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Curso de Formação de Educadores Cristãos - IPB BAMBUÍ 2020 - COMPLETO

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INDICE
1. O QUE É EDUCAÇÃO CRISTÃ?
2. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
3. QUEM PODE SER PROFESSOR?
4. QUEM SÃO OS ALUNOS?
5. DISCIPLINA NA SALA DE AULA
6. CURRÍCULO E PLANO DE AULA – QUAL É A SUA IMPORTÂNCIA?
7. COMO PREPARAR UMA LIÇÃO BÍBLICA?
8. DOUTRINA BÍBLICA PARA CRIANÇAS
9. POR QUE VISUALIZAR?
10. MEMORIZAÇÃO DE VERSÍCULO
11. CÂNTICOS
12. TRABALHO MANUAL
13. MOMENTO DE RECREAÇÃO
14. CULTO INFANTIL
15. ESCOLA BÍBLICA DE FÉRIAS
16. CLASSE DE BOAS NOVAS
17. LEVANDO O ALUNO A CRISTO
18. UNIÃO DE CRIANÇAS PRESBITERIANAS
BIBLIOGRAFIA
1.EDUCAÇÃO CRISTÃ
1.1. INTRODUÇÃO AO ESTUDO SOBRE O QUE É EDUCAÇÃO CRISTÃ.
Falar sobre Educação Cristã, é pensar na ordenança bíblica, dada por Deus. Isso implica uma visão abrangente e global em relação ao ensino cristão. Não se pode tratar de tal assunto pensando tão somente numa área específica do ensino, na igreja local, atendendo somente a uma certa demanda, mas sim, de forma que atinja a pessoa no seu todo, isto é, em todos os estágios de seu desenvolvimento: intelectual, emocional, espiritual e comportamental. Também não se pode visar tão somente o crescimento individual, mas também o coletivo. Assim, é preciso o envolvimento de todos, seja aprendendo, seja ensinando e isso acontece através do ensino formal e informal. Veremos que a Educação Cristã é um processo contínuo de crescimento a partir do nascimento, ou há quem pense que até antes, até a morte.
1.1.1. Definições
Charlotte Taylor , definiu os termos, Educação, Educação Religiosa e Educação Cristã da seguinte forma:
 *Educação – “É o processo pelo qual uma pessoa se desenvolve nos seus conhecimentos.”
 “o processo pelo qual o homem através de sua capacidade para aprender, adquire experiências que atuam sobre a sua mente e o seu físico” Cotrim, Parisi (1982).
*Educação religiosa – “É o processo pelo qual uma pessoa se desenvolve nos seus conhecimentos religiosos.”
 *Educação Cristã –“ É o processo pelo qual uma pessoa se desenvolve no seu conhecimento de Deus em Jesus Cristo .” 
1.1.2.Conceitos De Alguns Autores
a) “...é o ministério de levar o crente a maturidade Cristã em Jesus Cristo”. Perry G. Dows.
b) “...é toda e qualquer prática educativa que considera o ser humano do ponto de vista do Evangelho. Sendo Jesus Cristo o centro do Evangelho será legitimamente cristã a educação que se preocupar seriamente em ser Cristocêntrica, tendo Cristo como referencial e centro de toda teoria e de toda prática”. Inez Augusto Borges.
c) “...é um sistema formal e informal, dentro de um ambiente cristão, que ajuda o crente a desenvolver seus conhecimentos das verdades divinas e a se consagrar ao Senhor.” Rayward Armstrong.
d) “... é um processo deliberado e intencional pelo qual Cristo é formado nas pessoas, visando a transformação, formação e crescimento da pessoa toda e da Igreja toda em todo tempo”. Sherron K. George.
1.1.3.Origem
Robert W. Pazmiño fez a seguinte colocação pensando na atuação da trindade no contexto da Educação Cristã:
“ ...Deus criador é o educador do qual emana todo conteúdo da educação; Deus Filho, como exemplo ou mentor é o modelo, o mestre por excelência e o Espírito Santo como tutor é o conselheiro ou consultor que sustém a vida da comunidade cristã e da sociedade mais ampla(contexto) a fim de cumprir os propósitos de Deus”.
Tendo em vista ser o homem essencialmente religioso, pois criado por Deus e para Deus “...tendo a lei de Deus escrita em seus corações...” (Gn. 1.27; Ec. 3.11; Rm.2.14,15), sente atração pelo eterno, uma busca por Deus. O pecado deturpou isso mas não eliminou totalmente(Pv.8.36). No decorrer da história, mediante relatos bíblicos, vemos Deus indo ao encontro do homem pecador ( Gn.3.9 ) e providenciando a única solução para o pecado ( Gl.4.4,5;At. 4.12). Após Jesus cumprir Sua missão de Mestre, e Redentor, o Pai envia o Espírito Santo. E Este dá continuidade ao Seu ministério até os nossos dias (João 16.7,813). Portanto, verificamos que a origem da Educação Cristã está na soberana vontade de Deus (Rm. 15.4). Percebemos a ação pedagógica do Deus Trino, atuando de maneira explicita no decorrer da história até os nossos dias.
1.2- BASES BÍBLICAS E TEOLÓGICAS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ.
1.2.1 -Motivações e objetivo pra o ensino
a) Por quê ensinar? 
A justificativa e a motivação para o ensino na Igreja é esta: é o imperativo dado por Deus ao seu povo (Dt. 6.4-9); também Jesus ordenou a sua Igreja que ensinasse (Mt28.18-20). A obediência a este imperativo, descreve a própria natureza do povo de Deus e de Sua Igreja e indica a tarefa prioritária desta (Ef.4.7-15). Pra este propósito foi que Jesus, o nosso Mestre Supremo, deu exemplo de dedicação ao ensino (Mt.5.1,2). Nós como Igreja do Senhor devemos assumir nossa postura de “agentes formadores”, seguindo o exemplo de Jesus que formou o grupo de discípulos e os treinou para formar outros através do ensino, dando início assim a Sua igreja aqui na terra.
b) Para quê ensinar?
O objetivo a ser alcançado com o ensino é que se aprenda a vontade de Deus através da Sua Palavra de tal forma que vivam uma intensa e profunda relação com o seu Criador, tornando-se apto a vivenciar os valores do Reino em todas as esferas para a glória de Deus. Segundo a Drª Sherron, a finalidade última da Educação Cristã na Igreja é o Reino de Deus. Ela ainda apresenta três esferas onde o Reino se manifesta e finalidades imediatas da Educação Cristã.
1 -“Aperfeiçoamento dos cristãos – Formando cidadãos do Reino, os quais tem como base de suas vidas a Palavra de Deus e portanto os valores do Reino; as qualidades de Cristo estarão evidentes em tais seguidores. Essas qualidades se traduzirão na convivência da comunidade cristã, formal e informalmente resultando em edificação mútua(Cl. 3.16).
2 - A edificação de lares cristãos- Quando se aprende os valores do Reino como princípios inegociáveis; tais valores influenciarão na formação dos lares e no ensino cristão nesse contexto. O Senhor mandou que os pais ensinassem os seus filhos (Dt.6.4-9).
3 - A transformação da sociedade – O resultado de vidas edificadas na Palavra; lares cristãos focados e comprometidos com o ensino e testemunho dos valores do Reino de Deus; é de uma igreja forte, edificada, servindo e atuando na sociedade de maneira autêntica, trazendo-lhe transformação”.
 
Concluímos, então que a tarefa da Educação Cristã é bastante ampla e abrangente ela se estende com propósitos e propostas bíblicas nas áreas:
 
· Salvação – Tt 2.11-14 – Formando cidadãos do Reino através da evangelização;
· Crescimento – Ef. 4. 11-15 – Ensinando os princípios de vida segundo o Reino;
· Serviço – Cl. 1.27-29. Transformando a sociedade, por meio do testemunho de vida segundo os valores do Reino.
1.2. 2 A Educação Cristã Nos Tempos Bíblicos.
· O ensino no Velho Testamento
 
