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08/11/2021 – 12/11/2021 São Luís - Maranhão - Brasil EFEITO DA TAXA DE DEPOSIÇÃO DO PROCESSO COM ARAME TUBULAR SOBRE A GERAÇÃO DOS GASES CO (MONÓXIDO DE CARBONO) E CO2 (DIÓXIDO DE CARBONO) EFFECT OF THE DEPOSITION RATE OF THE TUBULAR WIRE PROCESS ON THE GENERATION OF CO (CARBON MONOXIDE) AND CO2 (CARBON DIOXIDE) GASES Roberta P. B. Reis1, Valter A. D. Meneses2 e Paulo V. C. Caetano3 1 - Programa de Pós Graduação em Engenharia Mecânica - PPGMEC, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA), Sao Luis, MA, Brasil. Brasil. roberta_pbatista@yahoo.com.br RESUMO Este trabalho tem como objetivo analisar e avaliar o efeito da taxa de deposição da massa/tempo sobre os níveis de emissão dos gases CO e CO2 no processo de soldagem com arame tubular. A relevância se torna necessária para verificar a correta regulagem dos parâmetros de soldagens e o estudo dos efeitos destes gases no processo tubular. Foi utilizado o arame tubular de Ø1,2mm com proteção gasosa 100%CO2 e Ar+25%CO2, mantendo-se fixo a corrente 134±5A, velocidade de alimentação 4m/mim, velocidade de soldagem 12cm/mim, vazão do gás 12l/mim, variando somente à DBPC entre 12 e 13mm. No estudo foram medidos os gases CO e CO2 na posição vertical ±30cm da peça no sentido vertical e na posição da sonda instalada na região de respiração do soldador a ±70cm da região da soldagem. Foi feita a parametrização para obtenção da maior taxa de deposição e um bom acabamento dos cordões através das tensões 23V,24V e 26V.Os resultados mostraram que a taxa de deposição é diretamente proporcional a geração de gases, que a mesma aumentou através da corrente, tensão, da DBCP e que a taxa de deposição foi maior na mistura gasosa Ar+25%CO2. Também houve maior geração de CO nas duas posições de soldagem utilizando os dois tipos de gases, os valores gerados de CO chegaram a 864% acima dos limites da NR-15(39ppm) e 674% da OSHA(50ppm), enquanto que só houve geração de CO2 na posição de ±30cm da peça, com gás de proteção de 100%CO2. Palavras-chave: taxa de deposição, monóxido de carbono, dióxido de carbono, gases de proteção, arame tubular com proteção gasosa. ABSTRACT This work aims to analyze and evaluate the effect of the mass/time deposition rate on the emission levels of CO and CO2 gases in the tubular wire welding process. Relevance becomes mailto:roberta_pbatista@yahoo.com.br 2 necessary to verify the correct adjustment of the welding parameters and the study of the effects of these gases on the tubular process. A Ø1.2mm tubular wire with 100% CO2 and Ar+25%CO2 gas protection was used, keeping the current 134±5A fixed, feed speed 4m/min, welding speed 12cm/min, gas flow 12l /me, ranging only to DBPC between 12 and 13mm. In the study, CO and CO2 gases were measured in the vertical position ±30cm of the part in the vertical direction and in the position of the probe installed in the breathing region of the welder at ±70cm from the welding region. Parameterization was performed to obtain the highest deposition rate and a good finish of the beads through voltages 23V, 24V and 26V. The results showed that the deposition rate is directly proportional to the generation of gases, which increased through the current, tension, from DBCP and that the deposition rate was higher in the Ar+25%CO2 gas mixture. There was also greater generation of CO in the two welding positions using the two types of gases, the generated values of CO reached 864% above the limits of NR-15(39ppm) and 674% of OSHA(50ppm), while there was only CO2 generation at the ±30cm position of the part, with 100% CO2 shielding gas. Keywords: deposition rate, carbon monoxide, carbon dioxide, shielding gases, gas shielded tubular wire. INTRODUÇÃO Atualmente o mercado mundial e nacional tem exigido o desenvolvimento de novas tecnologias em soldagem, no que diz respeito a implantação de novas técnicas e formas, assim também quanto ao aprimoramento das técnicas antigas com o objetivo de aumentar a produtividade, a qualidade e baixos custos, garantindo dessa forma uma competitividade nas indústrias. A soldagem com arame tubular (FCAW) surge como uma alternativa para suprir as deficiências do processo MIG/MAG. Portanto, este processo utiliza como arame uma fita metálica na forma tubular envolvendo um fluxo, a operação é semelhante ao processo MIG/MAG e busca garantir, ou até aumentar, a alta eficiência de produção do MIG/MAG, com alto desempenho das características operacionais proporcionadas pelo fluxo (melhorias das características metalúrgicas e, consequentemente, das propriedades mecânicas). A composição química do fluxo pode ser alterada, em função do requerimento do material a ser soldado. Sua maior restrição reside no maior custo do consumível, mantendo-se de forma similar a complexidade de correlação entre as