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Trabalho Cientifico; Patologia

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UNIVERSIDADE PAULISTA - PETROLINA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
 
 PATOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO
 PETROLINA 2019
Bruna Letícia G. Cavalcanti
Camila Cavalcanti de Sousa
Enio Ramon R. N. Barros 
Jaciara Alves 
Gleicimara Bispa Da Silva
Kariny Souza Mendes
Maria Antonia Rodrigues
Maria José Rodrigues Lima 
Maria Da Conceição Castro
Mylena Leticia De Souza Cruz 
Monna Mieli Rufino Dos Santos 
Solange Macedo
Wanderson A. De Castro
Wanessa Lara de Sá Freitas
 
Trabalho apresentado como requisito para avaliação da disciplina de Patologia dos Sistemas, solicitado pela professora Leandra Macedo.
 PETROLINA 2019
NEFRITE
O que é nefrite?
Nefrite (também chamada glomerulonefrite) é um termo usado para descrever enfermidades renais, nas quais a parte filtrante do rim (glomérulo) está inflamada.
Existem tipos diferentes de nefrite?
Sim. Existe a nefrite (glomerulonefrite aguda) e a nefrite crônica (glomerulonefrite crônica). No primeiro caso, há uma tendência para a melhora espontânea. E na forma crônica ocorre uma lesão progressiva dos rins. Sinais da doença podem ser a presença de proteína e sangue na urina e habitualmente uma elevação da pressão arterial. No Brasil, a nefrite crônica é a causa mais comum da insuficiência crônica dos rins, causando uma enfermidade terminal nestes órgãos, a qual habitualmente termina em diálise.
O que é síndrome nefrótica (nefrose)?
A síndrome nefrótica, também chamada de nefrose, é um termo usado para descrever uma condição na qual existe grande perda de proteína na urina, habitualmente em associação com níveis reduzidos de proteína no sangue. Além disso, há um aumento da concentração de colesterol no sangue e retenção de líquidos (edema). Pode ser secundária a uma doença primária dos rins ou uma complicação de uma enfermidade sistêmica.
Quais são os sintomas e sinais de uma nefrite aguda?
Nefrite aguda é habitualmente uma doença de crianças, mas pode ocorrer em qualquer idade. Nos homens ocorre mais freqüentemente que nas mulheres. Mais ou menos 10 dias após o início de uma infecção de garganta ou de pele, o paciente freqüentemente notará uma diminuição da quantidade de urina que muda de cor se tornando no tom coca-cola ou chá forte. Pode haver uma sensação de queimação ao urinar. Há retenção de líquido que tipicamente envolve a face, as pálpebras e mãos. Isto é melhor, percebido pela manhã, ao se levantar. Falta de ar e tosse podem ocorrer devido a congestão de líquido nos pulmões. Um aumento da pressão arterial também é comum.
Existem várias outras doenças sistêmicas e hereditárias que podem produzir sintomas similares a uma nefrite aguda. Um exemplo é o Lupus Eritematoso. Também outras doenças renais de causas desconhecidas podem produzir sintomas similares e estas são chamadas de glomerulonefrite membranoproliferativo, nefropatia por IgA, etc.
Qual é a causa da nefrite aguda?
Os pacientes com nefrite aguda freqüentemente têm evidência de uma infecção recente. E a mais comum é uma infecção por estreptococo da garganta ou da pele. Existem, no entanto, outras bactérias e infecções virais que podem estar associadas a uma nefrite aguda.
Quais são os sintomas e sinais de uma nefrite crônica?
A maior parte das doenças que causa nefrite crônica tem uma evolução longa. Habitualmente há períodos sem nenhum sintoma. Durante esse tempo, no entanto, há uma lesão progressiva dos rins. Nas fases iniciais freqüentemente são detectadas apenas anormalidades no exame de urina (por exemplo, sangue na urina, proteína na urina). Hipertensão arterial pode ser detectada especialmente quando já existe uma diminuição da função renal. Com a progressão da doença existe inchaço das pernas (edema) e pressão alta persistente. Hipertensão arterial (pressão alta) é freqüentemente difícil de ser tratada. Sinais de insuficiência renal crônica (uremia) são notados quando existe uma perda importante da função renal. Estes sinais são:
perda de apetite;
náuseas e vômitos;
fadiga extrema, mesmo após uma noite bem dormida e perda importante da energia;
dificuldade em dormir;
prurido e pele seca;
câimbras, especialmente à noite.
Quais são as causas de nefrite crônica?
Existem várias causas, mas ocasionalmente uma nefrite aguda pode ter uma fase silenciosa depois do quadro agudo e aparecer muitos anos mais tarde como um problema crônico. Muitas causas da síndrome nefrótica (nefrose) algumas vezes causam lesões do rim, típicas de uma nefrite crônica, particularmente quando a nefrose não responder ao tratamento.
Como é feito o diagnóstico de nefrite?
Os sinais e sintomas mencionados são as primeiras pistas para o diagnóstico. Na nefrite aguda, exames de sangue podem indicar uma infecção estreptocócica recente. Outras formas desta enfermidade são detectadas através de exames de sangue especiais, revelando o tipo de lesão que ocorre no rim, sem, contudo, indicar a sua causa exata. Além disso, culturas da garganta, da pele ou de outras áreas de infecção local identificam a bactéria responsável pelo problema. O exame de urina pode mostrar a presença de sangue, proteínas e outros elementos. Outros exames de sangue que indicam inflamações nos rins podem mostrar quanto da função renal foi perdida.