A)Pentateuco: Educação centrada no lar ( Dt.6.4-7).Os pais eram responsáveis pela educação de seus filhos; a tarefa era de conservação, transmissão e manutenção do legado e herança de fé. Para cumprirem essa tarefa usavam estratégias que os ajudavam a levar seus filhos a compreensão e aceitação da sua fé no Deus único e verdadeiro em que criam.
Os métodos usados:
· DIRETIVO: Num primeiro momento, no Pentateuco, a primeira das três partes do A.T., vemos caracterizado o método diretivo do Deus. O conteúdo Programático já está pronto (Gn.2.15-17,3.8,9) .Este método foi usado por Deus com a primeira e a segunda geração;
· CONCRETO: Depois disto, as famílias utilizavam de histórias, rituais religiosos, culto com seus símbolos , festas religiosas e ritos dramatizados(Gn.8.18 ,20-22).
Os Conteúdos eram histórias fundamentais do povo de Israel ( a criação, a chamada de Abraão, o Êxodo, a peregrinação até a terra prometida... ).
Os processos de ensinos ou as metodologias: De geração em geração o povo de Israel, em família, contavam histórias que explicavam a sua fé (Dt. 26.5-10). Eram narrativas emocionantes do Gênesis e do Êxodo, deixando bem claro que a mão de Deus sempre se faz presente e soberana conduzindo o seu povo. Havia
também etapas de perguntas e respostas( Êx.12.26;13.8,14; Dt.6.20,21; Js. 4.6,21). Vemos nos livros de Levítico e Números sendo introduzidas as instruções e raízes cúlticas; comemoravam suas festas religiosas e seus rituais. Em Deuteronômio uma profunda reflexão teológica sobre histórias e leis já conhecidas e uma preparação pedagógica para o novo futuro na terra prometida. Eram metodologias repetitivas de ensino da herança histórica ,das orientações éticas e dos ensinamentos que os judeus transmitiram a seus filhos. A importância vetero-testamentário é mais dialógico do que monológico. A tarefa dada por Deus aos pais foi executada e concretizada, pois se assim não fora não teríamos notícias desse povo nos dias de hoje. 
 B) Os profetas: A educação agora, desloca-se do lar e é centrada no trono. Torna-se “palaciana”. Os profetas são os pedagogos da própria nação, e tem a tarefa de questionar, examinar criticamente e refletir contextualmente.
· Período de transição: Fica claro a ausência de perseverança no processo educacional e no conteúdo programáticos divinos. É relatado no livro de Juízes um período da história do povo de Israel, caracterizado por tumulto, incerteza e tensão. O livro termina com um versículo triste: “Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto” ( Jz 21.25) É um livro de fracasso, derrota e pecado , mas com intervenções divinas, as quais serviram para manter o remanescente de seu povo , por causa da Sua Fidelidade(2 Timóteo 2. 13).
· A monarquia é estabelecida: Este período distinto na vida do povo de Israel tinha como base a Palavra do Senhor através da boca do profeta, o rei deveria consultar esta palavra do Senhor (1Reis 22.5,14). O sistema educacional divino era direcionado para o aspecto corretivo, o profeta trazia a Palavra do Senhor através de proclamações muitas vezes dramáticas. Ele anunciava as boas novas do Reino de Deus como também denunciava as práticas incoerentes com os valores desse Reino (2 Samuel 12.1,13-15). A tarefa desafiadora do profeta era para que mantivesse os ensinos tradicionais pertinentes e que promovesse uma nova abordagem educacional, apontando mudanças e transformações. Eles cumpriram o seu papel na manutenção de ensino da Palavra. 
C) Os Escribas: Uma classe de mestres profissionais da lei. Eles ensinavam a lei de Moisés ao povo, chamados homens das sagradas letras. Sua tarefa era de juntar, copiar, preservar e interpretar a lei. Nesse período aparece a figura de Esdras, um dos primeiros doutores da lei Ele tinha um ministério de ensino persistente (Ed. 7.10). Esdras não era um pregador, mas um professor, lia e explicava as Escrituras ao povo. Vemos também, o surgimento das Sinagogas, temos aí o a intensificação do ensino formal, a sinagoga é a escola, a lei mosaica seu texto.
D) Os Escritos: Enquanto as perguntas nos livros da lei são mais objetivas, nos Escritos, ela aparecem com um caráter mais subjetivos e existenciais, sendo que as respostas são fáceis e claras, há um processo aberto, no sentido de envolver todos os aspectos e da experiência no mundo:
· Jó e Eclesiastes – Um longo processo de reflexão introspectiva e emotiva e de diálogo com os outros e com Deus.
· Provérbios – Dirigido a todas as faixas etárias, abordando uma gama enorme de assuntos eminentemente atuais e práticos.
· Salmos – Os Salmos são a expressão da resposta humana a iniciativa divina. Estão neles todo conteúdo da fé vivenciada de Israel expressada artisticamente através de acrósticos, poemas, canções de lamento ou louvor, hinos. Tudo para em culto confirmar a aliança de Deus com seu povo.
Concluímos portanto, que no AT encontramos um ensino de raízes profundamente bíblicas. Em si é um instrumento pedagógico que nos leva a uma revisão profunda e significativa quanto ao nosso proceder pedagógico, que nos é útil para termos um ensino verdadeiramente bíblico e dinâmico.
· O Ensino no Novo Testamento
 A) O modelo de Mestre: O modelo perfeito do Mestre é visto em Jesus. “Ele se pôs a ensiná-los dizendo...”(Mt.5.2). J.M.Price, diz 
“Nos Evangelhos, Jesus é chamado mestre não menos de quarenta e cinco vezes, ...fala-se em Jesus ensinando, quarenta e cinco vezes, e onze apenas pregando, e, assim mesmo, pregando ensinando” e mais “Toda obra de Jesus estava envolta em atmosfera didática.” “O professor deve ter entusiasmo, paixão, deve vibrar com as conquistas do educando. Jesus foi o melhor modelo de mestre, todos queriam aprender com ele: olhos arregalados, ouvidos atentos, Jesus seduzia, enamorava. Teve autoridade sem ser autoritário. Conquistava a multidão que permanecia com ele, olhava nos olhos, chamava pelo nome, conhecia as fraquezas e respeitava a história de vida de cada um. Ninguém era obrigado a seguir Jesus, o seguiam porquê ele os encantava, amava e permitia ser amado.” Jesus“... fez do ensino o agente principal da redenção”.
B) Os Evangelhos: Os chamados livros Sinóticos, apresentam Jesus, o Mestre por excelência, conhecido como Rabi, que significa instrutor ou professor. Realmente, o Mestre Jesus, foi o Professor dos professores, um referencial para todos que desejam se dedicar ao ensino. Ele ensinou as multidões e treinou os discípulos para ensinar. Tinha convicção da sua tarefa de ensinar (Jo.13.13). E foi reconhecido como tal, por mestres da época como também por pessoas comuns do próprio povo (Jo.3.2; Mt.19.16; Mc.5.35;). Havia coerência no que ensinava e vivia. Sua autoridade vinha do seu exemplo (Jo.13.5,14,15;15.17). Precisamos, hoje, de professores que sejam imitadores de Jesus, que sigam o seu exemplo no ensino e nas atitudes. Só assim teremos um ensino verdadeiramente eficaz.
C) O Ensino Apostólico: A palavra chave para o ensino no contexto do livro de Atos dos apóstolos é “continuidade “. Nesse livro, encontramos, os apóstolos, aqueles que andaram com o Mestre, aprenderam dEle pessoalmente, formando agora uma igreja comprometida com o ensino da Palavra e com a sociedade. Pregavam as boas novas do Reino de Deus, atendiam ás necessidades do povo e também ensinavam. Eram pessoas qualificadas que tiveram suas vidas transformadas por Jesus e dele mesmo receberam o chamado para serem seus seguidores. Foram obedientes a esse chamado tornando-se seus seguidores. Treinados por Ele, estavam aptos agora a ensinarem a outros. Este foi um processo contínuo que não se encerrou no livro de Atos. A igreja primitiva tornou-se uma instituição modelo até os nossos dias.
D) O Ensino Paulino: O apóstolo Paulo foi também um dos responsáveis pela continuidade desse processo. Dedicou-se ao ensino, seguindo o modelo de Jesus. Procurou viver o que ensinou, tanto que tinha autoridade pra dizer: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.” (1 Cor. 11.1). Através das cartas é revelado o seu papel importante com o ensino doutrinário, sua preocupação em treinar liderança (2Tim. 2.2), e a questão imprescindível de um “estilo cristão de conduta” segundo os valores do Reino.
1.3 A EDUCAÇÃO CRISTÃ NA HISTÓRIA DA IGREJA.
 
1.3.1- Era Do Crescimento (33-311 D.C.)
Durante os dois primeiros séculos a igreja continuou a ensinar bem o seu povo (Atos 2.42, 5.42). Porém, do terceiro século em diante, a igreja cristã cresceu muito e o ensino cristão, não acompanhou tal crescimento, e o resultado foi que milhares de cristãos eram batizados sem a instrução necessária para tal, trazendo grandes prejuízos para a vida da igreja.
 
1.3.2-Era Medieval (311-1500 D.C.).
 
		No início da idade média, o a religião cristã dominava quase que absoluta sobre todas as outras e por interesses obscuros tornou-se a religião oficial do Império e por ele privilegiada. O ensino muito cedo foi centralizado na autoridade do bispo, e, de maneira especial, do bispo de Roma. Muitas práticas estranhas entraram nas igrejas porque não havia o ensino das verdades bíblicas para o povo.
 
