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3 Introdução Saber da importância da estatística e da análise de probabilidades para o bom planejamento de uma empresa conhecer os métodos e saber aplicá-los nas tomadas de decisões. Alcançar objetivos. Saber como as estimativas e probabilidades contribuem para as decisões. Conhecer a ferramenta de retornos futuros e rentabilidade. Estes são alguns dos pontos destacados que serão desenvolvidos nesta produção textual, lembrando também as aplicabilidades da estatística e a necessidade das análises nas fundamentações dos conhecimentos científicos e como ela auxilia no processo de tomadas de decisões pelos gestores dentro das organizações. Entraremos ainda no tema sobre o comportamento das pessoas nas instituições e como isso pode beneficiar ou prejudicar o rendimento da empresa. Atenuaremos para como a cultura organizacional tem influenciado na postura profissional. E finalizaremos apontando a importância da qualificação profissional no crescimento econômico. 4 1-Análises de Probabilidades e os Cenários no Planejamento da Empresa 1.1-Estatística Estatística é a ciência dos dados, ela nos fornece métodos para coleta, organização, descrição, análise e interpretação de dados para a utilização dos mesmos na tomada de decisões. Algumas práticas estatísticas incluem, por exemplo, o planejamento, a sumarização e a interpretação de observações. O objetivo da estatística é a produção da melhor informação possível a partir dos dados disponíveis, alguns autores sugerem que a estatística é um ramo da teoria da decisão. É uma ferramenta chave nos negócios e na industrialização como um todo. É utilizada a fim de entender sistemas variáveis, controle de processos (chamado de "controle estatístico de processo" ou CEP), custos financeiros (contábil) e de qualidade e para sumarização de dados e também tomada de decisão baseada em dados. Nessas funções ela é uma ferramenta chave, e é a única ferramenta segura. Devido às suas raízes empíricas e seu foco em aplicações, a estatística geralmente é considerada uma disciplina distinta da matemática, e não um ramo dela. 1.2-Planejamento O planejamento é uma ferramenta administrativa, que possibilita perceber a realidade, avaliar os caminhos, construir um referencial futuro, estruturando o trâmite adequado e reavaliar todo o processo a que o planejamento se destina. Sendo, portanto, o lado racional da ação. Tratando-se de um processo de deliberação abstrato e explícito que escolhe e organiza ações, antecipando os resultados esperados. Esta deliberação busca alcançar, da melhor forma possível, alguns objetivos pré-definidos. 5 Uma vez que o planejamento é um processo muito complicado, que consome muito tempo e dinheiro recorremos ao planejamento apenas quando é realmente necessário ou quando a relação custo-benefício nos obriga a planejar. Além disso, geralmente, procuramos somente planos bons e viáveis ao invés de planos ótimos. É importante que o planejamento seja entendido como um processo cíclico e prático das determinações do plano, o que lhe garante continuidade, havendo uma constante realimentação de situações, propostas, resultados e soluções, lhe conferindo assim dinamismo, baseado na multidisciplinaridade, interatividade, num processo contínuo de tomada de decisão. 1.3-Aplicações da Teoria da Probabilidade no Cotidiano Um efeito maior da teoria da probabilidade no cotidiano está na avaliação de riscos e no comércio no mercado de matérias-primas. Governos geralmente aplicam métodos de probabilidade na regulação ambiental onde é chamada de “análise de caminho”. De fato, não é correto dizer que estatísticas estejam envolvidas na modelagem em si, dado que, normalmente, estimativas de risco são únicas (one-time) e, portanto, necessitam de modelos mais fundamentais como, por exemplo, para determinar "a probabilidade de ocorrência de outro atentado terrorista como o de 11 de setembro em Nova York". As probabilidades não são estimadas de forma independente nem, necessariamente, racional. A teoria de finança comportamental surgiu para descrever o efeito de tal pensamento em grupo (groupthink) na definição de preços, política, paz e conflito. Uma aplicação importante da teoria das probabilidades no dia a dia é a questão da confiabilidade. No desenvolvimento de muitos produtos de consumo, tais como automóveis e eletro - eletrônicos, a teoria da confiabilidade é utilizada com o intuito de se reduzir a probabilidade de falha que, por sua vez, está estritamente relacionada à garantia do produto. Outro bom exemplo é a aplicação da teoria dos jogos, uma teoria rigorosamente baseada na teoria das probabilidades, à Guerra Fria e à doutrina de destruição mútua assegurada. 