Freqüentemente é necessário se fazer uma biópsia do rim (remover, sob anestesia local, um pequeno pedaço do tecido renal através de uma agulha especial), para estabelecer o diagnóstico exato e determinar a evolução do paciente, a curto e longo prazo. Algumas vezes este procedimento também é necessário para que o médico planeje o melhor tratamento possível.
A nefrite pode ser prevenida?
Não é possível se prevenir uma nefrite aguda, exceto através de uma boa higiene de pele. Mantendo-se a pele limpa, diminuem-se as chances de se adquirir uma infecção mais séria. Não existe nenhum bom método de se evitar uma infecção da garganta. Como a nefrite crônica representa uma variedade enorme de enfermidades, não há como se prevenir o aparecimento da doença.
Que tratamento existe para a nefrose (síndrome nefrótica)?
Em alguns casos de síndrome nefrótica, o tratamento com medicamentos como a cortisona reduzirá significativamente a quantidade de proteína perdida na urina. Em outras formas a cortisona não parece ser útil. Nesses casos, o tratamento consistirá no uso de diuréticos para controlar o inchaço e a pressão alta.
Que tratamento existe para a nefrite?
Não existe um tratamento específico para a nefrite aguda. A doença estará habitualmente sanada em três a doze meses depois do início. Tanto na aguda como na crônica, é muito importante controlar a elevação da pressão arterial, pois o seu descontrole pode levar a uma perda rápida da função do rim. Diuréticos são freqüentemente utilizados para controlar o excesso de retenção de líquidos.
Na nefrite crônica, cortisona e outras drogas têm sido utilizadas, embora este tratamento na maioria das vezes não seja bem sucedido. Quase sempre a restrição de proteína, sal e potássio na dieta são partes importantes na dieta prescrita. Uma supervisão do médico é necessária para que se possa tratar as complicações da enfermidade renal crônica.
A Fundação Pró-Renal está à sua disposição para fornecer informações adicionais sobre os diferentes tipos de tratamento para as pessoas cujos rins apresentam alguma enfermidade ou algum grau de insuficiência e poderá indicar os programas disponíveis na sua comunidade.
Cálculo Renal (Pedra no Rim)
Definição
Pedras nos rins consistem em material cristalizado na urina. Eles se formam nos rins ou outras partes do trato urinário. Os rins removem resíduos (na forma de urina) do corpo. Eles também mantêm o equilíbrio entre o teor de água e sal no sangue. Existem vários tipos de cálculos renais:
· O tipo mais comum é principalmente cálcio, juntamente com oxalato ou fosfato.
· Outros tipos contêm ácido úrico, estruvita ou cistina.
Causas
Algumas das causas conhecidasde pedras nos rins em crianças incluem:
· Demasiada oxalato na urina
· Demasiado cálcio na urina ou no sangue
· Demasiado ácido úrico na urina
· Pequenas bactérias em torno das quais uma pedra pode se formar
· Uma anomalia herdada da maneira como o corpo administra a cistina
· Corpos estranhos no trato urinário, como endopróteses ou cateteres.
· Função anormal do trato urinário, como bexiga neurogênica .
Fatores de Risco
Os seguintes fatores aumentam a chance de o seu filho desenvolver cálculos renais:
· Desidratação : não beba líquidos suficientes.
· Coma alimentos com alto teor de sal.
· Coma uma dieta cetogênica para ajudar no controle da epilepsia .
· O conteúdo mineral da água que seu filho bebe (água dura ou macia).
· Tem parentes com pedras nos rins ou gota .
· Tendo tido pedras nos rins no passado.
· Estar acima do peso
· Condições médicas (por exemplo, infecções do trato urinário , distúrbios metabólicos).
· Localização geográfica (residentes do sudeste dos Estados Unidos têm um risco maior)
· Atividade física limitada
· Material estranho no trato urinário (por exemplo, um tubo)
Sintomas
Às vezes, pedras nos rins não causam sintomas e deixam o corpo através da urina. A condição pode causar dor severa. Os sintomas incluem:
· Dor súbita e intensa em um lado do corpo ou na região média ou inferior das costas.
· Dor abdominal ou na virilha
· Náusea ou vômito
· Sangue na urina
· Queimando ao urinar
· Febre
· Infecções recorrentes no trato urinário
Diagnósticos
O médico perguntará sobre os sintomas e o histórico médico do seu filho. Você terá um exame físico.
Os testes podem incluir:
· Tomografia computadorizada (CT) em espiral – um tipo de raio – x que usa um computador para fazer imagens do interior do rim
· RUV (rins, ureteres e bexiga): um raio-x que usa radiação para ver o trato urinário.
· Ultra-som – um teste que usa ondas sonoras para examinar os rins.
· Pielograma intravenoso (PIV) – uma radiografia especial que produz imagens do sistema urinário (é usada atualmente com menos frequência).
· Urina de 24 horas: para controlar os níveis de numerosos fatores, incluindo cálcio , fósforo , ácido úrico, oxalato e citrato.
Tratamento
O tratamento depende do tamanho e localização dos cálculos renais. O tratamento pode incluir:
Água
Para cálculos renais pequenos, fazer com que seu filho beba muita água ajudará seu corpo a eliminar pedras na urina. O médico pode lhe dar um recipiente especial para pegar o cálculo ao removê-lo, para que possa ser analisado. Se o seu filho tiver dificuldade em reter líquidos, pode ser necessário que você seja hospitalizado para receber fluidos através de um IV. O médico também pode dizer ao seu filho sobre analgésicos e antibióticos até que a pedra seja removida.