1.3.3- Era Dos Reformadores
 
No século VI, um grupo de líderes cristãos reconheceu a necessidade de uma reforma na Igreja com a finalidade de corrigir os erros e instruir o povo na
fé. Assim com a Reforma, a Educação Cristã voltou a ter lugar de importância na igreja. Dois grandes líderes da Reforma foram Martinho Lutero na Alemanha, e João Calvino na França. Martinho Lutero entendia que era necessário que cada cristão tivesse a Bíblia na sua própria língua pra poder ler as Escrituras por si mesmo. Ele traduziu o primeiro Novo Testamento e depois o Velho Testamento na língua do povo da Alemanha. Encorajando assim todos os cristãos a lerem e estudarem as Escrituras. Preparou catecismos para auxiliar o povo no estudo das Escrituras.
Nos séculos antes da Reforma, a Educação Cristã nos lares tinha quase desaparecido porque os pais não sabiam como instruir seus filhos em casa. Lutero encorajou os pastores a oferecerem aulas especiais para os pais para que pudessem ensinar seus filhos em casa.
Calvino reconhecia a necessidade de preparar bem líderes cristãos, para instruírem o povo. Assim fundou em Genebra uma faculdade Evangélica de Teologia. Outra grande contribuição para a formação de líderes e pastores foram os comentários sobre quase todos os livros da Bíblia. A influência da Reforma foi levada da Europa a América do Norte e de lá para o Brasil.
		O século XVII testemunhou grandes contribuições dos cristãos reformados para a educação, como vemos no livro A Igreja Discipuladora do autor Cláudio Marra:
[...]Comenius, um pastor Morávio, tinha apenas um alvo na vida, que era “promover a Glória de Deus. Torna-se evidente também que ele via a educação cristã como sendo o meio mais excelente para a glorificação de Deus pela vida humana”. Ele cria que a responsabilidade de cuidar da juventude pertence naturalmente aos pais, mas que era igualmente necessário que todos os jovens fossem instruídos em conjunto, nas escolas, onde tudo deveria ser ensinado a todos. As ideias de Comenius foram impressionantes para o seu tempo, e os professores, ainda hoje, deveriam considerá-las. Ele ensinava, por exemplo, que bem instruir a juventude não significa encher-lhe a mente com muitas “palavras, frase, sentenças, opiniões de autores; mas, ao contrário, desenvolver a compreensão das coisas”. Sua influência não ficou restrita ao seu tempo, mas alcançou muitos educadores em torno do mundo e ao longo dos séculos, desde a sua morte.[footnoteRef:1] [1: MARRA, Claúdio A.B. A Igreja Discipuladora.São Paulo: Cultura Cristã, 2007.p.21,22.] 
		À semelhança de Comenius[footnoteRef:2], os puritanos mostraram uma grande preocupação com a situação espiritual da Igreja nacional, por isso, instruiam o povo a buscarem nas Escrituras, pois é através dela que o crescimento espiritual é possível. Vejamos: [2: 
] 
Por essa razão a Bíblia não apenas ocupava lugar central no currículo puritano, mas também o modelo adotado por eles para avaliar as outras disciplinas. E em um tempo que tanto valorizava a Escritura, Richard Baxter (1615-1691) foi o puritano que mais se destacou na tarefa de ensiná-la aos seus paroquianos, esforçando-se para fazer deles discípulos de Cristo. “Sua realização em Kidderminster foi impressionante. A Inglaterra não vira antes um ministério igual.” Seu sucesso em Kidderminster tem sido usualmente associado ao seu método de catequese, porém, a catequese propriamente, embora de fato notável pelo alcance e regularidade, fazia parte de uma ampla e consistente estratégia de discipulado, que incluía encontros de grupos pequenos durante a semana e fiel pregação da Palavra aos domingos e quintas, tudo acompanhado de zelosa ministração de disciplina eclesiástica e de assistência aos necessitados.
2. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL[footnoteRef:3] [3: Apostilas: - Curso sobre Escola Bíblica Dominical – APEC- Campo de Bauru
Livros: - Ensinando para transformar vidas – Howard Hendricks – Editora Betânia
] 
2.1.ORIGEM E CRESCIMENTO DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
Escola dominical como movimento, surgiu na Inglaterra, como resultado do grande avivamento cristão ocorrido no século XVIII. Robert Raikes teve a honra de ser o fundador desta abençoada escola.
Em Julho de 1780, quando Robert Raikes começou a reunir e amparar as crianças de rua, para instruí-las na leitura e no conhecimento da Bíblia, não poderia imaginar que em cinco anos haveria uma explosão na educação nacional e internacional, motivada pelo movimento que veio a ser chamado “Escola Dominical”.
As primeiras notícias registradas destes movimentos dizem que o propósito inicial de Robert Raikes era dar àquelas crianças da cidade de Glovcester, rudimentos da educação em que a Bíblia era disciplina indispensável e obrigatória. O movimento começou agitado, pois, visando alcançar um número cada vez maior de crianças. A escolinha de Raikes ocupava seis horas do domingo em dois turnos, manhã e tarde e, além de Raikes, professor da Bíblia, quatro outros professores crentes e habilitados pedagogicamente, se revezavam.
 Em 1787 já havia 250.000 alunos matriculados nas escolas da Inglaterra. Estas primeiras Escolas Dominicais foram as precursoras do moderno movimento da educação cristã e também da educação pública.
A Escola Dominical se esparramou por todo o mundo. Em 1855, exatamente no dia 19 de agosto, o Robert e Sara Kalley, organizaram a primeira Escola Dominical, em Petrópolis no Rio de Janeiro.
A princípio, as escolas destinavam-se mais para as crianças e adolescentes, de 7 a 16 anos. Gradativamente foram acrescentadas classes para crianças de menor idade e também para jovens e adultos.
2.2.ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
A) Organização é ordem
Envolve estabelecer as bases de algo, ordenar, arranjar.
A criação de Deus nos surpreende por sua perfeita organização. O texto de 1 Coríntios 14.40 nos ensina: “...tudo, porém, seja feito com decência e ordem!”. A desorganização e a desordem destroem a vida de qualquer pessoa, igreja ou organização.
O crescimento sem ordem é aparente e infrutífero. Pode haver muito esforço e muita energia e nenhum crescimento real, porque a desorganização aniquila os resultados positivos surgidos.
B) Organização é planejamento. Elaboração de planos. Elaboração por etapas, com bases técnicas, de planos e programas com objetivos definidos.
C) Administração é e execução do planejamento.
O grande fracasso tem sido administrar coisas não organizadas!
Duas falhas no planejar: 
NEGLIGÊNCIA: - “o amanhã cuidará de si mesmo”.
Há pessoas que trabalham sempre na base da improvisação. 
Outras raciocinam que por serem versáteis e terem reflexos rápidos poderão superar as deficiências de seus planos. O que se vê, em ambos os casos, é fracasso.
MAU ENCAMINHAMENTO: Há pessoas que usam métodos inadequados e administram (executam) erradamente. 
Devemos planejar quando se considerar uma atividade especial a ser preparada ou em ocasiões periódicas determinadas por calendários, por exemplo: no início de um ano; intervalos trimestrais; quando há um novo empreendimento ou projeto.
A organização adequada é feita a partir de:
· Identificação dos Objetivos:
Observar o que a minha Escola Dominical, o meu departamento, a minha classe desejam conseguir? Quando? Por quê?
· Determinação da prioridade dos Objetivos:
- o que é mais importante e deve ser feito primeiro?
- onde será implantado?
- o que será necessário para o alcance dos objetivos que foram fixados? – pensar em recursos materiais e humanos.
· Definição das estratégias:
- o que será necessário para passar do plano do papel para a ação?
- quem irá transmitir as instruções? E para quem?
· Qualidades da boa organização:
Simplicidade – sem elementos desnecessários, sem ostentação, sem complexidade ou dificuldade.
Flexibilidade – que se pode alterar, caso seja necessário.
Completa – que se pensou em todos os detalhes.
· Características dos Objetivos:
A longo prazo: - são objetivos permanentes e podem ser definidos como a própria finalidade e razão de ser da Escola Dominical.
A médio prazo: - São estratégias para o alcance dos objetivos a longo prazo. Num ambiente de Escola Dominical os objetivos a médio prazo ultrapassam uma gestão de um ano. Estes objetivos são definidos
a partir de análise dos problemas existentes e reflexão sobre os desejos e expectativas da Igreja em relação à Escola Dominical.
Exemplos destes objetivos: treinamento de professores, reestruturação do currículo, criação do departamento de música...
A fixação destes objetivos deve ser feita com a aprovação da liderança da Igreja, pois, sua execução transcende o mandato de um ano do diretor ou superintendente da Escola Dominical.
A curto prazo: - são estratégias também para o alcance dos objetivos a longo prazo e que podem ser alcançados dentro de um ano. Exemplos: reunião mensal dos professores, atividades extras, classes especiais...
ORGANOGRAMA:
Podemos definir três tipos de Escola Dominical:
1 – Pequena – até 70 alunos
Uma pessoa pode dirigir a E.B.D. sozinha, tendo a ajuda de um secretário.
Diretor/Superintendente
Secretário
Classes
Berçário Crianças Juniores Adolescentes Jovens/Adultos
de 0 a 2 anos de 2 a 6 anos de 7 a 11 anos de 12 a 17 anos a partir de 18 anos
2 – Média – de 71 a 150 alunos
A Escola Dominical pode ter um Diretor, um Vice- diretor, um Secretário e um Tesoureiro. 
Pode ter um Departamento Infantil, com um Diretor e um Vice.
Pode ter uma Classe para Adolescentes, uma para Jovens e uma para Adultos.
Diretor
Vice – Diretor
Secretário
Tesoureiro
Diretor do Dep. Infantil
Vice- diretor do Dep. Infantil
Berçário Maternal Primário Crianças Juniores Adolescentes Jovens Adultos
a 2 anos de 2 a 3 anos de 4 a 6 anos de 7 a 8 anos de 9 a 11 anos de 12 – 17 anos de 18 -25 anos a partir 26 anos
3 – Grande – a partir de 151 alunos
Escola Grande a escola pode ter além de um Diretor, Vice- diretor, uma Secretária e um Tesoureiro.
O Departamento Infantil será igual a Escola Média.
Pode ter um Departamento de Juniores e Adolescentes com um Diretor comum para ambos. 
Pode ter um Departamento de Adultos e Classes Especiais.
Diretor
Vice- diretor
Secretária
Tesoureiro
Dep. Infantil 
Igual a Escola Média
Dep. Adolescentes
Juniores Adolescentes 
12 – 14 anos 15 – 17 anos
Dep. Adultos
Jovens I JovensII Adultos C.Especiais
18-22anos 23-28 anos 29-45 anos
A. Organização do Departamento Infantil
Para organizar um Departamento Infantil é necessário um Diretor com Formação Pedagógica Educacional ou uma pessoa extremamente dedicada sob a orientação do Pastor ou alguém da Área Educacional.
O Departamento Infantil possui 4 áreas que precisam estar afinadas para que haja sucesso no trabalho com as crianças: Administração, treinamento de Professores, Relacionamento com pais e Ministério com crianças.
Departamento Infantil
Diretor Treinamento de Relacionamento Ministério
Administração Professores com os pais Com crianças
B. Problemática da Escola Dominical
Há vários problemas que vêm afligindo e impedindo o desenvolvimento sadio da Escola Dominical e que estas estão ligadas àqueles que são líderes desta organização.
1°- Corpo docente – Professor:
O Professor escolhido para as classes de Escola Dominical, devem merecer o máximo de atenção da parte do Pastor e da liderança da Escola Dominical. II Timóteo 2:2 – devem ser “homens fiéis e também idôneos para instruir outros”. O Professor deve ter uma experiência clara da sua conversão e deve ser um constante estudioso da Palavra de Deus – I Cor. 15:1.
Precisamos também, cobrar de alguma forma a assiduidade e buscar avaliações constantes dos alunos.
2°- Diretor – Superintendente:
Não é uma simples figura, e sim, o responsável por todo o andamento da ED.É a pessoa chave para desenvolver o programa de Educação Religiosa dentro da ED. O superintendente é o elo de ligação entre um Departamento e outro. E mais, ele é o porta voz das necessidades das classes e dos departamentos diante da direção da Igreja.
A problemática, nesta área, é que um bom número de Diretores e Superintendentes da ED, por não conhecerem exatamente as suas funções, transformam- se em ditadores na ED; há os que vão ao outro extremo, permitindo que cada professor faça o que quer na classe. Por isso, chega a ser o responsável pela má organização de todo o andamento da ED.
Temos falhado ao não planejar o crescimento e as perspectivas de nossa EBD para médio e longo prazo. Desconhecemos a vida pessoal, social e cultural de nossos alunos. Precisamos de instrumentos, questionários e pesquisas constantes de nossos alunos, buscando o crescimento qualitativo de nossa ED.
3°- Pastor:
Em virtude destes problemas mencionados, pesa muito a responsabilidade do Pastor da Igreja. Este não deve descuidar- se da supervisão da ED e das classes.
O Pastor, periodicamente, deve reunir os professores e a direção da ED para estar a par do andamento de cada Departamento.
4°- Literatura:
Várias denominações usavam material e revista publicadas por outras, isto, até a década de 70. Hoje, porém, já é diferente, até as pequenas denominações têm sua própria revista. Porém, temos que reconhecer que ainda precisa ser feito muito nessa área. A necessidade de objetivos definidos nas lições e as aplicações que cada lição deve trazer à vida dos alunos é uma carência.
 Precisamos de livros que sejam facilmente assimilados pelos alunos e seu contexto a fim de que possam gostar de ler e se prepararem para as aula dominicalmente.
5°- Pais:
Os pais crentes devem ser exemplos de frequência à ED, no testemunho, na hora devocional no lar, no estudo da revista em casa. Pais que deixam os filhos à porta da Igreja, e vão buscá-los após o encerramento estão desestimulando os filhos à frequência da ED. Não se poderá realizar muito sem o auxílio dos pais.
C. Expansão e Extensão da Escola Dominical:
É natural que uma Escola Dominical tenha alvos de crescimento tanto na sua qualidade como na sua quantidade.
1° passo: desejar melhorar é salutar e o 1° passo.
2° passo: é verificar se há possibilidade para crescer:
· Em termos quantitativos,- para se pensar em maior número de alunos, precisa levar- se em conta o problema de espaço, de equipamento, de materiais, de obreiros...
· Em termos qualitativos, - como ter melhores alunos, melhores professores...
3° passo: é saber como melhorar, isto é, como agir. O êxito dependerá de um plano bem elaborado e integrado ao plano global da Igreja.