variáveis que governam o processo [5]. O arame tubular tem custo superior ao arame cobreado, no entanto, existe uma compensação entre o custo e benefício que o mesmo apresenta, como alta produtividade no processo e qualidade do cordão da solda produzido, contribuindo para a compensação dos benefícios relacionadas ao elevado custo do arame, a estudos que comprovam também que o arame tubular apresenta um desempenho muito maior que o processo MIG/MAG com arame maciço [5]. A saúde respiratória dos soldadores é afetada pelos gases formados durante os processos de soldagem. O dióxido de carbono (CO2) pode ser reduzido e convertido em monóxido de carbono (CO), um gás altamente tóxico. Alguns agentes desengordurantes produzem a oxidação de vapores que em alguns momentos são utilizados para limpeza de metais de base na soldagem, e também contribuem para a formação de gases tóxicos, como o fosgênio [12]. O uso de misturas gasosas com o CO2 e até mesmo puro como proteção gasosa externa emitem grandes quantidade dos gases CO2 e CO no ambiente de trabalho, capazes de gerar asfixia e intoxicação, respectivamente nos trabalhadores. Segundo os autores, a geração desses gases não tem dependência direta com a estabilidade do arco e comprimento de arco, na mesma 3 proporção em que a geração de fumos é sensível a esses fatores, sendo maior a geração de CO2 e CO de acordo com o aumento do percentual de CO2 na mistura utilizada como gás de proteção [13]. A norma NIOSH (2002) cita que, além de outros fatores físicos nocivos perigosos, tais como ruído, radiações ultravioleta e infravermelha, também substâncias químicas reativas são geradas durante a soldagem. Estas incluem substâncias gasosas, tais como O3 (Ozônio), monóxido de carbono (CO), óxidos nítricos e partículas, tais como ferro (Fe), cromo (Cr), níquel (Ni), manganês (Mn), cobre (Cu) e seus óxidos [12]. Quanto a taxa de deposição é definida como a quantidade de metal depositado por unidade de tempo, onde é influenciada pelos arames utilizados no processo e também pela densidade de corrente. Em relação ao arame tubular, o mesmo possui uma maior densidade de corrente que o arame maciço, para uma mesma bitola de arame. Segundo os autores citam uma característica diferente na soldagem com arames tubulares é o uso de uma maior extensão do arame, principalmente quando se deseja otimizar o processo para altas taxas de deposição. Nos arames com proteção gasosa limita-se o uso de grandes extensões de arame devido à proteção do gás que pode ficar prejudicada. Recomenda-se valores entre 19 e 38 mm [9]. MATERIAIS E MÉTODOS Neste trabalho, utilizou-se o processo de soldagem FCAW com arame tubular para realização dos ensaios de medição dos gases gerados durante o processo de soldagem com arame tubular, foram realizadas soldas sobre chapa, na posição de topo, utilizando como material de base barras chatas de aço carbono 1012 com dimensões de 200mm x 35mm x 6mm (comprimento x largura x espessura).Nos testes foram usados os gases de proteção externa a mistura Ar+25%CO2 e 100%CO2, nas posições de captura do gás emitidos a 30 cm na vertical e 70 cm na horizontal da área de soldagem, utilizando-se uma multiprocessos modelo IMC Inversal 600 e ângulo de soldagem da tocha de 90º.Especificações técnicas: Corrente nominal: 320A; Corrente máxima: 600A; Corrente a 100%Fc: 320A/30V; Potência nominal:13KVA, conforme Fig. (1), a soldagem acorreu de forma automática utilizando um carrinho denominado tartaruga, que é uma adaptação feita para manusear de forma automática a tocha de soldagem no sentido horizontal da queima e no seu retorno, com o objetivo de garantir maior repetibilidade aos experimentos. Figura 01- (a) Serra fita. (b) Máquina multiprocessos utilizada durante o processo de soldagem. (c) Interface Homem máquina da IMC Inversal 600. 4 Foi utilizado o arame tubular do tipo rutílico para soldagem em um único passe ou multipasse em todas as posições do tipo (AWS A5.20 E71T-1C) de diâmetro 1,2 mm, destinado a soldagem de aços de baixo e médio teor de carbono, soldagem estrutural e construção pesada em geral, e as características do arame tubular apresentadas na Tab. (1). Para cada posição de soldagem, variou-se somente a DBCP entre 12mm e 13 mm e o gás de proteção (75%Ar- 25%CO2 e 100%CO2), realizando 3 testes para cada uma das tensões de trabalho (23V, 24V e 26V), totalizando 36 testes. Tabela 01. Composição química do arame tubular E71T-1C Para o corte das amostras a serem soldadas foi utilizada uma serra de fita marca S. Ramos, modelo 260; para a medição dos gases CO2 e CO em ppm, foi utilizado equipamento Analisador de gases modelo PC MULTIGÁS, marca NAPRO (ELETRÔNICA INDUSTRIAL LTDA). Na figura 02, são mostrados os equipamentos utilizados para corte e soldagem das amostras e na figura 03, são mostrados o equipamento utilizado para medição