Cirurgia
Uma cirurgia pode ser necessária se o cálculo:
· É muito grande ou está crescendo
· Causa sangramento ou ferimentos no rim
· Causas de infecção
· Bloqueia o fluxo urinário
· Não é removido sozinho
Tipos de cirurgia incluem:
· Colocação de um stent: usado para permitir que a urina passe
· Ureteroscopia e cesta para cálculos ou litotripsia com laser: uma câmera é usada para localizar o cálculo.
· Cesta para cálculos: uma pequena cesta é usada para extrair o cálculo.
· Litotripsia a laser: o cálculo é dividido em pequenos fragmentos com um laser se for muito grande para extraí-lo.
· Litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO) : usa ondas de choque para quebrar pedras que são grandes demais para serem removidas.
· Nefrolitotomia percutânea: utiliza um telescópio localizado através de um pequeno tubo nas costas para remover uma grande pedra
· Litotomia: cirurgia aberta para extrair uma pedra (muito raro hoje em dia)
Se o seu filho for diagnosticado com pedras nos rins, siga as instruções do médico.
Prevenção
Uma vez que seu filho tenha uma pedra nos rins, é mais provável que ele tenha outro. Aqui estão alguns passos para evitar essa condição:
· Deixe seu filho beber muitos líquidos, especialmente água. Evite refrigerantes.
· Certifique-se de que seu filho não coma muitos alimentos com alto teor de sal (por exemplo, batatas fritas, batatas fritas, carnes processadas, etc.).
· Uma dieta rica em cálcio (por exemplo, leite e iogurte) é boa, mas evite dar ao seu filho muito cálcio.
· Se o seu filho estiver com excesso de peso, trabalhe com o seu médico para descobrir a melhor maneira de o seu filho perder peso.
O que é Infecção urinária?
Infecção urinária, também conhecida como Infecção do Trato Urinário (ITU), é um quadro infeccioso que pode ocorrer em qualquer parte do sistema urinário, como rins, ureteres, bexiga e uretra, sendo mais comum nos dois últimos. Seus sintomas incluem, principalmente, dor ou ardência ao urinar, mas podem variar de acordo com a região afetada.
Cerca de 30% das mulheres vão apresentar infecção urinária leve ou grave em algum momento da vida. A mulher tem 50 vezes mais chance de ter o problema do que o homem. Entre os principais sintomas estão: ardência ao urinar, urgência miccional, ou seja, a mulher vai várias vezes ao banheiro fazer xixi, urina avermelhada (com sangue) e dores no “pé da barriga.
Tipos
Os tipos, causas e sintomas das infecções urinárias variam de acordo com o local onde há infecção. A infecção é dividida em diferentes tipos, que são:
Cistite
A cistite é uma infecção bacteriana na bexiga ou no trato urinário inferior. Ela é, na maioria das vezes, causada por um tipo de bactéria proveniente do trato gastrointestinal, chamada Escherichia coli. A relação sexual também pode levar à cistite, mas você não precisa ser sexualmente ativo para desenvolvê-la. Todas as mulheres estão em risco de cistite por causa de sua anatomia - especificamente, a curta distância da uretra ao ânus e a abertura uretral à bexiga
Uretrite
A uretrite consiste na inflamação ou infecção da uretra, o canal que transporta a urina da bexiga para fora do corpo. As uretrites são decorrentes de bactérias provenientes do trato gastrointestinal, mas pelo fato da uretra nas mulheres estar mais próxima da vagina, algumas infecções como herpes, gonorreia e infecção por clamídia podem levar à uretrite.
Pielonefrite
A infecção renal (pielonefrite) é um tipo de infecção do trato urinário (UTI) que geralmente começa em sua uretra ou bexiga e viaja para um ou ambos os rim (3). Se não for tratado adequadamente, uma infecção renal pode prejudicar permanentemente seus rins ou a bactéria pode se espalhar para a corrente sanguínea e causar uma infecção potencialmente fatal.
Infecção nos ureteres
A infecção nos ureteres nada mais é do que a infecção dos canais que levam a urina dos rins até a bexiga.
Causas
O que causa a infecção urinária?
As infecções urinárias geralmente ocorrem quando as bactérias entram no trato urinário através da uretra e começam a se multiplicar na bexiga. Embora o sistema urinário tenha sido projetado para manter esses invasores microscópicos, essas defesas às vezes falham. Quando isso acontece, as bactérias podem se apoderar e se transformar em uma infecção completa no trato urinário.