6 É razoável pensar que a descoberta de métodos rigorosos para estimar e combinar probabilidades tem tido um impacto profundo na sociedade moderna. Assim, pode ser de extrema importância para muitos cidadãos compreender como estimativas de chance e probabilidades são feitas e como elas contribuem para reputações e decisões, especialmente em uma democracia. 1.4-Cenários, Árvores e Probabilidades As "árvores de decisão" tradicionalmente utilizadas na teoria dos jogos são adaptáveis à análise de risco, incorporando elementos da ciência do risco e da análise sistêmica. Para além da análise estatística descritiva, e da análise inferencial, a análise de probabilidades baseada nas técnicas das árvores constitui outra área da análise de dados conectada diretamente com a ciência do risco. A base metodológica de aplicação deste tipo de análise segue um processo de 4 passos, conforme descrito seguidamente: Passo 1 – Identificação do Objeto da Análise de Risco O primeiro passo consiste na identificação do objeto da análise de risco. Passo 2 – Construção dos Cenários O segundo passo consiste na construção dos cenários, trabalhados a partir de uma análise sistêmica inicial em torno do objeto procura-se, neste caso, identificar trends and triggers (tendências e gatilhos), isto é, tendências e fatores calibradores de ameaças. Neste sentido, é necessário identificar possíveis fontes de risco e as respectivas consequências para diferentes contextos dinâmicos. A partir desta análise e sistematizando a combinatória dos diferentes tipos de cenários futuros, resulta uma árvore de cenários possíveis, não se incluem ainda as probabilidades, trata-se somente de uma árvore capaz 7 de nos permitir sistematizar de modo discursivo os diferentes cenários sem qualquer avaliação probabilística. Desta árvore, resulta um primeiro nível de análise de risco, a saber: a análise de cenários possíveis e a análise de worst case scenarios. Passo 3 – Avaliação Probabilística No terceiro passo, introduz-se uma base quantitativa capaz de apoiar um esforço de quantificação das exposições ao risco e das diferentes ameaças. A base de trabalho quantitativo é desenvolvida com a inclusão de probabilidades associadas aos diferentes nós da árvore. As probabilidades constituem, neste caso, uma síntese obtida a partir de uma análise de dados em torno do objeto, que poderá recorrer no caso mais sofisticado, a um cruzamento de bases de dados e de informação de diferentes fontes. As probabilidades, resultando de um esforço de quantificação, deverão ser sempre fundamentadas a partir da análise acima referida e poderão não coincidir necessariamente com frequências relativas passadas (noção frequencista de probabilidade), as probabilidades associadas à árvore deverão ser cientificamente fundamentadas em análise sistêmica focalizada no objeto e nos cenários futuros, logo, com valor preditivo. Passo 4 – Análise da Árvore A análise da árvore constitui uma análise de probabilidades em torno de cenários visando o objeto. O Planejamentode Cenários é uma ferramenta de extrema utilidade para administradores, pois quanto maior o conhecimento dos cenários idealizados mais decisões concisas são tomadas. O problema é que para cenários lógicos serem formados é necessária uma mão de obra que possua 8 uma percepção e uma análise bem apurada de ambientes externos, um espírito de mudança forte capaz de não obstruir sua ousadia. O diferencial presente nas empresas que adotam o sistema de Planejamento de Cenários está justamente no preparo que elas têm para mudar. De nada adianta ter uma equipe dedicada ao estudo do ambiente externo a fim de elaborar cenários e ter executivos que não acreditam neles e, dessa forma, acabam tomando decisões que contradizem o planejamento. A análise de probabilidades pode ser uma grande ferramenta para estimar retornos futuros e rentabilidade. 2-Áreas que Adotam o Uso da Estatística Algumas ciências usam a estatística aplicada tão extensivamente que elas têm uma terminologia especializada. Estas disciplinas incluem: Bioestatística; Contabilometria; Controle de qualidade; Estatística comercial; Estatística econômica; Estatística engenharia; Estatística física; Estatística populacional; Estatística psicológica; Estatística social (para todas as ciências sociais); Física quântica; Geoestatística; Pesquisa operacional; Análise de processo e quimiometria (para análise de dados da química analítica e da engenharia química). 