da concentração de gases em % de volume. Inicialmente foram cortadas as chapas de aço carbono SAE 1012 nas dimensões 200 mm de largura pelas dimensões de comprimento da própria chapa, depois foram cortadas na Serra Fita, 36 corpos nas dimensões de 200mm x 35mm x 6mm e mais 10 corpos para as parametrizações, conforme mostra a ilustra a Fig. (2). Após foram feitas a limpeza nas peças utilizando uma esmerilhadeira da marca Bosch, utilizando os discos flepes e de desbastes para remoção de partículas e para melhorar o acabamento de cada corpo de prova. Figura 2. (a) Peças cortadas nas dimensões 200mmx35mmx6mm O layout da montagem dos equipamentos foi instalado no Laboratório de soldagem do IFMA, onde foram montados a máquina de solda interligada à tartaruga que movimenta o bocal da tocha da máquina, cilindro de gases 100% CO2 e Ar + 25%CO2, aparelho de coleta de gás, conforme a Figura 3. 5 Figura 3. Layout dos equipamentos As medições foram realizadas nas posições de soldagem ± 30 cm na vertical em relação a chapa a ser soldada, conforme figura 4 (a) e na posição da Sonda instalada na narina do soldador a 70 ± cm na horizontal da peça, conforme mostra a figura 4 (b). Figura 4 (a) posição da sonda a ± 30 cm na vertical e (b) posição da sonda a ± 70 cm na horizontal da peça A primeira etapa deste trabalho consistiu em obter uma faixa de parâmetros que fossem ideais para atender a metodologia proposta e, desse modo, realizar a medição dos gases gerados nas soldagens (CO e CO2) com o processo de arame Tubular, sob a proteção de diferentes gases (100% CO2 e a mistura Ar+25% CO2). Portanto tomou-se como valores iniciais de tensão os valores recomendados pelo fabricante do arame tubular, iniciando os testes na primeira tensão sugerida pelo fabricante ESAB. O primeiro passo foi programar na máquina as variáveis fixas: a velocidade de alimentação em 4m/min, DBCP de 12 mm, Vazão do gás em 12l/min e variando apenas as tensões partindo da primeira sugerida pelo fabricante 23, 24, 25,26,27 e 28 V. Com o objetivo de se determinar tanto a velocidade de alimentação (Valim), que levasse à corrente média desejada (Im=134 ± 5A), como a velocidade de soldagem (Vs), que resultasse em um cordão de solda com volume adequado, foram feitas soldagens mantendo-se fixos à distância de bico contato-peça (DBCP) em 12 mm, ângulo da tocha em 10 1º puxando, gás de proteção 100% CO2, arame tubular do tipo rutílico com proteção gasosa (AWS A5.20 E71T-1C) de diâmetro 1,2mm e vazão do gás 12l/min. Com uma velocidade de soldagem (Vs) preliminar de 12,1 (cm/min) variou-se sequencialmente a velocidade de alimentação (Valim) até que a corrente média desejada fosse atingida, conforme a Tab.2. Tabela 2. Parâmetros de regulagem e monitoramento dos testes iniciais para definição das condições de Soldagem (corrente média almejada de 134 ± 5A). (a) (b) 6 Figura 5. Aparência dos cordões de solda em função da tensão de regulagem A partir dos parâmetros iniciais levantados no item 4.3, as soldas sobre as chapas de testes foram realizadas, varrendo-se a regulagem de tensões de soldagens (23, 24, 25, 26, 27 e 28 V), de modo a se obter desde comprimentos de arcos muito curtos a muito longos. Como ao variar a tensão, a corrente média (Im) mudou de valor, a mesma foi ajustada para se manter constante, através da distância bico de contato-peça. RESULTADOS E DISCUSSÃO Taxa de Deposição Para encontrar o rendimento de deposição, utilizou-se os valores da massa da chapa antes e depois da realização do cordão de solda. Da diferença das massas (levando-se em conta o cuidado em se retirar os respingos que ficam na chapa), obteve-se como resultado a massa real de material depositada na mesma, que é a própria massa do cordão de solda. Conhecendo-se a densidade, o diâmetro e o comprimento do arame utilizado (este último calculado a partir do tempo de soldagem e da velocidade de alimentação), foi possível obter a massa de arame que foi alimentado. Dividiu-se a massa do cordão pela massa de arame alimentado para assim, obter o rendimento de deposição (comumente expresso em porcentagem). As medidas do rendimento de deposição () foram realizadas para validar os resultados obtidos para as condições de maior e menor taxa de deposição, obtidas através dos resultados das soldas feitas com diferentes taxas de deposição, para a obtenção da corrente média (Im = 134 ± 5A). Tabela 3. Parâmetros de regulagem e monitoramento dos testes iniciais para definição das condições de Soldagem (corrente média almejada de 134 ± 5A). 26 V 27 V 7 Observou-se através da Tab. (3) que as maiores taxas de Td (Taxa de deposição) e Rn (Rendimento de deposição) que contribuíram para um bom acabamento dos cordões de solda nos testes preliminares foram obtidas nas tensões de 23V e 24V e 26 V, dessa forma foi definida como parâmetros de soldagem na pesquisa durante as coletas de gases. Na Tabela 4 consta os valores de Taxa de deposição, fusão e consequentemente de rendimento para os parâmetros definidos. Tabela 4. Parâmetros de regulagem e monitoramento dos testes para definição das condições de taxa de deposição e rendimento (corrente média almejada de 134 5A) A Tabela. 