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DOENÇAS DESCAMATIVAS LESÕES ETIOLOGIA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO PSORÍASE Placas eritemato- descamativas, escama argêntica, bem delimitada; Pitting, fissuras longitudinais, ceratose subungueal, onicólise e onicomatese; Rigidez, edema, interfalange distal; Hiperproliferação epiderme e atividade inflamatória (+ citocinas e fatores de crescimento) Encurtamento do ciclo celular dos queratinócitos (+ turnover) Espessamento e descamação da camada córnea OBS: agravantes —> estresse, ß-bloqueador, AINES, IECA, infecções, outras dermatites e Fenômeno de Koebner Curetagem metódica de Brocq: - Sinal da vela - Sinal de Auspitz Histologia: - Córnea: hiperceratose, paraceratose, microabscessos e pústula de Kogoj - Granulosa: ausente - Espinhosa: acantose - Basal: mais figuras mitóticas - Derme: papilomatose Tópico: Emolientes Coaltar Calcipotrieno Corticóide tópico (betametasona) Esquema rotativo: PUVA Metotrexato Acitretina Ciclosporina DERMATITES LESÕES ETIOLOGIA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO DERMATITE ALÉRGICA Lesões eritemato-escamo- crostosa-liquenificada; 1) Agudo: Eritema, edema e exsudato 2) Subagudo: Vesículas e crostas 3) Crônico: Liquenificação Hipersensibilidade tipo IV - Sensibilização (linf T memória) - Ativação IL-2, TNF e IFN - Resolução IL-10 Níquel, cosméticos, conservantes, cimento, tintas, colírios, esmaltes… Teste de contato (Patch Test) Histologia: - Espinhosa: espondilose (acúmulo de líquidos) — precursor das vesículas Higiene da pele Emolientes Corticoide tópico (hidrocortisona) Imunomodulador tópico (tacrolimo) Anti-histamínico (cetotifeno) PUVA Metotrexato Ciclosporina A DERMATITE ATÓPICA Lesões eritemato-escamo- crosto-liquenificadas Prurido e Xerose (exagero linhas palmares e linhas de força da pele, prega dennie- morgan, escurecimento orbitário…) Quadro crônico com períodos de recidiva Fatores genéticos (história atopia), ambientais, imunes (hipersensibilidade I) e não imunes (alteração de barreira) Resposta Th2 mediada por linfócitos TCD4 => reação Hipersensibilidade tipo I mediada por IgE (degranulação de mastócitos) Clínica (mais importante) • dobra antecubital, poplítea, flexura das nádegas, dorso dos pés e prega retroauricular Dosagem IgE serico DOENÇAS BOLHOSAS LESÕES ETIOLOGIA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO PÊNFIGO (o que tem em comum nos dois) Lesões bolho-erosivas de fácil rompimento (aspecto bife sangrante) Recoberta por crosta seratohemática Odor ninho de rato Quadro crônico recidivante Histórico doença autoimune genética (HLA DR4 e DQW8) Ex: miastenia gravis Hipersensibilidade tipo II: Autoanticorpos IgG contra desmogleínas DSM = acantólise dos queratinócitos = descolamento intraepidérmico Sinal de Nikolsky (descolamento ao exercer leve pressão tangencial) e Sinal de Asboe-Hansen (pressão vertical) Imunofluorescência: depósito IgG e C3 (padrão rede de pescador) Anticorpos circulantes (DSG) Sempre associar ao tto com cortióide: - Azatioprina 2mg/kg/dia (se tto ≥6sem) - Profilaxia estrongiloidíase (ivermectina 12mg 2x) - Profilaxia Tuberculose (se clínica, RX tórax sugestivo ou PPD forte reator) - Avaliação oftalmológica - imunoglobulina EV pulso 2g/mês divididas em 5 dias - Rituximab EV 375mg/m2 1x/sem por 4 semanas PÊNFICO FOLIÁCEO FOLIÁCEO: pele + sensação de ardor/queimação + aspecto tardio pele de leopardo/ salpico de lama DSG 1 (pele) História de