Precisamos então, responder com precisão às seguintes perguntas:
a) Os assuntos e temas tratados na EBD estão ao alcance dos alunos?
b) Para que classe social está sendo dirigida a propaganda atual da EBD e da Igreja?
c) Qual a frequência atual dos alunos, novos alunos, alunos desistentes e visitantes?
d) Existem picos desta frequência?
e) Que características da EBD chamam a atenção de seus alunos?
f) Qual a profissão, habilidade ou aptidão de cada aluno?
· A expansão da EBD envolve os planos de ação que redundarão no aumento da ED no seu próprio local normal de atividades: mais salas, mais alunos nas salas, mais professores envolvidos, maior organização.
· Os Ministérios com crianças ajudam na expansão – Escola Bíblica de Férias, Campanhas evangelísticas, Encontros, Culto Infantil...
· Os Ministérios com crianças podem ajudar também na Extensão – Classes de cinco dias, Classes de Boas Novas.
· A abertura de filiais em outras localidades, trata- se de um desdobramento da ED.
3. QUEM PODE SER PROFESSOR?
		Quando falamos em Professor da EBD estamos falando em pessoas que na sua maioria não tiveram nenhuma formação acadêmica ou pedagógica, não obstante não deixam de ensinar as verdades eternas. A estes o Apóstolo Paulo diz:” se é ensinar que haja dedicação”. Assim, podemos concluir que ensinar é um dom da graça de Deus, todavia exige- se do mesmo o esforço para aprofundar seu conhecimento e melhorar a sua atuação.
3.1. CARACTERÍSTICAS CRISTÃS DO PROFESSOR
1. Nascido de Novo: O Professor necessita ter uma experiência genuína de sua
fé em Jesus Cristo, tendo convicção da sua salvação baseada no sacrifício de Cristo na cruz do calvário, na certeza de que essa experiência é baseada na Palavra de Deus. – Ef. 2:8-9; 1 João 1:7b e João 3:36.
2. Tem conhecimento de Deus: Deve ter um conhecimento genuíno da Pessoa de Deus e seus Atributos.
3. Tem conhecimento de Cristo: Deve ter conhecimento de que em Cristo, Deus pode oferecer perdão, justificação e vida eterna para o homem pecador. Conhecer a Pessoa e Obra de Jesus Cristo.
4. Tem conhecimento da Atuação do Espírito Santo: Deve ter conhecimento sobre a presença do Espírito Santo, agindo no Corpo de Cristo e expressando a Deus a manifestação da genuína adoração, louvor e submissão de Seu povo.
5. Tem conhecimento da Palavra de Deus: Deve ter conhecimento de que a Bíblia é a Palavra de Deus e pode falar ao coração do homem a respeito do poder, da graça e da misericórdia de Deus. Mediante a Sua Palavra, dá poder para distinguir entre o certo e o errado, entre o verdadeiro e o falso. E a Bíblia nos leva a louvar a Deus em todas as coisas.
3.2.PERFIL DO PROFESSOR
A)Formação Pessoal:
É importante que o educador tenha consciência da sua formação pessoal, abrangendo todas as áreas de sua vida, para que, por meio do Conhecer e Ser, ele venha impactar o Fazer em seus alunos.
O Professor precisa ser obediente ao próprio Deus – um coração obediente evita quedas em seu ministério – Atos 5:29. Obediente à líderes – Hb. 13:17. Obediente às autoridades – I Pedro 2:13-14. Obediente à Palavra de Deus – Rm 6:17. Obediente ao chamado de Deus – Hb. 11:8.
O Professor necessita ser exemplo – 1Cor. 4:16. É importante que seja vigilante, humilde, de oração, manso, responsável, sensível e que saiba dar.
O Professor necessita estar atento à sua pessoa e à pessoa do aluno, compreendendo as necessidades e características do desenvolvimento no aspecto físico, emocional, intelectual, social e espiritual de seus alunos. O aluno não é um ser ideal abstrato, é uma pessoa concreta, com preocupações, problemas, defeitos e qualidades. É um ser que precisa ser compreendido pelo professor e pela equipe ao redor, para que for harmônica possa ajudá-lo.
“O Professor também aprende quando ensina, e o aluno enquanto aprende também ensinar”- ensinar não é somente uma ciência, mas também um arte, que deve ser trabalhada, praticada e avaliada quanto a sua eficácia.
O professor deve ser amigo dos alunos, ser interprete do ensino e não somente transmissor, deve elaborar um currículo e adaptar o mesmo e deve ser um contínuo aprendiz.
B) Ética:
A vida ética do Professor é a chave importante da transmissão de seus conceitos. Ele se torna muito mais atuante quando executa as tarefas apresentadas por uma ética real, uma ética de vida, uma ética praticada e autêntica. Ele discerne padrões de conduta.
C) Maturidade Emocional:
Para que o ensino seja eficiente é necessário que haja uma maturidade emocional e também uma interligação entre professor e a família. A relação professor e aluno precisa de uma profundidade na sua maturidade emocional de uma forma dinâmica: sala de aula, logística do programa, participação da família e outros. O professor maduro, em seu processo emocional impacta os alunos e a aprendizagem terá uma aplicação para a vida toda. “O aluno terá prazer em aproximar- se do professor na medida em que essa aproximação for agradável a ele.”
D) Postura x Sociedade:
Discerne padrões de conduta e sabe aplicar e avaliar o melhor para seus alunos e sua própria vida. Tem senso crítico dentro da demanda numa sociedade decadente. Avalia e reavalia os padrões. Precisamos conhecer fatores que influenciam nossos alunos para que possamos ajudá-los; caso contrário, o aluno refletirá as influências que podem trazer resultados negativos ou positivos na aprendizagem.
E) Responsabilidade com a comunidade cristã:
É responsável diante de Deus pelo seu papel dentro do corpo de cristo, sabe ser sensível aos propósitos de Deus e tem responsabilidade para com a sociedade. Tem interesse no exercício da função de professor como um projeto de vida cristã desafiadora. O Professor não pode trabalhar isoladamente, mas sim estar junto com a liderança, a família e os demais participantes do corpo docente.
F) Flexível e Reflexível:
Exerce suas atividades com flexibilidade, respeitando as diferenças entre seus alunos, suas culturas, e seu próprio ser. Aceita sugestões de mudanças de acordo com as necessidades. Cria um ambiente que favoreça a aprendizagem e toma cuidado no seu processo para não tornar- se um líder autoritário.
Ao invés de punir o comportamento destrutivo, ele estimula e incentiva o comportamento construtivo; ao invés de forçar o aluno, ele orienta- o no que deve fazer; evita formação de preconceitos por meio de diálogo.
G) Visão: Tem uma visão clara de seus alunos – conhece e reconhece seu potencial, e crê no que Deus pode fazer em suas vidas agora e no futuro – testemunho e obediência à Palavra do Senhor e também à obra missionária. Mc 16:15 e Sl 119:18.
H.Libertador:
A tarefa do Professor é apresentar o ensino que dê oportunidade aos seus alunos de uma experiência libertadora. Habilita-o para andar sozinho, refletindo o aprendido e aplicando em sua vida pessoal e prática. Ninguém se sente bem quando é obrigado a ouvir e aprender o que não lhe interessa, e não gosta. Numa caminhada de “aberta” o aluno é motivado para aprender e se interessa no que faz e o faz com dedicação. O educador com visão libertadora estimula e dá oportunidade aos seus alunos para avaliar e praticar os conceitos dia após dia.
I) Acolhedor:
O Professor deve ter uma atitude acolhedora, expressando- se com palavras de amor, de elogio, de encorajamento, palavras positivas, palavras afirmativas, que sejam notórias em seus alunos, como por exemplo: “eu me importo com você”. Quando temos uma postura acolhedora a comunicação torna- se positiva e importante no relacionamento de sucesso entre professor, alunos e pais.
3.3.HABILIDADES PESSOAIS
A) Domínio do conteúdo:
Conteúdo é um conjunto de assuntos formando um curso de estudos, planejado e adaptado às idades e necessidade dos alunos. Em outras palavras, é um meio educacional para atingir os objetivos de ensino. O currículo deve ser oferecido, visando o desenvolvimento da vida cristã de seus alunos nas diferentes faixas etárias. O professor deve ter segurança de seu conteúdo e o apresentará com maturidade e profundidade visando o desenvolvimento de seus alunos – 2 Tm. 2:15.
B) Conhecimento Metodológico:
Metodologia é a arte de ensinar os métodos, sabendo com precisão todas as técnicas para melhor executar a tarefa e a prática no ensino. O conhecimento metodológico tem por objetivo afetar o sentido físico, o qual é o meio de comunicação da alma e do mundo exterior. É por meio dos métodos que o aluno observa o mundo ao seu redor. O professor precisa conhecer os métodos e a técnica do ensino para que possa alcançar os objetivos na vida de seus alunos.
C) Comunicação:
O professor deverá se comunicar com simpatia, com arte, com versatilidade e, ao mesmo tempo, com autoridade. A má comunicação dificulta a aprendizagem do ensino bíblico.
D) Educação Criativa:
O processo de criatividade no ensino é combinar de formas diferentes, é criar, inventar os e planejar estratégias diferentes para o ensino dinâmico. O ensino criativo vence obstáculos, reaproveita, adapta, diversifica, enriquece, aumenta talentos, inova, trabalha com arte. O professor criativo tem habilidades para pesquisar e trabalhar com seu programa de forma a alcançar os seus alvos.
E) Zelo com as crianças:
O professor deverá procurar e buscar soluções adequadas para ajudar nos problemas e seus alunos, apresentando saídas para os conflitos, levando-os a vencer suas dificuldades. Deverá demonstrar respeito e confiança em seus alunos – respeitando os alunos, cada um em particular, sem influenciar os preconceitos a respeito da capacidade deles. Deve ter consciência da importância de seu papel como exemplo a ser imitado.
3.4.HABILIDADES MINISTERIAIS
A) Conhece
técnicas de ensino:
As técnicas são parte de um programa que servem como ferramentas de trabalho, ajudando na fixação do conteúdo. A variedade de técnicas quando usadas na aplicação dos conteúdos trarão resultados positivos e apreciados pelos alunos levando-os a uma participação efetiva no programa.
B) Ensina com sabedoria:
Tem convicção de que a Palavra de Deus não volta vazia e ela é a única regra de fé e conduta e espera resultados de seus alunos.
C) Avalia seu programa de ensino:
Avaliar não é simplesmente medir. É muito mais. Avaliar é verificar se o ensino foi efetivo ou não – vai verificar a mudança de comportamento. Quanto mais participativo for a avaliação, maior será o resultado. Torna-se interessante fazer uma auto- avaliação, avaliação em conjunto e proporcionar o aluno a se auto- avaliar.
D) Sabe levantar os problemas e busca alternativas para vencê-los:
Faz um levantamento dos problemas, suas causas e seus efeitos. Para solucionar os problemas é necessário que conheça princípios aplicáveis e seja capaz de aplicá-los conforme o caso. O professor deve ser sensível e aberto para conhecer os problemas não só dos seus alunos, mas das circunstâncias que os afetam.
E) Cria um ambiente de simpatia e estímulo no grupo:
O professor sabe ter uma atitude equilibrada e formula um ambiente agradável em seu grupo estimulando seus alunos ao aprendizado. Precisa entender as influências que afetam o aluno.
F) Sabe como tomar decisões:
Toma decisões com segurança, firmeza, tendo sempre em vista a situação do aluno. O aluno está acima do que foi planejado. Portanto, necessitamos tomar as decisões de forma correta quando necessário, tendo em mente que o alvo central do ministério é o aluno.
G) É entusiástico:
Ensina com entusiasmo e perseverança. Reconhece que seu papel como professor deve sempre estar direcionado com entusiasmo para que haja maior aproveitamento e participação de seus alunos.
H) Sabe criar programas alternativos de maneira gradativa e progressiva:
A dinâmica do programa será caracterizada pelo bom funcionamento e pela criatividade nas diferentes áreas, transformando o ambiente de ensino de forma madura e fortalecendo seus alunos em suas atuações dentro da Igreja, na família e na sociedade.
I) Sabe planejar metas a curto, médio e longo prazo:
Planejar metas é a arma para vencer os obstáculos, fazer crescer seu ministério e estimular seus alunos a praticar os ensinamentos em suas vidas pessoais.
J) Supervisiona tarefas:
 O professor sabe ensinar, delegar, supervisionar e acompanhar e execução da tarefa. Um professor comprometido participa nas tarefas junto com seus alunos.
K)Tem visão futurista:
O professor deve ter uma visão dos seus alunos de forma a não se preocupar com o lugar onde ele foi criado. Mas deve ter uma expectativa de influenciar a vida do aluno, esperando o melhor de seus alunos.
3.5.O PROFESSOR QUE AS CRIANÇAS PRECISAM
“Há certas características que são imprescindíveis, e devem ser desenvolvidas por todos quantos são responsáveis pelo ensino moral e espiritual das crianças, para que haja fruto no trabalho. Muitas crianças não sabem como enfrentar os seus problemas do dia a dia, e necessitam de pais e professores que vão além da dimensão do ensino, pastoreando-as com sabedoria, amor e oração.” Missionária Eny Borges
Caro Professor, esperamos que vocês possam ser Professores que as crianças precisam, pois a Palavra do Senhor diz: “... o que ensina esmere- se no fazê- ló” – Rm 12:7
4. QUEM SÃO OS ALUNOS?
(PSICOLOGIA INFANTIL)[footnoteRef:4] [4: FAY, Roberta; JOFNSON, Eunice V. Psicologia da Criança: Conhecendo a criança para ajudá-la no seu desenvolvimento. São Paulo: APEC – Aliança Pró Evangelização de Crianças, 2012. 78p.] 
4.1 DEFINIÇÃO 
Segundo o Dicionário Michaelis, Psicologia é:
“1.Ciência que trata da mente e de fenômenos e atividades mentais;
2. Ciência do comportamento animal e humano em suas relações com o meio físico e social;
3.Conjunto de estados e processos mentais de uma pessoa ou grupo especialmente com determinante de ação e comportamento.”
4.2 MAS O QUE INFLUÊNCIA NA FORMAÇÃO DE CADA UM?
Podemos considerar entre os inúmeros fatores, três em especial:
Hereditariedade: São as características físicas e temperamentos que são nos legada por nossos antecedentes via cromossomos(KROMA=COR, SOMA=CORPO)
São filamentos espiralados de cromatina, existente no suco nuclear de todas as células.
De um modo simplificado, são proteínas especializadas (DNA) que trazem consigo as características físicas e temperamentais. Na espécie humana são 46 cromossomos ou 23 pares.
Ambiente: Local onde nascemos, oportunidades que temos ao longo de nossa vida quer social, cultural ou familiar.
Decisões e Escolhas: Que viermos a tomar ao longo de nossas vidas. Em especial as decisões espirituais. 
 