5 mostra a média da taxa de deposição, rendimento e taxa de deposição por unidade de comprimento nas duas posições de soldagem, onde observa-se que elas são maiores com utilização da mistura gasosa de Ar +25% CO2 do que com a proteção 100% CO2. Tabela 5. Gerações dos gases CO (a) e CO2 (b) relacionada a taxa de deposição e tensão, na posição da sonda instalada a ± 30 cm da peça com gás de proteção 100% CO2. A figura 6 e 7 mostram as relações entre as gerações de CO (Monóxido de carbono), CO2 (dióxido de carbono), respectivamente em função da tensão e da taxa de deposição, na posição da sonda instalada a ± 30 cm da peça na vertical, com gás de proteção 100% CO2. Na fig. 6 (a) e (b) observa-seque a geração dos gases CO e CO2 está relacionada diretamente proporcional a taxa de deposição e a tensão de trabalho, ou seja, a geração aumenta ou diminui conforme aumenta ou diminui a tensão e a taxa de deposição. U Imédia Massa Inicial Massa Final Massa do cordão Tempo de Arco Aberto Tdeposição (pela massa) Taxa de Fusão Rend. De Deposiçã o (V) (A) (g) (g) (g) (min) (g/min) (g/min) % 1 23 127 437,06 467,7 30,64 1,35 22,70 29,3 77,5 2 24 136 410,81 441,8 30,99 1,36 22,79 29,3 77,8 3 25 131 424,39 453,9 29,51 1,36 21,70 29,3 74,1 4 26 134 470,27 501,1 30,83 1,36 22,67 29,3 77,4 5 27 129 435,89 466,8 30,91 1,36 22,73 29,3 77,6 Exp. TD (g/min) ND % TD por unid. (g/cm) 100% CO2 22,84 77,9 1,89 Mistura Argonio + 25% CO2 23,93 81,7 1,98 100% CO2 21,51 73,4 1,78 Mistura Argonio + 25% CO2 24,07 82,1 1,99 P o si çã o d e So ld ag em - 3 0 c m d a ch ap a P o si çã o d e So ld ag em - 5 0 c m d a ch ap a n a 8 Figura 6. Gráfico das gerações dos gases CO (a) e CO2 (b) relacionada a taxa de deposição e tensão, na posição da sonda instalada a ± 30 cm da peça com gás de proteção 100% CO2. Na fig. 7 (a) e (b) observa-se que não houve geração de gases CO2 com a mistura gasosa de proteção, no entanto, a tensão e taxa de deposição nesta posição com a mistura gasosa mostrou um comportamento diferente em relação dos valores gerados para proteção gasosa 100% CO2, onde gerou CO fixo para as 3 tensões gerando 100 ppm e em relação ao CO2 não houve geração de gás. Figura 7 Gráfico das gerações dos gases CO e CO2 relacionada com a taxa de deposição e tensão, na posição da sonda instalada a ± 30 cm da peça com gás de proteção 75%Ar + 25% CO2. As figuras 8 e 9 mostram as relações entre as gerações de CO2 (dióxido de carbono) e CO (Monóxido de carbono), respectivamente em função da tensão e da taxa de deposição, na posição da sonda instalada a ± 70 cm da peça, com gás de proteção de 100% CO2. Na fig. 8 (a) e (b) observa-se que não houve geração de gases CO2, mesmo sendo 100% CO2 como proteção gasosa externa, mas a taxa de deposição é sempre proporcional a tensão de trabalho. Na geração do CO houve uma queda em relação a tensão de 24V, mantendo-se constante entre a tensão de 23 V e 26V. (a) (b) (a) (b) 9 Figura 8 Gráfico da geração de CO (a) e CO2 (b) em função da taxa de deposição e tensão na posição da sonda instalada a ± 70 cm da peça na horizontal, com gás de proteção 100% CO2. Na fig. 9 (a) e (b) observa-se que não houve geração de gases CO2, com a mistura gasosa externa, que a taxa de deposição se mostra sempre proporcional a tensão de trabalho. Figura 9 Gráfico da geração dos Gases CO e CO2 relacionada com a taxa de deposição e tensão, na posição da sonda instalada a ± 70 cm da peça com gás de proteção 75%Ar + 25% CO2. Medições dos gases As medições das concentrações dos gases gerados CO e CO2 foram realizadas durante as soldagens em função do tempo, conforme a tabela 6 constam a média das gerações dos gases gerados nos experimentos na posição de soldagem colocando a Sonda a ± 30 cm na vertical em relação a chapa a ser soldada. E na tabela 7 a média das gerações na posição da Sonda na narina do soldador a 70 ± cm na horizontal da peça. As concentrações de gases gerados serão dadas em percentual (%) de Volume e em PPP – Parte por Milhões, devido o aparelho de captura de gases medir em percentual por volume e foi necessário converter para PPM, devido as leis trabalhistas utilizarem os parâmetros em PPM. Também foram realizadas as médias das medições para 30, 60 e 90 segundos para cada gás de proteção externo em cada posição. A formula utilizada para conversão de Percentual de volume em ppm foi multiplicar cada valor encontrado por 1.000.000 e depois dividir por 100. PPM = (% x 1.000.000) / 100 Eq. (6.2) Onde: PPM = Parte por milhões % = Percentual em volume (a) (b) (a) (b) 10 