 
Sinais de gravidade: tiragem subcostal, batimento de 
asa nasal (BAN), gemência/ gemido (surge quando 
exala através de uma glote parcialmente contraída), 
cianose/ SpO2 < 92% 
 
SINAIS DE GRAVIDADE 
TIRAGEM SUBCOSTAL (a tiragem subcostal é um 
marcador de uma importante diminuição da 
complacência pulmonar >> a tiragem surge sempre que 
o diafragma tem de realizar uma contração muito 
vigorosa, tracionando seus pontos de inserção nos 
arcos costais. Para que a tiragem seja considerada 
sinal de gravidade, é necessário que ela seja mantida 
= a cada inspiração observa-se a retração do tórax da 
criança). 
BATIMENTO DE ASA NASAL (dilatação das narinas a 
cada inspiração >> essa dilatação tem como objetivo 
diminuir a resistência ao fluxo aéreo, e assim, diminuir 
o trabalho respiratório). 
GEMÊNCIA (som que surge quando a expiração ocorre 
através de uma glote parcialmente fechada >> a 
criança tem gemido quando ela está tentando aumentar 
> 2 
meses 
S. pneumoniae + comum 
S. aureus 
AMB: Amoxicilina, 
7-10d / reagendar 
avaliação em 48 
hs 
HOSP: Penicilina 
Cristalina IV 
Se muito grave: 
Oxacilina + 
Ceftriaxona 
< 2 
meses 
- Streptococcus agalactiae 
(grupo B) – trato genital 
feminino 
- Gram-negativos entéricos: 
Transmissão vertical. Na vida 
intra-uterina ou durante a 
passagem pelo canal de parto. 
Geralmente ocorrem nos 
primeiros dias de vida. 
Ampicilina + 
Aminoglicosídeo 
14 
 
sua capacidade residual funcional. O paciente com 
PNM tem uma diminuição da capacidade residual 
funcional - volume de ar que fica no pulmão ao final da 
expiração; se os alvéolos estão preenchidos por 
líquido, a capacidade diminui. Ao manter a glote 
parcialmente fechada, o ar fica parcialmente 
aprisionado, aumentando com isso, o tempo de troca 
gasosa). 
CIANOSE (criança com infecção respiratória aguda e 
que está taquipneica e cianótica = PNM muito grave). 
 
>> PNM GRAVE: taquipneia + tiragem subcostal 
>> PNM MUITO GRAVE: taquipneia + cianose 
 
REVALIDA 2020 – Um pré-escolar com 3 anos de 
idade é atendido no pronto-socorro com quadro de 
tosse produtiva e febre alta há 4 dias, associado à 
dificuldade respiratória. No exame físico, apresenta-
se febril, emagrecido, hipocorado (2+/4+), 
hidratado, com boa perfusão periférica, com 
temperatura axilar de 39º C, FC = 110 bpm e FR = 15 
irpm. O paciente apresenta retração subcostal e 
tiragens intercostais, com murmúrio vesicular 
diminuído em base do hemitórax esquerdo. 
Segundo o Programa de Atenção Integrada das 
Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI) do MS, qual 
é a classificação do quadro respiratório da criança? 
RESPOSTA: Pneumonia Grave 
 
>> DIAGNÓSTICO COMPLEMENTAR 
Radiografia de tórax → NÃO É OBRIGATÓRIA! 
- Indicada nas hospitalizações 
- Auxilia no diagnóstico (infiltrado pulmonar) – um 
exame alterado reforça o diagnóstico; mas o exame 
normal não exclui o diagnóstico. As alterações 
radiográficas são posteriores às manifestações 
clínicas. 
- Pode “sugerir” etiologia → pneumonia bacteriana → 
CONSOLIDAÇÃO 
AEROBRONCOGRAMA → ar dentro do alvéolo 
contrastando c exsudato / liquido nos alvéolos 
CUIDADO! Não confundir com TIMO → visível em 
criança < 3 anos → “Sinal da vela do barco” 
 
>> Presença de complicações 
- mais comum: derrame pleural: – podemos suspeitar 
de um derrame pleural de acordo com o exame físico 
do paciente: 
- diminuição do FTV, ausência ou diminuição dos 
MV, percussão maciça ou submaciça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A maioria das pneumonias estafilocócicas evoluem com 
a formação de derrame pleural; porém sempre que 
estivermos diante de uma criança com derrame 
parapneumônico, o S. pneumoniae ainda é o agente mais 
provável (pois a PNM pneumocócica é muito mais 
comum!) 
 
OBS: CUIDADO: TIMO (aspecto triangular ou 
lobulado) – não é incomum que crianças sejam tratadas 
por um infiltrado pulmonar que na realidade é o timo 
(sinal do barco a vela). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outros exames: 
o Hemograma (presença de leucocitose) 
o Hemocultura (a taxa de positividade é muito baixa) 
o Líquido pleural 
 
>> TRATAMENTO 
→ Indicações de Hospitalização: 
- Idade < 2 meses 
- Comprometimento respiratório grave 
- Sinais gerais de perigo → vomita tudo que ingere, 
criança incapaz de aceitar líquidos 
- Doença de base → EX: Cardiopatia congênita, 
imunodeprimido 
- Complicação Radiológica → Derrame pleural, 
abscesso 
OBS1: NELSON (Pediatria): recomenda a internação 
em todos os menores de 6 meses 
 
→ TRATAMENTO AMBULATORIAL (> 2 meses) 
Amoxicilina (VO) Penicilina procaína (IM) 
Duração do tratamento: em média = 10 dias 
 
→ TRATAMENTO HOSPITALAR (> 2 meses) 
Penicilina cristalina (IV) 
PNM muito grave: oxacilina + ceftriaxone (cloranfenicol) 
 
→ TRATAMENTO HOSPITALAR (< 2 meses) 
AMPICILINA + AMINOGLICOSÍDEO 
 
OBS2: Em provas discursivas = sempre que a 
criança tiver de ser internada, além das prescrição 
de ATB, deve escrever que ela deve ser internada! 
 