4.3 O CORPO
Após a fecundação passamos pelos diferentes estágios do crescimento intrauterino e vem o nascimento. A Criança passa por três grandes conquistas ao longo do seu desenvolvimento:
 
1 a 3 meses...... enfocar os olhos
3 a 18 meses.... aprender a andar
8 a 12 meses.... aprender a falar
4.4 PSIQUE 
A Palavra Psique significa alma e a psicologia trata de uma maneira mais especifica dessa área e suas implicações sobre o ser humano de um modo geral.
Vamos para fins didáticos dividir a em três partes: Emoções, Vontade e Mente.
A) EMOÇÕES: São sensações que recebemos de nossa mente e se confundem com reações orgânicas e que designamos por sentimentos. Ex alegria, vergonha, pânico, medo, ira, etc...
Henri Wallon verificou que o aspecto emocional de uma criança influência o seu desenvolvimento físico, em especial sobre o aspecto tônico do corpo. Ex .- Bebê da UNICAMP
Emoções agem sobre aspectos da nossa mente. Um indivíduo pode saber muito sobre alguma coisa (mente, aspecto racional),mas rejeita-la(vontade) porque desperta nele a reação negativa (emoção).
Quais são as fontes da emoção?
Subdividimos em 3 as fontes da emoção:
Impulsos natos - são inerentes a nossa vontade
Aprendidos / Ambiente – complexos da alma
Circunstâncias que vivenciamos 
Qualquer pessoa que já é nascido de novo tem o Espírito Santo de Deus atuando em sua mente e vontade, controlando suas emoções!
Carl Jung citou: “Em uma de suas obras que somente o Senhor Jesus Cristo havia tido um perfeito equilíbrio emocional.”
Impulsos Natos
1. Preservação da Vida – é o impulso que nos conduz a cuidar de nós mesmos.
Ex: a criança perturba-se com o barulho forte; descarga de adrenalina nos motivando a fuga..
O Medo e o Egoísmo - dentro de uma dosagem controlada, fazem parte desse impulso!
2. Propagação da Vida- nos conduz ao relacionamento com outras pessoas. No futuro conduz a busca do companheiro/a.
Um perfeito relacionamento com os pais, em um ambiente tranquilo, conduz a criança a desenvolver este impulso de maneira tranquila... 
3. Prolongamento da Vida - nos conduz a busca do Senhor
 