As Fig. 6 e 7 mostram as relações entre as concentrações de CO (Monóxido de carbono) e CO2 (Dióxido de carbono), respectivamente, em percentual de volume conforme captado pelo aparelho de medição e em PPM, em função do gás de proteção para os tempos de 30 s, 60 s e 90 s. Tabela 6. Concentrações de CO e CO2 na posição da Sonda instalada a ± 30 cm na Vertical em relação a peça. Verifica-se que o aumento do tempo para se fazer a coleta não interfere nos resultados, apesar de que, naturalmente, quanto maior o tempo maiores os teores de CO e CO2 na região do sensor. Neste estudo observou-se que quanto maior a composição de CO2 como proteção gasosa externa, mais foi gerado os gases CO e CO2 no arco, enquanto que na mistura na composição gasosa manteve-se constante e gerou apenas CO. Observado também que não há efeito da tensão (ou do comprimento de arco ou da estabilidade de transferência) na geração dos gases CO e CO2. Tabela 7 – Concentrações de CO e CO2 na Posição da Sonda na narina do soldador a ± 70 cm na horizontal da peça. Em relação a posição da sonda fixada na narina do soldador a uma distância de ± 70 cm na horizontal da peça soldada, não gerou nada de CO2, nem mesmo utilizando o gás 100% CO2 e se manteve constante os valores capturados no aparelho de medição de gases. Geração dos gases CO e CO2 na posição a ± 30 cm com proteção gasosa de 100% CO2 Para a análise estatística dos dados aquisitados, foi utilizado o método de análise de variância (ANOVA) e teste de Tukey, a fim de identificar se existiu variação significativa entre os dados (Montgomery, 2001). Para isso, foram comparados os dados de geração de CO2 e CO, em dois grupos: um referente aos testes com gás de proteção 100% CO2 e outro referente aos testes com gás de proteção Ar+25% CO2. Para a realização desta análise, foi utilizado o software Origin. Na tabela 6.3, temos a tabela da ANOVA juntamente com o teste de Tukey, para os dados de geração de CO e CO2, respectivamente, na solda com gás de proteção 100% CO2. % Vol. PPM % Vol. PPM % Vol. PPM % Vol. PPM % Vol. PPM % Vol. PPM 23 0,01 133 0,00 0 0,01 133 0,03 333 0,02 200 0,07 667 24 0,04 367 0,03 333 0,03 300 0,07 667 0,03 333 0,07 667 26 0,01 100 0,00 0 0,01 67 0,00 0 0,01 67 0,00 0 23 0,01 100 0,00 0 0,01 100 0,00 0 0,01 100 0,00 0 24 0,01 100 0,00 0 0,01 100 0,00 0 0,01 100 0,00 0 26 0,01 100 0,00 0 0,01 100 0,00 0 0,01 100 0,00 0 G ás 1 0 0 % C O 2 7 5 % A rg ô n io + 2 5 % C O 2 Gas de proteção Tensão CO CO2 (PPM) 90s CO CO2 30s 60s CO CO2 % Vol. PPM % Vol. PPM % Vol. PPM % Vol. PPM % Vol. PPM % Vol. PPM 23 0,01 100 0,00 0 0,01 100 0,00 0 0,01 100 0,00 0 24 0,01 100 0,00 0 0,01 100 0,00 0 0,00 33,3 0,00 0 26 0,01 100 0,00 0 0,01 100 0,00 0 0,01 100 0,00 0 23 0,01 100 0,00 0 0,01 100 0,00 0 0,01 100 0,00 0 24 0,01 100 0,00 0 0,01 100 0,00 0 0,01 100 0,00 0 26 0,01 133,33 0,00 0 0,01 100 0,00 0 0,01 66,67 0,00 0 CO CO2 G ás 1 0 0 % C O 2 7 5 % A rg ô n io + 2 5 % C O 2 Gas de proteção Tensão 30s 60s 90s CO CO2 (PPM) CO CO2 11 A tabela 8 mostra análise da variância entre os valores medidos dos gases gerados de CO e CO2 relacionando com as tensões de 23V, 24V e 26V, com gás de proteção de 100% CO2. Onde mostra que os valores analisados estatisticamente são significantemente diferentes e no teste de Thukey a relação entre as concentrações entre as tensões 24V / 23V e 26V e24V indica que a média entre elas são significantes. Tabela 8 (a) ANOVA e teste de Tukey para geração de CO com uso de gás de proteção 100% CO2. (b) ANOVA e teste de Tukey para geração de CO2 com uso de gás de proteção 100% CO2. (a) (b) Na fig. 10 mostra a geração dos gases CO e CO2 em formagráfica em função do tempo de soldagem e da tensão utilizada em cada processo na posição da sonda de captação instalada a ± 30 cm da peça na vertical, com proteção de gás de 100% CO2. Observa-se pelo gráfico que a geração do CO (a) aumenta em relação tanto ao aumento do tempo de soldagem (30s, 60s e 90s) quanto em relação ao aumento da tensão, portanto em relação ao CO2, a geração manteve-se zerada na tensão de 26V e apresentou um mesmo valor de geração no tempo de 90s, enquanto que nos demais tempos medidos foram diferentes. Notou-se que a tensão tem influência sobre os valores de gases gerados, que quanto maior a tensão, menor a geração de gases, principalmente na geração do CO2, sobre a proteção 100% CO2. Foi evidente também no estudo que a geração principalmente de CO atingiu valores médios elevadíssimos, como 367 ppm, que ultrapassa os limites de tolerância em 864% acima dos valores estipulados pela NR-15 (39ppm) e 674% em relação a OSHA (50ppm) e para o CO2 o maior valor médio atingiu 667ppm, mas ficou dentro dos limites de tolerância estipulados pela NR-15 (3900ppm) e pelos limites permissíveis de exposição da OSHA (5000 ppm). Figura 10. Gráfico da (a) Geração dos gases CO e (b) geração dos gases CO2 em relação ao tempo com gás de proteção 100%CO2 na posição da sonda instalada a ± 30 cm da peça na vertical. Geração dos gases CO e CO2 na posição a ± 30 cm com proteção externa e 75%Ar+25% CO2. Overall ANOVA DF Mean Square Fvalue Prob>F Model 2 51429,77778 51,746 1,65E-04 Error 6 883,88889 Total 8 Hipótese Alternativa: As médias de um ou mais níveis são diferentes DF SEM qValue Prob Alpha Sig LCL UCL 24V 23V 2 25,74087 9,77939 0,0011 0,05 1 99,01804 256,98196 26V 23V 6 25,74087 4,24872 0,05411 0,05 0 -156,31529 1,64863 26V 24V 8 25,74087 14,02811 1,49E-04 0,05 1 -334,31529 -176,35137 MeanDift 178 -77,33333 -255,33333 Sig 1 indica que a diferença das médias é significante em um nível de 0,05. Sig 0 indica que a diferença das médias não é significante em um nível de 0.05. Tukey Test Hipótese Nula: as médias de todos os níveis são iguais Sum of Squares 102859,5556 5963,33333 108822,8889 Em um nível de 0,05, as médias das populações são significativamente diferentes Overall ANOVA DF Mean Square Fvalue Prob>F Model 2 234654,3333 4,74344 0,05815 Error 6 49469,22222 Total 8 Hipótese Alternativa: As médias de um ou mais níveis são diferentes DF SEM qValue Prob Alpha Sig LCL UCL 24V 23V 2 181,60254 1,7314 0,48296 0,05 0 -334,88645 779,55311 26V 23V 6 181,60254 2,5958 0,2371 0,05 0 -890,55311 223,88645 26V 24V 8 181,60254 4,3272 0,05052 0,05 0 -1112,88645 1,55311 MeanDift 222,33333 -333,33333 -555,66667 Sig 1 indica que a diferença das médias é significante em um nível de 0,05. Sig 0 indica que a diferença das médias não é significante em um nível de 0.05. Tukey Test Hipótese Nula: as médias de todos os níveis são iguais Sum of Squares 469308,6667 296815,3333 766124 Em um nível de 0,05, as médias das populações são significativamente diferentes (a) (b) 12 Para a realização desta análise, foi utilizado o software Origin. Na tabela 6.4, temos a tabela da ANOVA, para os dados de geração de CO (a) e CO2 (b), respectivamente, na solda realizada a ± 30 cm da peça na vertical. Onde a tabela 6.4 mostra análise da variância entre os valores medidos dos gases gerados de CO e CO2 relacionando com as tensões de 23V, 24V e 26V, com gás de proteção de 75%Ar + 25%CO2. Onde mostra que as informações analisadas são insuficientes para tirar uma conclusão, devido os valores gerados não apresentarem diferenças significativas entre seus valores, ou seja, todas os valores gerados foram iguais. Tabela 9 (a) ANOVA para geração de CO com uso de gás de proteção 75% Argônio e 25% CO2. (b) ANOVA para geração de CO2 com uso de gás de proteção 75% Argônio+ 25% CO2. (a) (b) Na fig. 11 mostra a geração dos gases CO e CO2 em forma gráfica em função do tempo de soldagem e da tensão utilizada em cada processo na posição da sonda de captação instalada a ± 30 cm da peça na vertical, com proteção de gás de 75% Ar + 25% CO2. Observa-se pelo gráfico que a geração do CO (a) e CO2 não teve interferência da tensão e nem do tempo de soldagem (30s, 60s e 90s), tendo em vista que na geração CO os valores gerados são iguais em 100ppm enquanto que em relação ao CO2, não houve a geração de CO2. Figura 11. Gráfico da (a) Geração dos gases CO e (b) geração dos gases CO2 em relação ao tempo com gás de proteção 75% Argônio + 25% CO2 na posição da sonda instalada a ± 30 cm da peça na vertical. Geração dos gases CO e CO2 na posição ± 70 cm com proteção externa 100% CO2. Para a análise estatística dos dados aquisitados, foi utilizado o método de análise de variância (ANOVA), a fim de identificar se existiu variação significativa entre os dados (Montgomery, 2001). Para isso, foram comparados os dados de geração de CO e CO2, em dois grupos: um referente aos testes com gás de proteção 100% CO2 e outro referente aos testes com gás de proteção Ar+25% CO2 na posição de soldagem de ± 70 cm na região de respiração do soldador. Para a realização desta análise, foi utilizado o software Origin. Na tabela 10, temos a tabela da ANOVA juntamente com o teste de Tukey, para os dados de geração de CO e CO2, respectivamente, na solda com gás de proteção 100% CO2. Overall ANOVA DF Mean Square Fvalue Prob>F Model 2 0 Error 6 0 Total 8 Sum of Squares 0 0 0 Não há informações suficientes para tirar uma conclusão Overall ANOVA DF Mean Square Fvalue Prob>F Model 2 0 Error 6 0 Total 8 Sum of Squares 0 0 0 Não há informações suficientes para tirar uma conclusão (a) (b) 13 A tabela 10 mostra análise da variância entre os valores medidos dos gases gerados de CO e CO2 relacionando com as tensões de 23V, 24V e 26V, com gás de proteção de 100% CO2. Onde mostra que os valores analisados estatisticamente são significantemente diferentes para a geração do CO e insuficiente para tirar uma conclusão em relação aos dados devidos não terem gerado CO2 com a mistura nesta posição. Tabela 10 (a) ANOVA e teste de Tukey para geração de CO