>> FALHA TERAPÊUTICA 
1) Paciente não aderiu ao tratamento 
2) A doença não era bacteriana, mas sim viral 
3) Resistência bacteriana 
-Sempre que estiver diante de um paciente internado 
(que está recebendo tratamento adequado) → Avaliar 
a presença de complicações 
Principal complicação: DERRAME PLEURAL 
→ o derrame pleural que é causa de falha terapêutica 
é o derrame pleural infectado, ou seja, um empiema 
= o paciente que tem empiema não melhora com 
simples ATB, mas só irá apresentar melhora quando for 
realizada drenagem torácica. 
É um derrame inflamatório? → Transudato 
É um derrame não inflamatório? → Exsudato 
15 
 
Derrame pleural parapneumônico → é um derrame 
exsudativo → o que queremos saber é se ele tem um 
simples exsudato inflamatório ou se já evolui com 
formação de empiema. Eventualmente, as bactérias 
que estavam causando a PNM podem atingir o espaço 
pleural e começam a proliferar no líquido pleural >> 
exsudato infectado (empiema). A única forma de saber 
se o paciente com derrame pleural tem somente um 
exsudato ou se já tem um empiema é fazer a 
toracocentese e avaliação do líquido pleural. 
Exsudato (fases iniciais) → inflamatório OU empiema 
 
Falha após 48-72 hs → Solicitar Radiografia → 
TEM DERRAME? 
Se SIM → TORACOCENTESE! 
Em estágios iniciais, o líquido pode ainda não 
apresentar aspecto purulento, assim, podemos lançar 
mão de outros parâmetros bioquímicos: pH <7,2; 
glicose diminuída (<40mg/dl) – pelo consumo 
bacteriano, presença de bactérias (pelo gram ou 
cultura). 
 
TEM EMPIEMA? 
Se SIM → DRENAGEM, manter tratamento 
Empiema: liquido purulento, pH < 7,2, glicose < 40 
mg/dl, bactérias 
 
PNEUMONIA ATÍPICA 
Início de quadro insidioso 
Tem uma dissociação clinico-radiológica 
Quadro arrastado e com manifestações 
extrapulmonares 
Sem melhorar com penicilina 
Microorganismos: não crescem em meios de cultura 
convencionais 
 
➔ Mycoplasma Pneumoniae 
Pneumonia atípica 
É + frequente > 5 anos 
 
>> QUADRO CLÍNICO: 
Início gradual: doença + arrastada 
Cefaleia, odinofagia, rouquidão 
Tosse + Taquipneia 
Crioaglutininas em títulos elevados (frio) → pacientes 
Falcêmicos 
 
>> TTO: Macrolídeos → Claritromicina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➔ Chlamydia trachomatis 
Pneumonia Afebril do lactente 
Etiologia: Chlamydia trachomatis 
PARTO VAGINAL (ou cesárea com bolsa rota prévia) 
A clamídia irá colonizar a criança em dois pontos 
principais: conjuntiva e nasofaringe – e a partir daí 
teremos as manifestações clínicas. 
 
>> QUADRO CLÍNICO: 
Conjuntivite no RN: devem ser tratadas com ATB 
sistêmica, pois além do tratamento da conjuntivite 
também queremos eliminar o microrganismo da 
nasofaringe, caso contrário, a criança poderá evoluir 
com PNM. 
Pneumonia 1º trimestre (1-3 meses) → início 
insidioso (afebril) 
Tosse + taquipneia 
 
>> EXAMES COMPLEMENTARES 
Hemograma: eosinofilia 
Radiografia: infiltrado intersticial (não há o padrão de 
condensação como o encontrado nas pneumonias 
bacterianas; o que iremos ver é um infiltrado intersticial 
ou uma hiperinsuflação). 
 
>> TRATAMENTO 
Macrolídeos → Eritromicina, Claritromicina OU 
Azitromicina 
OBS: a eritromicina está tipicamente associada a um 
maior risco para o desenvolvimento de estenose 
hipertrófica de piloro. 
 
>> DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
A descrição de tosse emetizante = sempre deve nos 
fazer lembrar de um diagnóstico diferencial da PNM 
afebril do lactente 
COQUELUCHE 
Agente: Bordetella pertussis 
 
>> 3 fases: 
- Fase catarral 
- Fase paroxística → ocorrência de paroxismos de 
tosse intensa (ACESSOS DE TOSSE, tipicamente 
seguidos pela emissão de um GUINCHO) 
- Fase de convalescença 
 
< 3 meses: tosse + APNEIA + cianose → 
eventualmente pode convulsionar 
 
Reação leucemoide: Leucocitose muito intensa + 
LINFOCITOSE 
**enquanto a criança não recebeu a vacina, ela estará 
suscetível à infecção. A imunidade após a infecção/ 
vacina não é uma imunidade muito permanente – os 
títulos de acs vão progressivamente diminuindo (assim, 
se a mulher foi vacinada muito tempo antes, não terá 
acs suficientes para proteger o RN). 
Todas as gestantes a partir da 27ª. sem recebem uma 
dose de tríplice bacteriana acelular >> produção de acs 
que passam pela placenta >> o bebê estará protegido 
antes mesmo dele ter sido imunizado. 
 