contato rural e ocorrência familiar Histopatológico perilesional: - FOLIÁCEO: Clivagem acantolítica alta (córnea ou granulosa) - predinisona (desmame) - 0,5-1mg/kg/dia (FOLIÁCEO) PÊNFIGO VULGAR VULGAR: pele e mucosas DSG 1 e 3 (pele e mucosa) Raças judaica e mediterrânea Histopatológico perilesional: - VULGAR: bolha suprabasal com células acantolíticas - predinisona (desmame) - 1-2mg/kg/dia (VULGAR) LESÕES ETIOLOGIA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO ACNE Doença genético-hormonal, autolimitada e pilossebácea. I) Comedão aberto ou fechado II) Pápulo-pustulosa + seborreia III) Nódulo cística IV) Conglobata: nódulos purulentos confluentes + abscessos fistulizantes + lesões queloideformes V) Fulminans: ulcera + efeitos sistêmicos (fadiga, febre, mialgia, artralgia e leucocitose) —> reação ao tto com isotretinoína! Aumento da seborreia (efeito da testosterona e DHT) provoca ceratose no canal folicular e retenção do sebo (comedogênese). Associa colonização do dueto sebáceo pelo P.Acnes e inflamação local. Essencialmente clínico Acompanhamento isotretinoína: - Lipidograma e Hemograma - TAP e INR - EAS - Prova hepática, renal e tiroidiana - Glicemia de jejum - ß-HCG - Dosar DHEA-S, Testo, LH e FSH - Investigar sd virilizantes, cushing e SOP Graus I e II Higiene e Hidratação Protetor solar não comedogênico Sabonete àc.salicílico Ác. Retinóico 0,05% Peróxido de Benzoíla 5-10% ATB tópico (clindamicina) Grau III ATB sistêmico (tetraciclina) 3-6meses Graus IV e V Isotretinoína 0,5-1mg/kg/dia por mín 6 meses + ACO com ciproterona (iniciar 2m antes) Predinisona (prevenção flare- up) ISOTRETINOÍNA: - Mecanismo de ação: sebossupressão, queratinização folicular, redução da comedogênese, redução do P.Acnes da microflora local e ação anti-inflamatória - EA: descamação e ressecamento de mucosas, queilite, esfoliação, epistaxe, enxaqueca, aumento TGs, teratogenia e depressão - Usar cremes hidratantes, soluções nasais e oculares, pomada reepitelizante e protetor solar - Iatrogenia: hidrocefalia, embriotoxicidade, defeitos vasculares e inibe migração celular para crista neural MICOSES SUPERFICIAIS LESÕES ETIOLOGIA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO TINEA Corporis: Lesões eritemato- vesico-descamativas circinadas de crescimento centrifugo e borda hiperemiada ativa (sem lesão satélite) e pruriginosas Pés e unhas: distrofia, seratose subungueal, espessamento da lâmina, descolamento, manchas amarelada, onicólise e onicomatese + hiperceratose, descamação e maceração interdigital e plantar Cruris (inguinal): similar a corporis. Não atinge escroto e liquenificação é comum. Cabelo (epidêmico): Placas tonsuradas arredondadas, descamação e cabelos facilmente destacáveis à leve tração (tonsurante) + pústulas e microabscessos (kerion celsi) DERMATOFITOSES: - Microsporum - Trichophyton - Epidermophyton CERATOFITOSES (ptiríase vesicolor) - Malassezia furfur ONICOMICOSES - Trichophyton CANDIDÍASES - Candida Albicans (mais eritematosa e com diversas lesões satélites; pode atingir o escroto quando em região inguinal) Micológico direto (hivas septadas) Cultura (colônias dermatófitos) Dermatoscopia Pesquisa de contactantes (caráter epidêmico — tinha couro cabeludo) Medidas higiênicas Secar bem Evitar abafamento/ oclusão Pós antifúngicos secativos Cetoconazol a 2% (tópico ou shampoo) Amorolfina 5% (esmalte) Ciclopiroxolamina Griseofulvina Terbinafina oral Fluconazol oral ___________________________ —> acompanhar