9 A estatística passou a ser usada diariamente para explicar resultados de pesquisa de forma simples e dinâmica. Tomou força no século XX, mas já era utilizada pelos povos antigos. Para Inesul (2007), a utilização da estatística já remota há quatro mil anos antes de Cristo, quando era utilizada por povos guerreiros na conquista de territórios. A própria Bíblia nos descreve isso: Naqueles tempos, apareceu um decreto de César Augusto, ordenando o recenseamento de toda a terra. Este recenseamento foi feito antes do governo de Quirino, na Síria. Todos iam alistar-se, cada um na sua cidade. (BÍBLIA, N.T. Lucas, 2:1-3) Inesul (2007) destaca que foi somente no século XIX, que a Estatística começou a ganhar importância nas diversas áreas do conhecimento. E a partir do século XX começou a ser aplicada nas grandes organizações, quando os japoneses começaram a falar em qualidade total. Para Ramos (2007), os métodos estatísticos modernos formam uma mistura de ciência, tecnologia, e lógica para que os problemas de várias áreas do conhecimento humano sejam investigados e solucionados. Ela é reconhecida como um campo da ciência e é uma tecnologia quantitativa para a ciência experimental e observacional em que se pode avaliar e estudar as incertezas e os efeitos de algum planejamento e observações de fenômenos da natureza e principalmente os da sociedade. A estatística é uma ciência multidisciplinar que abrange praticamente todas as áreas do conhecimento humano. Com o desenvolvimento da própria estatística foi possível obter dados e analisá-los de forma mais eficaz, permitindo assim, o controle e o estudo adequando de fenômenos, fatos, eventos e ocorrências em diversas áreas do conhecimento e fornecer métodos e técnicas para lidarmos, racionalmente, com situações sujeitas a incertezas. O crescente uso da Estatística vem ao encontro da necessidade de realizar análises e avaliações objetivas, fundamentadas em 10 conhecimentos científicos. Ela é reconhecida como um campo da ciência e é uma tecnologia quantitativa para a ciência experimental e observacional em que se pode avaliar e estudar as incertezas e os efeitos de algum planejamento e observações de fenômenos da natureza e principalmente os da sociedade. A utilização da Estatística deve ser estudada por todo e qualquer profissional que queira ter lugar no mercado de trabalho para que tenha em suas características profissionais a capacidade de lidar com suas realidades. 3-Auxílio da Estatística no Processo de Tomada de Decisões de uma Organização É nas organizações que a estatística demonstra toda a sua força. Gráficos e tabelas são apresentados na exposição de resultados de uma empresa. Dados numéricos são usados para aprimorar e aumentar a produção. Censos demográficos ajudam o Governo a entender melhor sua população e a organizar seus gastos com saúde e assistência social. Com a velocidade da informação a estatística passou a ser uma ferramenta essencial na produção e atuação do conhecimento. Na sociedade moderna instauraram-se novas exigências de leitura dos códigos e linguagens nos meios de comunicação e no cotidiano das organizações. E nisso inclui o sistema empresarial que se utiliza da estatística como ferramenta para gerenciar seus atos comerciais. A direção de uma empresa, de qualquer tipo, incluindo as estatais e governamentais, exige de seu gestor a tarefa de tomar decisões, e o conhecimento e o uso da Estatística facilitarão seu trabalho de organizar, dirigir e controlar a empresa. Por meio de coleta de dados, podemos conhecer a realidade geográfica e social, os recursos naturais, humanos e financeiros disponíveis, as expectativas da comunidade sobre a empresa, e estabelecer suas metas, seus 11 objetivos com maior possibilidade de serem alcançados a curto, médio ou longo prazo. A Estatística ajudará em tal trabalho, como também na seleção e organização da estratégia a ser adotada no empreendimento e na escolha das técnicas de verificação e avaliação da quantidade e da qualidade do produto e mesmo dos possíveis lucros e/ou perdas. Tudo isso que se pensou, que se planejou, precisa ficar registrado, documentado para evitar esquecimentos, a fim de garantir o bom uso do tempo, da energia e do material e, ainda, para um controle eficiente do trabalho. O uso e o mau uso das estatísticas: Os dados brutos e mesmo analisados conduzem a diversas direções, podendo ocasionar uma visão errada do fato. O que se vê é que as empresas podem empregar a estatística de muitas formas e tirar conclusões sob sua ótica, podendo a análise ser adequada ou não, para a situação. 