>> TTO 
OBJ: reduzir o período de transmissibilidade 
1ª opção: Azitromicina 
2ª opção: Claritromicina 
Se CI macrolideos: sulfametoxazol-trimetropim 
ANTIGAMENTE: usava eritromicina → ISSO MUDOU 
 
AZITROMICINA, DU x 5 dias 
< 6 meses: 10 mg/kg/dia 
> 6 meses: 10 mg/kg, DM 500 mg no 1º dia e 5 
mg/kg (máx 250 mg) do 2º ao 5º dia 
 
BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA 
Primeiro episódio de sibilância associado a uma 
infecção viral em uma criança menor de 2 anos 
A bronquiolite nada mais é do que uma infecção viral 
do trato respiratório inferior. Na infecção viral, o vírus 
chega ao trato respiratório inferior propagando-se de 
célula a célula até alcançarem o interior dos alvéolos. 
Portanto, antes da infecção atingir os alvéolos, os 
bronquíolos terão sido infectados – na criança <2 anos, 
16 
 
essa infecção bronquiolar terá repercussão muito maior 
do que a infecção alveolar propriamente dita (pois 
crianças <2 anos apresentam bronquíolos com calibre 
muito pequeno>> edema e acúmulo de muco nos 
bronquíolos >> diminuição do calibre >> doença 
obstrutiva das pequenas vias aéreas >> o ar consegue 
entrar na inspiração, mas não consegue sair na 
expiração >> o ar sai com dificuldade/ oscilando >> 
SIBILOS). 
 
>> ETIOLOGIA 
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) 
 
>> QUADRO CLÍNICO 
< 2 anos 
Pródromos catarrais 
Febre e tosse 
Taquipneia 
SIBILOS/ Tempo expiratório prolongado 
 
Só dá o diagnóstico de Bronquiolite Viral Aguda quando 
está acontecendo pela 1ª vez na vida da criança. 
 
>> EXAMES COMPLEMENTARES 
- Diagnóstico deve ser CLÍNICO 
- Hemograma: costuma ser normal 
- Pesquisa de antígenos virais em aspirado 
nasofaringe: podemos presumir que o vírus presente 
na nasofaringe é o responsável pela doença do trato 
respiratório inferior, pois não somos colonizados por 
vírus (diferentemente do que ocorre com bactérias). 
- Radiografia de tórax: sinais de hiperinsuflação 
(retificação de cúpula diafragmática, aumento dos 
espaços intercostais, hipertransparência pulmonar). 
- Complicação que podemos ter na bronquiolite viral 
aguda: atelectasia (eventualmente em alguns pontos 
da árvore respiratória, ao invés de obstrução parcial, 
temos uma obstrução completa – todo o ar distal a essa 
obstrução é reabsorvido e desenvolve-se então uma 
atelectasia). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
>> DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
OBS: Se a criança começa a apresentar repetidos 
episódios de Sibilância: o grande dx diferencial é ASMA 
 
ASMA x BRONQUIOLITE 
>> Sibilância transitória precoce: criança que sibilou nos 
primeiros 2 ou 3 anos de vida (repetidos episódios) e depois 
parou de sibilar, e, aos 6 anos de idade, não sibilava mais = 
repetidos episódios de bronquiolite. 
>> Sibilante persistente: repetidos episódios nos primeiros 
2 anos de vida e depois dessa idade continuou sibilando = 
criança que provavelmente tem asma. 
>> Sibilante de início tardio: não sibilou no início da vida, 
mas começou a sibilar na idade escolar (6-7 anos) = 
provavelmente tem asma. 
 
OBS: O grande problema é fazer o diagnóstico 
diferencial nos dois primeiros anos de vida entre o 
sibilante transitório precoce e o sibilante persistente. O 
que ajuda a fazer a distinção. 
 
SIBILANTE PERSISTENTE/ ASMA 
Episódios recorrentes (na ausência de sinais de 
infecção viral) 
História familiar positiva 
Rinite alérgica e eczema atópico Eosinofilia (> 4%) 
 
Asma: iniciar corticoterapia inalatória 
 
 
>> TRATAMENTO 
A maioria das crianças será tratada ambulatorialmente. 
Embora configure como uma das principais causas de 
internação. 
 
→ Para crianças Internadas: 
< 12 sem, PMT (< 32 sem), gravidade 
- Oxigenoterapia: se SatO2 < 90-92% → cânula nasal 
de alto fluxo- Nutrição/ Hidratação: HV com solução isotônica 
- NBZ com salina hipertônica → Hospitalizada 
- Β2-agonista: teste terapêutico? NÃO! 
 
CORTICOIDES → NÃO TEM BENEFÍCIO 
Indicar p criança q tem ASMA, q tem vários episódios 
de SIBILO 
Fisioterapia respiratória → NÃO FAZ! 
 
>> PREVENÇÃO 
Lavagem das mãos 
Palivizumabe – anticorpo para VSR 
- < 1 na: PMT < 29 sem 
- < 2 anos: c/ cardiopatia congênita ou dç pulmonar da 
prematuridade (5 doses no 1 ano de vida + 5 doses no 
2 ano de vida) 
 
PALIVIZUMABE 15 mg/kg, IM, mensalmente, 
durante o período previsto de maior prevalência da 
infecção pelo VSR – outono e inverno. 
 