enzimas hepáticas TGO/TGP —> se candidíase = nistatina —> unha: ir direto para tratamento oral (fluconazol + ciclopiroxolamina) PTIRÍASE VERSICOLOR Manchas hipocrômicas ou hipercrômicas, arredondadas e descamativas Fatores predisponentes: - pele gordurosa - hiperhidrose - fatores hereditários (deficiência genética determinada por herança multifatorial) - estado nutricional precário - infecções crônicas Agente etiológico: Malassezia Furfur. Clínico Sinal de Zileri - descamação furfurácea observada após estiramento da pele Cetoconazol a 2% (tópico) Cetoconazol 90% Fluconazol 44% DOENÇAS VERRUCOSAS — PLECT LESÕES ETIOLOGIA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO ESPOROTRICOSE Lesão nódulo-ulcerada borda irregular (cancro esporotricótico) com extensão para cadeia linfática (cordão linfangítico em rosário) —> geralmente MMSS Ferimento de planta/ animais domésticos Sporothrixschenkii Cultura (padrão ouro) — colônias em ferradura Histopatológico (micológico direto não visualiza o fungo) Intradermorreação com esporotriquina Iodeto de potássio Fluconazol Anfotericina B CROMOCOCO Lesão de entrada — pápula — placas verrucosas com pontos negros + linfedema (MMII) Áreas de floresta/ Região norte Fonsecaea pedrosi Micológico direto Cultura Itraconazol Flucitocina Abordagem cirúrgica PARACOCO Lesão eritemato-exulceradas- vegetantes com pontilhado hemorrágico (aspecto moriforme) predominantemente em mucosa oral + acometimento pulmonar (padrão atípico em asa de borboleta/ lobo médio) Paracocco Brasiliensis —> a clínica vai depender da resposta predominante (Th1 ou Th2) Endêmico zona rural. Penetração via respiratória. RX tórax (padrão atípico em asa de borboleta) Micológico direto “roda de leme” e Histopatológico Anticorpos Antígeno GP43 urinário Bactrim Itraconazol Anfotericina B —> até cura completa (tto longo) — clínica, micológica, imunológica e radiológica LEISHMANIOSE (úlcera de bauru) — protozoário CLÁSSICA (Th1): Úlcera de borda infiltrada, eritematosa, elevada, firme, bem delimitada e arredondada (“em moldura”) + Fundo granuloso com secreção branca ou recoberto de crosta melicérica + Indolor + Evolução crônica MUCOSA (Th2): Destruição septo nasal, edema lábio superior DIFUSA (Th2): nódulos múltiplos Mosquito Lutzomyia/ Phlebotonus (birigui/ palha) — transmite o protozoário leishmania na forma promastigota que, no interior do macrófago humano, se torna amastigota Clínica Teste intradérmico de Montenegro (+Th1; - Th2) positivo se placa >5mm 48-72hs Histopatológico com infiltrado plasmocitário, resposta granulomatosa e visualização das leishmanias Esfregaço da lesão: amastigotas dentro dos macrófagos Sorologias (se mucosa/difusa) Glucantine (antimonial pentavalente) - cardiotóxico (ECG, hemograma e desidrogenasse láctica) - Nefrotóxico (ureia, creatinina, eletrólitos) - Outros: TGO/TPG, BT, FA, colesterol e TGs Anfotericina B Pentamidina —> se cardiopata, neuropatia ou forma mucosa/ sistêmica grave = tratamento hospitalar TUBERCULOSE Cutânea Pápulo-tuberosa-vegetante; evolução centrifuga com cicatrização central. Mãos. M. tuberculosis Histopatologia, PCR, PPD (teste intradérmico da tuberculina) e IGRA. Ataque: Rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol (2m) Manutenção: R+I (4m) INFECÇÕES BAAR LESÕES REAÇÕES HANSÊNICAS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO HANSENÍASE (BAAR — Mycobacterium Leprae) INDETERMINADA: mancha hipocrômica, anestésica, anidródica e de borda imprecisa. —> leve