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Reações alérgicas e farmacodermias 1-ERITEMA MULTIFORME -Lesão causada por drogas ou infecções -Mais comum em crianças e jovens -Etiologias: Infecções por herpes, hepatite C, tuberculose e Mycoplasma Medicações: anticonvulsivantes, antibióticos (sulfas) e AINES -Quadro clinico: LESÕES EM ALVO (acometem palmas de mãos) Podem apresentar vesículas no centro -> lesão em íris Lesões urticariformes -Classificação: E.M MINOR -Recorrente -Associado ao herpes vírus -Lesões mais localizadas E.M MAJOR -Forma leve de Síndrome de Steve Johnsons -Associado a medicações -Pode ocorrer lesão de mucosa -Sinais e sintomas sistêmicos (ex: febre) -Acomete até 10% da superfície corpórea -Diagnóstico: ANALISE ANATOMOPATOLÓGICA com identificação de dermatite de interface com vacuolização da camada basal Infiltrado inflamatório na transição de epiderme e derme com perda da continuidade do tecido (vacuolização) -Tratamento: Tratar a causa de base Evitar uso de corticoide sistêmico 2-Sindrome de Stevens-Johnsons e Necrólise epidérmica tóxica -Quadro grave e fatal -Etiologia: ATB- sulfas, Quinolonas e penicilinas Alopurinol Anticonvulsivantes, Carbamazepina**, Fenitoina, Fenobarbital AINES: Inibidores de COX (piroxicam) -Classificação: Steven Johnsons Acometimento 10/30% da pele Necrólise Epidérmica Acometimento > 30% da pele -Quadro clinico: Lesões difusas, eritemato-edematosas, com centro violáceo Evoluem para descamação, bolhas, lesões acastanhadas e áreas de desnudação Paciente pode apresentar descompensação clinica grave ! SINAL DE NIKOLSKY POSITIVO Fricção da pele com desprendimento da pele (por apoptose de queratinócitos) ->Esse efeito também ocorre nos pênfigos (ocorre por separação entre as células epidérmicas) -Diagnósticos diferenciais: Sind. da pele escaldada estafilocócica - Paciente em BEG Pênfigo vulgar- - Lesões evoluem de forma lenta/ insidiosa Penfigoide bolhoso- Lesões insidiosas, com prurido antecedendo, áreas de dobra -Tratamento: UTI + SUPORTE -Suspender medicação em uso se não causar risco de morte ao paciente (prescrição limpa) -Controle hemodinâmico rigoroso -Imunossupressor não é recomendado pela maioria dos guidelines -Cuidados oftalmológicos (40% dos pacientes evoluem com sequelas) -Debridamento cirúrgico -Imunoglobulina EV pode ser indicada em casos graves -Prognóstico: SCORTEN 3-URTICÁRIA AGUDA -Urticária= pápula eritematosa e pruriginosa fugaz (aparece e some) -Etiologias: Hipersensibilidade imediata por IgE Resposta celular tardia Ação direta de mastócito Causas físicas Vasculites ! Em apenas 50 % dos casos identificamos o agente (medicamentos, alimentos, infecções) -Classificação: Aguda: < 6 semanas Reação de hipersensibilidade do tipo 1 Linfócito B que interage com TCD4 ativando-o. Esse linfócito B se transforma em plasmócito do tipo IgE que ativa mastócitos e eosinófilos DEGRANULAÇÃO DE MASTÓCITOS -> URTICÁRIAS -Quadro clínico: Urticas que ‘’trocam de lugar a cada 8 horas’’ PRURIDO! Angioedema (edema em derme) pálpebras, lábios, língua -Diagnostico é CLINICO Mas pode ser realizado biopsia com visualização de edema intersticial dérmico -Tratamento: AINES e Corticoide sistêmico se angioedema #Urticárias que somem como hematomas -> pensar em associação com vasculite – conduta: biopsia de pele #CHOQUE ANAFILÁTICO Evolução do quadro de urticária com descompensação hemodinâmica com vasodilatação -> ADRENALINA IM 4-URTICÁRIA CRÔNICA >6 semanas -Desencadeantes costumam ser desconhecidos e múltiplos -Tambem ocorre por degranulação de mastócitos -Etiologias: Físicas: pressão, frio, colinérgica ou solar Autoimunes: anticorpos para IgE dos mastócitos Idiopáticas -Rara ocorrência de angioedema e choque anafilático -Diagnóstico: Testes provocativos dérmico ou intradérmico (autoimune) Solicitar TSH, anti-TPO e antimicrossomal (P/ afastar tireoidite) -Tratamento: tratar causa de base Quando autoimunes/ idiopáticas: AINES n sedativos + sedativos Evitar corticoide sistêmico (efeitos colaterais e ‘’vicio’’) Pustulose exantemática generalizada aguda -Caracteriza-se pelo aparecimento de pústulas não foliculares sobre áreas de eritema difuso com edema mais comum em áreas de dobras -Nikolsky positivo (descamação) -Pode acometer mucosas -Febre alta e leucocitose com predomínio de neutrófilos -Na biopsia podemos identificar coleção de neutrófilos e necrose de queratinócitos na porção superior da epiderme -As drogas mais associadas a esse quadro são os beta-lactâmicos e macrolideos Podendo desencadear os sintomas 24-48 horas após a exposição Síndrome DRESS -Reação adversa a medicação que cursa com erupção cutânea grave, febre, linfadenopatia, hepatite, anormalidades hematológicas, miosite, nefrite, pneumonite etc -As erupções podem se tornam purpuricas, pustulares ou liquenoides -Ao exame laboratorial pode identificar leucocitose com predomínio de atípicos e eosinofilia -Mais comumente associada ao uso de Anticonvulsivantes, ALOPURINOL, sulfonamidas -Tto O pilar é o uso de corticoide oral ou venoso ATB se infeção associada
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