- SBP: também para < 6 meses: PMT ente 29 e < 32 
sem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
→ PERÍODO DE LATÊNCIA = intervalo de tempo 
entre a administração da vacina e a produção de 
anticorpos (nesse período o indivíduo ainda não está 
protegido) 
Febre amarela = período de latência de 10 dias. 
→ NÃO HÁ INTERVALO MÁXIMO (algumas vacinas 
são administradas em várias doses >> quando somos 
vacinados pela primeira vez, são formadas céls de 
memória >> nas administrações subsequentes, o 
objetivo é a estimulação das céls de memória – que 
permanecem no organismo por tempo indefinido >> 
logo, não há necessidade de se reiniciar o esquema 
vacinal a partir da primeira dose em casos de 
esquemas incompletos) 
→ AS VACINAS PODEM SER ADMINISTRADAS 
SIMULTANEAMENTE (exceto: febre amarela e tri/ 
tetraviral >> intervalo de 30 dias entre as vacinas é 
recomendado). 
→ TEMPERATURA recomendada pelo Programa 
Nacional de Imunizações (PNI) do MS para 
acondicionamento da vacina em refrigerador a nível 
local é entre + 2º C a + 8º C. 
 
→ Imunidade Inata → Inespecífica 
→ Imunidade Adquirida → Específica; Direcionada / 
Exposição; Ativa / Passiva. 
 
>> REGRAS BÁSICAS 
• Podem ser simultâneas 
➢ Exceto: FA/ Tríplice Viral ou FA/ tetraviral em < 
2 anos 
➢ Intervalo de 30 dias 
• Não há intervalo máximo entre doses de mesma 
vacina 
• Período de Latência 
Febre amarela: 10 dias antes 
 
>> FALSAS CONTRAINDICAÇÕES 
 Doenças comuns benignas (resfriado, diarreia não 
grave, doenças dermatológicas → impetigo) → 
afebril 
 Desnutrição (ainda que grave). A resposta não é a 
mesma, obvio, mas a relação risco/benefício é 
superior a não fazer a vacina. 
 Relato de Alergia não grave à dose prévia. 
CI: Anafilaxia prévia!!! 
 Hospitalização (crianças que nascem e ficam 
internadas por muito tempo) → CI: VOP / (SBIM – 
VORH). Não pode ser feita no hospital pois pode 
se disseminar pelo hospital. (MS). E a sociedade 
de imunização tb não recomenda a do rotavírus! 
 História familiar de eventos adversos 
 Uso de corticoide sistêmico em dose baixa. 
CI: prednisona ≥ 2 mg/kg/dia ou ≥ 20 mg/dia por ≥ 
14 dias 
 
>> CONTRAINDICAÇÕES 
→ Doença febril (doença com febre alta). 
→ Anafilaxia prévia (necessitou de adrenalina com 
relato de vacina prévia. Quadro benigno, com 
necessidade de uso de antihistamínico comum não é 
uma CI). 
 
 
 
 
 
 
 
CALENDÁRIO VACINAL 
Ao Nascer BeBe 
BCG + Hepatite B 
2 meses 4 P 
Penta + Polio (V1P) + Pneumo-10 + Rotavírus (Piriri) 
3 meses 
 
“Vira o 3 p virar um M” 
Meningo-C 
4 meses = 2 m 
5 meses = 3 m 
6 meses 
 
“5 + 1” Protegida contra 6 doenças → Saltos em 3 
Penta + Polio (V1P) 
** 3ª dose da penta e da pólio 
9 meses Febre amarela → em áreas recomendadas, atualmente é 
recomendada em TODO território nacional 
12 meses 
 
Aniversário de 1 ano - *Tr*ês *M*elhores *P*resentes 
Tríplice viral + Meningo-C + Pneumo-10 
15 meses 15 anos, macete da debutante: “A Debutante Vomita Tequila” 
Hepatite A + DTP + VOP + Tetraviral 
4 anos “Depois Você Faz Vacina?” 
DTP + VOP + Febre Amarela + Varicela 
Adolescente HPV + Meningo C 
dT: reforço 10/10 anos 
Campanhas VOP e Influenza 
 
→ AGENTES VIVOS→ BRAVO 34 
 
 
 
“BRAVO – 34: se somar 3 + 4 = 7, ou seja, 7 vacinas!” 
 
o Atenuados e autorreplicativos, O agente é 
inoculado e vai sofrendo replicação, mas é um 
vivo atenuado, ou seja, com baixa patogenicidade, 
virulência... 
o Agentes de baixa patogenicidade, mas 
eventualmente podem causar doença. Podem 
causar a própria doença que o vírus está sendo 
inoculado. 
o Via ID, VO ou SC 
 
o CONTRAINDICAÇÃO Vírus Vivo 
➢ Imunodeprimidos 
➢ Gestantes (risco teórico de infecção fetal) 
 
BCG 
Ao nascer, preferencialmente < 12 hs 
- M. bovis atenuado. 
- Em < 5 anos → 4a 11m e 29 dias 
- Proteção FORMAS GRAVES de TBC (miliar e 
meníngea). Mas continua suscetível as outras formas 
de TBC. 
- Via Intradérmica = Administração na inserção inferior 
do M. deltoide D, dose de 0,1 ml. (a adm de forma 
errada, aumenta o risco de efeitos adversos). 
- Via ID → Mácula → pústula → úlcera < 1cm → 
cicatriz 
** OBS: 
- não passar pomadas 
- é comum ocorrer adenomegalia axilar ipsilateral / 
Gânglio < 3 cm (10% pode ter acometimento 
ganglionar em região axilar, supra ou infraclavicular) 
- NÃO REVACINAR a criança sem cicatriz (Não 
significa falta de proteção) 
 
>> EVENTOS ADVERSOS 
▪ Úlcera > 1 cm (>12 sem); 
▪ Abscesso subcutâneo frio→ Usa-se ISONIAZIDA 
(10 mg/kg/dia) – úlcera pode aguardar até 12 
sem, se não cicatrizou, pode usar isoniazida tbm 
▪ Linfadenite supurada; 
 
 
>BCG >Rotavírus >febre Amarela >Varicela >vOp 
>TRÍplice viral >TETRAviral 
 
IMUNIZAÇÕES 
18 
 
>> CI / ADIAMENTO: 
▪ Peso < 2 kg 
▪ Doença de pele muito extensa 
▪ Contato domiciliar com bacilífero → nesse caso 
ele não recebe a BCG, e inicia tratamento com 
isoniazida/ rifampicina x 3 meses. “RN que mora 
com alguém que tem TB pulmonar”. 
 