infiltrado focal (derme e hipoderme) com baciloscopia negativa. TUBERCULÓIDE: placa eritematosa, bem delimitada, de borda papulosa, poucas lesões e distribuição assimétrica + neurite e comprometimento de nervo (sinal da raquete/ espessamento/ abscesso) —> granulomas com células gigantes e necrose caseosa; bacilos raros/ausentes. VIRCHOWIANA: múltiplas placas eritemato-infiltrada de borda mal delimitada + face leonina (madarose + cabelo preservado + infiltrado difuso de face) + anestesia tardia “em luva/bota” —> epiderme atrófica, células de Vrichow, infiltrado endoltelial, globais de bacilos. REAÇÃO I (REVERSA): hipersensibilidade IV; exacerbação das lesões cutâneas e neurite; sem sintomas sistêmicos; pctes paucibacilares; início da PQT. - mantém PQT - predinisona 1 mg/kg/dia (e profilaxias estrongilóide e osteoporose) - ADT + carbamazepina (neurite) REAÇÃO II (ERITEMA NODOSO): depósito imunocomplexos (hipersensibilidade tipo III); pctes multibacilares; nódulos subcutâneos dolorosos; sinais e sintomas sistêmicos (febre, mal estar, glomerulonefrite, miosite e artralgia); ~6m de PQT ou antes do tratamento. - Mantém PQT - Analgésicos + AINES - ADT (neurite) - Talidomida 1-3mg/kg/dia Pela OMS e MS (1 dos 3): - Mancha com alteração de sensibilidade - Acometimento de nervo periférico - Baciloscopia positiva Pesquisa sensibilidade (temperatura, tátil e dolorosa), força muscular e espessamento de nervo: - Trigêmeo - Ulnar, mediano e radial - Fibular e tibial posterior Teste mitsuda (+pauci; - multi) Baciloscopia (- pauci; +multi) Histopatologia (não obrigatória) Teste da histamina (Tríplice reação de Lewis) e da pilocarpina incompletas (sudorese ausente). Citologia e PCR anti PGL-1 —> notificação SINAN Poliquimioterapia: - Rifampicina 600mg/mês - Clofazimina 300mg/mês + 50mg/dia - Dapsona 100mg/mês + 100mg/dia “Ranzem 600 Causa 300 Dor” 100 Paucibacilar <5 lesões: 6-9meses (R+D) Multibacilar >5 lesões: 12-18meses (R+D+C) Profilaxia para contatos intradomiciliares (5a): BCG EA: (R) urina avermelhada, hepatite, síndrome pseudogripal, trombocitopenia. (C) pigmentação e ressecamento da pele, constipação. (D) reações alérgicas (eritema, prurido, descamação), gastrite, anemia hemolítica, metemoglobinemia CÂNCER DE PELE LESÕES ETIOLOGIA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO MELANOMA (mais agressivo/ metastático) Melanoma extensivo superficial: Assimétrica Borda geográficas Cor variável Diâmetro irregular >6mm Evolução crescente radial Melanoma nodular: Nódulo enegrecido, sangrante de crescimento profundo DD: CBC pigmentado Radiação UV: - Forma dímeros de timina (iniciação) - Depleta cél. Langerhans (imunossupressão) - Estimula clones de linfócitos supressores (promoção) - Crescimento tumoral Agentes químicos (arsênio) Resultado: Proto oncogenes e genes supressores (p53): modulam crescimento, diferenciação celular e estabilidade de apoptose —> Fatores de risco CBC e CEC: - Fototipos I a III - Exposição solar - Idade - Profissão - Predisposição genética - Vírus - Hormônios - Imunossupressão —> Fatores de risco melanoma: - nevos atípicos - CA pele prévio - História familiar melanoma - Queimaduras de sol com bolhas repetidamente Dermatoscopia (características ABCDE) Histopatológico: melanócitos atípicos + classificação pelos índices de breslow (profundidade) e Clark (pigmentação) Pesquisa de metástase: - RX tórax - FA - Desidrogenase láctica - Biopsia linfonodo sentinela Cirurgia: - remoção do tumor