4-Comportamento do Individuo – Contexto Laboral As atuais pesquisas sobre a gestão das organizações apontam que as pessoas são determinantes para atingir o resultado da organização. É preciso atentar-se para o fato de que mesmo diante de uma mesma situação elas têm comportamentos diferentes por serem seres únicos, individuais, diferentes entre si. Não é um fator físico, mas um fator psicológico que influencia a produtividade. O estudo da motivação relaciona-se ao comportamento produtivo das pessoas e também ao controle sobre elas. Maslow vê a motivação como necessidade biológica a ser satisfeita para que a pessoa possa ser motivada pela necessidade seguinte. As necessidades que ele propôs são: fisiológicas, de segurança, de afeto, de estima e de autorrealização. Para Hezberg os fatores de motivação (realização, reconhecimento, o trabalho em si, responsabilidade, avanço e crescimento) satisfazem as pessoas no ambiente de trabalho. Por outro lado, os fatores higiênicos (administração e política da empresa, supervisão, relacionamento 12 com superior hierárquico, condições de trabalho, salário, relacionamento com os colegas, vida pessoal, relacionamento com subordinados, status e segurança) não satisfazem as pessoas, mas é preciso atenção a eles para que não se tornem desmotivadores. “O importante e bonito do mundo é isso: que as pessoas não são sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando. Afinam e desafinam.” Guimarães Rosa As pessoas não fazem as mesmas coisas pelas mesmas razões. Uma pessoa que demonstre entusiasmo frente aos desafios oferecidos pelas oportunidades com as quais se defronta,terá muita facilidade em acreditar que todo o mundo reage com a mesma rapidez. Isso pode provocar nos outros mais prudentes que ela a desagradável impressão de que se trata de alguém temerário e irresponsável. Outros mais, que se deixam guiar pelo desejo de dar o melhor de si mesmos para fazerem jus às responsabilidades que lhes foram confiadas, ficarão facilmente desiludidos ao perceberem que o resto do mundo não é tão responsável como eles. Por outro lado, existem ainda outras pessoas que prezam, sobretudo, o apreço dos demais por elas e estão incondicionalmente preocupadas em viver uma vida socialmente harmoniosa. Stephen Robbins (2006) diz que as equipes eficazes possuem características em comum. As equipes possuem indivíduos com especialização técnica e habilidades para solução de problemas, tomada de decisões e relações interpessoais, além de elevado nível nas características de personalidade em termos de extroversão, amabilidade, consciência e estabilidade emocional. As equipes eficazes também tendem a ser pequenas – com menos de dez pessoas – preferencialmente sendo compostas por pessoas de formações diferentes. Seus membros se ajustam aos papéis demandados, são flexíveis e preferem integrar um grupo. O trabalho realizado por essas equipes oferece liberdade e autonomia, oportunidade para o aproveitamento de diferentes habilidades e talentos, a possibilidade de realizar parte de um todo em uma tarefa definida, e um trabalho que terá substancial impacto para os 13 outros. As equipes eficazes têm membros comprometidos com um propósito comum, metas específicas da equipe, integrantes que acreditam na capacidade do grupo, um nível administrável de conflitos e um grau mínimo de “folga” social. 4.1-Desempenho e Satisfação no Grupo Diversos fatores estruturais mostram ter relação com o desempenho. Entre os mais destacados encontramos a percepção do papel, as normas, as injustiças de status, o tamanho do grupo, seu perfil demográfico, a tarefa do grupo e a coesão. Existe uma relação positiva entre a percepção do papel e a avaliação de desempenho do funcionário. Se a percepção que o funcionário tem de seu trabalho corresponde às expectativas que o chefe tem de seu papel, ele terá uma boa avaliação de desempenho. As normas controlam o comportamento dos membros do grupo, estabelecendo padrões do que é certo e errado. Se o executivo conhece as normas de determinado grupo, poderá explicar o comportamento de seus membros. Quando essas normas valorizam resultados de nível elevado, os executivos podem esperar desempenhos individuais bem melhores do que quando as normas do grupo visam a restringir os resultados. Da mesma forma, normas que sustentam comportamentos antissociais aumentam a probabilidade de que os funcionários se envolvam em atividades desviantes. As injustiças em relação ao status geram frustrações e podem influenciar negativamente a produtividade e a disposição do funcionário em se manter na organização. Além disso, como as pessoas de menor status tendem a participar menos, os grupos com diferenças muito grandes de status entre seus membros podem inibir a participação de alguns e prejudicar o desempenho. O impacto do tamanho do grupo em seu desempenho depende da tarefa a ser realizada. Os grupos maiores são mais eficazes para tarefas de levantamento de informações. Os menores são mais eficazes para tarefas de implementação de ações. Sugere-se que, quando são utilizados grupos grandes, deve-se procurar estabelecer medidas para o desempenho individual dentro do grupo. 