▪ Exposição ao HIV: RECEBE A VACINA 
▪ REVACINAR: apenas contactantes de 
HANSENIASE 
 
OBS: em SP a BCG tem algumas diferenças, olhar no 
site! 
 
 VACINA ORAL DE POLIOMIELITE (VOP) 
- Vacina do “Zé gotinha” → VO 
- Bivalente (VOPb 1 e 3) → Antes era trivalente: < 2016. 
O Poliovirus 2 era o q estava mais relacionado aos 
eventos adversos. 
- Só pode ser feito Reforços < 5 anos (aos 15 meses e 
4 anos) → Após VIP. 
 
>> EV ADVERSOS: Poliomielite pelo vírus vacinal, em 
imunodeficientes pode ocorrer meningite asséptica e 
encefalite 
- A VOP interrompe a transmissão do vírus selvagem. 
“Pode acabar com a poliomielite no mundo”. / A VIP 
não! 
 
→ Vantagens em relação à VIP: 
o Indivíduo vacinado excreta o vírus vacinal no meio 
ambiente. 
o Quando o paciente recebe a vacina inativada caso ele 
entre em contato com o vírus selvagem, embora não 
desenvolva a doença, ele continuará a eliminar o vírus 
selvagem (perpetua o ciclo de transmissão); já com 
VOP, desenvolve-se uma imunidade de mucosa em 
que ele não eliminará o vírus selvagem. 
 
>> CONTRAINDICAÇÕES 
- Imunodeficientes 
- Em uso de corticoide em dose imunossupressora 
- Contactantes de imunodeficientes e hospitalizados 
→ Pois o paciente elimina o vírus pelas fezes e pode 
contaminar o imunodeprimido. 
 
→ REVACINAR: se a criança cuspir, vomitar ou 
regurgitar (apenas 1x) 
 
 ROTAVÍRUS (VORH) 
Rotavírus atenuados G1 VO: 1,5 ml 
Intervalo mínimo de 30 dias 
Objetivo: reduzir incidência de formas graves (das 
hospitalizações por diarreia por rotavírus). 
Desidratação grave. 
 
Cuidado: essa vacina só tem sua segurança validade 
até uma determinada idade bem específica. 
 1ª dose: até 3m15d 
 2ª dose: até 7m29d 
 
>> CONTRAINDICAÇÕES 
Invaginação prévia 
Malformação intestinal não corrigida 
 
NUNCA REAPLICAR!!! → mesmo que a criança 
cuspa, regurgite ou vomite logo após a adm. 
Considera-se feita quando a criança for fazer a 2ª dose. 
 
 FEBRE AMARELA 
- Composição: vírus atenuado / desenvolvida em 
embrião de galinha 
- Indicada em todo o Brasil (2020) 
- Via SC: 0,5 ml 
- 9 meses e 4 anos 
- até 59 anos (idoso – após avaliação) 
 Não vacinado: 1 dose 
 Vacinado ANTES dos 5 anos (com 1 dose): 1 
reforço Vacinado APÓS 5 anos: SEM reforço 
 
>> EVENTOS ADVERSOS 
- Doença neurológica (encefalite) 
- Doença visceral, viscerotrópica (SDMO – pode levar 
a óbito). 
 
>> CONTRAINDICAÇÕES 
- < 6 meses – tem MAIOR risco de encefalite (CI 
absoluta) 
- Mulheres amamentando crianças < 6 meses. Se for 
muito importante vacinar a mulher (Ex: mulher que 
trabalha coletando sangue de macacos infectados), 
pode vacinar a mulher, mas ela tem q ficar no mínimo 
10 dias sem amamentar (o ideal seria 28 dias)! Faz-se 
reserva para o período que vai ficar sem amamentar. 
- Anafilaxia ao ovo (Anafilaxia = necessidade de 
adrenalina). É a única vacina que não pode ser feita na 
presença de anafilaxia. Antes influenza tb era. 
- Doenças do timo 
- Imunodeficientes 
- Gravidez. 
 
OBS: Em casos de surtos → pode-se antecipar a 
doença (mas nunca antes dos 6 meses). 
Em 2018, essa vacina passou a ser recomendada em 
TODO O TERRITÓRIO Nacional (antes era só para 
áreas de recomendação). 
 
TV-SCR 
- Composição: vírus atenuado do Sarampo, rubéola e 
caxumba 
- Complicação + frequente da caxumba: meningite 
- Adm: SC 0,5 ml 
 Até 59 anos 
✓ Até 29a: 2 doses 
✓ 30-59a: 1 dose ≥ 1 ano 
✓ Prof saúde: 2 doses 
- DOSE ZERO: 6-11 meses: não é válida para rotina 
- DIA “D” da vacinação contra o sarampo foram 
priorizadas crianças entre 6 e < 5 anos. 
- Pode surgir febre após o 5º-12º dia pós vacinal 
Em casos suspeitos de sarampo deve ser feito o 
bloqueio vacinal em até 72 horas e IG até o 6º dia 
após a exposição 
→ IG indicado em grávidas não vacinas, < 6 meses 
e imunodeprimidos 
 