com uso de gás de proteção 100% CO2. (b) ANOVA e teste de Tukey para geração de CO2 com uso de gás de proteção 100% CO2. (a) (b) Na fig. 12 mostra a geração dos gases CO e CO2 em forma gráfica em função do tempo de soldagem e da tensão utilizada em cada processo na posição da sonda de captação instalada a ± 70 cm da peça na vertical, com proteção de gás de 100% CO2. Observa-se pelo gráfico que a geração do CO (a) foram iguais na tensão de 23V e 24V nos tempos medidos de 30s, 60s e 90s, enquanto que na tensão de 26V teve uma queda na geração aos 90s medidos. Em relação ao CO2 não houve geração nem nenhuma tensão e tempo. Da mesma forma o limite de tolerância gerado do CO ultrapassou os de tolerância em 256% acima dos valores estipulados pela NR-15 (39ppm) e 200% em relação a OSHA (50ppm) e para o CO2 não foi gerado nenhum valor. Figura 12. Gráfico da (a) Geração dos gases CO e (b) geração dos gases CO2 em relação ao tempo com gás de proteção 100% CO2 na posição da sonda instalada a ± 70 cm da peça na vertical 6.Geração dos gases CO e CO2 na posição a ± 70 cm com proteção externa 75%Ar+25% CO2 Para a análise estatística dos dados aquisitados, foi utilizado o método de análise de variância (ANOVA) e teste de Tukey, a fim de identificar se existiu variação significativa entre os dados (Montgomery, 2001). Para isso, foram comparados os dados degeração de CO2 e CO, em dois grupos: um referente aos testes com gás de proteção 100% CO2 e outro referente aos testes com gás de proteção Ar+25% CO2. Para a realização desta análise, foi utilizado o software Origin. Na tabela 11, temos a tabela da ANOVA juntamente com o teste de Tukey, para os dados de geração de CO e CO2, respectivamente, na solda com gás de proteção 75%Ar+25% CO2. Overall ANOVA DF Mean Square Fvalue Prob>F Model 2 494,32111 1 0,42188 Error 6 494,32111 Total 8 Hipótese Alternativa: As médias de um ou mais níveis são diferentes Em um nível de 0,05, as médias das populações são significativamente diferentes Hipótese Nula: as médias de todos os níveis são iguais Sum of Squares 988,64222 2965,92667 3954,56889 Overall ANOVA DF Mean Square Fvalue Prob>F Model 2 0 Error 6 0 Total 8 Sum of Squares 0 0 0 Não há informações suficientes para tirar uma conclusão (a) (b) 14 A tabela 11 mostra análise da variância entre os valores medidos dos gases gerados de CO e CO2 relacionando com as tensões de 23V, 24V e 26V, com gás de proteção de 75%Ar+25% CO2. Onde mostra que os valores analisados estatisticamente são significantemente diferentes e no teste de Thukey a relação entre as concentrações entre as tensões 24V / 23V e 26V/23V e 26V e 24V não são significantes. Tabela 11 (a) ANOVA e teste de Tukey para geração de CO com uso de gás de proteção 75%Ar + 25% CO2. (b) ANOVA e teste de Tukey para geração de CO2 com uso de gás de proteção 75%Ar +25% CO2 (a) (b) Na fig. 13 mostra a geração dos gases CO e CO2 em forma gráfica em função do tempo de soldagem e da tensão utilizada em cada processo na posição da sonda de captação instalada a ± 70 cm da peça na vertical, com proteção de gás de 75%Ar+25% CO2. Observa-se pelo gráfico que a geração do CO (a) que os valores gerados para as tensões 23V e 24V nos tempos medidos foram iguais, mas em relação a tensão 26V iniciou maior no primeiro tempo (30s) e foi diminuindo em relação ao último tempo (90s). Em relação ao CO2 não houve geração nenhuma. Notou-se que nesta analise a tensão não teve influência sobre os valores de gases gerados, pois em relação a tensão 26V foi inversa ao que ocorreu na análise do fig. 13, onde a geração aumentava em relação ao aumento das tensões. Da mesma forma o limite de tolerância gerado do CO ultrapassou os de tolerância em 256% acima dos valores estipulados pela NR-15 (39ppm) e 200% em relação a OSHA (50ppm). Figura 13. Gráfico da (a) Geração dos gases CO e (b) geração dos gases CO2 em relação ao tempo com gás de proteção 75%Ar + 25% CO2 na posição da sonda instalada a ± 70 cm da peça na vertical. CONCLUSÕES Overall ANOVA DF Mean Square Fvalue Prob>F Model 2 0 0 1 Error 6 370,2963 Total 8 Hipótese Alternativa: As médias de um ou mais níveis são diferentes DF SEM qValue Prob Alpha Sig LCL UCL 24V 23V 2 15,71191 0 1 0,05 0 -48,20962 48,20962 26V 23V 6 15,71191 0 1 0,05 0 -48,20962 48,20962 26V 24V 8 15,71191 0 1 0,05 0 -4820962 48,20962 Em um nível de 0,05, as médias das populações são significativamente diferentes MeanDift 0 0 0 Sig 1 indica que a diferença das médias é significante em um nível de 0,05. Sig 0 indica que a diferença das médias não é significante em um nível de 0.05. Tukey Test Hipótese Nula: as médias de todos os níveis são iguais Sum of Squares 0,00000 2221,7778 2221,7778 Overall ANOVA DF Mean Square Fvalue Prob>F Model 2 0 Error 6 0 Total 8 Sum of Squares 0 0 0 Não há informações suficientes para tirar uma conclusão (a) (b) 15 Este