14 A coesão pode ter uma função importante ao influenciar o nível de produtividade do grupo. Se a influência vai ou não acontecer, depende das normas do grupo em relação ao desempenho. Muitas pessoas preferem se comunicar com outras que estão em seu mesmo nível de status ou em nível mais elevado. Consequentemente, podemos esperar uma satisfação maior entre os funcionários cujas funções minimizam a necessidade de interação com indivíduos de status inferior ao deles. A relação entre satisfação e tamanho do grupo pode ser intuitiva: quanto maior o grupo, menor a satisfação de seus membros. À medida que o tamanho do grupo aumenta, diminuem as oportunidades de participação e interação social, assim como a habilidade de seus membros se identificarem com as realizações do grupo. Ao mesmo tempo, um número maior de membros também favorece dissidências, conflitos e a formação de subgrupos, e tudo isso torna o grupo uma entidade pouco agradável de fazer- se parte. 4.2-Clima Organizacional O clima organizacional é um fenômeno que ocorre na interação entre as pessoas e tem influência no seu comportamento. Moscovici (2002a) afirma que o clima do grupo pode ser observado a partir de variáveis como o calor humano, a tensão, os movimentos, o equilíbrio, as restrições, a alegria, a insegurança e as crises. Todas essas variáveis unidas fazem a “atmosfera” do grupo, determinando o que os membros do grupo sentem sobre ele. Dessa forma, influencia na motivação, na produtividade e na satisfação de um grupo com relação ao trabalho e a organização. Para Martins (2008, p.32), o clima organizacional refere-se ao sentimento do empregado em relação à empresa, como ele se sente diante das características da mesma, se o agradam ou não. Diz respeito à sua satisfação no trabalho. Como o clima organizacional interfere diretamente na motivação, na produtividade e na satisfação, ele deve ser avaliado e administrado sempre que possível. 15 4.3-Estresse O estresse pode ser definido como uma situação psicológica ou física que pressiona as pessoas de tal forma que gere uma grande tensão. Ele nem sempre é ruim. Ele também tem seu lado positivo, que normalmente, impulsiona o indivíduo a alcançar um desempenho muito alto, como superar um limite. Segundo Robbins (2006), a administração do estresse na organização deve acontecer quando seu nível estiver muito alto ou muito baixo. Contudo, um nível de estresse médio por um longo período pode levar à exaustão. Administrar o estresse dentro das organizações pode até trazer resultados financeiros. É certo que sua existência nas organizações é aceitável, pois somente ele não implica diretamente na queda do desempenho organizacional, uma vez que pode ser influência positiva no desempenho. Contudo, devemos buscar também melhor qualidade de vida no trabalho e isso implica manter um ambiente saudável, mesmo que não se consiga calcular seu retorno financeiro, pois, o retorno de alguns programas voltados para as pessoas são até mais valiosos que o valor financeiro. 5-Influência da Cultura Organizacional no Contexto das Organizações A cultura organizacional tem influencia homogeneizante sobre as pessoas que fazem parte dela. Várias disciplinas têm realizado estudos relativos à cultura organizacional. A visão antropológica dá atenção aos aspectos simbólicos da cultura e contribui para entender as crenças. Já a visão sociológica contribui com o interacionismo simbólico, o compartilhamento da realidade entre os membros. Por sua vez, a visão psicológica aborda as dimensões individuais e grupais. A ciência política também contribui para as questões simbólicas. Isoladamente cada uma dessas disciplinas, ao estudar a cultura recebe críticas pela sua forma parcial de analisá-la. É importante que se tenha diferentes visões sobre um mesmo objeto para melhor entender tanto o objeto em análise quanto seu contexto. 