Fatores de risco
Alguns fatores são considerados de risco para contrair infecção urinária, confira:
· Infecções urinárias são mais comuns em pessoas cuja uretra é menor, como no caso do sistema reprodutor feminino, ou seja, o caminho que a bactéria precisa percorrer para chegar até a bexiga é menor
· Ter vida sexualmente ativa facilita a infecção urinária, especialmente as vaginais
· O uso de alguns tipos de contraceptivos, como espermicidas, também pode ser considerado um fator de risco
· Após a menopausa, as infecções urinárias podem acontecer com mais frequência do que antes, uma vez que a baixa quantidade de estrogênio causa mudanças no trato urinário de modo a deixá-lo mais vulnerável à ação de bactérias
· Apresentar algum tipo de bloqueio no trato urinário, como pedra nos rins e aumento da próstata, também são fatores de risco
· Ter o sistema imunológico suprimido impede que as defesas do corpo atuem propriamente, facilitando a entrada de bactérias que causam infecções
· O usode cateter para urinar também aumenta os riscos de infecção
Sintomas de Infecção urinária
Nem sempre uma pessoa com infecção urinária apresenta sintomas, mas quando surgem, os mais comuns são:
· Ardência forte ao urinar
· Forte necessidade de urinar, mesmo tendo acabado de voltar do banheiro
· Urina escura
· Urina acompanhada de sangue
· Urina com cheiro muito forte
· Dor pélvica
· Dor no reto
· Aumento da frequência de micções
· Incontinência urinária.
Os sintomas variam de acordo com o tipo de infecção.
Buscando ajuda médica
Caso você apresente ardência ao urinar, dor pélvica, urina acompanhada de sangue e vontade frequente de urinar procure um clínico geral ou ginecologista imediatamente.
Na consulta médica
Especialistas que podem diagnosticar a infecção urinária são:
· Urologista
· Ginecologista
· Clínico geral.
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
· Quando você notou seus sintomas pela primeira vez?
· Você já foi tratado por uma infecção da bexiga ou do rim no passado?
· Quão grave é o seu desconforto?
· Com que frequência você urina?
· Os sintomas são aliviados por urinar?
· Você tem dor lombar?
· Você teve febre?
· Você notou uma secreção vaginal ou sangue na sua urina?
· Você é sexualmente ativo?
· Você usa contracepção? Que tipo?
· Você está sendo tratado por qualquer outra condição médica?
Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito. Isso possibilita que você consiga respostas para as perguntas antes da consulta acabar. Para infecção urinária, algumas perguntas básicas incluem:
· Qual é a causa mais provável para meus sintomas?
· Existem outras causas possíveis?
· Preciso fazer testes para confirmar o diagnóstico?
· Quais fatores você pode ter contribuído para a minha infecção urinária?
· Qual tratamento você recomenda?
· Se o primeiro tratamento não funcionar, o que você recomendaria a seguir?
· Estou em risco de complicações dessa condição?
· Qual é o risco de este problema se repetir?
Diagnóstico de Infecção urinária
O diagnóstico deve ser realizado por um médico através de exame de urina (urina tipo I e urocultura) e, se necessário, exames laboratoriais adicionais.
Em casos de infecções é necessário realizar exames radiológicos (ultrassonografia e/ou tomografia) para melhor avaliar a gravidade e presença de fatores agravantes da ITU.
Exames
Os exames que podem feitos para diagnosticar infecções urinárias são:
- Exame de urina: é o método mais frequente usado para realizar o diagnóstico. A urina é analisada a procura de leucócitos e traços de sangue, sinais de infecção. Fica pronto em torno de duas horas;
- Cultura de urina: Uma análise de urina feita em laboratório geralmente é seguida de uma cultura de urina, em que o médico usará a amostra do paciente para cultivar a bactéria causadora em laboratório. Esse exame ajuda a identificar a bactéria e quais medicamentos são mais eficazes na ação contra ela. Este é o melhor exame para identificar a infecção e a bactéria causadora dela, no entanto, os resultados demoras de três a sete dias para ficarem prontos;
- Exames de imagem: o médico também poderá optar por realizar uma tomografia ou um ultrassom para identificar possíveis anormalidades em seu trato urinário. Também para esse fim, o especialista pode solicitar o exame com utilização de contraste para destacar as partes do sistema urinário que apresentam problemas;
- Cistoscopia: para analisar as partes internas da bexiga e da uretra, a fim de identificar a causa da infecção.
O que fazer para acabar com a infecção urinária?
O tratamento de infecções urinárias varia muito de acordo com o tipo de cada infecção e sua gravidade também. Geralmente, o tratamento é feito à base de antibióticos. Mas o médico também poderá receitar um analgésico para aliviar a dor e a ardência ao urinar.
O tratamento também varia de acordo com a frequência que o paciente apresenta quadros infecciosos.
Remédios caseiros para infecção urinária
Nenhum dos tratamentos caseiros, quando feitos isoladamente, são eficientes contra a infecção urinária - e, por isso, o ideal é sempre buscar o médico quando o problema aparece. No entanto, alguns alimentos e bebidas podem ser aliados aos antibióticos para turbinar o processo de cura:
· Beber bastante água
· Cranberry
· Melancia
· Chá de manjericão
· Chá de carqueja
· Chá de aroeira.
Entenda por que essas medidas são benéficas em Tratamento caseiro para infecção urinária: receitas e cuidados.
Medicamentos para Infecção urinária
Os medicamentos mais usados para o tratamento de infecção urinária são:
· Amicacina
· Amoxicilina + Clavulanato de Potássio
· Amozilina
· Androfloxin
· Bactrim
· Ceclor
· Cefaclor
· Cefadroxila
· Cefalexina
· Cefalotina
· Ceftriaxona Dissódica
· Ceftriaxona Sódica
· Cetoprofeno
· Ciprofloxacino
· Cefanaxil
· Cipro
· Clocef
· Clordox
· Cystex
· Doxiciclina
· Hincomox
· Monuril
· Nitrofen
· Norfloxacino.
