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Geovanna Carvalho - T30 - UFCA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA . → Estado fisiopatológico em que um coração é incapaz de fornecer suprimento sanguíneo adequado para atender necessidades metabólicas tissulares ou que atendem a demanda com elevação das pressões de enchimento. - No brasil a doença de Chagas e a febre reumática ainda são causas frequentes - Alta prevalência em idosos MECANISMO CONTRÁTIL Inotropismo - Relacionado à contratilidade → quanto mais cálcio na célula cardíaca maior será a interação entre a actina e a miosina → maior força de contração Pré-carga - Relacionado ao retorno venoso → mecanismo de Frank Starling: quanto mais volume chegar às câmaras cardíacas → maior a distensão dos sarcômeros → maior a força de contração até um limite fisiológico. Após o limite é desenvolvido uma lesão celular. Pós-carga - Relacionada à pressão vascular periférica FISIOPATOLOGIA → A IC ativa mecanismos contra regulatórios para que seja mantido o débito cardíaco que a longo prazo sobrecarregam os 3 componentes do mecanismo contrátil → gera lesão cardíaca → Os mecanismos contra regulatórios mantém o indivíduo com IC sem sintomas por algum tempo, mas eles aumentam gradativamente a lesão cardiovascular Sistema simpático Os barorreceptores vasculares emitem sinais para o sistema nervosos simpático que há uma hipovolemia devido o débito cardíaco reduzido → ativa produção de aminas vasoativas que fazem vasoconstrição, aumento da frequência cardíaca → aumenta a resistência vascular periférica → aumenta a pós-carga Sistema renina-angiotensina -aldosterona - Angiotensina II faz vasoconstrição periférica e a aldosterona faz injúria celular miocárdica → aumenta a pré-carga - Pró-renina (Rins) → é transformada em renina quando cai o volume sanguíneo nos rins ou a concentração de sódio (aparelho justaglomerular) → renina transforma o angiotensinogênio (produzido no fígado) em Angiotensinogênio I que é convertido pela ECA no endotélio (principalmente nos pulmões) em Angiotensina II → constrição de vasos periféricos e liberação de aldosterona (córtex da adrenal). Peptídeos natriuréticos - Produzidos no átrio e no ventrículo quando são submetidos à grandes pressões → desencadeiam no organismo vasodilatação, eliminação de H2O e sódio, reduz hipertrofia e fibrose cardíaca → contra regulador da renina-angiotensina 1 Geovanna Carvalho - T30 - UFCA ETIOLOGIA DE IC Doença isquêmica (doença coronariana / infarto) Especialmente na presença de fatores de risco, angina ou disfunção segmentar Hipertensão Arterial Frequentemente associada a hipertrofia ventricular e a fração de ejeção preservada Doença de Chagas Especialmente na presença de dados epidemiológicos sugestivos e BRD/BDAS Cardiomiopatia Hipertrófica, dilatada, restritiva (Doenças de depósito) e displasia arritmogênica do ventrículo direito (disfunção nos desmossomos celulares) Drogas Bloqueadores de canal de cálcio, agentes citotóxicos Toxinas Álcool, cocaína, microelementos intoxicantes (mercúrio, cobalto e arsênio) Doenças endócrinas Diabetes, hipo/hipertireoidismo, Cushing, insuficiência adrenal, feocromocitoma, hipersecreção de GH Nutricional Deficiência de selênio, tiamina, carnitina, obesidade, caquexia Infiltrativa Sarcoidose, amiloidose, hemocromatose Doença extra-cardíaca Fístula artério-venosa, beribéri, doença de Paget, anemia Obs.: No brasil as principais causas são : isquemia, HAS, álcool, doenças de Chagas, valvopatia reumática, drogas quimioterápicas. SINTOMAS E ACHADOS FÍSICOS - Diagnóstico da IC é clínico - A fase inicial é insidiosa Sintomas Achados físicos Dispneia ao esforço progressiva: primeiramente o cansaço era apenas em atividades fora do habitual e com o passar dos meses/anos essa falta de ar foi acontecendo em atividades mais habituais/rotineiras. Aparência geral: vias finais de IC deixa os pacientes emagrecidos, mas a maioria é um bom estado geral Cardiomegalia: em casos mais avançados Ortopnéia: dificuldade de respirar quando se deita devido aumento de pressão em grande parte do pulmão → produção de exsudato que gera congestão → falta de ar. Sons de galope: presenças de B3 (sempre- ventricular) e B4 (nem sempre - atrial) Hiperfonese de B2: relacionado à hipertensão pulmonar → gera IC esquerda - Sopros sistólicos (estenose aórtica, insuficiência mitral) 2 Geovanna Carvalho - T30 - UFCA Tosse: a congestão pulmonar insidiosa gera tosse seca → evolução do edema agudo pulmonar pode se tornar uma tosse mais cheia, produtiva que pode ter hemoptóicos (secreção rósea devido a pressão aumentada dos capilares alveolares que passa para dentro dos alvéolos o transudato com partículas sanguíneas) Estertores pulmonares: nas bases ou em terço médio onde se encontra muito transudato acumulado e provavelmente devido IC esquerda. Hepatomegalia congestiva: fazer o teste de refluxo hepatojugular Turgência ou estase jugular Dispneia paroxística noturna: paciente acordar à noite com falta de ar → se deita e o exsudato forma o edema pulmonar por maior pressão dos vasos → paciente melhora quando o paciente levanta. obs: Na asma esse quadro de acordar a noite com a falta de ar pode ocorrer, mas não melhora quando levanta. Edema: indolor, frio, inelástica → o edema está localizado em maior efeito da gravidade (indivíduo que fica mais tempo deitado tem edema de quadril, enquanto que pacientes que passam mais tempo em pé possuem edema em MMII) Caquexia cardíaca Obs.: Ascite e hepatomegalia são sinais mais relacionados a IC direita por são sinais de congestão periférica. - Crepitações é devido a congestão pulmonar que é melhor explicado pela IC esquerda. CLASSIFICAÇÃO DA IC Classificação da insuficiência cardíaca baseada em sintomas Classe I ausência de sintomas (dispneia) durante atividades cotidianas. A limitação para esforços é semelhante à esperada em indivíduos normais. → assintomáticos 3 Geovanna Carvalho - T30 - UFCA Classe II Sintomas desencadeados por atividades cotidianas → dispneia a grandes esforços Classe III Sintomas desencadeados em atividades menos intensas que as cotidianas → dispneia aos mínimos esforços Classe IV Apresente a dispneia aos esforços que se mantém em repouso Obs.: Com o tratamento adequado o paciente pode retroagir os níveis. Classificação de IC para identificar pacientes com fatores de risco → Preventivo Estágio A Sem alteração estrutural cardíaca e sem histórico de sintomas → paciente com histórico positivo na família para IC, diabetes, tabagismo e hipertensão. Estágio B Com alteração estrutural cardíaca e sem histórico de sintomas Estágio C Com alteração estrutural cardíaca e sintomas atuais ao prévias de IC Estágio D Com alteração estrutural cardíaca avançada e sintomas marcantes de IC em repouso (a despeito de terapia máxima) Classificação quanto à etiologia Alto débito Coração com IC que não consegue suprir a demanda metabólica dos tecidos pois existe um grande aumento dessa demanda devido a etiologia base → Tireotoxicose, anemia, fístulas AV, béri-béri (carência de B1). Baixo débito Outras causas, como: isquemia, HAS.. Classificação quanto à compreensão clínica Tempo de aparecimento - Aguda ou Crônica Estabilidade do quadro - Compensada (alterações estruturais mas sem sintomas extremos) -Descompensado (classe 3 ou 4) Predominância de sintomas - Direita: congestão venosa periférica, estase jugular, hepatomegalia congestiva com refluxo hepatojugular positivo, ascite, edema de MMII - Esquerda: crepitação pulmonar, desvio do ictus cordis para esquerda, 3 bulha, sopro de insuficiência mitral ou de estenose aórtica, dispneia, ortopneia. Mecanismo contrátil - Sistólica (cardiomegalia + sintomas de IC/ presença de B3) - Diastólica (sintomas de IC sem cardiomegalia/ hipertensão arterial) Obs.: Podem ter ambas no mesmo paciente. Perfil hemodinâmico - Sintomas de hipoperfusão → pressão baixa, pressão de enchimento capilar pulmonar baixa, sudorese e extremidades frias 4 Geovanna Carvalho - T30 - UFCA - Sintomas congestivos → congestão periférica e pulmonarELETROCARDIOGRAMA ECG normal Alto valor preditivo negativo para IC Bloqueio do ramo esquerdo e zona inativa em parede anterior Bons indicadores de disfunção sistólica Fibrilação atrial e sobrecarga atrial e/ou ventricular esquerda são achados eletrocardiográficos comuns da IC 5
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