16 A cultura nacional representa o contexto maior da sociedade onde estão as culturas organizacionais. O contexto sociocultural das culturas nacionais influenciam os modos de sentir, pensar e agir das culturas organizacionais. Por isso, antes da instalação de uma organização em determinada localidade, é importante um estudo da cultura local. Schein(apud Fleury; Fischer, 1989) define a cultura como possível de ser aprendida em vários níveis: o nível dos artefatos visíveis, o nível dos valores que governam o comportamento das pessoas e o nível dos pressupostos básicos, muitas vezes, inconscientes. Esses pressupostos básicos são difíceis de serem observados numa organização, pois, como já foi dito, são inconscientes e, portanto, invisíveis a olhos não atentos. Eles têm influencia direta nos valores que governam os comportamentos das pessoas pertencentes à cultura organizacional. Por sua vez, orientam os artefatos visíveis da cultura organizacional. Assim, quem chega em uma organização consegue observar diretamente e com maior facilidade somente esse nível, que abrange o comportamento das pessoas, a forma de falar, a linguagem utilizada na organização, a vestimenta, expressões verbais, entre outros comportamentos observáveis. A cultura objetiva adapta a organização ao seu contexto e integra as pessoas que estão inseridas nela, de forma que, se essas adaptações forem insuficientes e tiverem um resultado positivo, serão ensinadas a outros membros, aos novos funcionários, e assim eles aprendem e replicam a forma de perceber, pensar e de sentir dessa organização. Fleury e Fischer (1989, p.22) apresentam outra definição, onde, os valores e os pressupostos básicos são simbólicos e ordenam, dão significados, constroem a identidade da organização, fazem parte da comunicação e do consenso e também ocultam as relações de poder e servem de instrumento para a sua existência da dominação na organização. Nessa definição é considerada a dimensão do poder dentro das organizações. Já Morgan (1996, p.125) vê a cultura organizacional como “padrões de crenças ou significados compartilhados, fragmentados ou integrados, apoiados em várias normas operacionais e rituais”. Para ele, a cultura organizacional tem influência decisiva na habilidade da organização em lidar com os desafios encontrados. 17 Robbins (2006, p.375) acredita que o sistema de valores é estimulado pela organização, relatando que “parece que todos concordam que cultura organizacional se refere a um sistema de valores compartilhado pelos membros que diferencia uma organização das demais”. “Quanto mais consistente uma cultura, mais difícil será sua mudança”. Silva; Zanelli (2004, p.409) Dentro de uma organização existe a cultura organizacional e pode existir também a subcultura. Isso normalmente ocorre em grandes organizações e aparece em certos departamentos. Subculturas são culturas dentro de outras culturas; assim, os valores básicos da organização são mantidos, mas o grupo também acrescenta a ele valores específicos. A cultura tem várias funções em uma organização. Ela tem o papel de diferenciar uma organização de outra, mesmo que façam parte do mesmo contexto; proporcionar um senso de identidade às pessoas que fazem parte dela, uma vez que as pessoas se relacionam umas com as outras e podem se espelhar umas nas outras; facilitar o comprometimento entre as pessoas e não somente com os interesses individuais; estimular a estabilidade do sistema organizacional, mantendo-a coesa; e serve também para dar sentido e controlar as atitudes e comportamentos dos membros da organização (Robbins, 2006). A cultura de uma organização sempre se inicia com o seu fundador. A partir disso, Ela é vivida e recriada pelas pessoas que fazem parte da organização. Assim, no início de uma cultura organizacional, e também no início de uma organização, os fundadores têm sua personalidade, sua forma de pensar, seus valores morais e pessoais. Eles sabem o que querem da organização e buscam que essa imagem seja concretizada; dessa forma, na contratação, e mesmo na organização, somente ficam os que pensam e sentem de forma similar a eles. Os que permanecem na organização são moldados de forma que o pensar, o sentir e o agir devam ser similares aos de seus fundadores – os comportamentos dos fundadores são um modelo a ser seguido. Uma cultura organizacional é criada também a partir da visão de mundo de seus fundadores, mas, além disso, é criada para que consiga 18 sobreviver no ambiente em que acaba de se instalar; assim, os comportamentos considerados adequados para a perpetuação da organização são passados às outras pessoas que executarão atividades de comando na organização. Dessa forma, ainda no seu início, “as certezas profundas, os valores e as crenças pessoais dos empreendedores são repassadas aos demais participantes” (Silva; Zanelli, 2004, p.427). Quando empresas são adquiridas ou mesmo quando há fusão entre duas ou mais empresas, a cultura organizacional precisa receber atenção especial, pois nesses momentos de grandes mudanças a cultura organizacional sofre e pode tomar caminhos não esperados. Por isso também é importante a participação efetiva de profissionais de gestão de pessoas nesses processos de mudança. 