>> OBSERVAÇÕES 
- Anafilaxia a ovo: não é contraindicação 
- Respeitar o intervalo com hemoderivados. Adiar se 
uso recente de IG, sangue ou derivados. Até 2-4 
semanas após a vacinação (ao administrar a vacina, 
ela é administrada por via SC e o vírus será liberado na 
corrente sanguínea, estabelecendo uma viremia, para 
que uma resposta imune suscitada, o vírus deve sofrer 
replicação >> logo, a vacina deve ser adiada se houver 
uso recente de Ig, sangue ou derivados) >> enquanto o 
indivíduo tiver acs circulantes, estes irão impedir a 
replicação do vírus vacinal). 
- Adiar se uso recente de imunoglobulina, sangue ou 
derivados 
19 
 
- Revacinar se IG, sangue ou derivados em até 15 dias 
após a vacinação 
 
 TETRAVIRAL - SCRV 
- Tríplice viral + vírus varicela atenuado → até < 5 
anos 
- Apenas após a tríplice → ↑ após crise febril 
 
 VARICELA 
4 anos até < 7 anos 
 
REVALIDA 2020 – Uma mãe leva seu filho com 2 
anos de idade para consulta na USF relatando 
que a criança apresenta febre não aferida e 
lesões vésico-pústulo-crostosas em tronco há 2 
dias. Segundo o PNI, o calendário de vacinação 
esteve completo somente até os 6 meses de 
idade, pois a mãe disse que deixou de vacinar a 
criança porque passou a trabalhar em turno 
integral, não tendo como leva-la à USF. Quais 
são as vacinas que preveniria a atual doença e 
a idade para sua administração? 
RESPOSTA: Vacina tetraviral; 15 meses 
 
➔ AGENTES NÃO VIVOS 
 
 
 
 
▪ Não causam doença. O que podemos ter é a 
apresentação de efeitos adversos. 
▪ Podem conter adjuvantes (alumínio) → “aquele 
que adjuda as vacinas não vivas”. Coloca no 
frasco da vacina e causa muita reação inflamatória 
no local de aplicação, e chama muitas células 
inflamatórias e células apresentadoras de 
antígenos. 
▪ Imunopotencializador / Via IM, pois tem que 
causar muita reação inflamatória 
▪ Podem ser conjugadas (Pnm-10; MnC; Hib): 
essas 3 bactérias são encapsuladas, formadas 
por polissacarídeos – açúcar (não desencadeiam 
resposta imune). Ativa somente linfócito B, mas 
não ativa linfócito T. Portanto, proteger contra 
bactérias encapsuladas é muito difícil. E para 
conferir proteção contra esse sacarídeo, faz-se 
conjugação a uma proteína (sacarídeo + 
proteína): Conseguem imunizar < 2 anos. 
Resposta T-dependente. 
 
HEPATITE B 
Composição: Ag de superfície (HBsAg) 
- para TODA a população. Inclusive Idosos. 
- Indivíduo vacinado = anti-HBs (marcador de 
vacinação). 
- Aplicação: 1ªs 12 hs de vida → Objetivo: reduzir o 
risco de transmissão vertical (independente da situação 
da mãe). 
- Se > 7a não vacinado: 3 doses (0 – 1 – 6) 
 Considerar doses prévias 
Mãe HbsAg +: VACINA E IMUNOGLOBULINA 
RN = vacina e imunoglobulina (ideal: é que sejam 
feitas simultaneamente; se não for possível, a 
imunoglobulina pode ser feita até o 7º dia de vida). 
- Em pernas diferentes e ambas por via IM 
- Não tem problema de dar vacina (antígeno) e 
imunoglobulina pois é vacina de vírus não vivo. 
 
- IM, vasto lateral da coxa nos lactentes 
- no deltoide nos > 2 anos 
- 0,5 ml ≤ 19 anos 
- 1 ml > 20 anos 
>> SOROLOGIA pós-vacinal: Profissional de saúde. 
 -- Vacinado: apenas anti-HBs. 
 -- Sorologia 1-2 meses após termino do esquema: 
 → se negativo – REPETIR 3 doses. 
 
PENTAVALENTE 
- DTP (Difteria + Tetano + Coqueluche - Pertussis) + 
Hib + Hepatite B 
 → Toxoide diftérico e tetânico 
 → Bacilos mortos da coqueluche 
- Haemophilus influenzae tipo B - Hib (proteção contra 
doença invasiva por hemófilo tipo B) = sacarídeo 
capsular conjugado 
- Até < 7 anos (6a 11m e 29d) 
 
>> EVENTOS ADVERSOS: 
Principalmente devido a DTP – componente Pertussis 
→ Febre alta (39,5º C) ou choro persistente/ 
incontrolável (por + de 3 horas) = não modifica 
esquema vacina subsequente (continuará recebendo a 
DTP). Pode recomendar Analgésicos / antitérmico 
→ Episódio hipotônico-hiporresponsivo (48 hs) e/ou 
convulsão (72 hs): embora seja um evento benigno, 
essa criança não irá mais receber a DTP, mas sim a 
DTPa (tríplice bacteriana acelular) - muito menos 
reatogênica. “só picadinho de bordetella”. 
→ Encefalopatia (até 7d): quadro nerurológico grave. A 
criança não receberá mais o componente Pertusis, mas 
continuará o esquema com a dupla tipo infantil (DT). 
 