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
Infecção urinária tem cura?
Uma infecção urinária é incômoda, mas o tratamento é, geralmente, bem-sucedido. Em geral, os sintomas de uma infecção desaparecem poucos dias após o começo do tratamento. Mais uma vez, a duração do tratamento varia de acordo com o tipo de infecção, bem como as expectativas de recuperação.
Complicações possíveis
Se não for tratada, uma infecção urinária pode causar complicações mais graves, como:
· Infecções recorrentes, especialmente em mulheres que já apresentaram três ou mais infecções
· Danos permanentes aos rins
· O risco de infecção do sangue com risco de vida (sepse) é maior para crianças, idosos e aqueles cujos organismos não conseguem lutar contra as infecções (por exemplo, devido ao HIV ou à quimioterapia para o câncer)
· Aumento no risco de grávidas darem luz a bebês abaixo do peso normal ou prematuros.
Convivendo/ Prognóstico
Alguns cuidados em casa podem ajudar na recuperação. Veja:
· Beba muita água. Por mais que seja doloroso urinar, é importante que o paciente beba muita água para diluir ao máximo a urina. Quanto mais você for ao banheiro, mais chances de expelir a bactéria de seu corpo definitivamente
· Evite bebidas que possam causar irritações à bexiga, como café, bebidas alcoólicas e outras que contenham cítricos ou cafeína
· Aplique uma bolsa de água morna na região do abdômen para minimizar o desconforto.
Prevenção
O que fazer para evitar infecção urinária?
Algumas medidas podem prevenir infecções urinárias, sejam elas de que tipo forem. Confira:
· Beba muito líquido, especialmente água
· Limpe-se após urinar para evitar que bactérias se acumulem no local e entrem no trato urinário
· Urine após relações sexuais para esvaziar a bexiga. Beba muita água para ajudar a diluir a urina também
· Use absorventes externos em vez de internos, pois alguns médicos acreditam que isso aumente a probabilidade de infecções. Troque de absorvente cada vez que for ao banheiro
· Não use ducha nem sprays ou pó para a higiene feminina. Como regra geral, não utilize nenhum produto que contenha perfumes na área genital
· Evite usar calças muito apertadas
· Use calcinha e meia calça de algodão e troque-as, pelo menos, uma vez por dia.
O que é um cisto?
O cisto (chamado de quisto em Portugal) é basicamente uma coleção líquida ou semi-liquida envolta por uma membrana, formando uma espécie de bolsa ou saco. De forma bem simples, um cisto é uma bolha cheia de líquido.
Os cistos que surgem nos rins são estruturas semelhantes aos cistos que surgem que outras partes do corpo, como o cisto de ovário, o cisto da mama ou o cisto sinovial. Na verdade, os cistos podem surgir em praticamente qualquer local do corpo, desde o cérebro até a pele.
Na imensa maioria dos casos, os cistos são lesões benignas, não provocamsintomas e não precisam de tratamento. A remoção do cisto só costuma ser necessária quando ele apresenta um dos seguintes critérios:
· Quando através dos exames de imagem não é possível distinguir com clareza se a lesão é mesmo um cisto ou um possível tumor maligno.
· Quando o cisto cresce muito e comprime estruturas ao seu redor.
· Quando o cisto provoca alterações estéticas, como nos casos de cistos na pele ou nas articulações.
· Quando o conteúdo líquido do cisto fica infectado por bactérias e se transforma em um abscesso.
O que é o cisto renal?
O cisto renal nada mais é que um cisto que surge em um dos rins.A presença de um cisto renal é um achado bastante comum, principalmente na população idosa. A prevalência dos cistos renais na população varia de estudo para estudo, mas estima-se que nas pessoas acima de 50 anos ela fique entre entre 30 e 50%. O cisto renal é como cabelo branco, não faz mal algum e quanto mais velha for a pessoa, maior é a chance de tê-lo.
Na maioria dos casos, o cisto é completamente assintomático e o diagnóstico é feito de forma acidental através de uma ultrassonografia ou tomografia computadorizada de abdômen solicitada por qualquer outro motivo.
Cisto renal simples ou cisto renal complexo
Um cisto renal não é um tipo de câncer nem tem risco de virar câncer. Cisto é cisto, câncer é câncer. Porém, existem alguns tipos de câncer que podem ter aspecto parecido com o de um cisto. Portanto, toda vez que um cisto renal for identificado à ultrassonografia, é importante que o radiologista nos diga se a lesão é realmente apenas um cisto ou se é uma lesão mais complexa com características que podem sugerir um tumor maligno.
Para ajudar nessa distinção, os cistos renais são categorizados em cistos simples e cistos complexos. Denominamos cisto simples aquele que é preenchido apenas por líquido e apresenta uma forma arredondada e bem regular, como na imagem acima. Já os chamados cistos complexos são aqueles que apresentam no seu interior algum material sólido, às vezes com septos, áreas de fibrose e contornos irregulares.
Enquanto todos os cistos simples são necessariamente lesões benignas, os cistos complexos podem ou não ser tumores malignos. Alguns cistos complexos são apenas cistos com algum grau de calcificação, fibrose ou sangramento no seu interior. Apesar de não terem aparência de cisto simples na ultrassonografia eles não deixam de ser uma lesão benigna.