6-Importância da qualificação Profissional no Crescimento Econômico Vivemos em um mundo globalizado com rápidas transformações em todos os setores e um mercado de trabalho cada vez mais exigente na busca por profissionais habilitados que venham a suprir os altos padrões de exigência do mercado. Isso implica na busca de um indivíduo produtivo, focado e que almeje alcançar uma posição de destaque em seu ramo de atuação, alguém que busque aprimorar constantemente seus conhecimentos e suas habilidades profissionais e que esteja a qualquer momento apto a desempenhar funções específicas, portanto, um profissional altamente qualificado. O profissional atual tem que atender a todos os perfis e ainda ter um diferencial. As empresas, hoje, observam requisitos como: motivação, relacionamento, comprometimento e criatividade. O profissional do futuro deve criar o hábito de buscar ser diferente, criar uma consciência mais crítica de tudo que o cerca, obter um maior número de informações, mas purificar, utilizar somente a que pode lhe fornecer maior conhecimento no seu trabalho e na sua vida pessoal. As empresas, em seu processo de evolução, buscam maior eficiência com menor custo e para isso passam a exigir de seus funcionários 19 um alto índice de adaptação, flexibilidade e comprometimento com os resultados estabelecidos. O treinamento é um processo pelo qual a pessoa é preparada para desempenhar de maneira excelente, as tarefas específicas do cargo que deve ocupar. É um meio de desenvolver competências nas pessoas para que elas se tornem mais produtivas, criativas e inovadoras, a fim de contribuir melhor para os objetivos profissionais. Sendo assim, o treinamento é uma forma de lucratividade, uma maneira eficaz de agregar valor às pessoas, à organização e aos clientes. Permite que as pessoas contribuam efetivamente para o resultado do negócio. Através do treinamento e do desenvolvimento é possível assimilar informações, aprender novas habilidades, desenvolver atitudes, comportamentos diferentes e novos conceitos. Os programas de treinamento procuram mudar as atitudes relativas e conservadoras para atitudes inovadoras, de modo a melhorar seu espírito de equipe e sua criatividade. O treinamento é orientado para o presente, focalizando o cargo atual e buscando melhorar aquelas habilidades e capacidades relacionadas com o desempenho imediato do cargo. O desenvolvimento de pessoas focaliza, geralmente, os cargos a serem ocupados futuramente na organização e as novas habilidades e capacidades que serão requeridas. A qualificação profissional não é uma formação completa. Ela é utilizada como complemento da educação formal podendo ser aplicada nos níveis básico, médio ou superior. Seu objetivo principal é a incorporação de conhecimentos teóricos, técnicos e operacionais relacionados à produção de bens e serviços, por meio de processos educativos desenvolvidosem diversas entidades. O tema é centro constante de questionamentos, à medida que se atribui aos indivíduos mais educados e capacitados, a chance maior de inserção no mercado de trabalho, com recebimento de altos salários, promoções, etc. Além, é claro, da tendência do ambiente social que passa a ser diferenciado com a expectativa do aumento do poder aquisitivo, e que 20 acima de tudo demonstra na prática o ideal correto de funcionamento das organizações: pessoas que aumentam a produtividade das empresas e que por sua vez contribuem com o desenvolvimento econômico do País. Segundo uma pesquisa da Korum Transição de Carreira especialistas estão entre os profissionais mais requisitados nos últimos meses.De acordo com os dados, no acumulado do ano, as vagas oferecidas para eles atingiram 46,9% do total, o que mostra a necessidade da continuidade dos estudos após a conclusão de um nível superior, para ter mais oportunidades. O fato de a procura ser maior por especialistas reflete uma realidade vivida pelo Brasil, de "apagão de talentos": as empresas buscam pessoas bem qualificadas e a oferta é de poucos profissionais com este perfil. Para o diretor da Korum, Márcio