TRÊS SENTIMENTOS ADQUIRIDOS
Nossos sentimentos e complexos dependem do ambiente que crescemos, não são inatos como os anteriores. Aqui abordaremos 3 sentimentos básicos para o bem estar da criança e seu equilíbrio emocional. É importante que sejam despertados e desenvolvidos na criança.
1. Sentimento de Autovalorização:
· Porque alguns sentem se inferiores?
a)Aparência: preocupam-se sempre com a opinião dos demais a seu respeito. Pensam em excesso nos seus defeitos físicos, no vestuário...
b)Capacidade: Nunca estão satisfeitos, porque parece que tem sempre alguém com mais capacidade do que têm.
c) Família e Cultura: Desprezam os pais por crerem não adequar se ao padrão exigido ex: por serem humildes, pouca cultura, cultura diferente...
Concluímos que a grande dificuldade está por que focam no ponto de vista errado! Olham o que os homens pensam, isso é insensatez (2Co 10:12, 18). Temos de saber sob o ponto de vista de Deus, e não dos homens! 
· Como Deus nos vê: 
Aparência – o Senhor vê o coração – 1Sm 16:7 Quanto a nossa beleza exterior,
Deus nos fez assim como somos, para sua própria glória! (Ef 2:10)
Capacidade – o Senhor tem um propósito específico para cada um de nós, daí termos cada qual um dom, uma habilidade - Fp 4:13; II Co 8:12)
 Família e Cultura – Rm 8:28 nos assegura que todas as coisas cooperam para o nosso bem! 
· Como auxiliar a criança a desenvolver esse sentimento?
· 1. Mostra-lhe que Deus a ama – Ef 2:10, Jr 31:3, Ml 3:17 e Rm 5:8 
· 2. Ajudar a criança a aceitar a si própria, como ela é!
· 3. Não fazer comparações entre uma criança e outra, para que uma não se sinta humilhada e a outra orgulhosa – IICor. 10:12
· Como auxiliar a criança a desenvolver esse sentimento?
· 4. Demonstrar amor por ela: pelo cuidado como é tratada; pelo tempo que passam junto a ela; pela atenção que lhe dão quando fala; pela aprovação quando fizer algo bom e pela disciplina firme e carinhosa;
· 5. Não desprestigia–lá – Você não presta! 
2.Sentimento de Auto Segurança
É necessário que o indivíduo sinta que ele tem capacidade pra realizar o que é seu dever.
· Definição:
Não é sentimento de autossuficiência que conduz a um espírito de independência de Deus e dos homens.
O que é a capacidade de avaliar a seus próprios dons e habilidades, dados por Deus e utiliza–lós realisticamente e sem medos exagerados, sem falsa humildade!!
· Resultado da falta de auto segurança:
1. Medo ou pânico de enfrentar uma responsabilidade;
2. Autodesprezo;
3. Diminuição do seu sentimento de valor próprio; 
4.Ciúmes
5.Frustração e raiva;
6.Dificuldade de coordenação física e mental.
· Como auxiliar a Criança a desenvolver o sentimento de Auto segurança?
1.Dar lhe pequenas tarefas para fazer;
2.Paciência no ensino de algo novo;
3.Encorajá-la, elogiá-la; 
4.Ensinar a aceitar as experiências de fracasso seguindo em frente;
5.Lembrar que cada criança possui diferentes dons e habilidades.
3.Sentimento De Aceitação 
1. A criança deve sentir que tem posição segura no círculo familiar, ninguém pode usurpá-la;
2. A criança deve ter suas necessidades satisfeitas desde os primeiros meses de vida;
· Como auxiliar a criança a desenvolver o sentimento de Aceitação?
1.Fazer com que saiba que é querida (através da ternura como é tratada; pela apreciação dos esforços que faz);
2.Reservar um lugarzinho que seja só seu (uma gaveta, para guardar suas coisas.)
3.Preparar a criança para a chegada do novo irmão
4.Reservar um tempinho especial junto ao papai e a mamãe;
.5Treinar no cumprimento de suas tarefas, escalar tarefas que deve realizar para o bem familiar, ensinar-lhe a ser generosa com o que tem, a pensar e ajudar os outros
B) VONTADE: O Caráter do indivíduo se cristaliza de acordo com as escolhas que faz entre o bem e o mal, o certo e o errado. No início da vida da criança são os país que tomam todas as decisões a seu respeito. No entanto, devemos preparar a criança para aprender a tomar decisões! 
Jesus é o padrão!
Porque tinha: 
1.Capacidade perfeita de tomar decisões e fazer escolhas.
2.A vontade de Cristo estava sujeita a vontade do Pai em tudo!! (Hb 10:9)
Não se deve de cara delegar a criança decisões como o que vestir ou que comer!
Considere que para que o ensino seja eficiente partimos do simples para o complexo, de um grau menor para um maior. 
1. Capacidade de Tomar decisões
Porém há decisões que ela pode tomar: que bichinho você quer levar pra dormir com você esta noite? O ursinho ou a boneca? Dessa forma ela aprende um senso de responsabilidade e à medida que cresce aumentamos o grau de complexidade na decisões. 
Considere sempre com seu filho você pode seguir 3 opções:
1. Você vai fazer o seguinte: ouça o que nós vamos te dizer!
2. Pois bem, meu filho, o problema é seu, faça o que quiser! 
3. Vamos ver quais são os fatos e o que a Bíblia nos fala sobre eles.
2.Submissão as Autoridades
Sem perder a capacidade de tomar decisões, a criança deve aprender a se submeter à vontade de outros – pais, professores, leis do pais. Não existe outro meio de aprender a submissão sem ser através da disciplina (Hb 5:8) 
· Disciplina dos Filhos
1) Pais devem estabelecer normas de conduta;
2) a criança deverá entender os limites que não poderá ultrapassar sem ser castigada. Isso trará mais segurança a ela;
3) Os pais devem se manter unidos diante dos filhos, quanto a disciplina!
4) Os pais não devem ameaçar sem cumprir sua palavra! Tanto para a disciplina quanto para a recompensa 
5) Os filhos devem ser corrigidos com firmeza e amor. O castigo deve ser explicado!!
6) A Bíblia diz que o castigo corporal é uma necessidade (Pv 13;24, 22:15, 23:13,14; 29:15) Ele deve ser administrado com muito amor, na hora, na medida certa, conforme a sensibilidade da criança.
7) O castigo corporal não é recomendado à adolescentes a não ser em casos excepcionais. O filho tem de aprender a respeitar a palavra de autoridade antes de chegar á adolescência. Haverá disciplina em se removendo privilégios.
8)É importante que o filho, independentemente da idade saiba que o amor de seus pais não se altera por causa do seu comportamento errado.
9)Os pais crentes devem estudar o livro de Provérbios, que traz muitos conselhos a respeito da disciplina dos filhos.
C) MENTE:
A definição de mente diz: do latim, capacidade intelectual,inteligência, memória, atenção, intuito, lembrança.Então temos aqui que mente é a capacidade intelectiva do cérebro, e essa capacidade está diretamente vinculada aos estímulos que a criança recebe desde os seus primeiros momentos de vida. Ao ambiente que ela cresce.O desenvolvimento do ser humano está intimamente ligado à maturação dos neurônios. 
Bem como a maneira como estimulamos, como fornecemos condições pra que esse indivíduo consiga relacionar as diferentes informações e utilizar se delas no contexto do dia a dia a fim de conseguir as metas ou objetivos traçados por ele.
1. Quoeficiente de Inteligência:
Durante várias décadas, o QI foi considerado como sendo a perfeita medida da inteligência humana, abrangendo a totalidade do potencial intelectual de um indivíduo. 
De fato, inúmeros estudos apontaram para uma clara relação entre o nível de QI e o sucesso acadêmico e profissional. Como consequência, disseminou-se rapidamente o seu emprego nas escolas, universidades, instituições governamentais e empresas privadas, particularmente nos EUA, sendo o teste usado tanto para acompanhamento quanto para seleção.
A partir do final dos anos 70, diversos pesquisadores começaram a apontar várias falhas ou lacunas dos testes de QI em termos da sua capacidade de abranger a totalidade das faculdades intelectuais de um ser humano nos diversos contextos e situações, bem como as limitações do seu potencial em termos de prever o futuro sucesso pessoal e profissional.
Como consequência, o significado dos chamados testes de inteligência foi reavaliado, com os mesmos sendo considerada atualmente uma medida de um conjunto específico de habilidades mentais (o raciocínio linguístico e lógico-matemático) num determinado contexto (o conhecimento acadêmico e formal), e não mais como um reflexo de uma capacidade mental global. 
Alcance e Limitações do QI: O teste de QI constitui uma das medidas psicológicas mais estáveis e confiáveis de que se tem notícia, havendo uma farta literatura sobre sua prevalência nos diversos segmentos da população e sobre a sua relação com diversos fatores de interesse.
 Apesar de não representar aquela medida da capacidade intelectual geral que se acreditava até os meados do Século XX, trata-se de um instrumento de valor imprescindível quando se trata das habilidades mentais envolvidas no desempenho escolar e/ ou na manipulação do conhecimento formal. 
O importante para se souber como fazer um bom uso da informação fornecida por um QI é ter uma noção clara do que pode ou não ser inferido a partir dele, o que é apresentado de forma resumida no quadro a seguir.
Fatores que podem ou não ser medidos por um teste de QI
O Que o QI Mede Bem  
Habilidade linguística; 
Raciocínio lógico-matemático; 
Pensamento analítico; 
Capacidade de abstração teórica;
Aptidão escolar e pensamento acadêmico; 
Erudição e escolaridade efetiva
Fatores que podem ou não ser medidos por um teste de QI
O Que o QI Não Mede Bem  
Senso-comum e conhecimento informal; 
Intuição e bom-senso; 
Criatividade e originalidade; 
Liderança e sociabilidade; 
Aptidão artística; 
Capacidade musical; 
Habilidade corporal e atlética; 
Moral e ética; 
Motivação; 
Controle emocional. 
Inteligência e Sabedoria
Elas não são a mesma coisa! Alguém pode ser considerado extremamente inteligente, porém um tolo quando se aplica a sabedoria já que essa vem de Deus (Pv 2:6).
A leitura da Palavra de Deus, as orientações vindas do Espírito Santo de Deus , verdadeiramente nos tornam sábios! 
A Inteligência, o conceito hoje é o de a capacidade de um individuo aprender um conceito, correlacioná-lo a outros já aprendidos e/ou vivenciados anteriormente e, conjuntamente com esses dados alterar, aplicar no seu contexto bio-psico-social 
2. A mente Regenerada e Renovada
Crer em Cristo como Salvador e Senhor de nossas vidas implica em iniciar também um processo de transformação e renovação da nossa mente, vontade e emoções.
Isso significa que o crente amadurecido terá uma mente orientada pelo Espírito Santo de Deus, dessa forma tanto sua vontade (antes orientada aos desejos da carne), bem como suas emoções estarão sujeitas a vontade perfeita de Deus.
Então, você deve estar dentro do que diz Rm 12:2 – renovando sua mente. 
O Espírito Santo dominará a sua mente a medida que você memorize, medite as escrituras, a fim de que possa ter a perfeita orientação e ensino de Deus.
Após a confissão de Jesus como Senhor e Salvador da sua vida, tem início a vida espiritual da criança. A partir desse instante temos aqui uma grande transformação:
1. Ela passa a ser filha/o de Deus;
2. Por conseguinte ela não somente herda o reino do céu como também entra nas bênçãos e direitos que somente os filhos/as de Deus possuem; 
3. Inicia se agora sua responsabilidade e caminhada no processo de crescimento com Deus; a santificação.
E isso ocorrerá por meio de:
· Leitura da Bíblia e meditação, meio pelo qual o Espírito Santo de Deus irá instruir seu coração;
· Oração , período onde ela deve aprender a caminhar só com o Pai e dividir com Ele suas alegrias, angustias, problemas...
· Experiências Pessoais - momentos alegres ou não tão alegres onde colocasse em xeque nossa vivência particular de conhecimento e intimidade com Deus. 
Por isso é necessário que Pais, Professores, aos Pastores:
1.Acompanhar, orientar e apoiar a caminhada dessa criança rumo a sua vida com Deus!
2.Porque é certo que ao aceitar Jesus em seu coração ela ganhou o melhor presente do mundo! Mas junto vêm as lutas e guerras espirituais.
3.E até que ela saiba e tenha estrutura de como lidar com isso, somos responsáveis pelo seu crescimento.
A Psicologia entra nesse instante como instrumento que auxilia no ensino da Palavra de Deus, na medida em que proporciona ao professor conhecer quem é seu ouvinte. Conhecendo as idades, suas características próprias, sua linguagem, seu processo de aprendizagem de acordo com a idade, tempo de atenção. Dessa maneira torna-se mais estratégico não somente a escolha da lição, das músicas, dos recursos visuais, mas também, preparação do ambiente de estudo, e facilitamos assim para que a Palavra de Deus seja transmitida da melhor forma possível e Confiamos que o crescimento, o discernimento, e o todo o restante, são competência do Espírito Santo de Deus! 
Estaremos dividindo nosso estudo de acordo com a diferente faixa etária. O critério adotado para agrupamento é a proximidade das características.
No entanto, você poderá ter uma criança de 2 anos tão bem desenvolvida como uma de 4 anos. Ou o inverso também é verdadeiro 
Nosso objetivo é facilitar nesse momento o estudo mas considere sempre que as características de seus alunos (apesar de poder terem a mesma idade) estão sujeitas principalmente aos estímulos, condição sociocultural em que vivem, além de fatores psicológicos.
· Berçário..........................0 à 1ae11m
· Maternal.........................2, 3 anos
· Principiantes...................4, 5 anos
· Primários........................6, 7, 8 anos
· Juniores..........................9 à 11 anos
· Adolescentes.................12 à 14 anos
4.5. CARACTERÍSTICAS DAS IDADES:
Berçário – 0 à 2 anos:
· Fisicamente:
 - tem muito sono.................................. Providenciar local e ambiente para sossego 
 - tem dificuldade de se firmar..............Contar as histórias no berço ou cadeirinha
 - cansam- se rapidamente....................Alterne rapidamente as atividades 
 - tem muita energia..............................Não espere que fique muito tempo parado
 - está aprendendo gestos.....................Brinque com ela com gestos
 - precisa se movimentar.......................Faça trenzinho, ande pela sala cantando...
· Mentalmente:
- não sabem muito o que acontece.......Fale: “Agora é hora de...”
- precisam de continuidade...................Siga uma rotina na aula
-tem horas de desconforto....................Converse com ela e atenda dentro de limites
- está desenvolvendo a linguagem........Converse com ela, faça carinho, provocando mudança de expressões e movimentos
- está descobrindo a voz.........................Repita sons que ela emite
- está compreendendo o mundo............Proporcione sons agradáveis e diversos, alternando a intensidade de cada um moderadamente
- precisa de autoimagem........................Usar espelho e dizer que Deus a ama
- amplia conhecimento..........................Deixar segurar objetos concretos – cartazes,brinquedos
- concentração pequena......................... Conte histórias curtas,perceba quando não quer mais, depois repetir a história novamente.
· Socialmente:
- longe da mãe – abandonada................Ao sair a mãe deve dar tchau e falar que irá voltar. Ao voltar recebê-la com alegria e satisfação. Brinque de esconde-esconde...
- compreende o local e pessoas.............Fazer acompanhar a rotina das aulas, vendo e ouvindo. Estimule o bater palmas, o cantar, o orar...
- aprende o limite..................................Diga “Não” quando fizer algo que não deve.
- desenvolve a linguagem correta...............Fale corretamente
- crises de “birra”..................................Não valorize, mantenha- se serena e tranquila quando disser “não”, sem brigar ou se irritar com ela.
- gosta do ”faz de conta”.......................Conte a história com objetos de casa, bonecas, carrinhos. Dramatize os sentimentos dos personagens da história.
· Espiritualmente e Emocionalmente:
- está desenvolvendo emoções..............Converse com ela quando a tomar no colo ou mesmo no berço. Mostre-lhe que Jesus a ama com gestos.
- ela precisa de rotina.............................Evite excessivo número de pessoas, objetos, ruídos ou sons à sua volta.
- tem momentos de desconforto............ Atenda-a falando carinhosamente com ela, cantando, afagando-a ou pegando-a no colo.
- ela é uma pessoa única.........................Deve ter seu próprio quarto, berço...
- sente ciúmes dos pais, colegas.............Compreenda e converse com ela, mas não abandone os demais. Ensine sobre o respeito ao próximo.
- desenvolve a autoestima..................... Elogie quando ela conseguir repetir o que você ensinou – música, versículo, gestos, história...
- comportamento agressivo......................Não tome partido. Pergunte a ela o que houve, às outras crianças. Converse com ela e a outra criança envolvida, restaurando através do perdão.
- questões sexuais....................................Seja natural. Diga que Deus fez o seu corpo. Não dê importância exagerada.
Maternal – 2 à 3 anos:
· Fisicamente:
- Crescimento rápido..................................Providencie equipamento adequado
- os músculos estão em desenvolvimento....Mantenha o equipamento, lápis e figuras em tamanho grande
- muito ativo............................................Providencie bastante atividades de correr, saltar, atirar, olhar...
- cansam- se facilmente..............................Providencie períodos quietos
- olhos e ouvidos se cansam........................Tenha luz abundante e fale claramente
- sujeitos a doença.....................................Tenha bastante espaço e limpeza
 Mentalmente:
- indagadores.........................................Responda a todas as suas perguntas de maneira simples e verdadeiras
- período de atenção limitado-5-10’.........Providencie atividades variadas
- imaginação fértil..................................Recursos visuais simples – elas dramatizam as histórias. Dizer que as histórias são verdadeiras
- mente literal........................................Use palavras que signifiquem exatamente o que dizem. Evite simbolismos
- não tem ideia de tempo ou distância... Use a expressão “há muito tempo” e “muito longe”. Os desenhos não são proporcionais
- fazem o que veem outros fazer.............Seja um bom exemplo
- aprendem pelos sentidos......................Providencie objetos que utilizem os cincos sentidos
- agem baseados na sugestão.................Sugira, não ordene
- podem decorar frases sem sentido.....Certifique- se de que sabem o sentido do que estão decorando.
· Socialmente:
- gostam de estar com outros.................Promova oportunidades sociais
- mais capazes de brincar com outros......Providencie atividades em grupo
- aprendendo a dirigir atividades............Encoraje- os a liderar
- dizem “não” com frequência................Ensine- os a obedecer e partilhar com alegria
- desejam aprovação.............................Elogie- os com frequência por fazerem o que está certo
- gostam de piadas................................Ria, se forem inocentes. Discipline, se não forem.
· Espiritualmente e Emocionalmente:
- suas emoções são intensas................Controle suas emoções, fale com amor – ambiente silencioso, ordem, beleza...
- capaz de controlar o choro....................Encoraje- os
- são muito medrosos............................ Evitar usar o medo como castigo, bem como histórias que causem medo
- mostram inveja....................................Evite mostrar favoritismo
- explodem facilmente............................Evite explosão de mau humor
- são bondosos....................................Ensine a compartilhar e a mostrar simpatia e amor pelos outros
- pensam em Deus de forma pessoal....Leve a ter um contato pessoal com Deus
- capacidade de adoração...................Ensine a adorar e estimule o desejo de orar e prestar culto a Deus
- pergunta sobre a morte......................Responda com simplicidade
- crê no que lhe é dito...........................Seja verdadeiro e ensine que Deus é verdade
- deseja ser amado...............................Mostre que Deus é amor.
 