O problema é o exame de ultrassom nem sempre é capaz de fazer essa distinção entre cistos complexos benignos e malignos. Quando as características do cisto não permitem fazer essa diferenciação com segurança, a realização de uma tomografia computadorizada costuma ser indicada. Além da realização da tomografia computadorizada, o ideal é que todos os pacientes com cisto renal complexo sejam avaliados por um Urologista.
Classificação de Bosniak
A classificação de Bosniak, que vai de I a IV, foi criada para padronizar a descrição das características dos cistos renais na tomografia computadorizada. A partir do resultado do Bosniak, o urologista irá definir a sua conduta.
· Bosniak I é o cisto renal simples e benigno.
· Bosniak II também é um cisto renal benigno, mas que contém alguns septos e discretas calcificações que podem ser confundidos ao ultrassom.
· Bosniak IIF é o cisto com mais septos e com parede mais grossas que os da categoria II, mas ainda não tão grosseiros como o da categoria III. A categoria IIF também inclui lesões totalmente intrarrenais com diâmetro> 3 cm.
· Bosniak III são cistos grosseiros com paredes grossas, vários septos e material denso no interior. Pode ser um câncer, mas também um cisto que sangrou ou que foi infectado. Esse achado indica que o médico deve aprofundar a investigação da lesão.
· Bosniak VI são os cistos renais com características de câncer.
Conduta de acordo com a classificação de Bosniak:
· Cistos Bosniak I e II são benignos. O médico pode solicitar um novo exame de imagem após 1 ano para ter certeza que o cisto mantém as mesas características. Casos estejam iguais, não é preciso manter seguimento.
· Cistos Bosniak IIF são provavelmente benignos, mas devem ser acompanhados com exames anuais para ver se suas características mudam. Em caso de dúvida, eles devem ser tratados como se fossem Bosniak III.
· Cistos Bosniak III devem ser melhor avaliados com biópsia guiada por imagem ou através de cirurgia.
· Cistos Bosniak IV devem sempre ser operados, uma vez que mais de 85% deles são cânceres.
Sintomas
Os cistos simples praticamente não apresentam relevância clínica. Muito raramente o cisto é grande o suficiente para causar algum sintoma, como dor lombar. Hemorragias e infecções do cisto podem ocorrer, mas também são incomuns.
Muitos pacientes usam o achado do cisto em um dos rins para justificar alguma eventual dor lombar que sintam, mas o fato é que 99% dos cistos renais são pequenos e assintomáticos. Se você tem dor lombar, a não ser que seu cisto tenha vários centímetros de diâmetro (geralmente mais de 10 cm), a causa mais provável da dor é um problema na coluna lombar e não o cisto renal.
Quando o cisto renal simples preocupa?
Se em pessoas acima de 50 anos o cisto simples é comum, o seu achado em pessoas muito jovens, principalmente se não for um cisto solitário, deve levantar suspeita de doença policística renal em fases iniciais.
Diferentemente dos cistos simples, a doença renal policística inicia-se em adultos jovens e se caracteriza pelo progressivo aparecimento de dezenas de cistos ao longo da vida. Esta é considerada uma doença e deve ser seguida de perto por um nefrologista, pois costuma, depois de décadas, levar à insuficiência renal crônica. Na doença dos rins policísticos, os cistos crescem descontroladamente, ocupando espaço que deveria ser do tecido renal normal, levando à destruição do rim ao longo dos anos.
Consideramos normal:
· Até os 30 anos – presença de no máximo 2 cistos em um rim, ou 1 cisto em cada rim.
· Entre 30 e 60 anos – presença de no máximo 2 cistos em cada rim.
· A partir dos 60 anos – presença de no máximo 4 cistos em cada rim.
Se você tem mais cistos do que o estabelecido nos critérios acima, procure um nefrologista para investigar a possibilidade de ter rins policísticos.
Nomenclatura ao ultrassom
Seria bom se em toda ultrassonografia, o radiologista descrevesse um cisto simples como tal. Porém, muitas vezes o laudo do exame é feito apenas de forma descritiva, ou seja, o radiologista apenas diz o que viu, sem se comprometer com um diagnóstico. Por isso, é comum vermos  no laudo apenas a referência sobre um cisto, sem dizer se ele é simples ou complexo. 
Quando não há maiores descrições sobre o cisto, trata-se de apenas um cisto simples, já que se o cisto fosse complexo, o radiologista teria a obrigação de descrevê-lo como tal.
Em alguns casos, nem a palavra cisto é usada no relatório do ultrassom. Como os cistos simples são compostos por líquidos, sua densidade é menor que a do tecido renal. Portanto, na ultrassonografia eles se apresentam como uma imagem mais escurecida que o restante do rim, podendo ser descritos com termos como: imagem ou nódulo anecoico, anecoide, anecogênico, hipoecóico ou hipoecogênico.
Todos esses termos indicam apenas que a estrutura reflete pouco o som emitido pelo aparelho de ultrassom, sendo essa a característica dos cistos.
O laudo do ultrassom costuma ainda trazer a localização anatômica do cisto, como, por exemplo, cisto cortical, nos casos de cistos localizados na região mas superficial dos rins, chamada de córtex renal, ou cisto parapiélicos, como nos casos de cistos localizados perto da pelve renal.
Logo, se o resultado do seu ultrassom traz um relatório dizendo algo como: nódulo cortical hipoecogênico medindo 12 mm x 13 mm, isso apenas indica um cisto simples no córtex renal com cerca de 1,2 cm de tamanho.