Brasil, faltam profissionais qualificados no mercado de trabalho: com inglês avançado e fluente e dispostos a mudar de cidade. "O mercado está saturado de profissionais desqualificados", afirmou. O cenário de falta de profissionais qualificados também foi constatado no "Diagnóstico para o Programa Estadual de Qualificação Profissional", divulgado pela Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo. Segundo os dados, existe demanda por 159 mil vagas em cursos de qualificação. Depois da construção civil, os setores que mais demandaram profissionais foram: comércio e indústria. A pesquisa da Korum mostrou que, em seguida, na lista de profissionais mais procurados, estão os diretores e gerentes, com 30% de procura pelas empresas. Ainda no que se refere a contratações, chamaram atenção as áreas de Logística, Industrial e de TI, devido ao forte crescimento da atividade industrial de máquinas, equipamentos e auto peças. O volume crescente de importação também colaborou, já que gera intensa movimentação e distribuição de produtos. O Jornal BOM DIA BRASIL da Rede Globo do dia 26 de março de 2013 destacou a evolução da Qualificação Profissional entre trabalhadores 21 e empresas brasileiras. A importância desse empreendimento cresce a cada dia e afirma que – principalmente entre os empresários – a conscientização da necessidade de aprimorar seus colaboradores é inestimável. A matéria afirma também que os salários dos trabalhadores qualificados sobem 24% em relação a média. A rede continuou tratando do tema através de entrevistas com especialistas no programa da apresentadora Ana Maria Braga. Os clientes do Grupo Easycomp concordam com o trabalho que o grupo vem desenvolvendo nesse sentido e confirmam isso em depoimentos colhidos no Evento “Empreendedores Easycomp 2013″ realizado pela empresa no início deste mês. Contudo, um amplo programa de qualificação profissional voltado para a formação de trabalhadores mais competitivos e empregáveis só trará benefícios para o País. Trabalhador qualificado é sinal de mais renda e melhora da competitividade das empresas, principalmente as que exportam. 22 Conclusão A estatística é uma ferramenta fundamental na tomada de decisões de uma empresa, aplicada também em outras áreas apresentando um papel de suma importância no levantamento de dados e análise de probabilidades. Ela demonstra toda a sua força na tomada de decisões. Seu mau uso pode trazer conclusões equivocadas. O comprometimento profissional interfere diretamente no rendimento do funcionário. É necessária a atenção contínua dos gestores quanto à satisfação de seus colaboradores e aos aspectos que podem gerar uma desmotivação. A cultura organizacional apresenta a habilidade da organização em lidar com desafios, estimulando, ou não, seus membros na busca de atingir seus valores. Estudos comprovam como cada vez mais o profissional deve preparar- se e estar qualificado para atender às demandas das organizações e surpreender com resultados. 23 Referências Bibliográficas http://pt.wikipedia.org/wiki/Estatística http://pt.wikipedia.org/wiki/planejamento http://dinheirama.com/blog/2013/04/09/analise-tecnica-nao-e-adivinhacao-e- probabilidade/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Probabilidade https://sites.google.com/site/quantumcomplexity/o-tecnicas-de-analise-de- risco/cenarios-arvores-e-probabilidades https://www21.unopar.br/unopar/ava/aluno/formwebaula.action?gecronofer.gcofCd=24 3893&geoferturm.goftCd=6165155&gediscofer.gofdCd=1986098#3 http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAeZoAJ/cenarios-estrategicos http://www.artigonal.com/administracao-artigos/o-uso-da-estatistica-na-gestao-das- empresas-no-mundo-moderno-4920359.html http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20091015102116AAGQ7XH http://rogeriopetrinialmeida.blogspot.com.br/2010/12/o-uso-da-estatistica-pelas- empresas.html Compreendendo as Equipes de Trabalho, Stephen Robbins (2006) Revista de Administração de Empresas, Abr-Jun 1990, São Paulo 30(2) 23-34 Psicologia Organizacional, Sara Maria de Melo Elgenneni, Pearson, 2013 http://www.recantodasletras.com.br/resenhas/3156208 Qualificação em Administração e Informática - Bit Company - 1ª Edição - 2003 - Apostila 1 - 1º Trimestre http://segurancasaude.blogspot.com.br/2012/10/a-importancia-da-qualificacao-e.html http://www.escoladolegislativo.pi.gov.br/noticias,448,confira-artigo-sobre-a- importncia-da-qualificao-profissional http://easycomp.com.br/easynews/a-importancia-da-qualificacao-profissional-2/
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