trabalho teve como objetivo principal analisar o efeito da Taxa de deposição sob os níveis de emissão dos gases CO e CO2 no processo arame tubular. Para atingir esse alvo, alguns objetivos específicos foram traçados e dos quais as seguintes conclusões foram obtidas: ▪ A taxa de desposição apresentou em 90% dos testes crescimento proporcional a geração dos gases, ou seja, a geração aumentava ou diminuía à medida que aumentava ou diminuía a taxa de deposição, principalmente na geração do CO (monóxido de carbono). ▪ A taxa de deposição também aumentou com o aumento da DBCP, na tensão de 26V ela foi aumentada para 13mm e isso contribuiu para um melhor desempenho da taxa de deposição. ▪ Concluiu-se também que com o consumível utilizado ET71-1, gera bastante escorias e que ao serem removidas, as mesmas não contabilizam na massa final do cordão depositado e dessa forma não contribuiu para uma melhor eficiência da taxa de deposição para esse arame tubular. ▪ Concluiu-se também que a taxa de deposição foi influenciada pela corrente, mesmo mantida em ± 134 A, variando somente 5 unidades para mais ou para menos, quanto mais aumentou-se a tensão, aumentava a corrente e consequentemente contribuiu com o aumento da taxa de deposição. ▪ A taxa de deposição, rendimento e taxa de deposição por unidade de comprimento em ambas as posições de soldagens foi maior utilizando a mistura gasosa do Ar + 25% CO2. ▪ Houve maiores geração de gás CO (monóxido de carbono) considerado altamente tóxico nas duas posições de soldagem e nas duas utilizações do gás de proteção externa utilizada (100% CO2 e AR +25% CO2). ▪ A geração de CO2 só foi captada somente na posição de ± 30 cm no sentido vertical da peça e na utilização do gás de proteção de 100% CO2. Onde o maior valor médio atingiu 667ppm, mas ficou dentro dos limites de tolerância estipulados pela NR-15 (3900ppm) e pelos limites permissíveis de exposição da OSHA (5000 ppm). ▪ A geração de CO se manteve constante no valor de 100 ppm em todas as posições de soldagem e gás de proteção, exceção somente no início das soldas na posição ± 30 cm no sentido vertical e gás de proteção de 100% CO2, que atingiu valores exorbitantes, chegando a atingir 367ppm, que corresponde a 864% acima dos limites definidos pela NR-15 e 674% em relação a OSHA (50ppm). ▪ A geração dos gases CO e CO2 teve influência inversamente proporcional em relação a tensão utilizada, ou seja, quanto maior a tensão, menor a geração de gases e vice- versa, principalmente na geração do CO2, sobre a proteção 100% CO2 na posição ± 30 cm, na outra posição de soldagem (+/- 70cm) e influência da mistura ou mesmo 100% CO2 a geração teve pouca influência a tensão. ▪ Também foi possível confirmar que quanto mais rico de CO2 a composição do gás de proteção, mais CO e CO2 são gerados pelo arco. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem a todos que contribuíram para a realização deste trabalho. Em particular ao IFMA pelo apoio financeiro do Edital PRPGI nº 94, de 22 de julho de 2020, que trata da Seleção de Projetos e Dissertações dos discentes vinculados a programas de pós-graduação stricto sensu do IFMA e pelo apoio da empresa Napro relacionada a instalação do programa de captação dos gases. 16 REFERÊNCIAS [1] Site: BRASIL. MTE. Ministério do Trabalho e Emprego. Brasília, DF. 1930. [2] Site: Cintra, Pâmela. Limite de Exposição NR-15 / ACGIH. Enesens, 2018. Disponível em: < http://www.enesens.com.br/limites-de-exposicao/>. Acesso em: 29/04/2021. [3] Site: FORTES, C. Arame Tubulares, Literatura EASB BR, Contagem, 101 p. Maio, 2004. [4] Site: FORTES, C. Soldagem MIG/MAG, Literatura EASB BR, Contagem, 133 p. Maio, 2005. [5] Dissertação: GARCIA, R. 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[19] Artigo: SOUZA, Claudio; FERRARESI, Voltair; Análise Comparativa dos Processos de Soldagem GMAW e FCAW com Transferência Metálica por Curto-circuito na Posição Horizontal. São Paulo. Vol. 18. Nº 0.3, pag. 268 – 280, jul/set 2013. [20] Livro: SCOTTI, Américo.; PONOMAREV, V. Soldagem MIG/MAG: melhor entendimento, melhor desempenho, São Paulo: Artliber Editora, 2008. [21] Artigo: STARLING, C. M. D.; MODENESI, P. J.; BORBA, T. M. D. Comparação do Desempenho Operacional e das Características do Cordão na Soldagem com Diferentes Arames Tubulares em Polaridade Negativa. In: Soldagem & Inspeção, São Paulo, v.16, n.4, out/dez 2011. p.350- 359. [22] Livro: STARLING, C. M. D.; MODENESI, P. J. Proposição de Modelo para a Fusão de Arames Tubulares. In: Soldagem & Inspeção, São Paulo, v.12, n.3, jul/set 2007.p.168-178. [23] Livro: STARLING, C.M.D.; MODENESI, P. J.; TADEU, M. B. Comparação do Desempenho Operacional e das Características do Cordão na Soldagem com Diferentes Arames Tubulares. São Paulo, Vol. 14, No. 1, p.010-025, Jan/Mar 2009.
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