 
 
• SITUAÇÕES ESPECIAIS 
VACINA DTPa 
- Dç crônica convulsiva 
- Cardiopatias ou pneumopatas crônicos c risco de 
descompensação em vigência de febre 
- Dçs neurológicas crônicas incapacitantes 
- Crianças c neoplasias e/ou que necessitem de 
quimio, radio ou corticoterapia 
- RN que permaneça internado na unidade neonatal 
por ocasião da idade de vacinação 
- RN prematuro extremo → < 1.000 gr ou 31 sem, 
na 1ª dose 
 
>> Profilaxia do Tétano Acidental: 
- comorbidades 
- tipo de ferimento 
 
• RISCO 
MÍNIMO: sem corpo estranho, superficial (arranhões 
ou escoriações) 
ALTO: múltiplo, profundo, com tecido desvitalizado, 
com corpo estranho 
 
• SITUAÇÃO VACINAL: 
- Se último reforço < 5 anos: antecipar reforço 
- Imunodeprimidos / comorbidades com reforço > 
5 anos / esquema desconhecido: Soro ou 
imunoglobulina 
 
 PNEUMOCÓCICA 10-valente 
- Sacarídeos de 10 sorotipos (conjugada) 
- protege contra → Doença Pneumocócica Invasiva 
(DPI) e Otite Média Aguda (OMA) 
> Hepatite B > Penta > Polio (VIP) > Pneumo-10 
> Meningo-C > Hepatite A > HPV > INFLUENZA 
DTP, DTPa e DT: < 7 anos 
dT: > 7 anos – toda população 
dTpa: gestante > 20ª sem (ou 
puérperas) 
Reforços: 10/10 anos 
> 7 anos não vacinado: 
3 doses + reforços 
20 
 
- MS: crianças < 5 anos 
- 2 doses da vacina e um reforço aos 12 meses 
- PS: se a criança tiver feito 1 ano de idade: 1 dose é 
o suficiente 
 
>> ATENÇÃO 
→ Pneumo 13-conjugada (CRIE) – NOVO: 2019/3 
• > 5 anos: HIV, neoplasia, transplante; SEM PNM-
10 
→ Pneumo 23-valente (polissacarídea) 
23 sorotipos, mas não é melhor, pois vacina de 
polissacarídeo não é boa. 
• > 2 anos com comorbidade (CRIE) 
• Idosos institucionalizados 
 MENINGOCÓCICA C 
- Sacarídeo capsular (conjugada) 
- até < 5 anos 
- 1ª dose: 3 meses / 2ª dose: 5 meses / reforço: 12 
meses 
- entre 1 e 5 anos: recebe dose única 
- MS: adolescente 11-12 anos (1 dose ou reforço) 
 
- OBS: Clínicas particulares:MenACWY e MenB 
* 1 ano não vacinado: apenas uma dose. 
 
 VIP (Salk) 
- Polivírus inativado 
- Sempre nas doses iniciais 
- Até < 5 anos 
- Evento Adverso: reação local 
 
 HEPATITE A 
- Vírus inteiro inativado 
- Até < 5 anos 
- Calendário SBP e CRIE: 2 doses 
 SBP: 12 e 18 meses / CRIE: 15 meses 
 
 INFLUENZA 
- Vírus inativado – trivalente (A e B) / desenvolvida em 
embrião de galinha 
PS: ela NÃO causa gripe, porque o vírus está inativado 
 
CAMPANHA 2020: 6 meses a < 6 anos, gestantes, 
puérperas, pessoas com 60 anos ou +, trabalhadores 
de saúde, população privada de liberdade, povos 
indígenas, indivíduos com comorbidades e professores 
da rede pública e privada. Também serão 
contemplados os adultos com idade entre 55 - 59 anos 
Esquema: 6 m – 9a: 2 doses na primovacinação 
(intervalo de 30 dias) 
≥ 9a: 1 dose 
 
>> ATENÇÃO: anafilaxia ao ovo → PODE RECEBER 
em ambiente adequado 
 
HPV 
OBJ: proteger a população contra as neoplasias 
relacionadas ao HPV 
 
- Indicação MS: 
 Meninas: 9 a 14 anos 
 Meninos: 11 a 14 anos (14a 11m e 29d/ < 15 anos) 
 2 doses (0 – 6) 
 
➔ HIV/ aids – Imunossuprimidos 
 9 – 26 anos ambos os sexos → 3 doses (0 – 2 – 6) 
 
 
REVALIDA 2020 – Uma menina com 13 anos 
comparece à UBS acompanhada da mãe 
para consulta de rotina. A paciente tem um 
irmão de 11 anos de idade. Ao exame físico, 
não foram observadas alterações dignas de 
nota. Ao verificar o cartão de vacinação, 
constatou-se que a adolescente não havia 
sido vacinada contra o HPV. Nesse caso, o 
profissional de saúde deve: 
RESPOSTA: orientar a vacinação da 
adolescente e de seu irmão. 
 
 CALENDÁRIO DO ADOLESCENTE 
Adolescente NUNCA vacinado 
- 10 a 19 anos 
 Hep B: 3 doses 
 Trip viral: 2 doses 
 dT: 3 doses + reforços 10/10 anos 
 FA (Se recebeu 1 dose < 5a recebe o reforço, 
 Se recebeu 1 dose > 5a não precisa de reforço) 
 
- PARA TODOS (conforme faixa etária) 
 HPV e Men C 
 
 CALENDÁRIO DO ADULTO / IDOSO 
• 20 a 59 anos: 
- Hepatite B 
- dT – Diftéria e Tétano 
- Febre amarela 
- Tríplice viral 
 
• > 60 anos: 
- Hepatite B - 3 doses (verificar situação vacinal 
anterior) 
- Febre amarela – DU (verificar situação vac. anterior) 
- Influenza sazonal 
- Pneumocócica-23-valente – reforço (a depender da 
situação vac. anterior) 
- dT – reforço a cada 10 anos 
 
➔ Segundo a Sociedade Brasileira de 
imunizações também é recomendado: 
- Herpes zóster 
- Meningocócica conjugada e Tríplice viral → em casos 
de surto ou risco aumentado 
 
OBS: Meningococo B → pode ser feito um antitérmico 
profilático antes da vacina para evitar o efeito adverso 
 
DENGUE 
Dengvaxia, 4 cepas recombinantes vivas atenuadas de 
vírus da dengue 
- região deltoide 
- 3 doses (0, 6 e 12 meses) 
- recomendada p crianças e adolescentes a partir de 9 
anos até no max 45 anos, que já tiveram infecção 
previa pelo vírus da dengue (soropositividade), em 
regiões endêmicas. 
 