Principiantes – 4 à 6 anos:
· Fisicamente:
- tem muita energia.........................Providencie atividades interessantes como jogos e brincadeiras coordenadas e com propósito
- tem mais habilidades com a mão........Providencie atividades manuais mais complexas
- tem fadiga visual e auditiva................ Providencie momentos de descanso
- gosta de ajudar..................................Encoraje a ajudar os outros da classe
- gosta de cuidar de si..........................Estimule a abotoar suas roupas e ata cordões do sapato.
· Mentalmente:
- atenção aumenta – 4à10’..................Providencie atividades variadas
- conhece 1500-2000 palavras.............Ensine palavras novas
- frases curtas”eu”,”mim”,”meu”.........Encoraje com amor a dividir
- curioso e perguntador.......................Converse sobre assuntos de forma simples e verdadeira
- relaciona as informações e utiliza 
para resolver problemas.....................Providencie informações corretas
- alterna a memória – esquece............Use a repetição até perceber o entendimento
- mente literal....................................Use palavras que significam exatamente o que dizem. Evite simbolismo.
· Socialmente:
- individualista – luta para ser aceito...Ensine a respeitar, obedecer e partilhar com alegria
- mais capaz de brincar com outro.....Providencie atividades em grupo
- está se adaptando a outro..............Dê oportunidade de dar e receber
- gostam de fazer de conta...............Use dramatização usando histórias.
· Espiritualmente e Emocionalmente:
- tem sentimentos intensos...............Providencie um ambiente de confiança em si e nos outros
- gosta de música.............................Providencie músicas educativas e com história
- cooperadora..................................Seja firme quando necessitar, mas demonstre carinho
- capacidade maior de entender........Ensine sobre Cristo.
 