Por outro lado, se o laudo fala em nódulo exofítico, cisto complexo, cisto de conteúdo heterogêneo ou cisto não puro, isso significa que as características da lesão não são totalmente benignas. Nestes casos, é precisover melhor a imagem através de uma tomografia computadorizada ou ressonância magnética.
Tratamento
Na maioria dos casos não há indicação para tratar cistos renais. O seu aparecimento faz parte do processo natural de envelhecimento e não costumam causar nenhum sintoma ou complicação.
Nos casos em que o cisto é muito grande e causa dor, geralmente acima dos 5-10 cm, pode-se aspirá-lo ou retirá-lo por cirurgia. Do mesmo modo, se houver uma infecção do cisto que não responda ao tratamento com antibiótico, a remoção cirúrgica do mesmo pode ser indicada.
Cabe ressaltar, porém, que a necessidade de operar um cisto renal é algo muito pouco comum. O habitual é o paciente ter o cisto renal há anos e nem sequer suspeitar do fato.
Cistite	
As infecções urinárias são muito frequentes — elas, por exemplo, foram responsáveis pela internação da atriz Rogéria, que acabou morrendo posteriormente. Entre as variações desse problema, destaca-se a cistite, que é deflagrada por bactérias e causa dor e ardência ao urinar.
Na maioria dos casos, os micro-organismos responsáveis pelo problema são do grupo dos coliformes fecais que habitam o intestino, sobretudo a bactéria Escherichia coli. Um descuido na higiene é suficiente para promover a migração desses germes para os órgãos genitais e, de lá, para a uretra e a bexiga. Uma vez ali, encontram um ambiente perfeito para se multiplicar, desencadeando a infecção.
Além da limpeza inadequada após a evacuação, a contaminação pode ocorrer durante o sexo, quando os micróbios presentes na área perianal conseguem chegar até a uretra. O desconforto aparece também quando a mulher segura a urina por muito tempo: a bexiga cheia se torna um lugar propício para as bactérias se propagarem.
Entre os homens, a cistite é bastante incomum. Em geral, só aparece na maturidade, quando um eventual aumento da próstata dificulta o esvaziamento da bexiga, gerando acúmulo de urina.
Propensão genética, baixa imunidade ou bactérias mais agressivas podem fazer com que a infecção se estenda até a pelve do rim. Um quadro assim é capaz de desencadear uma insuficiência renal ou até uma septicemia, complicação em que o processo infeccioso se espalha pelo corpo, levando a vítima ao risco de morte.
Sinais e sintomas
– Dor e ardor ao urinar
– Dor no baixo ventre
– Sensação persistente de bexiga cheia, mesmo depois de esvaziá-la
– Presença de sangue no xixi
– Febre
– Dor nas costas
Fatores de risco
– Sexo feminino
– Idade avançada
– Segurar o xixi
– Higiene malfeita
– Diabetes
– Prisão de ventre
– Pedra nos rins
– Uso de espermicidas quando se usa o diafragma para evitar gravidez
A prevenção
Tomar muita água é um hábito que ajuda tanto na prevenção quanto na eliminação das bactérias quando elas já se instalaram na bexiga. Como na maioria das vezes a contaminação acontece quando micro-organismos que saem pelas fezes entram no trato urinário pela uretra, canal por onde sai a urina, a higiene íntima precisa ser caprichada – e sempre utilizando o papel higiênico no sentido da frente para trás.
Outra recomendação às mulheres é urinar após as relações sexuais, já que a ação mecânica da penetração facilita a invasão das bactérias. Aliás, segurar o xixi é uma ameaça a ser evitada. Quanto mais tempo os micróbios permanecem na bexiga, maior a probabilidade de se alojarem por ali.
O diagnóstico
O relato dos sintomas em geral é suficiente para distinguir a cistite de outras doenças do trato urinário. O urologista (ou ginecologista) em geral também solicita um exame de urocultura – uma amostra do xixi é analisada em laboratório para detectar a presença do micróbio e descobrir o tipo responsável pela infecção.
A urina coletada servirá para a realização de outro teste, chamado antibiograma. Ele mostra como as bactérias reagem a diversos tipos de antibiótico, o que vai determinar a prescrição do medicamento mais eficaz para debelar a infecção.
O resultado desses exames ajuda a descartar outro tipo de cistite, a intersticial, de origem desconhecida. A principal teoria é de que essa forma da doença ocorra em razão de falhas na mucosa que protege a bexiga, propiciando a entrada de substâncias capazes de irritar a parede do órgão. Em casos assim, tomar antibiótico é ineficaz e ainda colabora para aumentar a resistência das bactérias.
O tratamento
Antes de tudo: beba bastante água. O tratamento da cistite em geral também prevê o uso antibiótico por pelo menos três dias, podendo se estender em casos de infecções mais severas e persistentes.
Se nas primeiras 48 horas não há melhora do quadro, o médico poderá indicar a substituição do remédio. Ah! E analgésicos entram em cena para atenuar a dor típica da cistite.
Vale lembrar que a automedicação, sempre desaconselhada, é ainda mais perigosa quando se trata de debelar bactérias. O uso de fármacos inadequados leva a uma resistência desses micro-organismos, tornando cada vez mais difícil seu controle.
Pelo mesmo motivo, a medicação nunca deve ser interrompida antes do tempo determinado pelo especialista. Isso porque, ainda que os sintomas tenham desaparecido logo depois de tomar as primeiras doses, a bactéria continua viva e agindo na bexiga. Suspender o remédio antes da hora aumenta o risco de tornar a infecção ainda mais séria e resistente.