CONTRAINDICAÇÃO: gestantes, mulheres que 
amamentam e portadores de imunodeficiências 
- Não deve ser adm simultaneamente c outras vacinas 
do calendário 
USUÁRIOS CRÔNICOS DE AAS: 
- tomar cuidado com a vacina da varicela 
- tem que suspender uso por 6 semanas 
21 
 
>> MECANISMO: ASCENDENTE 
O aparelho urinário (com exceção da porção distal da 
uretra) é estéril. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
>> ETIOLOGIA 
E. coli 
Outros gram-negativos (Proteus)* Gram-positivos (S. 
saprophyticus)** 
Vírus (adenovírus = cistite hemorrágica) 
(*) Proteus = tem a capacidade de alcalinizar a urina 
(produz uma urease que converte ureia e amônia e 
alcaliniza a urina, favorecendo a formação de cálculos) 
(**) Quando pensar = adolescentes sexualmente ativas 
 
>> FORMAS CLÍNICAS 
CISTITE - bact. ascende pela uretra >> replica-se no 
interior da bexiga >> inflamação da mucosa vesical >> 
geralmente é autolimitada; porém, essa bactéria pode 
refluir para o parênquima renal, levando a um quadro 
pielonefrite. 
PIELONEFRITE - infecção potencialmente mais grave 
– pode levar a uma sepse de foco urinário; repetidos 
episódios de pielonefrite podem levar a uma doença 
renal crônica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
>> QUADRO CLÍNICO 
Manifestações específicas: em pacientes mais velhos! 
o Disúria, urgência, polaciúria, incontinência, urina 
turva e fétida. 
Retorno da incontinência (criança que já tinha 
alcançado o controle esfincteriano – principalmente 
noturno e que volta a apresentar incontinência – 
investigar infecção como causa de enurese secundária) 
Manifestações inespecíficas: baixo ganho ponderal, 
recusa alimentar... 
A FEBRE PODE SER A ÚNICA MANIFESTAÇÃO – a 
febre é um marcador clínico de pielonefrite! 
 
>> DIAGNÓSTICO 
EAS = procurar por marcadores de inflamação e de 
presença de bactérias. 
→ Inflamação: esterase leucocitária, piúria (≥5), nitrito, 
bacteriúria e gram 
URINOCULTURA = obrigatória para confirmação! 
Ao realizar urinocultura = existe possibilidade de 
contaminação da amostra pelas bactérias presentes na 
porção distal da uretra/ períneo. Como interpretar o 
resultado: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Deve-se coletar urinocultura antes de iniciar o 
tratamento, mas não se deve aguardar o resultado do 
exame para iniciar o tratamento! 
 
>> TRATAMENTO 
CISTITE PIELONEFRITE 
Duração: 3-5 dias 
Tratamento: ambulatorial 
- Sulfametoxazol-
trimetropim 
- Nitrofurantoína 
- Amoxicilina 
Duração: 7-14 dias 
>> Tratamento: hospitalar 
• < 1 mês 
• Sepse 
• Não ingere líquidos, 
desidratação, vômitos, 
prostração 
- Ampicilina + Aminoglicosídeo 
- Cefalosporina 3ª geração – 
Ceftriaxona 
 
Tratamento: Ambulatorial 
- Cefixima 
- Ceftriaxone 
- Ciprofloxacino 
 
NÃO PODE: Nitrofurantoína – pois 
não alcança níveis adequados no 
parênquima renal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INFECÇÃO URINÁRIA 
22 
 
Uma porcentagem significativa de crianças com 
pielonefrite apresenta REFLUXO VESICOURETERAL 
– a forma mais comum é o RVU primário idiopático 
(alteração congênita que pode estar presente em até 
1% da população – essas crianças podem ter refluxos 
de intensidades variáveis; aqueles que apresentam 
graus mais leves, têm maior chance de evoluir com 
cura espontânea). 
 
>> DIAGNÓSTICO 
-- USG de rins e vias urinárias: permite identificar 
malformações grosseiras e repercussões de refluxos 
mais graves. 
-- Uretrocistografia miccional: quando há refluxo – o 
contraste ascende pelo ureter chegando até a pelve 
renal. Confirma a presença do refluxo e permite 
avaliação do grau do refluxo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-- Cintilografia renal com DMSA: DMSA liga-se às 
células tubulares renais – na fase aguda da doença 
temos o padrão ouro para o diagnóstico de pielonefrite 
(alteração de captação do DMSA na região do 
parênquima renal inflamado); após várias semanas do 
episódio agudo temos ausência de captação em caso 
de cicatriz renal (parênquima renal substituído por 
tecido fibroso) 
 
>> QUANDO INVESTIGAR: 
>> NELSON DE PEDIATRIA: 
1º. Episódio de pielonefrite: 
o USG – se normal = parar investigação 
o USG alterada = uretrocistografia miccional 
Após 2º. Episódio de pielonefrite = uretrocistografia 
miccional 
 
>> SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA 
- <2 anos com ITU confirmada = USG + 
Uretrocistografia Miccional 
- A partir dos 2 anos = a princípio somente USG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
COMO CLASSIFICAR O RECÉM-NASCIDO 
>> IDADE GESTACIONAL 
Pode avaliar através de: 
- DUM/ USG 
- Exame Físico: Capurro e Ballard 
→ O método de Ballard é MAIS adequado para avaliar 
RN pré-termo (em especial

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