Primários – 6 à 8 anos:
· Fisicamente:
- crescimento muscular rápido......... Providencie atividades que deem vazão a sua energia
- cansa- se facilmente......................Alterne períodos quietos e com atividades
- prefere fazer a dar atenção............Providencie atividades em que participam
- gosta de construir..........................Dê oportunidade para trabalharem
- sentidos aguçados.........................Use experiências sensoriais no ensino
- sujeitos a doenças..........................Providenciar ambiente limpo e arejado e esteja alerta com doenças infectocontagiosas.
· Mentalmente:
- está aprendendo a ler....................Estimule a ler o livro do aluno e versículos curtos
- gosta de escrever...........................Dê oportunidades de escrever
- é imitador......................................Ensinar a imitar o que há de bom nos personagens bíblicos
- desenvolve poder de raciocínio.......Ajude a resolver seus próprios problemas
- período de atenção – 5-10’..............Dividir as atividades em formas variadas
- gosta de fatos e fantasias................Use ambas, mas faça distinção entre elas
- limitada capacidade de expressão....Ajude a se expressar em grupo
- tem boa memória............................Anime a decorar
- tem mente literal............................Evite simbolismo.
· Socialmente:
- gosta de brincar com outros............Providencie atividades em grupo
- comunicativo..................................Providencie atividades que fale
- deseja ser grande............................Evite a palavra “pequeno”
- respeita autoridade.........................Seja digno do respeito
- inclina- se a ser egoísta...................Ensine a pensar no outro
- deseja amizades intimas..................Apresente Cristo como melhor amigo.
· Espiritualmente e Emocionalmente:
- imaturo; imprevisível.......................Ensine dentro de sua capacidade e de seu agir
- anima-se facilmente........................Providencie um ambiente controlado
- rebela- se contra exigências.............Ensine obediência
- é bondoso.......................................Ensine a expressar a sua bondade
- se sente acanhado...........................Elogie pelo que faz
- tem medo de muita coisa.................Ajude a se sentir seguro
- tem fé na oração.............................Crie oportunidades de oração
- deseja ser bom................................Ensine o certo e o errado
- sensível ao amor..............................Mostre o amor de Cristo
- curioso sobre o céu e morte..............Explique de forma simples e breve
- pode estar pronto para aceitar a
Salvação............................................Esteja pronto para levar a criança a Cristo.
 
Juniores – 9 à 11 anos:
· Fisicamente:
- deseja atividade intensa...................Tenha um programa ativo
- crescimento físico mais lento,
porém mais força...............................Desafie sua capacidade 
- desenvolve os músculos menores......Dê trabalho minucioso
- períodos mais longo de atenção........Varie o programa (10 – 20’) – planeje atividades para este período
- gosta de atividades externas................Encorajar atividades sociais externas, a fazer excursões
- gosta de competição...........................Providencie competição na classe e fora dela
- barulhento e gosta de lutar............Chegue antes dos alunos e dê algo para fazer,
preenchendo o tempo.
· Mentalmente:
- vivacidade............................................Dê oportunidade de se expressar
- indagadores.........................................Capazes de alcançar perguntas mais minuciosas
- tem boa memória................................Encoraje a decorar textos bíblicos, hinos, poesias...
- tem consciência de tempo e 
distância................................................Ensine cronologia e geografia bíblica
- gostam de coleções............................Encoraje a ter passatempo úteis
- está formando hábitos.......................Encoraje a ter devoção pessoal – ler a Bíblia diariamente
- gostam de ler.....................................Providencie bons livros
- interesse na vida real.........................Apresente histórias de heróis.
· Socialmente:
- gosta de grupos do seu sexo.............Faça de sua classe um grupo unido e agradável
- não gosta do sexo oposto.................Evite classes mistas. Encoraje a respeitar o sexo oposto
- gosta de responsabilidade................Dê responsabilidade de acordo com a sua capacidade
- adora heróis.....................................Seja um exemplo que ele possa seguir
- rebela- se contra autoridade............Seja um guia e não ditador.
· Espiritualmente e Emocionalmente:
- pode “explodir” com facilidade........Evite essas ocasiões
- gosta de humor................................Ensine a cultivar o humor sadio e evite o mau humor
- não gosta de manifestação de afeto
exterior..............................................Evite demonstração de afeto
- quase não tem medo.......................Deve aprender a ter um pouco de medo – limites
- reconhece o pecado como 
pecado...........................................Aponte para Cristo que Salva do pecado
- tem “fome” de Deus...................Aponte para Deus que pode satiasfazê- lo
- tem fé simples............................Fortaleça- a pela Palavra de Deus
- tem perguntas sobre o Cristianismo................Ajude a achar as respostas
- precisa ser encorajada em sua vida devocional diária.................Providencie material devocional para eles
- está compreendendo mais o simbolismo.................................Use mais simbolismos, mas certifique- se que foi compreendido o significado.
 
Adolescentes – 12 à 14 anos:
· Fisicamente:
- as meninas se desenvolvem mais rápido................................Respeite e ajude as mudanças – orientar com as roupas...
- tem um enorme apetite..........Encorajar a comer de tudo, principalmente frutas e legumes
- tem períodos alternados de
energia e cansaço.....................Providencie tempo para descanso
- está passando da infância.......Chamar de jovens e não de “meninos (as)”
- braços e pernas crescem.........Ajudar a habituar- se com as mudanças
- está mudando de voz..............Ter simpatia para com as suas preocupações (espinhas...)
- está inquieto/cansado.............Providenciar atividades variadas.
· Mentalmente:
- quer saber a razão de tudo......Explique adequadamente todas as coisas e questionamentos
- toma decisões precipitadas......Mostre o lado positivo e negativo de cada decisão. Indique o certo e deixe decidir
- gosta de aventuras/pesquisa....Encoraje a ler bons livros
- maior raciocínio.......................Falar a cerca de datas e fatos bíblicos – maior ênfase no espiritual
- gosta de ler e lê tudo..............Dê ênfase a literatura evangélica.
· Socialmente:
- este é o auge do instinto de
agrupamento em grupos..........Oportunidade para trabalhar na semana em grupo
- sentimento de lealdade..........Orientar essa lealdade a Cristo e a Igreja
- desenvolve o panorama social
e há novos interesses...............Oportunidade e responsabilidade de criar novos interesses
- receia fazer novas amizades
é tímido e retraído...................Prover amizades cristã com os professores, líderes e oficiais da Igreja – pai são os melhores amigos e não os “grupos de amigos”
- interesse pelo sexo oposto....Providenciar atividades para ambos os sexos – monitorar
- gosta de estar em grupo....... Providenciar atividades em grupo, onde todos possam participar
- gosta de rir, graça de tudo.....Estimule a respeitar os outros.
· Espiritualmente e Emocionalmente;
- a religião é prática.................não enfatizar o abstrato, mas também não deve ser eliminado
- receptivo e sincero................período mais favorável a conversão
- quer crer................................ensinos doutrinários – devem ser explicados na Bíblia
- sente- se mal entendido.........Neste período o professor é o mais importante do que métodos. Tenha amor, firmeza, compreensão e paciência
- segue quem capta a sua 
confiança..................................Estimule a depender de Deus, pedindo direção. Ore junto com ele
- deseja solução para seus 
problemas...............................Escute e discuta o problema, dando opinião, mas permita que ele(a) chegue a certas conclusões.
CARACTERÍSTICAS COMUNS A TODAS AS CRIANÇAS
		Já verificamos que, para um ensino adequado, o ideal é a divisão em classes, de acordo com o desenvolvimento dos alunos. Mesmo em Clubes de Boas Novas (Núcleos Bíblicos), onde a separação em classes não é viável, é perfeitamente possível fazer um trabalho eficiente com uma classe de crianças de diferentes idades – isso porque, apesar das divergências em crianças de diferentes idades, todas elas possuem inúmeras características em comum.
Todas as crianças:
· Ficam empolgas com histórias;
· São susceptíveis ao ensino e, se normais, desejam aprender coisas novas;
· Gostam de cantar;
· Prontamente creem na Bíblia como a Palavra de Deus;
· Procuram, por instinto, conhecer a Deus;
· Respeitam a oração e desejam saber como orar;
· Correspondem ao amor;
· São propensas a vacilar;
· Geralmente tem facilidade para decorar;
· Apreciam uma competição amigável;
· Têm emoções facilmente movidas;
· Têm capacidade para tomar verdadeiras decisões.
		
		Qualquer professor experimentado poderá acrescentar outros traços comuns a todas as crianças.
5.DISCIPLINA NA SALA DE AULA
5.1. CAUSAS BÁSICAS DE MAU COMPORTAMENTO:
1- Físicas:
· Arrumação inadequada da sala de aula:
Os músculos ficam doloridos por estar sentado numa cadeira ou banco desconfortável. Pode ocorrer luz direta nos olhos. A sala pode ser muito quente ou abafada. Pode estar em uma posição em que não pode ver bem. Pode ocorrer das crianças estarem de frente uma à outra e assim, se distraem.
· Fase de crescimento:
As atividades podem estar sendo muito longas de acordo com a idade da criança.
2- Sociais:
· Desejo de brincar.
· Desejo de conversar.
· Desejo de se expandir depois do período de disciplina e atenção passado na Escola Pública.
· Desejo de atrair atenção para si.
3- Influência do Lar:
· Falta de respeito pelos mais velhos.
· Falta de disciplina no lar.
· Ausência de influência religiosa.
4- Ensino Inadequado:
· Trabalho mal organizado e mal preparado.
· Dependência do material a ser ensinado, sem torná-lo vivo e interessante para as crianças.
· Compreensão inadequada dos métodos de ensino.
· Falta de amor e compreensão para com as crianças.
· Atitude negativa: pouca esperança de que as crianças se comportem bem. Elas notam e agem de acordo.
5- Problemas Psicológicos:
· Complexo de rejeição.
· Complexo de inferioridade.
6- Influência Satânica
· Ignorância, da parte do professor, de seus métodos.
· Falta de oração suficiente da parte do professor e da Igreja.
5.2. FATORES QUE PROMOVEM A DISCIPLINA:
1. Amor:
· Toda criança é sensível ao amor. É primordial que o professor ame os alunos. Com o amor vindo de Deus – Rm. 5:5
· Aprenda o nome de todos os alunos. Não os chame por: “você aí”, “psiu”
· Seja altruísta. Acredite neles. Dê- lhes uma boa reputação a zelar. Fale bem deles.
· Comece positivo, em lugar de: “se vocês não ficarem quietos...”; diga: “eu sei que vocês vão ficar quietos”.
· Não se alegre com a injustiça, como diz a Bíblia. Trate todos com amor. Mesmo a “criança problema” deve ser tratada com amor, nunca com zanga. Não envergonhe uma criança

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