com margem mínima de 0,5cm - avaliação de linfonodo sentinela - ampliação de margem de acordo com índice de Breslow (profundidade) - in situ = 0,5-1cm - <1mm = 1cm - 1-2mm = 1-2cm - >2mm = 2cm Radioterapia e quimioterapia CEC (invasivo com risco de metástase) — Carcinoma EspinoCelular Lesão precursora: queratose actínica/ carcinoma de células escamosas in situ - (placa eritematosa de superfície áspera que assume aspecto verrucoso) - Histologia hiperceratótica: faixas alternadas de hiperceratose e paraceratose + atipia celular Placa cerastótica crescente que evolui para aspecto verrucoso ou ulcerado. Quanto mais dura, mais maligna. Ocorre em 1/3 inferior da face (+ labio inferior). Comum antecedente de infecção por HPV. Histopatológico: hiperplasia e ninhos atípicos principalmente na espinhosa; quanto mais indiferenciado, pior; espessura (ruim se >5mm) Biopsia direta ou de linfonodo sentinela Pesquisa HPV DD: úlceras crônicas Criocirurgia Eletrocoagulação Cirurgia de Mohs com margem de 0,5cm (podendo ser ampliada até 1,5cm se lesão>2cm) Radioterapia (se linfonodo sentinela acometido) CBC (mais comum; menos agressivo) - Carcinoma BasoCelular CBC nodular: Nódulo Base eritemato-infiltrada Teleangiectasias arboriformes Pérola córnea Pode ulcerar Sangrante aos peq. traumas Acima da linha comissura labial—lóbulo orelha Dermatoscopia Histopatológico de biopsia incisional —> ninhos de células basalióides e anaplásicas DD: hidrocistoma FARMACODERMIAS LESÕES ETIOLOGIA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO ERITEMA POLIMORFO MINOR (morfologia multiforme e simetria constante) 1) Pápulas eritematosas de centro violáceodeprimido e halo claro edematoso (“em alvo”) 2) Lesões eritemato-vesico- pustulo-bolhosas 3) Exulceração com croste hemato-melicéricas Distribuição: parte distal das extremidades (palma e planta) + tronco e mucosas oral/ genital—> instalação até 48hs Desencadeado por viroses (HPV) ou Mycoplasma Pneumoniae (Atípico) Hipersensibilidade tipo II Clínica com evolução benigna (resolução 2-3 semanas), sintomas gerais discretos e simetria constante Histopatologia: - vacuolização - fenda - espongiose - camada córnea inalterada Suporte (~grande queimado) = não usar corticóide! Corticóide tópico Emoliente Tratar infecções secundárias SD STEVEN JOHNSON (SSJ) / ERITEMA POLIMORFO MAJOR Quadro de eritema multiforme com bolhas e descolamento de até 10% da superfície corpórea + acometimento de mucosas (orofaringe, esôfago e traque-brônquica) + estado geral grave com comprometimento pulmonar, renal e cardíaco + pode associar cerato conjutivite purulenta Fármacos: - antibióticos (sulfas, penicilinas e ciclinas), - anticonvulsivantes (barbitúricos, carbamazepina, fenitoína e lamotrigina) - AINES (ibuprofeno e piroxicam) - antirretrovirais (nevirapina e abacavir) - alopurinol Hipersensibilidade tipo II Clínico + nikolsky positivo Sinais iniciais de gravidade são o envolvimento: - mucoso conjuntival/corneal (fotofobia) - bucal/labial (crostas hemorrágicas) - genital (uretrite e retenção urinária) UTI: - Suspender drogas - Suporte clínico - Debridação pós estabilização - Limpeza e proteção - Avaliação oftalmológica - Se muito grave: - Corticoterapia sistêmica - Ciclofosfamida - Imunoglobulina IV - Plasmaférese NECRÓLISE EPIDÉRMICA TÓXICA (NET) SSJ com bolhas e descolamento de mais de 30% da superfície corpórea. Repercussões sistêmicas: Epitélio brônquico (tosse, dispneia, pneumonia, EDA e hipoxia); Glomerulonefrite