Para mulheres que sofrem com repetidos episódios de cistite, o médico pode usar a estratégia de receitar o antibiótico de forma preventiva, ou seja, em doses menores e por um período prolongado. Se a doença insistir em voltar ao término do tratamento, a saída pode ser o uso de uma vacina via oral que fortalece o sistema imunológico contra a bactéria Escherichia coli.
Uretrite
Uretrite é o nome genérico usado para designar inflamação ou infecção na uretra, canal que sai da bexiga e chega ao meato urinário, o ponto de contato com o meio exterior.
As infecções que acometem a uretra têm extrema importância em saúde pública, porque muitas delas são provocadas por germes transmissíveis durante o ato sexual causando epidemias de doenças venéreas, ou seja, de infecções sexualmente transmissíveis (IST).
As uretrites têm diversas causas. Talvez a conhecida há mais tempo seja a uretrite gonocócica, descrita por Hipócrates 400 anos antes de Cristo e provocada pela bactéria Nesseria gonorrheae, que pode desenvolver-se também em órgãos como a faringe e o canal do ânus. Outro agente responsável por uretrites é a Chlamydia trachomatis, bactéria intracelular de grande poder infectante.
Os sintomas da gonorreia são agressivos o que facilita o diagnóstico precoce e antecipa o início do tratamento. Já a infecção pela clamídia pode ser silenciosa. Isso aumenta a possibilidade de transmissão e explica a prevalência crescente da doença.
Causas
A uretrite pode ser causada por bactérias, fungos ou vírus (por exemplo, vírus do herpes simples).
Doenças sexualmente transmissíveis são causas comuns de uretrite. Organismos – como Neisseria gonorrhoeae, que causa gonorreia – podem espalhar-se pela uretra durante a relação sexual com um(a) parceiro(a) infectado(a). Clamídia e o vírus do herpes simples também são comumente transmitidos sexualmente e podem causar uretrite ( Infecção por clamídia e outras infecções). Quando os homens desenvolvem uretrite, o micro-organismo da gonorreia é a causa mais comum. Apesar de esse micro-organismo poder infectar a uretra das mulheres, a vagina, o cérvix, o útero, os ovários e as trompas de Falópio têm maior probabilidade de serem infectados. As tricomonas são parasitas microscópicos que provocam igualmente uretrite nos homens. A uretite também pode ser causada por bactérias que comumente causam outras infecções do trato urinário, como Escherichia coli.
Sintomas
Tanto nos homens como nas mulheres, normalmente há dor ao urinar e uma necessidade frequente e urgente de urinar. Algumas pessoas não apresentam sintomas. Nos homens, quando a causa for gonorreia ou clamídia, há normalmente uma secreção da uretra. A secreção é frequentemente verde-amarelada e espessa quando o micro-organismo, denominado gonococo, está envolvido, e pode ser clara emais líquida quando outros organismos estão envolvidos. Nas mulheres, a secreção é menos comum.
Outros distúrbios que causam dor ao urinar incluem infecção da bexiga e vaginite (inflamação da vagina).
Complicações da uretrite
Infecções da uretra que não são tratadas ou são tratadas inadequadamente podem causar um estreitamento (estenose) da uretra. A estenose aumenta o risco de infecções na bexiga ou nos rins. A gonorreia não tratada leva, raramente, a um acúmulo de pus (abscesso) em volta da uretra. Um abscesso pode provocar divertículos na parede uretral (divertículos uretrais), a qual pode ficar igualmente infectada. Se o abscesso perfurar a pele, a vagina ou o reto, a urina pode fluir por uma conexão anormal recentemente criada (fístula uretral).
Diagnóstico
· Urinálise
· Às vezes, urocultura
O médico pode normalmente estabelecer o diagnóstico da uretrite a partir dos sintomas e dos exames. Uma amostra da secreção, se presente, é coletada pela inserção de uma haste com ponta macia na extremidade da uretra. O esfregaço uretral é enviado para o laboratório para análise, a fim de identificar o micro-organismo infeccioso.
Prevenção e tratamento
· Antibióticos para causas comuns; antivirais para herpes simples
· No caso de infecções sexualmente transmissíveis, tratamento de parceiros
As doenças sexualmente transmitidas que causam uretrite podem ser evitadas com a utilização de um preservativo.
O tratamento depende da causa da infecção. Entretanto, a identificação do micro-organismo que causa uretrite pode levar dias. Dessa forma, os médicos normalmente começam o tratamento com antibióticos que curam as causas mais comuns. Para homens sexualmente ativos, o tratamento é normalmente realizado com uma injeção de ceftriaxona para a gonorreia mais azitromicina oral ou doxiciclina oral para a clamídia. Se os exames excluírem a possibilidade de gonorreia e clamídia, trimetoprima/sulfametoxazol ou um antibiótico à base de fluoroquinolona (como ciprofloxacino) pode ser usado. As mulheres podem ser tratadas como se tivessem cistite. Para o tratamento de uma infecção por herpes simples, pode ser necessário um medicamento antiviral, como o aciclovir. Se a suspeita for de uma doença sexualmente transmissível, os parceiros sexuais devem ser avaliados para determinar a necessidade de tratamento. Homens diagnosticados com uretrite devem ser testados para HIV e sífilis.
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