e Hepatite URTICÁRIA OBS: se comprometimento submucoso ou subcutâneo = angioedema Placas eritemato-edematosas e angioedema doloroso; muito pruriginosas + predomina à noite/ pré-menstruação + associa dermografismo Hipersensibilidade tipo I imediata (degranulação mastócitos) Idiopáticas (50%), infecções, medicamentos e doenças autoimunes Clínico Histologia: edema intersticial, dilatação capilar com edema de endotélio e infiltrado inflamatório misto Vel. hemossedimentação (normal na crônica, aumentada na urticária vasculite) Não dar analgésicos. Anti-histamínicos H1 - sedantes (hidroxizina) - não sedantes (loratadina) Anti-histamínico H2 Corticoesteroides REAÇÕES HIPERSENSIBILIDADE TIPO EXEMPLOS I - ANAFILÁTICA “A” Atopia, Anafilaxia e Alergia (?) Dependente de anticorpos IgE, que estão aderidos à membrana de mastócitos e basófilos, se desprendendo após o contato com o antígeno, junto com outras substancias vasoativas como histamina e bradicinina. Dermatite atópica, asma, rinite e conjuntivite alérgica. II - CITOTÓXICA “B” anti-Body Após sensibilização, antígeno se liga à anticorpos IgM e IgG circulantes, que se depositam nos tecidos e geram destruição tecidual. Pênfigos, anemia hemolítica, leucopenia adquirida e púrpura trombocitopênica. III - IMUNOCOMPLEXOS “C” imunoComplex Ligação antígeno-anticorpo forma um complexo que se deposita nas paredes dos vasos ou tecidos. Tende a se depositar em locais de turbulência (ramificações) e altas pressões (glomérulos renais). Vasculites, artrites e nefrites IV - CELULAR TARDIA “D” Delayed Ocorre pela sensibilização de linfócitos T frente a um antígeno, provocando processo inflamatório e ativação de macrófagos. Não geram respostas sistêmicas. Dermatite de contato, rejeição de enxertos e granulosa tuberculóide CORTICOIDES EFEITOS ANTES DURANTE RISCOS - Inibição da fosfolipase A2 (menor síntese de prostaglandinas e leucotrienos) - Redução nas moléculas de adesão endotelial (ex.: E-selectina), fatores quimiotáticos (ex.: IL-8, fator de atração de macrófagos) e óxido nítrico sintetase Antecedentes: - DM, HAS e dislipidemia - Glaucoma - TB - Doenças com imunossupressão Profilaxia tuberculose (PPD + RX tórax + avaliação clínica) Profilaxia estrogiloidíase (albendazol) Pesquisa infecções ocultas Avaliação oftalmológica Rastreamento a cada 3-6meses para: - HAS (avaliar PA rotineiramente) - Dislipidemia - Glaucoma e catarata - Osteopenia (Densitometria óssea) - DM (Glicemia) - Gerais: sangue oculto nas fezes e avaliar curva de crescimento das crianças Após 6 semanas de uso: —> Associar poupador de corticóide: • Azatioprina 150mg/dia ou 2mg/kg/dia • Ciclofosfamida 150mg/dia Cuidados específicos: - Dieta hipocalórica e redução de Na+ - Suplementação de K+, Ca+ e Vitamina D - Protetor de mucosa gástrica (omeprazol) - Exercício físico insuficiência adrenal secundária: inibição da liberação hipotalámica de CRH; perda da responsividade da adrenal ao ACTH e incapacidade da liberação do ACTH hipofisário. Sd Cushing: obesidade centrípeta; braços e pernas finos; osteoporose; hipertensão; estrias violáceas; catarata; acne; face de lua cheia; hirsutismo. Para evitar esses efeitos iatrogênicos, devemos fazer o desmame adequado: - Reduzir 20% da dose a cada duas semanas - Pode manter dose de manutenção de 5 mg por até 1 ano se não surgirem novas lesões e com sorologia negativa, quando então deve obrigatoriamente ser retirado totalmente
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